Argentinização da economia brasileira?: “Corralito Verde” no Brasil!

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Corralito verde”, é a denominação irônica que os argentinos aplicam ao sistema de controle de dólares do governo da presidente Cristina Kirchner.

Com esta nova norma, o governo Kirchner impõe a obrigatoriedade de um pedido especial à Administração Federal de Ingressos Públicos (Afip) – sigla da a Receita Federal argentina – no qual os contribuintes deverão especificar, além da quantia de moeda americana que pretendem comprar, o motivo da viagem, a duração prevista, as escalas dos voos, a data de nascimento do turusta, dados trabalhistas, entre outros detalhes.

“A divisa americana deve utilizar-se somente para as imperiosas importações de (insumos de) alguns produtos elaborados na Argentina”, sustentou na terça-feira (29 maio 2012) o ex-chefe do gabinete de ministros, Aníbal Fernández, atual braço-direito da presidente Cristina no Senado. Deputados da oposição acusaram a medida do governo Kirchner de “inconstitucional” .

Por trás da cruzada anti-dólar está a tentativa do governo de equilibrar as contas fiscais e reduzir o superávit comercial.

 O Globo, Economia, 25 04 2013

Gasto acima de US$ 20 mil no exterior deverá ser declarado à Receita Federal do Brasil

Regra vale para despesas com hospedagem, alimentação, transporte e outros serviços

BRASÍLIA, O Globo, 25 abril 2013 – Os brasileiros que viajam para o exterior precisam ficar atentos a uma nova exigência criada pela Receita Federal. Quem gastar mais de US$ 20 mil por mês com serviços em outros países precisa informar ao Fisco como esses valores foram gastos (quanto e para que estabelecimento).

A regra vale para despesas como hospedagem, alimentação, transporte ou mesmo saúde. O registro das operações deve ser feito no site do Fisco (www.receita.fazenda.gov.br), no centro virtual de atendimento ao contribuinte (e-CAC), portal no qual diversos serviços protegidos por sigilo podem ser realizados.

A utilização do e-CAC requer o cadastramento de um código de acesso, que pode ser obtido na página da Receita. O contribuinte precisa informar CPF, data de nascimento e número dos recibos de entrega das duas últimas declarações do IR. No caso do Siscoserv (sistema usado para informar os gastos no exterior), também é preciso ter um certificado digital, que deve ser adquirido junto às empresas autorizadas pela Receita. O certificado custa em torno de R$ 100 e a lista de empresas pode ser encontrada no site.

As informações vão para o Siscoserv, sistema criado no ano passado para gerenciar a compra e a venda de serviços de pessoas jurídicas e físicas no exterior. O principal objetivo é mapear a atuação das empresas brasileiras lá fora. Mas o Siscoserv também pretende combater a sonegação fiscal e a lavagem de dinheiro. A ideia é cruzar os dados com declarações de IR e movimentação de cartões de crédito.

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Para o ex-secretário da Receita Everardo Maciel, a regra é ineficaz:

— É uma obrigação desnecessária, pois não há como checar se o que foi informado pela pessoa bate com o que foi recebido pelo prestador do serviço lá fora.

Além disso, a Receita não tem autorização legal para multar as pessoas físicas que se recusarem a incluir os dados no Siscoserv. A portaria que criou o sistema só prevê punição — de até R$ 1.500 por mês — para as pessoas jurídicas.

Fonte: O Globo 

14 comentários em “Argentinização da economia brasileira?: “Corralito Verde” no Brasil!

    • Sayd_Jarrad,
      “Tenho medo quando as duas se juntam.”
      ————————
      Isto se chama: “Síndrome de Regina Duarte”…

      Más tem cura! É só parar de consumir estupefaciantes midiáticos…

  1. Sayd_Jarrad pode ficar tranquilo,mais uma vez esse Jornaleco presta um deserviço ao país,vc quer aparecer nesse jornal fale mal do Governo,seja qual for o assunto e por mais absurdo que seja,eles só publicam o que interessa a eles,veja o que a Standard & Poor’s falou das medidas da Dilma

    Standard & Poor’s :

    “O governo vem dando continuidade à atuação pragmática que fez com que o País conquistasse o grau de investimento”, disse. Regina Nunes.

