Estados Unidos enfrentam estagnação política

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A agência de avaliação de crédito Standard & Poors tirou recentemente dos EUA a melhor nota mantida até então pelo país. No Congresso, as ideologias se chocam, dificultando o consenso.

Em Washington, ficou difícil conduzir processos políticos. No Congresso norte-americano, ideologias contrárias se chocam, tornando acordos praticamente impossíveis. Um exemplo claro é a reforma do sistema de saúde, um projeto exemplar do presidente Barack Obama.

Seu Partido Democrático conseguiu aprovar o projeto, apesar da resistência veemente dos republicanos conservadores, mas a consequência disso é a impossibilidade de acordos em outros setores, como nos de educação e meio ambiente.

Divergências sobre a função do Estado

Ao lado da tentativa de introduzir um seguro de saúde para todos, a busca de um caminho para sair da armadilha do endividamento é o maior problema discutido pelo Congresso. Em fins de dezembro de 2012, republicanos e democratas só conseguiram chegar a um acordo por um breve período de tempo. A inadimplência do Estado só pôde ser tratada provisoriamente.

As frentes contrárias no Congresso permaneceram, contudo, impassíveis. Enquanto os democratas querem reaquecer a conjuntura através de subsídios massivos, os republicanos, que depois das eleições do segundo semestre de 2012 detêm a maioria do Congresso, impedem isso com o argumento de querer diminuir as despesas do Estado.

As sugestões de ambos os partidos são distintas a respeito da intensidade da intervenção do Estado nas questões civis. O princípio da solidariedade, de um lado, colide com a ideia de uma economia de mercado isenta de barreiras, de outro.

Entre os que observam um Estado regulador com desconfiança está o senador republicano Marco Rubio, que seguidamente ataca o presidente Obama: “O governo é sabiamente freado pela Constituição. Ele só pode exercer suas tarefas quando os limites constitucionais forem respeitados”, comenta o republicano.

De acampamento a movimento internacional de protestos

Entre os grandes partidos surgiu uma divergência a respeito das tarefas mais elementares do governo. Grupos de interesse influentes fora do Congresso acirram o conflito. Occupy Wall Street é um dos maiores entre eles.

O movimento de protesto empenha-se por mais justiça social, contra o poder dos bancos e a influência da economia na política. Os manifestantes, que não têm uma estrutura coesa de organização, atraíram a atenção através de ações espetaculares no bairro que concentra a sede dos bancos em Nova York e através da desobediência civil.

O que começou como um acampamento no Parque Zuchotti de Nova York cresceu assustadoramente, tendo se transformado num movimento internacional de protestos. Um fato importante neste contexto foi a disseminação de mensagens através de redes sociais. No entanto, nos últimos tempos, o Occupy Wall Street passou a atrair menos atenção.

Tea Party em ascensão

Os grupos de interesse de direita também se organizam. O movimento Tea Party, criado como uma resposta à crise financeira de 2009, é um dos mais fortes e mais radicais entre eles. O movimento apoia principalmente os republicanos conservadores e entende-se como um movimento civil.

Grande parte dos recursos que sustentam o movimento vêm, contudo, dos irmãos bilionários David e Charles Koch, que querem acima de tudo defender interesses econômicos próprios: menos impostos e menor regulação por parte do Estado. Um mercado sem influência estatal é a meta dos seguidores do Tea Party.

Embora esses movimentos defendam posições políticas distintas, o presidente Obama vê características comuns entre os manifestantes das diversas alas: “Os protestos do Occupy não se diferenciam muito das do Tea Party. Dos dois lados, tanto da esquerda quanto da direita, as pessoas se sentem deixadas de lado pelo governo”, comparou o presidente numa entrevista concedida em fins de 2011.

Agrupamentos de esquerda exigem mudança de pensamento

Sindicatos e organizações ambientais tentam, através de posturas políticas muito concretas, influenciar a política de Washington, que é, a seu ver, praticada de maneira muito próxima dos preceitos econômicos. A maior e mais antiga organização ambiental do país é a Sierra Club. Com uma história centenária, ela tenta influenciar acima de tudo a política climática do governo

Um exemplo: a campanha contra a planejada construção do oleoduto Keystone XL, que deverá transportar petróleo do Canadá até o Golfo do México. Com suas ações, os ativistas alertam a respeito dos riscos cada vez maiores para o meio ambiente e a economia. Eles querem um Estado forte, democraticamente legitimado. E que se envolva nas questões pertinentes.

A democracia norte-americana vive do aval da população. No entanto, a atmosfera entre a sociedade do país mantém-se, como antes, acirrada. O diálogo entre o Tea Party e seus adversários de esquerda parece impossível.

