Através de embargos, o Ocidente tenta forçar o Irã a ser mais transparente em relação a seu programa nuclear – até agora sem sucesso. Por isso, críticos exigem o fim da política de sanções.
Qual é o objetivo do programa nuclear do Irã? Essa questão ocupa a comunidade internacional há vários anos. Será que o Estado teocrata almeja possuir armas atômicas? Ou deve-se acreditar nas declarações do governo iraniano, que alega o uso exclusivamente civil da energia atômica? Ninguém no Ocidente é capaz de responder a isso com certeza.
Desde que, em 2006, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) comunicou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas suas dúvidas de que o programa nuclear iraniano só estaria voltado para o uso civil, a comunidade internacional exige uma resposta. O meio escolhido para obtê-la: aplicar sanções.
Duro regime de sanções
De acordo com várias resoluções da União Europeia (EU) e em coordenação com os Estados Unidos, as sanções foram consideravelmente intensificadas em 2012. A Alemanha, assim como a UE e os EUA, segue em sua política de sanções uma “abordagem dupla”, que o Ministério alemão do Exterior descreve da seguinte maneira em seu site: “Por um lado, é oferecida ao Irã cooperação ampla, caso ele coopere com a comunidade internacional para esclarecer seu programa nuclear. Por outro lado, enquanto não houver cooperação, as sanções visam forçar o Irã a ceder no tocante à questão nuclear.”
As sanções adotadas em 2012 são muito mais drásticas e abrangentes do que todas as anteriores. Elas atingem o setor financeiro, incluem um embargo sobre petróleo e gás natural, assim como uma longa lista com nomes de importantes personalidades, empresas e instituições do Irã, cuja liberdade de ir e vir está restrita em nível internacional. O governo alemão enfatiza repetidamente que as medidas não se dirigem contra a população civil iraniana.
De fato, a situação econômica no Irã piorou dramaticamente nos últimos meses. A inflação disparou, a moeda nacional, o rial, perdeu 30% do seu valor, gêneros alimentícios como carne de frango ou bovina tornaram-se inacessíveis para a maioria das pessoas. Periodicamente há panes no abastecimento de medicamentos essenciais. “A população inteira sofre com as sanções”, é a conclusão de um estudo da Dubai Initiative, uma cooperação entre a Dubai School of Government (DSG) e a Harvard Kennedy School (HKS).
Nenhuma perspectiva nas negociações
Apesar das sanções, até hoje o Irã não fez qualquer concessão. As negociações no Cazaquistão, no início de abril último, não trouxeram resultado, da mesma forma que todas as negociações nucleares anteriores.
Segundo os críticos, porém, o efeito é contrário. Na visão do cientista político teuto-iraniano Ali Fathollah-Nejad, as sanções impedem a resolução do conflito, “pois aumentam o poder do regime sobre a sociedade civil”. As sanções atingem muito mais a classe média – base da resistência contra o governo – do que a pequena elite dominante. A consequência é que o regime ganha mais poder e a oposição perde influência.
Além disso, o especialista está convencido de que o Ocidente e o Irã partem de perspectivas diferentes. “O Ocidente pensa em termos de cálculos de custo-benefício. Os iranianos encaram as sanções como um meio de pressão ilegítimo, contra o qual é preciso resistir.” Assim, enquanto o Ocidente acreditar que existe um ponto em que o Irã se curvará, na prática a pressão só aumenta a resistência deste país.
Problema das sanções direcionadas
Segundo a opinião de muitos observadores, as sanções não apenas deixam de alcançar os seus objetivos como atingem as pessoas erradas. A população, que já sofre sob o regime, também é atingida pelos embargos.
Um exemplo é o Iraque. Na década de 1990, as sanções contra o país causaram uma catástrofe humanitária, mas não conseguiram derrubar o regime. Depois disso, inúmeros especialistas apresentaram planos para as assim chamadas sanções “inteligentes” ou “direcionadas”.
Seu objetivo era manter as sanções como um importante instrumento de coerção para assegurar a paz mundial, como prevê a Carta das Nações Unidas. Sanções não direcionadas, que causam a miséria de populações inteiras, são difíceis de conciliar com os direitos humanos e deveriam pertencer ao passado.
No caso do Irã, contudo, onde, mais uma vez, extensas sanções econômicas atingem sobretudo o povo, é quase impossível falar em sanções direcionadas. “No caso do Irã, é preciso partir do princípio de que as sanções atuais não são compatíveis com os direitos humanos, por atingirem, de fato, a sociedade”, diz o politólogo Ali Fathollah-Nejad.
Filas intermináveis para comprar comida são efeito das sanções ocidentais
Busca desesperada por soluções
Qual saída ofereceria para ambas as partes uma solução aceitável? O Instituto de Estudos de Segurança Nacional da Universidade de Tel Aviv, de tendência conservadora, concluiu em suas pesquisas que as sanções contra o Irã ainda não foram suficientemente dolorosas. Visto que o Irã continua incólume, o aumento da pressão seria uma consequência lógica.