    “Destaco a harmonia das políticas fiscal e monetária, que agiram para estimular o nível de atividade no ano passado”, comentou, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

    “Se os juros não fossem reduzidos em 2012, bem como se não tivessem sido adotadas várias medidas de desonerações tributárias para vários setores produtivos, o PIB teria crescido menos de 0,9%. E isso seria negativo para o País, com repercussões para a renda das famílias e o caixa das empresas e traria efeitos ruins até para a saúde dos bancos”, ponderou.

    OBS:Isso esse jornal não PUBLICA.

  2. Lendo o texto a cima não vejo em nada a comparação de tal atitude da receita federal com o corralito argentino e colocar tal atitude do fisco brasileiro como uma argentialização da economia brasileira ai é esticar o estilingue.
    .
    Nesta história toda,só quem fica preocupado são os “doleiros” esses sim ficam apreensivos e aqueles que pagam os serviços deste tabloide chamado O GLOBO.
    .
    A classe alta e média brasileira exportou muita grana para o exterior,não vejo nada de mais,assim como essa atitude do fisco,que é uma praxe em muitos países onde o fisco é muito eficiente,como é a dos EUA,isso o tabloide não fala.

  3. A Argentina entrou no século 21 de pé esquerdo. E nada de conseguir acertar o passo. É só uma tal de ladeira abaixo…

    Mas qual a origem dessa urucubaca platina? Quem planta o mal, colhe o mal. vejamos:

    Os mais velhos vão se recordar…

    1978, Copa do Mundo repleta de emoções na Argentina (Laranja Mecânica, Zico, Rivelino, Roberto Dinamite, Platini, Paolo Rossi etc – Cruijff se negou a jogar numa ditadura sangrenta). Na segunda fase o Brasil depois de duas vitórias e um empate 0x0 com os argentinos, está praticamente certo na semi-final, A Argentina para desbancár-nos precisa meter 4 gols de diferença na seleção do Peru, e não é que eles fazem 6×0, sendo que o goleiro peruano era nascido na Argentina e tomou verdadeiros frangos nessa goleada. Fora outras coisitas mais, como jogo da Argentina contra o Peru ter sido depois do Brasil e Polônia 3×1, assim já sabiam o resultado etc.
    Até hoje o cheiro dessa marmelada tá impregnado no ar.
    E continuando… e o tal gol de mão antiesportivo do Maradona na Copa de 86?
    Já nosso futebol nunca precisou de nada disso para ganhar uma Copa.

    E o calote de 2002 dos títulos públicos argentinos? No qual a Argentina prometeu pagar menos de 30% do valor dos títulos e num prazo de 30 anos. Porém, nem todo mundo aceitou essa oferta patética, e entraram com processos na justiça, e pobrezinho dos portenhos estão se revirando na cama até hoje porque esses credores querem o que é seu de direito.

    Por essas e outras sementes ruins (arrogância, nariz empinado, trambiques, milhares de esqueletos da ditadura etc) a colheita dos argentinos, já há um bom tempo, está cheia apenas de inço.

  4. Pois eu sou favorável ao controle do câmbio, prática realizada em 9 entre 10 economias asiáticas, que não podem ser criticadas como “bolivarianas” ou coisas do tipo…

    • Pra manipular o cambio precisa ter muito ouro ou reservas cambiais… por isso ele manipulam.. por aqui seria melhor o controle como o BC já faz desde sempre.. não precisa forçar uma desvalorização, isso custa muitas reservas!

      Também sou a favor!!

  5. E o “Quantitative easing” que estadunidenses e europeus adoram usar e lambuzar… inundando o mercado com oceanos de moeda virtual, não é uma gigantesca manipulação cambial?

  6. Acho que já passou da hora de nos debruçarmos sobre a “imprensa empresa” e a quem ela serve na realidade.

    Sou a favor de uma lei de médios como existem em tantos outros países.

    O piór é que daqui até 2014 vai acontecer uma trajédia todos os dias. É a eleição a “Casa grande”
    tem que tentar alguma coisa…

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