RUBENS VALENTE
DE BRASÍLIA
Os Estados Unidos, que discutem restrições ao comércio de armamentos, adquiriram 7,9 milhões de armas de fogo do Brasil nos últimos 40 anos, e 59% desse total foi exportado durante o governo Lula (2003-2010).
Análise: Opinião pública deve decidir se lucros valem a pena
É o que indica um levantamento inédito do Comando do Exército obtido pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação, com o registro detalhado de vendedores e compradores de 9,9 milhões de revólveres, pistolas, carabinas e espingardas, entre outras armas, enviadas para fora do Brasil de 1971 a 2011.
A exportação dos armamentos brasileiros para os EUA aumentou 187,5% nos oito anos do governo Lula em comparação com o mesmo período do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). De 2003 a 2010, as indústrias brasileiras destinaram ao território norte-americano um total de 4,6 milhões de armas, o suficiente para armar a população inteira de países como Noruega e Croácia.
Em 2011, o Brasil foi o líder das exportações para os EUA, com 846 mil armas de fogo, à frente da Áustria (a segunda colocada com 522 mil) e da Alemanha (a terceira, com 313 mil).
O raio x das exportações revela que três empresas criadas nos EUA pelas fabricantes brasileiras Forjas Taurus e Amadeo Rossi adquiriram a maior parte das armas que entraram naquele mercado.
As fabricantes não informam ao governo brasileiro o destino final dessas armas, o que afastaria a hipótese de que estejam sendo redirecionadas a outras países.
Alegando sigilo comercial, a Taurus se recusou a informar à Folha quem são os clientes das suas subsidiárias norte-americanas.
Para especialistas no tema, a reexportação é um fenômeno bastante conhecido. De acordo com eles, centenas de armas fabricadas pela Taurus foram achadas num depósito em Trípoli após a queda do ditador Muammar Gaddafi.
Contudo, no levantamento obtido pela Folha há o registro da venda de apenas duas armas para a Líbia.
Maria Laura Canineu, diretora da ONG Human Rights Watch para o Brasil, afirmou que o país chegou a defender, nas discussões do novo tratado global para comércio de armas, aprovado neste ano na ONU (Organização das Nações Unidas), a exigência de que o exportador emita um certificado de “utilizador final” da arma, mas a versão final do tratado acabou ficando “frágil nesse sentido”, sem “uma exigência clara”.
Segundo Maria Laura, a nova Lei de Acesso representa um avanço, mas o Brasil “tem enfrentado severas críticas pela falta de transparência na exportação de armas”.
A quarta maior compradora nos EUA dos produtos brasileiros foi a Springfield Incorporation, uma conhecida apoiadora da Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês). Há duas semanas, uma proposta de regulação do presidente Barack Obama foi recusada pelo Congresso.
O poder de fogo político das fabricantes brasileiras também se revela em tempos de eleição. Duas empresas e uma associação do setor doaram R$ 3 milhões a candidatos diversos na disputa eleitoral de 2010, incluindo R$ 500 mil para a direção nacional do PT e R$ 200 mil para a campanha que elegeu Dilma Rousseff.
Abaixo dos EUA, os principais destinos das exportações brasileiras foram, em números aproximados, a Argentina (215 mil armas), Paraguai (154 mil), Iêmen (112 mil) e Alemanha (109 mil).
Com uma receita de R$ 701 milhões e lucro líquido de R$ 42 milhões em 2012, a Taurus, sediada no Rio Grande do Sul, foi responsável por mais de 50% das exportações brasileiras nos últimos 40 anos. No relatório de administração do ano passado, a empresa informou que 60% de sua produção foi para o exterior. Desse volume, 88% teve como destino os EUA, o que correspondeu a cerca da metade de sua receita no período.
Colaborou MÁRCIO NEVES, de Brasília
Será que esses desarmamentistas são tão burros a ponto de achar que um documento vai acabar com o tráfico de armas? Tem horas que esses caras se superam… Essa informação é inutil, porque o recebedor final é aquele que de fato leva a arma. E ele faz o que quiser, inclusive revende-lá. Não dá para controlar o tráfico de armas. Jamais dará.
Primeiramente ,na gestão lula as vendas nao só de armas mas de muitos outros produtos no exterior foi melhor .
Agora falando em desarmamento depois da elite daquele grupo eu sou da pax que tinha como o seu lider um cara com um sobrenome bem diferente do comum da nossa patria fez um lob com a rede sionista de televisao e esgoto e precionaram os deputados para fazer um plebicito ,mas antes eles ELITIZARAM A DOCUMENTAÇAO E A POSSE DAS ARMAS
fazendo com que varios fossem para a clandestinidade outros que tem dinheio para gastar entrar ma clubes de tiros ,
e no final o ladrao esta mais poderoso a policia nao tem comando sobre seu efetivo
E O POVAO DESARMADO TOMANDO TIRO DE TODOS OS LADOS COMO OVELHAS ,
o pior é que eles , a nossa segurança publica adora falar NÃO REAJA POIS VOCE TEM QUE SER SIMPATICO COM O LADRAO E SE ELE NAO TE MATAR FIQUE MAIS FELIZ AINDA
essa politica merecia sim uma revoluçao daquelas tipo russia tipo dos alemaes ,ou uma guerra civil como que teve nos estados unidos ,pois nosso direito de defesa foi roubado e os caras cuspiram na constituição.