Sistema de defesa aérea Spada 2000 para o Peru

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O sistema Spada 2000 é composto por um centro de comando e controle e duas unidades de tiro (numero que pode ser dobrado), cada uma com um ou dois lançadores. Foto MBDA

Ivan Plavetz

Durante recente visita oficial a Itália realizada pelo ministro da Defesa do Peru, Pedro Cateriano, seu par europeu anunciou a venda de um sistema de defesa antiaérea  fabricado localmente para a Força Aérea do Peru.

Segundo informações de fontes próximas das negociações, trata-se do sistema Spada 2000 do consórcio europeu MBDA, o qual utiliza misseis superfície-ar Aspide 2000 guiados por sistema de radar semiativo, cujo alcance efetivo é superior a 20 km. O Spada 2000 tem capacidade de interceptar aeronaves ou armas ar-superfície de longo alcance (stand-off), como por exemplo, mísseis de cruzeiro.

O Spada 2000 foi desenvolvido com tecnologias que permitem o seu emprego em ambientes sujeitos a severas contramedidas eletrônicas. Ele é composto por um centro de comando e controle e duas unidades de tiro (número que pode ser dobrado), cada uma com um ou dois lançadores. Os usuários do Spada 2000 podem optar por misseis Aspide 2000 Plus, vetor que incorpora melhorias com relação ao modelo original.

Antecedido por um período marcado por adiamentos e desistências para adquirir o sistema requisitado pela FAP, o processo de negociações envolvendo o Spada 2000 iniciou-se em dezembro de 2012 com a visita do vice-ministro para recursos de Defesa do Peru, Jakke Valakivi, à Itália.

No final de fevereiro do corrente ano, a FAP realizou reuniões internas para apresentar e discutir os principais sistemas de defesa antiaérea disponíveis no mercado internacional. Em março último, uma comitiva da FAP foi para a Itália conhecer as instalações do consórcio europeu MBDA (fabricante dos mísseis Aspide 2000) naquele país e da Selex Galileo (fabricante de radares), bem como bases da Força Aérea da Itália.

Ao passarem pelo Comando Operacional Aéreo da Itália e pelos grupos de defesa antiaérea daquele país, os peruanos manifestaram especial interesse em conhecer as capacidades dos seus radares, das interfaces de gerenciamento e performances do sistema Spada 2000.

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O Spada 2000 utiliza mísseis superfície-ar Aspide 2000 guiados por sistema de radar semiativo e com alcance efetivo superior a 20 km. Foto MBDA

Mais recentemente, durante a visita do ministro Cateriano à base aérea de Rivolto, ocasião na qual esteve acompanhado do Comandante da FAP, general Jaime Figueroa Olivios, essas autoridades receberam um detalhado “briefing” sobre o sistema Spada 2000. Estima-se que o montante investido pelo governo do Peru nesta aquisição gire em torno de US$ 140 milhões.

 

Fonte: Tecnologia & Defesa

 

12 Comentários

  1. E o Brasil ficando para traz. O unico defeito desse sistema é por ser fixo e não movel,claro que pode ser deslocado para outros lugares mais requer maio tempo de deslocamente e por isso pode ser neutralizado mais rápido do que um sistemas moveis que ao disparar seus mísseis pode sair da área e evitando de ser localizado.

    • Bom temos os Iglas com alcance de até 3km, os Gepard não me recordo o alcance, deve ter algum outro sistema a altura deste novo equipamento peruano, vou pesquisar xP

      Mas sobre ele ser fixo, observando as imagens, será que não tem como montar ele em cima de algum veiculo blindado? Não parece ser grande o sistema.

