A Cassidian, empresa do grupo EADS que opera em sistemas de defesa e segurança, está em negociações com grandes grupos brasileiros para fechar uma parceria e participar da concorrência do Sisgaaz (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul).
Por “Amazônia Azul”, entenda-se a fronteira marítima e o pré-sal.
O novo sistema envolverá satélites, sensores, radares, inteligência, câmera, mísseis e outros equipamentos.
Nesta semana, os executivos no Brasil receberam da matriz europeia o sinal verde para a parceria.
“Confirmo que estamos falando com a Embraer, além de outros grupos que prefiro não mencionar”, diz Christian Scherer, vice-presidente mundial da empresa, que esteve no Rio de Janeiro até a quinta-feira passada.
Scherer afirma não saber a quantas empresas se associará. “Dependerá do cliente.”
A expectativa é que a primeira fase da licitação ocorra neste ano.
O custo estimado é de cerca de R$ 6 bilhões, mas o valor ainda depende de especificações finais.
A Cassidian, que teve 5,8 bilhões de euros de faturamento em 2012, é especialista em monitoramento de fronteiras e faz um gerenciamento semelhante ao do Sisgaaz na Arábia Saudita, na França e no Catar, segundo Scherer.
No ano passado, a Cassidian encerrou uma joint venture com a Odebrecht Defesa e Tecnologia. Juntas, as duas companhias concorreram à licitação do Sisfron, em que a Embraer saiu vencedora.
“Mantemos boas relações e estamos conversando também com a Odebrecht”, diz.