A ECONOMIA ESTÁ PERDENDO FÔLEGO JÁ ALGUM TEMPO

crise-economica

Ramom Guerreiro:

“A economia está perdendo fôlego já há algum tempo.

Os três pilares do crescimento nos últimos anos – consumo baseado no crédito, aumento dos gastos públicos e investimentos estrangeiros -, estão perdendo força, não há sinais de que a estagnação industrial que já dura 5 anos se reverta, em meio a este cenário o Banco Central se vê obrigado a aumentar o juros por conta da inflação.

A hora da verdade para a economia brasileira e para aqueles que a conduzem está chegando.”

 

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PARA ECONOMISTAS, PAÍS FICOU DEFASADO NO CENÁRIO GLOBAL

 

Começa a ser esboçada uma convergência no diagnóstico sobre o tímido desempenho do PIB brasileiro nos últimos anos. A retomada do crescimento requer um plano estruturado de redefinição da indústria, o calcanhar de Aquiles no atual cenário econômico.

Essa é avaliação de dois renomados economistas, os professores Luiz Gonzaga Belluzzo e Edmar Bacha, convidados pelo Valor para analisar o tema deste suplemento que comemora os 13 anos do jornal: “Por que o Brasil não cresce?”

A reportagem é publicada pelo jornal Valor, 02-05-2013.

Em uma conversa de três horas, Bacha, um dos formuladores do planos Cruzado e Real e hoje ligado ao PSDB, e Belluzzo, também da equipe que implantou o Cruzado e que se identifica mais com a atual equipe econômica do governo, falaram sobre os desafios econômicos do país em curto e médio prazo.

Eis as entrevistas.

O governo adotou estímulos fiscais e monetários e a economia não reagiu. Por quê?

 Luiz Gonzaga Belluzzo – Ficamos atrasados. Quando falamos que tem um processo de desindustrialização, não estamos dizendo que estamos arrancando fábrica daqui, até porque o investimento estrangeiro direto continua vindo, mas ele vem para a ponta desse sistema. Nós não estamos nos engrenando nas cadeias produtivas globais. Quando começou esse negócio de globalização, houve uma discussão, a meu juízo ideológica, que tinha viés dos dois lados. Por um lado apresentavam a globalização como um processo homogêneo.

Vou dar como exemplo um comentarista respeitado, Thomas Friedman, que diz que o mundo é plano. O mundo não é nada plano, é cheio de saliências e de diferenças. Você não explica o sucesso da China sem o que ocorreu nosEstados Unidos em matéria de elevação do consumo, naquelas condições que a gente conhece, com estagnação dos rendimentos, maior desigualdade etc.

Também é um equívoco achar que são as reservas chinesas que financiam a economia americana. Se você olhar o fluxo de capitais, o bruto e o líquido, vai ver que os EUA foram o principal receptor de capital financeiro nesse período que vai de meados dos 1980 até recentemente.

A variável independente, do meu ponto de vista, é a liberalização financeira, são os fluxos financeiros dos EUA. As taxas de juros longas dos EUA ficaram baixas durante o tempo inteiro por causa desse brutal fluxo de capitais. E a City londrina funcionava como uma espécie de transatlântico financeiro. A maior parte do dinheiro vinha da Europa. Quando se tinha crise aqui, como houve em vários momentos, o dinheiro fugia daqui e ia para os EUA.

Isso deu espaço para duas bolhas: a da pontocom e, depois, a bolha dos imóveis. Houve uma restruturação, se terceirizava tudo, as empresas ganharam grande competitividade e isso foi muito eficiente, teve muita importância para a inflação mundial. A China e essa mudança estrutural, porque o preço dos manufaturados veio abaixo. Nós fomos os beneficiados. Quando se discute o Brasil até 2002 e depois de 2002 tem que contar com o fato de que as circunstâncias internacionais mudaram substancialmente.