    • marcio,

      Nem tanto céu, nem tanto terra…

      Sistemas anti-aéreos, seja como for, precisarão ser posicionados em torno do objetivo a ser defendido. Ou seja, terão que estar em uma mesma área e não poderão sair dela, de uma forma ou de outra… Outro ponto: a esmagadora maioria dos sistemas de médio alcance precisam ser previamente posicionados para serem ativados. E mesmo que o sistema tenha alguma capacidade de disparar em movimento ( Pantsir ) isso acaba não se constituindo em grande vantagem, pois se depende muito de outros fatores, tais como as características do terreno a ser protegido e o alcance dos seus próprios meios, que delimitam mais ainda a área na qual ele terá que atuar, sob pena de se correr para fora da zona que deveria horiginalmente cobrir, abrindo um buraco na defesa; e também isso não servirá de muita coisa se tiverem que utilizar seus próprios sistemas de detecção ativos…

      A rigor, o que mais conta para um sistema de defesa, tanto quanto ter uma capacidade de detecção boa, é estar ligado a uma rede eficaz de vigilância, de modo que as baterias e suas unidades de tiro somente sejam acionadas quando houver real necessidade. A quantidade de mísseis a disposição também é importante, assim como a capacidade de repor os artefatos rapidamente. E mais importante ainda é a capacidade de engajar diversos alvos simultaneamente.

      • concordo com tudo que vc falou _RR_,mais sabemos que sistemas de defesa anti-aereos fixos não tem chaces de sobrevivência nos dias atuas as guerras estão ai para provar isso. Vou dar um exemplo disso na guerra do Kosovo uma bateria anti-aérea servia sobreviveu por muito tempo pelas táticas de todo dia estar em um lugar diferente e não emitindo sinais dificultando sua localização pelos AWASC da OTAN e que cominou depois na derrubada de um F-117 por essa bateria anti-aérea servia.

      • marcio,

        Concordo!

        Contudo, vamos levar em conta que o caso sérvio foi excepcional… Mesmo porque, os atacantes jamais levaram a efeito um ataque irrestrito contra a defesa anti-aérea sérvia. Isto é, de uma certa forma, permitiu-se que o sistema anti-aéreo sérvio sobrevivesse e ocorresse a queda do caça americano. O fato dos sérvios poderem se mover ajudou bastante, mas a mancada aliada foi maior…

        Ademais, sistemas que hoje são inteiramente fixos são raridade… Praticamente todos os sistemas de médio alcance sobre os quais eu já li, podem ser preparados para viagem. E o Spada ( até onde sei ) não é excessão.

      • Isso msm _RR_ ,foram muitos os fatores que levaram ao abate do F-117 um deles foi de usar a msm rota de entrada e saida nos ataques várias vezes seguidas e os sérvios perceberam isso e armaram a tocaia e dias depois quase conseguiram um segundo abate contra outro F-117 que por sorte o míssil explodiu bem antes de acerta-lo. E sobre o Spada claro que podem ser deslocados para outros locais só que com um tempo e uma logística bem maior do que com os sistemas sobre rodas ou lagartas.

      • _RR_

        Este nosso dialogo sobre sistemas de defesa aérea esta muito bom e espero ter muitos outros pela frente, obrigado pelas informações abraço.

    • Em tempo,

      O Brasil está a contemplar uma proposta para três baterias do Pantsir ( 18 veículos ). Salvo engano, é coisa séria, com uma primeira aquisição já em fase adiantada de negociação.

      • cipinha,

        Por certo que sim.

        Contudo, sempre fui a favor de um mix de sistemas… Qualquer defesa anti-aérea que se preze, deve estar preparada para enfrentar todo e qualquer tipo de ameaça. Logo, a adoção de sistemas de diversas procedências dificulta bastante o trabalho de inteligência do adversário, sempre tendo-se a possibilidade de constituir baterias com mais de um sistema e auxiliada até mesmo por radares de tipos diferentes.

        Sistemas como o Pantsir podem ter sua utilidade escoltando forças blindadas ou protegendo instalações temporárias ( e que requerem um mínimo de preparo ), ao passo que tipos como o SPYDER seriam mais adequados a proteção de instalações fixas, por conta do seu elevado nível de automação. E sistemas mais compactos, como o BAMSE, também encontrariam ótimo uso para defender instalações e/ou regiões remotas, nas quais é impossível levar os mais volumosos e pesados, como o TorM2 e Pantsir.

  2. Acho o Pantisir superior a esse sistema bem como ao nassam chileno, em ambos os casos são fixos, diferente do sistema russo que é móvel,os alcances são silimilares, neste caso o Brasil fez uma compra melhor.

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