No Congresso, a situação é semelhante: ideólogos dão o tom tanto para democratas quanto para republicanos e acordos parecem cada vez mais difíceis. Muitos norte-americanos acreditam que Obama tenha feito muito pouco até agora para construir pontes entre as duas frentes.

Fonte: DW.DE

 

2 Comentários

  1. Não dá pra fazer omelete sem quebrar os ovos!O discurso politicamente correto se choca em si mesmo, gerando imobilidade!

  2. Nao sei se e questao de fazer ou desfazer omelete, ou corretidao ou nao de discurso. Nao sou cozinheiro nem analista de oratoria, mas o pouco que sei, resultado do pouco que li e que a estagnacao economics dos EUA nao comecou ontem, nem em 2007, nem 2001, nem na era Reagan, ou Carter, mas ja na em meados de 1960. Porque os Estados Unidos foram forcados cometer ums dos maiores golpes de caloteiros da historia moderna, quando eles renegaram o acordo de Bretton Wood, a suspenderam a convertibilidade do dollar ao ouro. Nixon, Agosto 1971.Porque tal fradulencia? Business my son! Ja nos fins da decada de 1950 os EUA estavam perdendo competitividade no mercado internacional a Alemanha e Japao principalmente. O que estava ocorrendo era que os EUA e Inglaterra estavam querendo viver de gloria, enquanto Alemanha e Japao estava trabalhando duro, pouco salario e maior produtividade. Os EUA e Bretanha Pequena estavam criando o habito de gastar mais do que ganham, isto e viver do crediario. Quando alguns governos europeus, De Gaule na Franca em particular, percebeu que os Estados Unidos estavam imprimindo dollar para adquirir empresas, terras, e imoveis no resto do mundo, ele comecou trocar os dolares acumulados no banco central frances por ouro. Quando Nixon percebeu que os governo do EUA nao poderia mais imprimir dolar para pagar gastos militares, ja altos por causa das guerras, intervencoes e compras de aliados no mundo afora. comprar paz social.dentro de casa, isto e nao apertarem muito o cinto da populacao trabalhadora yanque se mais outros governos seguirem os passos de De Gaulle e comecassem trocar seus papeis moedas dolares em troca de dinheiro real, Ouro, Nixon tirou a mascara e assumiu o seu papel real de Chefao Mafioso.Unilateralmente rasgou o contrato de Bretton Wood e disse ao mundo doravante o dinheiro reserva do mundo e esse papel higienico chamado dollar. Os governos dos paises tributarios nao gostaram muito dessa fradulencia americana, mas eles nao possuiamm bombas atomicas, nem misseis de alcance internacional. Somente isso. Forcas das Armas garantem o papel do dollar como moeda reserva mundial. Truculencia diplomatica a estilo de Don Corleone, forcou os arabes fixarem o preco do petroleo em dollares. Com isto os EUA pagam suas importacoes com dinheiros que eles mesmos imprimem, agora nem isso, digitam esse dinheiro. Se antes uma nota de dollar continha menos valor que um pedaco de papel higienico, hoje um dinheiro digital possuem um valor equivalente a zero. E uma nacao que vive do suor dos trabalhadores do resto do mundo. E por isso que eles gastam uma enorme quantia de dinheiro, que eles nao possuem, com armamentos. China, Japao, e Arabes exportadores de petroleos financiam esses gastos militares. Como outrora disse um ex ministro da Arabia Saudita, Os Arabes exportam petroleo em trocam de dollares. Proibidos de comprarem industrias na Europa e nos Estados Unidos e criarem uma base industrial nas terras arabes, somos forcados a trocarem esses dollares por outro tipo de papel moeda, Notas do Tesouro Americano, que pagam um juro muito baixo, e porque os EUA estao sempre imprimindo mais dolares, o poder aquisitivo dessas notas estao sempre depreciando. O governos Norte Americano usam parte esses dolares arabes, para financiar a industria belicas do Pentagono, O Pentagonos por sua vez daso esses armamentos, avioes militares e bombas para os Israelitas bombadearem os paises Arabes..A hegemonia militar norte americana permite esse pais imprimir/digitar dolares para comprarem o que o resto do mundo produzem. Parte dos dolares que os paises exportadores depositam no Tesouro norte americano e praticamente distribuidos aos bancos morte americanos para esses usarem em especulacoes. Obviamente, O EUA digitam tambem dolares para especulacao, juros de quase 0%. Tudo isso faz com que nao ha motivacao para a burguesia norte americana forcarem os trabalhadores yanques trabalharem como fazem os chineses. E so verificarem o salario de um operario norte americano e o de um operario chines, para perceberem a diferenca. Mas patriotismo nao produz lucro, e o que motiva capitalistas investir seu capital nao e a grandeza da patria, mas o aumento de seu capital. Dai eles transferirem a fabricas norte americanas para China. Dai a estagnacao.

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