Exatamente nesse período que se tem o boom de commodities, certo? Tivemos o boom de commodities de 2004 a 2008. De 2004 a 2008 tivemos uma mudança internacional raras vezes observada e acumulamos 300 e tantos bilhões de dólares de reserva. Nós temos US$ 370 bilhões, o que nos dá certa segurança. Tem um custo, teve o custo fiscal alto. Na verdade nós carregamos as reservas com taxas de juros muito altas e aí começam os problemas de curto prazo, que eu vou deixar para o Bacha falar. O que eu quero dizer é o seguinte: nosso atraso no que diz respeito à indústria nasce do final dos anos 1970, começo dos anos 1980. Nós nunca conseguimos na verdade montar um arranjo de política econômica que pudesse nos reinserir no processo de redistribuição da indústria mundial.

A não ser a indústria financeira.

Pega as taxas de crescimento dos anos 1980, qual foi a taxa de crescimento média?

Edmar Bacha : Per capita, negativa

Belluzzo : Per capita, negativa. Mas ela foi 2%, 2,5%, por aí. Nos anos 1990 quanto foi a taxa de crescimento médio? A mesma coisa. Deu uma recuperada a partir de 2004, pelas razões que eu expus aqui, bateu em 4% em 2004, foi bem até 2008, em 2008/09 tivemos aquela queda de 0,6%, eu vou deixar para falar das coisas de curto prazo depois, porque acho que o Bacha tem que começar a dar a opinião dele.

 Bacha : Deixa eu ser tecnocrático aqui: por que cresce pouco? Porque investe pouco e porque tem baixa produtividade. E a segunda é: por que investe pouco? Porque tem baixa produtividade. Além disso, tem um antecedente, porque a Europa também está crescendo pouco, não é?

Em comparação com a Europa a gente está crescendo muito. Nosso problema não é só o crescimento baixo, é um crescimento baixo e inflação alta. Todos concordamos que não temos um problema de demanda efetiva, nós temos um problema de oferta.

O crescimento é baixo porque há alguma coisa errada do lado da oferta. Isso é denotado pelo fato de que acompanhando o crescimento baixo tem inflação alta, esse é primeiro ponto. Aí a gente tem que entrar nessas questões de oferta. O investimento é baixo se comparar – com os asiáticos, nem se compara – mesmo na América Latina, a taxa de investimento no Brasil acho que é menor que a do Paraguai, não sei se é menor do que mais alguém. Então o país investe pouco, aí a gente vai ter uma série de discussões sobre por que o país investe pouco, mas esse é um problema. E a produtividade também é muito baixa. Então tem alguma coisa que não está funcionando na economia.

Aí na hora em que você vai falar sobre o que não está funcionando na economia, em vez de ficar focado nas controvérsias dos economistas, você deveria olhar em que o Brasil é diferente, olhando assim para o lado ruim, por que a gente está no final da linha? Falando só de economia, uma coisa que está clara é dívida pública bruta de 65% do PIB, que é extraordinariamente elevada para um país em desenvolvimento, mas tem outros que estão lá também: tem a Índia, o Egito.

Mas é realmente elevado 65% do PIB?

Bacha : 65% do PIB comparados com nossos parceiros de renda per capita é extremamente elevado, o padrão normal seria mais nos 20%. Apesar dessa dívida elevada, temos uma tributação que é elevadíssima, no ano passado de 37% do PIB, isso também é totalmente fora de compasso.

Esse tipo de tributação é maior, por exemplo, que no Japão ou Estados Unidos, para não dizer o resto dos países em desenvolvimento. Acho que essa é uma coisa crítica. Qual é o outro componente que a gente tem totalmente fora de compasso? É a Previdência, com uma taxa de dependência muito baixa na relação entre idosos e pessoal ativo, 10%.

A gente já gasta 11% do PIB, tanto quanto gastam países que têm relação de dependência três vezes mais alta. A questão previdenciária é particularmente preocupante porque nós vamos chegar muito rapidamente a esse padrão de distribuição etária que hoje existe nos países avançados na Europa.

