Dilma vai fazer rara visita de Estado aos EUA

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A melhora nos laços diplomáticos provavelmente vai reacender esperanças por um tratado amplamente desejado para evitar dupla taxação sobre empresas norte-americanas e brasileiras, além da chance de maior comércio entre as duas maiores economias do Hemisfério Ocidental.

O comércio bilateral totalizou cerca de 59 bilhões de dólares no ano passado, mas a economia brasileira permanece relativamente fechada a importações e sua população de 200 milhões é considerada um mercado de grande crescimento potencial para companhias dos EUA.

A recepção de tapete vermelho também é uma grande vitória para Dilma, uma líder de esquerda porém pragmática. Ela buscou relações mais próximas com os EUA mas sentiu-se esnobada quando o presidente dos EUA, Barack Obama, não a recebeu com uma cerimônia mais elaborada durante uma visita à Casa Branca em abril de 2012.

As relações têm sido cordiais, porém marcadas por desacordos.

O Brasil tem se sentido frustrado pela aparente falta de apoio de Washington em sua campanha por uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e outras demonstrações de reconhecimento de sua crescente influência global após forte expansão econômica na última década.

PROBLEMAS SOB LULA

O antecessor de Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva, irritou Washington ao bloquear discussões sobre o comércio no continente e ao tentar alcançar um acordo para dar fim a um impasse global sobre o programa nuclear iraniano em 2010, último ano de sua Presidência.

Dilma, em contraste, tem evitado lidar com o Irã, dando mais ênfase a direitos humanos nas relações estrangeiras brasileiras e também assumiu uma distância relativa da Venezuela, antagonista mais vocal de Washington na América latina.

Sotero disse que a visita de Obama a Brasília em março de 2011 marcou o início de um “recomeço” nas relações.

“Por um tempo, houve muito pouco diálogo”, disse Sotero. “Essa (visita de Estado) me dá mais otimismo de que nos afastamos completamente disso”.

Não está claro se Dilma será um parceiro mais entusiasmado em questões comerciais do que era Lula.

A recente desaceleração econômica no Brasil e o tensionamento dos laços de Brasília com a Argentina, um importante parceiro econômico, alimentaram especulações de que Dilma pode estar disposta a pressionar por laços comerciais com os EUA ou a União Europeia.

No entanto, ela também implementou aumentos tarifários específicos para proteger indústrias brasileiras do que ela chama de uma “guerra cambial” travada por países ricos para depreciar suas moedas.

O último presidente brasileiro a fazer uma visita de Estado aos EUA foi Fernando Henrique Cardoso em 1995.

(Reportagem adicional de Jeff Mason)

Fonte: Terra

4 Comentários

  1. Como sempre, muita especulação e ‘poucos fatos’. Fica difícil sabermos sobre a efetividade destas ‘visitas’, apesar de que eu vejo com bons olhos qualquer tentativa de aproximação com outros países desde que considerada a possibilidade de melhoria do Brasil nestas aproximações.

  2. A recepção de tapete vermelho também é uma grande vitória para Dilma, uma líder de esquerda porém pragmática. Ela buscou relações mais próximas com os EUA mas sentiu-se esnobada quando o presidente dos EUA, Barack Obama, não a recebeu com uma cerimônia mais elaborada durante uma visita à Casa Branca em abril de 2012.

    Tipica Atitude de uma Lider de Colonia na Metropole, Triste de ver tal atitude de um lider do meu pais.
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    E por isso que canso de dizer que esse Ze Povinho que Pro EUA ai no Brasil , nao passao de Capachos,tantos Exemplos como este e o povo poem deliberadamente a mao na cara para nao ver,
    Enquanto Russia , Franca nos tratao com honras, nois ficamos nessa bossa de nao da valor.
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    Agora com mao no bolso furado querem empurra o DINO F18 , vao jogar o tapete vermelho e mil e umas pra besta cai no conto , que atitude de COLONIA que vergonha !!!
    consertezao nao vao prometer um assento permanetne o CS nao ne? ta certo Aliado ou grande Irmao do norte so pra Ingles ver ou melhor pra besta se contenta : (
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    Povo Brasileiro nao presiza de tal aliado que , que so tem nome. nais nas atitude fazem o quer com os Tachos que governao o pais e fazem alguns Cpachos da colonia irem a loucura na defesa com pe junto dos interesses da Metropole ,: (

    • Um comentário com o selo Foro de Sp de qualidade ou seja, exalando aquele típico ressentimento ideológico tão caro às esquerdas retrógradas da América Latina que, incapazes de assumir a culpa pelos próprios erros, teima em imputar a culpa do próprio fracasso a “uzamericanú mau, feio i bobu”. A presidente Dila está coberta de razão em estreitar os laços com os EUA, demonstrando uma admirável visão geopolítica ao perceber que uma boa relação entre o Brasil e os EUA é fundamental para a estabilidade do continente. Bem diferente do seu antecessor e a sua política externa dos atabaques, que ao enfrentar os EUA por pura pirraça ideológica submeteu o país ao escárnio internacional.

  3. Se o Brasil levar as negociações de abertura comercio com os EUA da mesma forma que tem levado com a UE pode ser uma boa. De forma paciente, pondo acima de tudo os interesses nacionais e levando em conta as dificuldades nacionais, isso pode ser muito vantajoso para a nossa industria e comércio. País nenhum vai para frente se fexando, mas tem que ter cuidado, e não repetir a burrice feita pelo FHC de abrir a economia derrepente de forma descuidada.

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