Foguete chinês pode ser teste de arma contra satélites, dizem EUA

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O governo dos EUA acredita que o lançamento de um míssil pela China nesta semana foi o primeiro teste de um novo interceptador que poderia ser usado para destruir um satélite em órbita, disse uma fonte de defesa do governo dos EUA à Reuters.

A China lançou o foguete na segunda-feira, mas não colocou nenhum objeto em órbita, disse o Pentágono na quarta-feira. O objeto voltou à atmosfera sobre o oceano Índico.

“Monitoramos diversos objetos durante o voo, mas não observamos a inserção de quaisquer objetos em órbita, e nenhum objeto associado a esse lançamento permanece no espaço”, disse a tenente-coronel Monica Matoush, porta-voz do Pentágono.

O foguete chegou a 10 mil quilômetros da Terra, mais alto lançamento suborbital visto no mundo desde 1976, segundo Jonathan McDowell, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica.

A China diz que o foguete, lançado da base de Xichang (oeste), transportava uma carga científica destinada ao estudo da magnetosfera terrestre.

“Quero enfatizar que a China defende consistentemente o uso pacífico do espaço exterior e se opõe à militarização do espaço exterior, bem como a uma corrida armamentista no espaço anterior”, disse Hong Lei, porta-voz da chancelaria, a jornalistas em Pequim.

Mas uma fonte de Defesa dos EUA disse que a inteligência norte-americana apurou que o foguete pode ser usado no futuro para transportar uma arma antissatélite em uma trajetória semelhante. Nem esse funcionário nem o Pentágono divulgaram detalhes sobre a carga que o foguete chinês teria levado ao espaço.

“Foi um míssil baseado em terra, que acreditamos que seria o primeiro teste deles de um interceptador que seria projetado para ir atrás de um satélite que esteja realmente em órbita”, disse na quarta-feira a fonte, que não estava autorizada a se identificar.

Em 2007, a China lançou um míssil contra um satélite chinês desativado em órbita, deixando uma enorme quantidade de detritos no espaço.

O lançamento da segunda-feira foi semelhante aos lançamentos usando o foguete Blue Scout Junior, realizados pela Força Aérea dos EUA na década de 1960 para pesquisar a magnetosfera terrestre, disse McDowell por email. Segundo ele, é raro que lançamentos suborbitais passem dos 1.500 quilômetros, e nunca outro país além dos EUA havia chegado a 10 mil.

 

Fonte: Terra

4 Comentários

  1. Por quê só os americianos podem e os outros não?!Os americanos certamente tem guardadinho seu interceptador de satelites pra usar qdo quiser!A China também pode ter o dela!Eles estadunidense tão sempre vendo ameaça nos atos de terceiros e não querem que os terceiros vejam ameaça nos atos deles!O Brasil da libertadora que se cuide, senão, vamos todos pra cucunha e de vermelho!O brasil efetivametne é um pais vuneralvel hoje a esses paises que estão ai estabelcidos e aos que estãos se estabelecendo!A china, a India, a Africa do Sul estão melhor posicionados em defesa do que nós e isso é visivel pra qualquer leigo!A Africa do Sul também tem arma e tecnologia nulcear!E nós tamos chorando aviões de caça, perdendo oportunidades, só porque uma presidente arrogante acha que entende de tudo!Se manca tia, tá na hora de acordar!

  2. “O lançamento da segunda-feira foi semelhante aos lançamentos usando o foguete Blue Scout Junior, realizados pela Força Aérea dos EUA na década de 1960 para pesquisar a magnetosfera terrestre, disse McDowell por email. Segundo ele, é raro que lançamentos suborbitais passem dos 1.500 quilômetros, e nunca outro país além dos EUA havia chegado a 10 mil.”
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    Na década de 60 o EUA estava preparando sua missão lunar… por coincidência a China também esta preparando agora um voo tripulado até a Lua. Estudo da Magnetosfera? Plausível…

    Claro que nestes casos o científico e o militar andam juntos.

  3. Nada disso é realmente necessário. Um míssil pode ser elevado até a estratosfera por um ( ou vários) balão meteorológico e, de lá, ser ligado e controlado remotamente até colidir com um satélite. Coisa de pesquisa universitária básica.

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