A outra questão em que o Brasil é realmente muito diferente é infraestrutura. A gente gasta 2% do PIB em infraestrutura, isso não existe, é parte importante do componente na revisão – além do custo Brasil implícito na carga tributária – de por que o investimento é tão baixo. Não tendo a infraestrutura, a rentabilidade do setor privado é muito menor, estamos vendo aí as questões dos portos, a preocupação com apagão.

E finalmente, mas provavelmente mais importante do que eu disse antes, a educação é lastimável, como é demonstrada pelo próprio resultado do Pisa, a gente é melhor que o Cazaquistão, número 73, mas nós somos numero 67. É uma coisa inacreditável. Conseguimos colocar as crianças na escola, mas não estamos ensinando nada a elas. Tem tudo a ver com o que o Belluzzo falou, não sei se ele vai concordar. O Brasil se isolou do ponto de vista econômico, do ponto de vista do comércio.

Parece que os dois concordam que a indústria é o grande ponto fora da curva. O senhor citou que Brasil se isolou do ponto de vista do comércio internacional e o professor Belluzzo usou a expressão de que nos anos 1970 e 1980…

 Belluzzo : O Brasil não se isolou, teve uma especialização ruim, eu acho.

O governo hoje quando olha para indústria está fazendo uma política atrasada? Exigência de conteúdo nacional….

Bacha : Eu acho que é exatamente por aí. Eu creio que está crescentemente se compondo uma ideia no país, uma percepção desse tipo de convergência – que é parecida com uma convergência com que a gente conseguiu através do Plano Real acabar com inflação – que é essa noção, com um “pibinho” e inflação alta, estamos convergindo para aquele problema de oferta. Na hora que a gente olha para os problemas de oferta no Brasil, tem tanta coisa para consertar, mas não tem um caminho? Eu estou cada vez mais convencido, ainda é uma tese, de que o caminho é partir para uma reindustrialização do país, o renascimento da indústria no Brasil.

 O que isso significa?

Bacha : Significa repensar a indústria brasileira, não no contexto do mercado interno, que foi sempre só nossa percepção, mas tendo em conta que é um país que tem uma dimensão grande interna, mas a gente tem que pensar a indústria brasileira em termos do mundo. Nós somos uma economia grande, mas nós só somos 3% do mundo, tem 97% lá fora. Está totalmente equivocada essa política de conteúdo nacional, está acabando com a Petrobras. Hoje em dia, nós vamos conseguir produzir todos os componentes de todos os bens aqui internamente, é essa ainda a concepção? Você pega a política industrial da saúde – é porque tem um déficit de R$ 11 bilhões; política industrial da eletroeletrônica é porque tem um déficit de R$ 16 bilhões. Então eu acho que precisa virar isso de cabeça pra baixo.

É realmente uma mudança de concepção.

Bacha : Se você fizer isso, vai forçar o governo a ter de fato uma política de controle de redução da carga tributária. Vai forçar o governo a colocar o câmbio no lugar, de outro jeito não dá. E vai forçar os empresários a pensar na hora de investir no Brasil – “não, não vou investir aqui só porque o mercado está ruim, eu vou investir aqui porque vai fazer parte das minhas plataformas exportadoras”.

Professor Belluzzo, como o senhor vê a indústria?

Belluzzo : Estou achando ótimo o Bacha falar isso, porque eu tenho diversas observações, digamos assim, críticas, sobre o quê ele falou. Assim fica legal o debate. Vou começar pela primeira observação que ele fez, corretíssima: o Brasil tem uma baixa taxa, você se lembra da taxa de investimento do Brasil nos tempos do milagre?

Bacha : 22%, 23%, chegou a 27%.

Belluzzo : O seu trabalho com o Regis Bonelli

Bacha : Comigo.

Belluzzo : O diabo é que eu tenho boa memória, eu não sou muito inteligente, mas boa memória eu tenho. A taxa no auge do milagre chegou a 27%, mas na verdade a média era 22%, 23%. A partir da crise da dívida externa tivemos um declínio fortíssimo. Vou analisar algumas questões estruturais do período anterior para a gente entender. Você tinha uma sinergia muito grande entre investimento público e privado naquela época em que construímos toda a nossa infraestrutura, até os anos 1970. Temos 30 anos atrasados na infraestrutura.

