Em 2013 o Exército da Rússia receberá novos lança-granadas de dois canos RPG-30 Kriuk (Gancho) que, segundo os mass média russos, poderão atingir carros blindados modernos, munidos de proteção especial.Claro que já hoje o novo sistema terá uma elevada procura nos países do Oriente Médio e, futuramente, poderá vir a ser utilizado pelas Forças Armadas da China.
As obras de projeção foram iniciadas em 2007 após terem surgido os sistemas ativos de proteção dos carros de combate, capazes de aniquilar projeteis e granadas a jacto.
Tais complexos como o Iron Fist e o Trophy se usam agora apenas pelos tanques israelenses. Mas a sua eficácia foi demonstrada em 1 de março de 2011 quando o sistema Trophy, instalado no carro de combate Merkava Mk-4, conseguiu abater uma granada antitanque, lançada por combatentes palestinianos na Faixa de Gaza. O carro blindado, ao processar os dados sobre o local de lançamento, acabou por neutralizar a fonte de ameaça.
Por isso, a nova arma russa é capaz de aniquilar os sistemas de proteção. Na primeira fase, o RPG-30 lança uma pequena granada de imitação que, por seu turno, põe em ação uma carga protetora de fragmentação instalada no tanque. Instantes depois, se põe em movimento uma granada de 105 mm que, passando pela brecha na defesa, abate o carro de combate do adversário. A granada foi projetada com base na munição do RPG-29 Vampir (Vampiro) que teve uma boa reputação no conflito armado entre o movimento Hezbollah e Israel em 2006.
Entretanto, na região asiática do Pacífico não há países que possam dotar seus tanques de sistemas de defesa ativa. Ao mesmo tempo, os sistemas desse gênero se consideram como uma eventual vertente do desenvolvimento de novos carros de combate. Não se exclui poderem ainda tornar-se mais baratos e passar a serem postos em serviço das forças armadas dos EUA e seus aliados. Deste modo, o RGP-30 tem sido um projeto aliciante. Atualmente. O exército russo expõe planos de adquirir um lote de mil peças, o que permitirá estabelecer a produção em série e proceder à instrução do pessoal de serviço.
É óbvio que hoje em dia o novo sistema pode gozar de procura em mercados de armas do Oriente Médio. Em perspectiva mais distante, a nova arma apresentará interesse para o exército da China, no qual se dedica muita atenção ao desempenho das tropas de desembarque aéreo e fuzileiros navais.
A infantaria chinesa tem à sua disposição os lança-granadas PF98 de 120 mm potentes e bem eficientes. Em nível de batalhão, se usa a modificação do PF98, dotada de um sistema de comando de fogo.
Este sistema possui uma elevada capacidade de penetração, podendo ainda usar vários tipos de munições, o que faz elevar o poder de fogo. Todavia, o PF98 não tem mecanismos específicos para superar os sistemas ativos de proteção. A China tinha produzido um lança-granadas de dois canos para as tropas especiais, mas nunca os havia empregado na luta antitanque.
Quanto ao avançado tanque israelense, os russos são muito criativos em seus sistemas de armas, não foi a toa que Israel deu um salto em sua indústria bélica após a chegada em massa dos judeus russos (muitos dos quais, já não eram judeus integrados a comunidade judaica russa à 2 ou 3 gerações…) na década de 90.
Os “russos”, como são chamados até hoje em Israel, compõe cerca de 20% da população israelense, formando uma comunidade com identidade bem definida dentro do país.
Só que os “russos originais” continuam criativos e desenvolveram agora este novo lança granadas, capaz de anular as defesas do tanque israelense…
Com certeza o Hezbollá vai se abastecer com quantidades generosas deste novo brinquedo!