O Exército Brasileiro recebeu nesta semana 10 tanques alemães Gepard (ou guepardo em português), de artilharia antiaérea, para serem usados durante a abertura e o encerramento da Copa das Confederações em Brasília e no Rio de Janeiro, nos dias 15 e 30 de junho.
Seis foram transportados na madrugada de ontem para o Parque Regional de Manutenção da Força, em Magalhães Bastos, zona oeste carioca. Outros quatro veículos chegarão na noite desta quinta-feira ao local. Eles serão deslocados do Porto do Rio, por volta das 22h.
Segundo o tenente coronel Robson Novaes – gerente operacional do projeto de Defesa Antiaérea do Gepard, os carros blindados foram comprados por R$ 70 milhões – sendo cerca de R$ 2 milhões cada. Eles não são novos. Já foram usados pelas tropas alemãs, mas passaram por manutenção completa em 2005 e 2006.
Esses são os primeiros tanques blindados operacionais de defesa antiaérea do país. O Brasil não tinha esta tecnologia, que é uma exigência da Fifa para a Copa do Mundo.
Entre os dias 3 e 7 de junho, no CAEx (Centro de Avaliação do Exército), na Restinga da Marambaia, em Barra de Guaratiba, zona oeste, ocorrerão os testes de tiro técnico. Aprovados, quatro tanques seguirão para Brasília, onde ocorrerá a abertura da Copa das Confederações. Os outros quatro permanecerão no Rio de Janeiro para o encerramento do evento. Os outros dois veículos servem para instrução e trabalho de manutenção.
“Os tanques não ficarão aos olhos do público. Eles estarão posicionados em pontos estratégicos, próximo aos estádios”, disse Novaes à Folha.
No total, o Brasil comprou da Alemanha 34 tanques Gepard e cerca de 450 mil munições. O valor das munições, no entanto, não foi divulgado pelo Exército. O restante da frota deve ser entregue em 2014 e 2015.
De acordo com Novaes, a previsão é que os tanques sejam enviados nos próximos anos à 5ª Brigada de Cavalaria Blindada e à 6a Brigada de Infantaria Blindada do Exército, no Rio Grande do Sul e Paraná.
Os blindados também devem ser usados na Jornada Mundial da Juventude, Copa do Mundo e Olimpíadas de 2016.
Os veículos comprados são capazes de abater mísseis, aviões, helicópteros ou drones (aviões teleguiados) suspeitos a até 5 km de alcance.
A fabricante informa que eles atingem alvos de até 5,5 km de altura, mas, no Brasil, serão usados em baixa altitude (até 3 km).
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Quatro tanques alemães que serão usados no esquema de segurança e defesa da Copa das Confederações já estão no Rio de Janeiro.
Os quatro tanques passarão por uma revisão e, já no início da Copa das Confederações, dia 15, estarão posicionados para fazer a defesa do espaço aéreo do Rio.
Os locais exatos em que os tanques ficarão não foram divulgados pelo Exército.
Os tanques são do modelo Gepard e não são novos. Já foram usados na Alemanha e passaram para uma reforma para serem vendidos ao Brasil.
Ao todo, o Exército brasileiro comprou 34 tanques alemães. Tudo custou cerca de R$ 80 milhões.
Desses tanques, oito já estão no Brasil. Além dos quatro que estão no Rio, outros quatros ficarão em Brasília durante a Copa das Confederações.
Depois do torneio e da visita do Papa, os quatro tanques que estão na capital fluminense serão levados para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Não entendi…..
“A fabricante informa que eles atingem alvos de até 5,5 km de altura, mas, no Brasil, serão usados em baixa altitude (até 3 km).”
Isso isso é opção nacional ou downgrade????????
Talvez seja por causa dos radares, talvez por causa do tipo de munição adquirida. Ou simplesmente porque só porque você pode fazer algo não significa que deva. É como velocidade máxima de carros, só são obtidas em condições perfeitas, é muito mais fácil acertar projeteis a 3 km do que a 5 km. A uma altura muito grande a maioria dos tiros dispersaria ou nem se quer chegaria, os que chegariam teriam pouca energia e dariam pouco dano ao alvo. Talvez seja só o exercito querendo usar o equipamento na faixa em que é mais adequado e garante maior eficiência.
NovoBrazuk,
Creio que significa que essas máquinas terão por função apenas a esfera de defesa a baixa altura, que compreende até 3000 metros. Acima disso, seria responsabilidade de sistemas médios, como o Pantsir. Ou seja, é apenas uma questão de utilização de meios.
Muitos por aqui desceram a lenha na compra dos Guepards, eu por outro lado acho que nossa defesa aérea teve um enorme salto qualitativo,como eu já disse antes pode não ser o melhor dos mundos,porém é muito mais do que já tivemos antes.
O que me deixa muito fulo é que eles só foram comprados por exigência da FIFA , ou seja se não fosse a copa nossas defesas se resumiriam a canhões Bofors e mísseis Igla e nada mais.
No mais parabéns ao exército pela aquisição aos poucos vai implantando uma defesa aérea compatível com as nossas necessidades.
Ja que os Gepards podem ser equipados tbm com mísseis do tipo FIM-92 Stinger mais aqui provavelmente será o Igla o EB poderia fazer tbm um estudo técnico se seria possível acoplar lançadores duplos de uma versão modificada dos mísseis A-DARTER nos Gepards e aumentando seu raio de letalidade para uns 10 a 15 km.
Ja que os Gepards podem ser equipados tbm com mísseis do tipo FIM-92 Stinger mais aqui provavelmente será o Igla o EB poderia fazer tbm um estudo técnico se seria possível acoplar lançadores duplos de uma versão modificada dos mísseis A-DARTER nos Gepards e aumentando seu raio de letalidade de 5,5 km de altura para uns 8 a 10 km e de 10 a 15 km de alcance com os mísseis.