Keynes era um liberal conservador, gostava das conquistas culturais e civilizatórias do capitalismo, mas achava que o sistema não funcionava muito bem. Então, o que ele recomendou? Precisa ter uma sinergia para que você tenha um mínimo de estabilidade na taxa de inversão entre os programas de investimento, uma coordenação.

O que você perdeu aqui no Brasil foi muito dessa coordenação, nós tínhamos, mal ou bem, essa coordenação nos anos 1950 e 1960. Quem fazia isso? As empresas estatais. Eu não estou dizendo que você tem que desfazer a privatização, eu estou dizendo o seguinte, o governo precisa ter um orçamento de capital separado do orçamento corrente, orçamento corrente tem que ser sempre equilibrado, o orçamento de capital é aquele que regula as flutuações cíclicas, isso foi o que ele pensou.

Muito bem, deixamos o investimento público aqui baixo, a nossa indústria de bens de capital está reduzida. A taxa de investimento é muito baixa. E ela ficou estagnada com flutuações muito pequenas ao longo desses últimos 30 anos, o investimento público caiu para menos de 2% do PIB. Não é possível, isso é uma economia que não tem coordenação.

Eu não vou ficar discutindo esse negócio de mais Estado, mais mercado. Essa é uma coisa que não me interessa, discussão ideológica, porque em todo lugar do mundo você tem alguma ação do Estado, boa ou má, às vezes não muito boa.

Essa coordenação nós perdemos a partir da crise da dívida externa, tivemos graves problemas fiscais e nunca recuperamos a capacidade do Estado de investir e coordenar o setor privado. E aí está o resultado na infraestrutura. Isso tem um impacto grande. E subimos a carga tributária, de 20%, antes da estabilização ela estava em 21%, depois dela foi a 30%, 37%, de uma maneira totalmente caótica.

Agora, vai fazer uma reforma tributária no Brasil… Eu acho que desse ponto de vista, e aí eu vou ter a primeira relação crítica com o Bacha, temos sim um problema de oferta e temos um problema demanda efetiva, porque se você quer criar oferta você tem que gerar demanda. Esse problema não ficou claro e agora está começando a ficar, porque durante o período da bonança nós promovemos uma mudança na composição da demanda doméstica, certo? Por causa dos programas sociais, do salário mínimo etc.

Então, nós temos um mercado de trabalho apertado, até porque houve, não sei até quando isso vai durar, uma redução da PEA, então você tem uma taxa de desemprego baixa. Mas nós estamos em um enrosco, por quê? Como o crescimento se deu dessa maneira, e é claro que se incorporou um monte de gente como consumidor, e dadas as mudanças que ocorreram na economia, sobretudo a queda da inflação, eles viraram demandantes de crédito. Nos anos 1980 você não tinha crédito, a relação crédito/PIB era de 20%? Era isso?

Bacha : Isso.

Belluzzo : Era 20%, quanto é hoje, 50%? Ocorreu alguma coisa diferente, quem não tomava crédito começou a tomar, isso tudo deu uma mudança na estrutura da demanda, qual foi o impacto na estrutura da oferta? O governo precisa colocar o câmbio no lugar.

A questão cambial é fundamental. Imaginem o seguinte, eu sou investidor estrangeiro e vou montar uma fábrica de chips em Campinas e vou decidir isso com o câmbio a R$ 2,40, quando termino de construir a minha fábrica o câmbio está a R$ 1,60, então o que eu faço: dou um tiro na cabeça? Desmonto o meu investimento? Quer dizer, você aumenta a incerteza. Eu acho que hoje em dia, dada a reestruturação da indústria mundial, essa questão cambial é crucial. Agora não é suficiente, por quê?

