Israel poderia alojar a esquadra russa e em troca Moscou suspenderia a venda dos S-300 para a Síria

s300

Imagem: RIANOVOSTI

Tradução e Adaptação: konner

Um especialista russo em estudos do Oriente Médio sugeriu hoje que Israel poderia oferecer uma base para a frota russa no Mediterrâneo, e em troca Moscou se recusaria a fornecer os sistemas antiaéreos S-300 para a Síria.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu vai visitar a Rússia na próxima terça-feira e se reunirá com o presidente russo, Vladimir Putin.

O chefe do Instituto do Oriente Médio, Yevgeny Satanovski, tem certeza que Netanyahu vai “insistir que, é melhor não perturbar o equilíbrio de armas e tecnologias militares no Oriente Médio, portanto, não seria apropriado vender os sistemas S-300 à Síria”.

Satanovski diz não poder prever o resultado da entrevista, mas, em sua opinião, “Israel tem muito a oferecer nessa negociação. Hoje, há a questão da frota russa no Mediterrâneo e sua base no futuro”, lembrou.

Ele acrescentou que o porto israelense de “Haifa, está próximo e não é por acaso que o navio russo de assalto anfíbio Azov já tinha estado lá recentemente, pela primeira vez na história”.

A Rússia pretende restaurar a sua presença naval permanente no Mediterrâneo. Atualmente, a Marinha russa usa como base logística o porto sírio de Tartus. (…)

Na semana passada, Israel realizou uma série de ataques aéreos contra a Síria, segundo fontes de inteligência ocidentais, para abortar a transferência de mísseis do Irã para a milícia xiita Hezbollah no Líbano.

O governo sírio, por sua vez, disse que foi bombardeado um centro de pesquisa, nos arredores de Damasco e ameaçou retaliar contra Israel.

Fonte: RIANOVOSTI

9 Comentários

  1. Só se Israel fosse tolo em aceitar tal acinte. Com os meios que eles possuem, tais como o eficientíssimo Sayret Matkal, o mítico MOSSAD e a lendária Heyl Ha’Avir, é muito melhor atacar e destruir essas baterias logo após a entrega das mesmas.

    • A proposta foi feita, para não ser aceita.
      Mas creio que tanto o Tashal como a Heyl Ha’Avir preocupam-se com a possibilidade destas baterias estarem operacionais, o trabalho seria dificultado.

      • Amigo E.M Pinto:

        Creio que o melhor meio para destruir as mesmas seria através do emprego de UAVs suicidas. Os israelenses já usam o IAI Harpy e recentemente apresentaram o Harops, que tem alcance muito maior.

      • Correto HMS, entretanto, sobre a proteção dos Pantsyr os Harpy também teriam o trabalho dificultado, neste caso o emprego de sabotadores talvez fosse a melhor opção, aliás, foi esta a empregue na operação ORCHAD onde coube ao Sayret Matkal “cegar” as defesas.

      • E.M. Pinto,

        Verdade… Contudo, utilizar sabotadores nem sempre e garantia de sucesso.

        A rigor, um ataque de saturação é algo que sistema nenhum consegue deter…

        Se Israel quiser mesmo destruir esse armamento, pode muito bem montar uma operação “monstro” para destruí-los no momento de seu desembarque, como disse o amigo HMS TIRELESS. Claro que uma operação desse porte envolve seus riscos, visto que os sírios não vão ficar de braços cruzados.

        Mesmo que exista o risco de se destruir alguma aeronave de transporte russa no processo ( o que terminaria de azedar as relações entre Russia e Israel ), é bem provável que os israelenses prefiram um serviço bem feito, tal como provado ao longo de sua história…

      • Só que nesse caldeirão dos infernos também tem o Hezbolah que pode botar as mangas de fora e azedar o caldo.A situação é muito delicada e se der M….. vai feder muito.

  2. É por essas e outras que apoio o desenvolvimento da industria bélica nacional, seja construindo as armas com 100% de tecnologia nacional ou apenas incorporando peças nacionais nos equipamentos estrangeiros.

    EC-725, Guarani, IA-2, MT-300 Matador, Piranha B, Motor do Exocet, Scorpène, A-Darter entre outros que se não são 100% nacionais ao menos temos partes fabricadas aqui, sejam bem vindos.

    Em meio a uma guerra não se pode esperar nada de ninguém além de você mesmo, é melhor poder contar com armamento não tão bom, mas que você mesmo pode fabricar, que contar com o que existe de melhor no mercado mas que esse não quer ou não pode repassar.

    • Carl,

      De fato… Concordo contigo…

      Contudo, deve-se ter cuidado com com o conceito de independência. É como disse antes e repito mais uma vez: De que adianta sermos capazes de manufaturar um assento de uma aeronave se motores terão que vir de fora…? Perceba que a coisa perde sentido… Certas tecnologias jamais serão repassadas, sob pena de se comprometer a segurança de quem repassa. Países sérios agem dessa maneira. Por tanto, a menos que essas peças tenham alguma importância realmente vital no item adquirido, ou que representem algum ganho tecnológico real, ou que se domine 100% de todos os seus aspectos, a sua produção pode simplesmente não compensar.

      Dessa forma, deve-se dar maior prioridade naquilo que se pode desenvolver totalmente por conta própria, tal como armamentos e alguns itens eletrônicos, cujo investimento pode ser compensado pela escala de produção, e planejar a médio/longo prazo as demais tecnologias, com investimento 100% próprio… É pagar para treinar mão de obra dentro do Brasil e investir pesado em pesquisa. Não tem caminho alternativo; não tem como pular etapas. Deve-se adquirir conhecimento e ter proficiência no que se faz por si mesmo. É assim que as grandes potências são o que são; batendo cabeça e aprendendo com acertos e erros…

      Mas nesse meio tempo, vale ter uma alternativa… Um meio qualquer ( desde que atenda as necessidades das FAs ) com armas produzidas e integradas no Brasil, com possibilidade de fazer a manutenção localmente, já estaria de muito bom tamanho e poderia ser muito mais econômico, poupando dinheiro para investimentos locais.

      No sentido do desenvolvimento local, um caminho pode ser ilustrado no exemplo da Polaris, com seu pequeno motor a reação. A partir disso, o GF poderia muito bem “comprar” a ideia e utiliza-lo para o que desse e viesse, e assim dar suporte a industria local, incentivando-a.

  3. eu também acho já colocaram uma proposta que não tem como aceitar ,mas para quem falou que israel super potencia ,o seu presidente ja marcou uma entrevista para pedir penico para os russos ,mas eu acho que eles vao ter que vender ate as calcinhas para poder bancar o que os russos querem

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