Defesa & Geopolítica

Dilma anuncia parceria tecnológica entre ITA e MIT

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Convênio vai ampliar intercâmbio com estudantes. Mercadante anuncia filial de instituto no Brasil, mas é desmentido

Fernanda Godoy

A presidente Dilma Rousseff dobrou a aposta na importância da inovação tecnológica para o desenvolvimento do Brasil, ao visitar o Massachusetts Institute of Technology (MIT), um dos maiores centros de pesquisa do mundo. Ela presidiu a assinatura de um convênio com o MIT para a montagem, em seis meses, de um centro de inovação no Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP).

– Quero me comprometer publicamente a dar suporte a esta parceria com o MIT, que hoje muda de patamar – disse Dilma.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, explicou como funcionará o convênio e chegou a afirmar que o MIT iria abrir uma unidade no Brasil:

– Vamos ter uma escola do MIT no Brasil, um instituto de pesquisa – disse Mercadante, mas acabou desmentido pelo instituto.

“O MIT não abre filiais em outros países”, disse em nota a assessoria da instituição. Após o desmentido, Mercadante procurou os jornalistas para esclarecer que a ideia da abertura de uma filial do instituto no Brasil havia sido sugerida, em reunião ontem, pelo pró-reitor do MIT, Rafael Reif, e fora bem recebida pela reitora, Susan Rockfield, e pela presidente Dilma.

Já a reitora do MIT lembrou que o fundador do ITA foi um ex-reitor do MIT, Richard Smith:

– Hoje estamos renovando uma parceria que permitirá ao ITA dobrar seu número de estudantes de graduação.

O ITA tem 120 estudantes na graduação. Já o MIT possui dez brasileiros na graduação e 40 na pós-graduação. A maioria deles estava ontem reunida para cumprimentar a presidente Dilma. Os irmãos gêmeos André e Flávio Calmon, de 27 anos, ambos doutorandos, ouviram de Dilma um pedido para que voltassem para o Brasil.

– Respondemos que esta é a nossa vontade. Queremos fazer diferença no Brasil, seja na pesquisa ou na indústria – disse André.

O ITA quer contar com a parceria do MIT em pesquisas que pretende desenvolver em um centro de inovação que a instituição brasileira planeja construir em São José dos Campos, interior paulista. O vice-reitor do ITA, Fernando Sakane, espera que, em um ano, o instituto brasileiro tenha mais definições sobre o funcionamento do centro de inovação, cuja criação serviria para desenvolver novas empresas, estimular o empreendedorismo de alunos e melhorar o ensino de Engenharia.

Em Harvard, acordo de bolsas de estudo

A estudante de graduação em física e ciência política Karine Yuki ficou emocionada ao encontrar a presidente.

– Achei fantástica a iniciativa de investir em ciência e tecnologia. Estava faltando isso no Brasil – disse Karine.

Os estudantes elogiaram o programa Ciência sem Fronteiras, que tem como meta enviar 101 mil estudantes brasileiros para estudar no exterior. O programa também prevê estímulos para que pesquisadores estrangeiros passem a trabalhar no Brasil.

Dilma também visitou a universidade de Harvard, onde assinou um acordo de bolsas, com validade de cinco anos, que, entre outros pontos, cria uma vaga permanente neste período para professores/pesquisadores brasileiros, que passarão um ano em atividade na universidade americana. A estrutura é subsidiada por Harvard, e o visitante brasileiro, custeado pelo governo, modelo que se repete em todo o acordo.

– Com a assinatura deste acordo, o governo brasileiro tornará acessível a talentosos estudantes brasileiros a educação em Harvard nas áreas de ciência e tecnologia, independentemente da condição financeira – disse a reitora de Harvard, Drew Faust. COLABOROU Marcelle Ribeiro

Fonte: O Globo via Exército Brasileiro

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