Vamos pegar o exemplo bem-sucedido. O Bacha fez uma crítica ao conteúdo nacional. Eu acho que precisa escolher alguns setores que têm maior poder de disseminação e dar prioridade a eles. Para terminar: este é o país mais burocratizado do mundo.

Bacha : Você nunca foi à Índia?

Belluzzo : Mas na Índia funciona, aqui não funciona. A burocracia aqui é um negócio de enlouquecer, você abrir uma empresa, fechar uma empresa, especialmente fechar, você está perdido. Mas eu queria falar o seguinte, sobre a burocracia: vai ter que resolver esses impasses que estão cada vez mais graves entre Legislativo, Judiciário e Executivo. Existe uma interferência burocrática na ação econômica do Estado que a gente precisa discutir.

Fonte: Valor, 02/05/2013 via Instituto Humanitas Unisinos (IHS) 

15 Comentários

  1. Quando voltarem os bancos cobrarem aquela taxa exorbitantes como era no passado,a classe C voltar a consumir como era no passado,a diferencia social aumentar como era no passado,quando poucos ganharem e muitos perderem como era no passado…..ai sim, a mídia como é hoje a mesma do passado,assim como o governo do passado hoje na oposição,irão afirmar que o Brasil,mesmo com indicadores sociais atrasado como sempre fora desde o passado,terá uma economia vigorosa.

  2. acho que não só uma reforma tributaria mais uma fiscal, existem quase 100 mil cargos públicos dados para partidos alocar seus entes queridos, com belos salários. sem falar na bonificação que muitos funcionários públicos recebem, chega a ser utópico. quem não se lembra de reportagens em que funcionários entram com salários de R$ 2.500,00 alguns anos depois R$ 20.000,00 é surreal.

    Há muitas outras questões, mas o fato é que sem educação não importa qual a politica que seja feita, sem ela não funcionaria, como estamos nesse quesito ?
    a tempos que assisto propaganda eleitoral ou no próprio debate, organizado pelas emissoras, muito se fala ” isso, aquilo” etc…, mas se perceberem bem nos temas como educação, segurança publica e saúde, os investimento são NADA perto da nossa realidade, nesse contesto só nos resta espera que, talvez, um dia haja um salvador para esse país.

  3. Nós estamos esquecendo uma coisa… a sonegação de que não nenhum jornalão fala.

    Por quê será!?
    Sonegação
    Muito, muito, muito pior que a corrupção é a sonegação. Só a sonegação que foi pega pela Receita Federal do Brasil atinge 1 trilhão de reais. Divididos por cinco anos, que é o tempo que a Receita leva cobrando os devedores, temos 200 bilhões de reais por ano, o que representa 5% do PIB. O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário calcula que, só em fraudes descobertas, a sonegação atinja 9% do PIB e que a sonegação total seja de 25% do PIB. Então, se não houvesse corrupção, gastos legislativos e sonegação, nossa arrecadação per capita anual seria equivalente a 5.430 dólares PPP.

    Sem corrupção, sem poder legislativo e sem sonegação, seríamos um país com uma arrecadação e serviços públicos iguais a:

    País PIB (US$)Carga tributária Arrecadação (US$)
    Hong Kong 49.400,00 13% 6.442,00
    Argentina 17.700,00 37,2% 6.584,40
    Rússia 16.700,00 36,9% 6.162,30
    Botswana 14.322,00 35,2% 5.667,20
    Latvia 16.800,00 30,4% 5.107,20

    Iríamos da 52ª posição no ranking de arrecadação para a 44ª posição:

  4. A HORA DA VERDADE ESTA CHEGANDO !!!! eu particularmente lei isso dessa imprensa sionista e ridicula alem de entreguistas malditos ,a mais de dez anos continuam fazendo o bolinho podre deles, porque assim talvez consigam chegar ao segundo ,ai ficam como titulo OPOSIÇAO ,mas na verdade sao ruins sendo oposiçao situaçao ,mas como entreguistas sao feras querem privatizar ate as almas dos indios

