Paulo Nogueira
Ativistas anti-Tatcher levaram “A Bruxa Morreu” ao número 1, e a BBC sofre pressão para não tocá-la na tradicional parada de domingo.
Liberdade de expressão é uma coisa realmente complicada: é mais fácil falar dela do que praticá-la.
Um episódio mostra isso exatamente neste momento, no país que supostamente é o berço da liberdade de expressão. No meio de uma controvérsia que se espalhou toda a mídia britânica, está a venerada BBC. O que aconteceu: ativistas deflagraram uma campanha para comprar uma música anti-Thatcher para levá-la ao topo das paradas. A música é do Mágico de Oz, e se chama “Ding Dong The Witch is Dead!”. (Dim Dom A Bruxa Morreu!” Objetivo alcançado.
Neste momento em que escrevo, é a número 1 na Inglaterra. E é aí que entra a BBC com seu excruciante dilema. Tradicionalmente, aos domingos, a principal rádio da BBC, a 1, toca as músicas mais vendidas, a conhecida parada de sucessos. A questão que se ergueu barulhentamente: a BBC deveria tocar o hino anti-Thatcher, a três dias de seu funeral? Os comentaristas conservadores da mídia saíram gritando que não. Que isso seria desrespeito com uma pessoa que sequer foi enterrada. Mas um momento: isso é censura, ou não?
É o entendimento da chamada voz rouca das ruas. Numa enquete no Guardian, quase 90% das pessoas disseram que sim, a rádio tinha que tocar a canção.
E a BBC, que fez? Encontrou uma solução que foi a seguinte: subiu no muro. Não vai censurar a música, ao contrário do clamor conservador. Mas tampouco vai tocá-la inteira: decidiu dar, na parada de domingo, um fragmento de 4 ou 5 segundos. O que parece claro, passados alguns dias da morte de Thatcher, é que a elite política e jornalística inglesa não tinha a menor ideia de quanto a Dama de Ferro era detestada. É uma demonstração espetacular de miopia e de desconexão com as pessoas.
A Inglaterra vive hoje não apenas uma crise econômica que não cede há anos, mas uma situação dramática de desigualdade que levou aos célebres riots – quebra-quebras — de Londres há pouco mais de um ano. Qual a origem da crise e da desigualdade? Thatcher, é claro.
O real legado de um governante se vê depois que ele se foi. As desregulamentações, as privatizações e os cortes em gastos sociais de Thatcher, passados 30 anos, resultaram num país em que as pessoas têm um padrão de vida inferior ao que tiveram. Como imaginar que as pessoas ficariam tristes com sua morte?
Cadê os direitistas… KKKK!
😉
Ate dontro de casa( UK ) o povo nao gostava da PERUA INFAME : )
Corrigindo Dentro
Por isso eu digo, tanto extremistas de direita quanto os de esquerda são muito penosos para a sociedade como um todo, independente de país.
A velha história de sempre,elitiza os ganhos do capital(o bolo para pucos) e socializa os resultados maléficos e as perdas para o resto(a maioria) da população.
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A sorte da finada fora o resultado de guerra das malvinas,pois como uma luva a vitória britânica salvou a baronesa Tatcher do fracasso político que se metera.
É verdade, uma notícia desta não repercute na mídia da globo,veja ou qualquer outra neoliberal, pimenta no olho dos outros é refresco, cadê o financial time que vive fazendo piada da Dilma?kkkkkkkkkkk CHUPAAAA DIREIIITAAA.
Deveriam tocar a música.
Margaret Thatcher nunca teve problemas com protestos e apesar de todos governou por 10 anos, deixem que protestem, um dia se lembrarão de que foi essa mulher que lutou com unhas e dentes para evitar o declínio inglês, além do mais, se hoje os britânicos tem posição invejável em relação a outros países da União Europeia foi graças a ela também que não caiu na ideia dos trabalhistas e pro euro.
Vejam os números e a historia, comparem o governo Thatcher com anteriores e entenderam que o remédio era duro, mas surtiu efeito. Nada de paliativo. Falta mais Margaret Thatcher no mundo.
Aos que são contra as politicas liberalizantes ou neoliberais, lembre-se que essa nos trouxe até aqui e nos levaram mais afrente ainda, pois o que existia antes é tão fracassado quanto. Vejam números, as pessoas falam como se o que existia antes de Thatcher e Reagan fosse melhor, tanto não foram que produziram inflação e impostos altos, além de sindicatos ferozes, isso é greve e mais greve.
E pelo amor de “Oliver” (Homer Simpson), defender Dilma é d+, se achas que não, espere até o final do 2º mandato (a não ser que ela mude sua politica econômica).
A BBC não sabe o que fazer com a música mais vendida da Inglaterra