Já Niema Movassat, deputado do partido alemão A Esquerda, rejeita as medidas punitivas. Ele reivindica uma mudança fundamental de perspectiva: “Em minha opinião, o Ocidente deveria dar o primeiro passo.” Isso significaria acabar com as sanções e oferecer garantias de segurança para todos os países da região.
A longo prazo, a duplicidade de critérios no uso da energia nuclear precisa terminar, prossegue o deputado. Por exemplo, Paquistão e Israel, que ao contrário do Irã nunca aderiram ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares e que possuem armas atômicas, teriam que empreender o desarmamento nuclear. “Precisamos finalmente tratar o Irã de acordo com o direito internacional, apesar de seu regime desumano.” Se isso acontecesse, aumentariam também as possibilidades de uma mudança na política interna do país, afirma Movassat.
A guerra contra o irã é econômica e quase nada tem a ver com o programa nuclear do país.
As potências ocidentais estão tentando evitar o surgimento da sexta maior potência do mundo, porque potêncial pra isso o irã tem de sobra.
O Irã está pagando por sua retórica agressiva e fascista. E embora o governo não esteja retrocedendo, a notícia deixa claro o sucesso das sanções em reduzir a capacidade do governo iraniano especialmente no tocante à desestabilizar a região do Golfo Pérsico e ameaçar a segurança de Israel, restando evidente a desonestidade da solução engendrada em 2010 pelo nosso Estadista de Sindicato em conjunto com o então chanceler megalonanico.
Por fim, é interessante como vão explicar que o Estado fascista iraniano seria a sexta potência econômica do mundo, inclusive à frente de países como Brasil, GB, Rússia e Índia, se tecnologicamente falando estão bem mais atrasados que o Ocidente e tampouco possuem riquezas minerais, salvo o petróleo, como a terra brasilis possui. Cada uma que a gente vê….
Apesar de achar superestimada essa previsão de 6ª economia mundial o Irã possui um potencial econômico absurdo. E sim, as sanções tem maior preocupação econômica do que militar. O Irã apesar de ser um país de tradições antiquadas, devido principalmente à enorme influência da religião muçulmana sobre o estado, não é um país de de ignorantes e bárbaros como a lavagem cerebral da imprensa ocidental insiste em afirmar. Eles tem uma tradição de produção artística, em todos os campos, impressionante.
Um outro porém sobre as sanções que não foi falado na reportagem se refere aos avanços tecnológicos indígenas que eles estão tendo, pois as mesmas os obrigaram a isso, inclusive diversos especialistas americanos já alertaram sobre essa faceta. É óbvio que quando me refiro aos avanços tecnológicos do Irã não se comparam de forma alguma ao de grandes nações já estruturadas tecnologicamente, como EUA, Japão, Rússia, China, algumas européias, etc. Mas, se tomarmos como exemplo o nosso glorioso país (que vive sobre uma sanção de caráter), veremos que o avanço deles, sobre essas circuntâncias é absurdo.
“tampouco possuem riquezas minerais”
Isso não é verdade! Esse argumento não se sustenta frente a uma rápida busca na internet. O potencial é enorme, o problema é que não desenvolveram essa vertente econômica e nem diversas outras, pois o mercado de petróleo supria todas as necessidades, antes das sanções.
Texto extraído da Wikipédia:
A mineração no Irã é subdesenvolvida. No entanto, o país é um dos produtores minerais mais importantes do mundo, classificados entre os 15 principais países ricos em minerais, possuindo cerca de 68 tipos de minerais, 37 bilhões de toneladas de reservas provadas e mais de 57 bilhões de toneladas de potenciais reservatórios. A produção mineral contribui com apenas 0,6 por cento do PIB do país. Adicione outras indústrias relacionadas à mineração e este número aumenta para apenas quatro por cento (2005). Muitos fatores contribuíram para isso, ou seja, a falta de infra-estrutura adequada, barreiras legais, dificuldades de exploração e controle do governo sobre todos os recursos.
As minas mais importantes do Irã incluem carvão, minerais metálicos, areia e cascalho, minerais, químicos e sal. Khorasan tem a maioria de minas em operação no Iran . Outros grandes depósitos, que em sua maioria permanecem subdesenvolvidos são de zinco (maior do mundo), cobre (revista para 2ª maior em 2010), ferro (9ª maior do mundo), urânio (10ª maior do mundo) e chumbo (11ª maior do mundo). O Irã com cerca de 1% da população do mundo e tem mais de 7% do total das reservas minerais do mundo.
As sanções provocam reações. Permite ao Irã não reconhecer patentes estrangeiras ou direitos autorais. Como existe uma gigantesca base de informações científicas de base disponível na internete, basta organizar pessoas para pesquisar as tecnologias necessárias para o desenvolvimento de ou outro produto. Ou seja, para se fazer um novo jato ou armamento, não é necessário começar do zero, muita informação já existe disponível de graça na net.
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