  5. Uma leitura atenta da entrevista demonstra, que os problemas de hoje são decorrentes dos absurdos governos Sarney, Collor e FHC… O país, desde Lula, e agora com Dilma, tem que administrar o atraso absurdo em infraestrutura, além de equalizar a competitividade via rebaixamento do câmbio, algo que não pode fazer de imediato sem causar inflação…

    O Governo desonerou a carga de impostos e no seu âmbito, o Federal, apenas para ver a picuinha do Estado de São Paulo elevar o ICMS… O mesmo se deu na questão da energia: O Governo Federal rebaixou as tarifas, mas Paraná, São Paulo e Minas Gerais, elevaram as suas taxas de energia (Estados governados pelo PSDB)…

    Ah! Mas o Governo Federal intervém demais na economia… Imagine se nada fizesse…

    Piada.

  6. “O problema central do país não é esse, hoje. É a dificuldade que o governo enfrenta para conseguir retomar o crescimento econômico. O governo tomou e segue tomando iniciativas nessa direção, sem que se constate efeitos concretos. Baixa taxa de juros à metade do que ela era há algum tempo, diminui sistematicamente impostos para grande quantidade de setores, controla o câmbio, faz investimentos – mas não consegue fazer com que os setores privados invistam.
    Não dispõem de recursos? Ou os canalizam para a especulação e até para os paraísos fiscais – como revelações recentes evidenciaram? Onde está o dinheiro?

    O grande empresariado privado alega “incerteza”, que são produzidas por eles mesmos, ao privilegiar mais os investimentos especulativos do que os produtivos. Que aumentam os preços e alegam riscos inflacionários.

    Para que a economia volte a crescer, é o Estado que tem que assumir o papel determinante. Além dos investimentos públicos diretos – ao invés das desonerações, que não têm tido retorno do capital privado –, o governo tem que condicionar fortemente a circulação do capital financeiro – elevando substancialmente sua taxação –, e condicionar toda concessão feita aos setores privados. A desoneração da cesta básica não chegou plenamente aos consumidores. As desonerações não têm tido contrapartidas do setor privado – seja na contenção de preços, seja na elevação dos investimentos.

    Nenhuma empresa estrangeira se dispõe a sair do Brasil, considerada uma economia segura e com grande potencial e expansão. É o grande empresariado privado, com a boca torta do cachimbo da especulação, quem sabota o desenvolvimento econômico do país.”

    Trecho retirado da entrevista de Emir Sarder ao Carta Maior”

    • O governo não consegue fazer o Brasil crescer, porque nos últimos 3 anos tem usado métodos nada ortodoxos. Quando foram tentar abaixar a conta de luz (iniciativa louvável), praticamente forçaram todas as empresas aceitarem, abaixaram no grito (coisa normal nesse governo Dilma). Juros idem, só que além de tudo, não fizeram o dever de casa.
      Você vai olhar as desonerações que estão acontecendo e percebe que essas são verticais (alguns setores que os burocratas aqui de Brasília, acham importantes) e algumas vezes desonera-se um setor e onera-se outro, nesse caso o investidor fica “mais perdido que cego em tiroteio”.
      Mexeu na taxa de cambio e não resultou em nada, hoje o Brasil tem quase um cambio fixo. Isso para fechar o país aos produtos estrangeiros, o que é péssimo, já vivemos isso antes lá no final da década de 70 e toda a de 80. Única coisa que nos trouxe foi atraso e poucas empresas dessa época sobreviveram após a abertura e inflação. Parece que o governo Dilma não aprende com o passado.
      O governo investe pouco, já que gasta muito e poupa pouco. Como em economia poupança é igual a investimento, está ai justificado. Os empresários só investiram quando tiverem certeza que nós estamos indo no caminho certo, veja as concessões, estradas e rodovias só vão realmente ser finalizados os acordos no ano que vem (na melhor das hipóteses), os portos estão encalacrados no Congresso.
      Para que o Brasil volte a crescer o governo precisa aprender a negociar mais e não querer mudar as coisas na canetada. Precisa-se de uma reforma tributaria que no mínimo simplifique os tributos. De uma reforma trabalhista, é incrível como os salários no Brasil são tão baixos, mas o custo trabalhista é altíssimo. É necessário que o governo gaste menos e poupe mais, só assim poderá investir e quem sabe abaixar os juros. Falta conversa até com os aliados políticos.

