Tem tucano novo no céu

T 29

Jane Godoy

Recebemos de presente da Força Aérea Brasileira a foto dos caças A-29 Super Tucano, que substituirão os treinadores T-27 Tucano, que foram utilizados durante 29 anos.

A partir do segundo semestre deste ano, o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), mais conhecido por Esquadrilha da Fumaça, vai utilizar os Caças A-29 Super Tucano nas apresentações. Trata-se do mesmo avião de combate que a Força Aérea Brasileira (FAB) emprega na defesa das regiões de fronteira.

No domingo, os brasilienses assistiram, emocionados, às evoluções da Esquadrilha da Fumaça, como uma despedida dos T-27. Até agosto, os pilotos permanecerão em Pirassununga, São Paulo, para treinamento de manobras nas novas aeronaves, que agora ampliarão o leque histórico desse patrimônio da Aeronáutica, cuja principal mudança começou no solo longe do grande público, em um hangar da Embraer, em Gavião Peixoto, município com 4,5 mil habitantes do interior de São Paulo, número bem menor do que o público que assiste à boa parte das apresentações da esquadrilha.

T 29 2É ali que os Super Tucanos recebem a pintura desenvolvida especialmente para a Esquadrilha da Fumaça. A novidade, nesses novos modelos, foi a criação do desenho da Bandeira do Brasil na cauda da aeronave, em perfeita harmonia com o esquema de cores, que usa o verde, o amarelo, o azul e o branco. Foram 13 propostas apresentadas a partir de um planejamento feito pelo gabinete do comandante da Aeronáutica, o efetivo da EDA e a equipe de engenharia da Embraer. “As cores foram selecionadas de forma que o resultado trouxesse uma visualização, em voo, mais marcante por parte do público, independentemente das condições climáticas e da luminosidade natural durante as demonstrações” explicou o tenente-coronel Macelo Gobett, comandante do EDA.

Além da mudança da pintura, os A-29 vão protagonizar novas manobras, inclusive com a volta da manobra conhecida como Lancevack, “quando o avião faz cambalhotas rápidas para frente”, explica o comandante.

Param os treinadores, chegam os caças, com mais do dobro da potência dos antigos mais a velocidade de 590 km/h, contra os 448 km/h do T-27. Biplaces (para dois pilotos) e monoplaces (para um piloto). Serão, sem dúvida, motivo de orgulho não só para a Aeronáutica, como para todos os brasileiros, ainda mais pela certeza de que uma equipe de solo também passa por treinamentos, como os cinco experientes mecânicos do A-29, que passam a fazer parte do time de “Anjos da Guarda”, como são conhecidos os integrantes da manutenção.

Fonte: Correio Braziliense Via NOTIMP

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