Dois fatos que tem me chamado a atenção, dentre os muitos que se tornam públicos no Brasil, dia a dia, e que tem uma cara similar.
De um lado, o tal Ustra, torturador reconhecido por suas vítimas, ainda hoje, entende que estava certo, a julgar por suas palavras publicadas em todos os jornais do Brasil, em depoimento no Congresso Nacional.
Afinal, ele só torturou, deu choque nos orgãos genitais dos presos, bateu a valer, quebrou braços e pernas e matou. O que é que tem isso?
Na outra ponta, o presidente da CBF que comanda a maior paixão nacional, cujo país se prepara para sediar mais uma Copa do Mundo. este está sendo acusado pela família de Wlado Herzog, assassinado nos porões da repressão dos anos de chumbo, aparentemente, à partir de uma denúncia do tal José Maria Marin, que em qualquer país em que a sociedade se preze, jamais seria aceito ocupando o cargo de destaque que ocupa, projetado nacional e internacionalmente, como representante mais importante do nosso país, no mundo da bola.
Não há brasileiro que hoje, em sã consciência, apoie estes criminosos que travestidos de, um dia defensores do país, mandaram muita gente desta para melhor e andam por aí, posando de bons moços e cumpridores de ordens.
Cumpridores de ordens, coisa nenhuma. cada um de nós, tem seu norte e sabe muito bem o que fez, o que está fazendo e quais são seus limites, em relação ao que fará.
O Brasil vive sob a égide da anistia. Este fato não invalida o julgamento moral e ético das pessoas que em outras épocas infringiram, no mínimo o Código Penal, matando quem estava sob sua proteção independente de crimes que possam ou não ter cometido.
Já está na hora da cidadania brasileira traçar seu perfil de comportamento consciente e não abrir mão dele, seja em que regime e em que governo estivermos vivendo.
Qual a nota que vamos passar a dar para quem quer acabar com nossa liberdade?
Qual a nota que vamos passar a dar para quem não aceita que queremos melhorar de vida, trabalhando honestamente?
Qual a nota que vamos dar para quem usa o aparelho do estado para matar indiscriminadamente, dando vazão às suas necessidades de poder?
Qual a nota que vamos dar para quem trabalha contra a democracia em nosso país?
Cabe a cada um de nós trabalhar para manter sua independência, sua liberdade e seus direitos.
Aproveito para mais uma vez, declarar que se a senhora Dilma Rousseff, pegou em armas para garantir a liberdade no Brasil, é com ela que eu vou. Como judeu só posso apoiar quem me respeita e quem luta até com a própria vida para garantir meu direito a existir em liberdade.
Consciência é o nome do jogo!
Ronaldo Gomlevsky
Editor Geral – “MENORAH RAPIDINHAS”
5 Comments