  7. E por falar em más notícias?

    CRISE? VENDAS DE CARROS NO PAÍS CRESCERAM 14%

    Crescimento corresponde aos quatro primeiros meses do ano; foram 866,1 mil de unidades vendidas no período, 13,9% superior ao volume atingido no mesmo período de 2012, segundo a Anfavea.

    FIAT ANUNCIA: VAI INVESTIR R$15 BI NO BRASIL ATÉ 2016

    O novo plano foi apresentado nesta segunda-feira pelo presidente mundial da Fiat Chrysler e da Fiat Industrial, Sergio Marchione, e pelo presidente da Fiat Chrysler na América Latina, Cledorvino Belini, à presidente Dilma Rousseff, em reunião que durou cerca de uma hora e meia.

    COM AÇÃO DE DILMA, VITÓRIA NA OMC QUEBRA MITOS

    Ao ler, há seis semanas, notícias de que embaixador Roberto Azevêdo avançava na disputa por comando da OMC, presidente mandou chamá-lo de Genebra a Brasília; “O que o sr. precisa?”, perguntou-lhe; “Voar muito, se possível com um avião à disposição, e três assessores”, respondeu o candidato; Dilma, então, deu ordens para atendê-lo e determinou que coordenação de campanha fosse feita pelo ministro Fernando Pimentel; triunfo brasileiro abate mitos de país comercialmente fechado e sem liderança; mídia tradicional apostou na derrota e perdeu mais essa

    • Para minha tristeza vejo uma parte da nossa nação lutando contra (leia-se mídia tradicional)… olhando apenas aos interesses pessoais sem pensar na coletividade e no bem da nação…

  8. A Folha de São Paulo apostou na eleição do canditado mexicano, pois este tinha o apoio declarado dos EUA e da EU, que pressionavam os “demais países”…
    Sí fú.

  9. Há uma questão cultural e política neste caso concreto.

    Muitos observadores se mantêm amarrados a dogmas coloniais. Conservam um comportamento subordinado aos países desenvolvidos, considerando um disparate demagógico todo esforço de qualquer governo fora do eixo Paris-Londres-Nova York para consolidar seu espaço e firmar uma liderança altiva.

    Riram do esforço do Itamaraty de conquistar um assento no Conselho de Segurança quando o debate era real. Fizeram pouco caso do crescimento da candidatura de Azevêdo até que, aos 44 minutos do segundo tempo, perceberam que ela podia dar certo e correram para evitar um vexame maior.

    • Não é que estão presos em dogmas, mas estão acostumados a esse ufanismo brasileiro que no final não leva nada a lugar algum.
      Discutir assento no Concelho de Segurança da ONU faz só umas 3 décadas que fazemos isso. Quanto à vitória de um brasileiro para a presidência da OMC, foi muito importante, principalmente pra gente, já que nos arriscamos todas as nossas fichas nessa organização, mas até que ponto demonstra o desinteresse de outros países na OMC? (sinceramente espero que não. Não nos preocupamos em fazer parte de outros blocos multilaterais e se a OMC não for pra frente, estaremos à deriva no mar, só com o falido MERCOSUL).

  10. Logo no primeiro ano de vigência, as vendas brasileiras para os quatro países do Mercosul cresceram 75% em comparação com 1990. Considerando apenas a Argentina, as exportações do Brasil cresceram de US$ 645,1 milhões para US$ 1,476 bilhão no mesmo período. Atualmente, a corrente de comércio total do bloco, que era de US$ 4,5 bilhões em 1991, está perto dos US$ 40 bilhões, de acordo com estatísticas de 2010.

    Fonte: http://www.ipea.gov.br

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