Delegações de 65 países visitarão maior feira de armas da América Latina

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Rio de Janeiro, 8 abr (EFE).- Delegações de 65 países, algumas lideradas por seus ministros da Defesa, participarão a partir de amanhã e até a próxima sexta-feira da Feira Internacional de Defesa e Segurança LAAD Defence & Security, no Rio de Janeiro, a maior exposição de equipamentos militares da América Latina.

As cerca de 30 mil pessoas esperadas no centro de convenções do Riocentro para a nona edição da LAAD, entre as quais 300 delegados oficiais, poderão ver os últimos lançamentos e principais produtos de 700 expositores de 48 países, entre eles gigantes do setor como Boeing, Saad, Embraer, Eads e Rosoboronexport, informaram nesta segunda-feira os organizadores.

O número de expositores para este ano supera os 663 de 2011 após a decisão de países como Canadá, Chile, Colômbia, Emirados Árabes, Eslováquia e Noruega de montar estandes próprios para reunir suas empresas do setor.

A feira será inaugurada pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, que aproveitará a reunião para encontrar seus colegas da Argentina, Arturo Puricelli; Ucrânia, Pavel Lebedev; África do Sul, Nosiviwe Noluthando Mapisa-Nqakula, e Eslováquia, Martin Gvlac; assim como com o ministro da Defesa do Reino Unido, Andrew Murrison; e o secretário de Estado da Defesa da Espanha, Pedro Argüelles.

Amorim também aproveitará a nona edição da feira para assinar o Estatuto do Comitê Consultivo do Projeto pelo qual os países da União de Nações Sul-Americana (Unasul) pretendem desenvolver e construir um avião militar de treino conjunto.

A LAAD, que em sua edição deste ano terá uma área de exposição de 60 mil metros quadrados, reúne a cada dois anos empresas brasileiras e estrangeiras especializadas na oferta de equipamentos, serviços e tecnologias para as Forças Armadas e a polícia.

Além de ter acesso a equipamentos que podem ser de interesse para os programas de modernização de suas Forças Armadas, o governo brasileiro também pretende aproveitar a LAAD para expor projetos estratégicos de defesa que podem atrair sócios e abastecedores.

Entre os projetos que o governo exporá em seus estandes se destacam um em associação com a França para construir submarinos convencionais e de propulsão nuclear, e outro em parceria com a Embraer para a construção do cargueiro militar KC-390, aeronave que irá substituir o famoso Hércules.

O Brasil também irá expor seu Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), uma complexa rede de radares, sensores, sistemas de comunicações e aviões não tripulados com um custo de aproximadamente US$ 6 bilhões com o qual pretende garantir a vigilância de 16.886 quilômetros de fronteira com 11 países vizinhos.

A Embraer, uma das empresas de maior presença na LAAD, aproveitará o evento para apresentar os projetos das versões do KC-390 que serão oferecidas para combate a incêndios e para missões de busca e resgate.

De acordo com um comunicado do Ministério da Defesa, quem for à LAAD conhecerá as tecnologias de ponta existentes para operações militares, aeroespaciais, navais, de comunicação e informação e de segurança pública como veículos blindados, veículos aéreos não tripulados (“drones”), sistemas integrados de comando e dispositivos de proteção de aeronaves.

A feira contará com uma Space Zone que concentrará a indústria espacial e órgãos governamentais do setor, assim como uma área dedicada a tecnologias para o treino militar, principalmente simuladores.

Um dos estandes que pode concentrar a atenção deste ano é o da empresa russa Rosoboronexport devido ao recente anúncio do Brasil de que pretende adquirir sistemas de defesa antiaérea e mísseis desta companhia.

Além de exibir uma maquete com dimensões reais do sistema portátil de lançamento de mísseis antiaéreos Igla-S, a corporação russa apresentará seu sistema antiaéreo de mísseis e canhões Pantsyr-S1. EFE

Fonte: Yahoo via NOTIMP

4 Comentários

  1. Também na LAAD:

    “Embraer vende seis Super Tucano para a Guatemala e três para Senegal”

    E da mesma matéria :
    (link abaixo)

    ” O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, disse que o interesse pelo modelo turboélice de ataque leve, produzido pela Embraer, aumentou após a Força Aérea dos EUA ter confirmado a compra das 20 aeronaves.

    A força Aérea americana, de acordo com o brigadeiro, também já autorizou a compra de mais 35 Super Tucanos, o que eleva o valor do contrato de US$ 428 milhões para cerca de US$ 1 bilhão.

    “O comandante da Força Aérea das Filipinas me procurou hoje, durante a realização da feira internacional Laad para falar do seu interesse em adquirir o Super Tucano”, revelou o comandante.

    O brigadeiro ainda disse que vai se reunir com o comandante das Filipinas para falar sobre a experiência da FAB com a aeronave. ”

    http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1259690-embraer-vende-seis-super-tucano-para-a-guatemala-e-tres-para-senegal.shtml
    ……………..

    Se confirmado, seriam 55 super Tucanos para a USAF + as recentes conversações e acordos da Embraer com a Boing. Se não…será que há um cheiro de SH F18 nos ares do FX-2 ?

  2. Que eu me lembre os Tucanos não são para USAF, e sim para o Afeganistão, os EUA compram atravéz de um programa que eles criaram para equipar as forças Afegãs, e depois repassa e treina os pilotos locais. Agora, certamente os americanos vão fazer pressão pelo F-18, se vão levar é outra história. A proposta da Boing até agora parece ser a pior delas e o congresso americano não é nem um pouco confiável, mas também há o lado da exelente pós-venda americana e o fato de nossos pilotos já estarem acostumados ao equipamento americano. Eu não acho que eles levem o FX, mas nesse país não duvido de nada…

  3. Concordo que o SH F18 é opção cpm várias restrições , não do ponto de vista da aeronave em si… más pelo aspecto estratégico, pelo histórico de embargos, restrições à transferência de tecnologias e o uso de pressões políticas indevidas, interferindo na soberania nacional.

    Porém o aspecto econômico tem um peso ponderável nesta equação e a Embraer é altamente dependente do EUA, tanto do mercado consumidor como da produção de componentes para seus aviões. Más o Brasil é bem maior do que a Embraer…

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