Conheça estudantes beneficiados pelo ‘Ciência sem Fronteiras’ nos EUA

Grupo de estudantes brasileiros vai fazer estágio em centro de formação da NASA

Luís Guilherme Barrucho

Paralelamente aos estudos na Catholic University of America (CUA), em Washington D.C., eles vão estagiar no centro de formação da agência espacial americana, o NASA Goddard Space Flight Center, na cidade de Greenbelt, no estado de Maryland, a uma hora de distância da universidade.

O pequeno grupo faz parte de um contingente maior, de 650 estudantes brasileiros, que chegou aos Estados Unidos em janeiro desse ano para uma graduação-sanduíche que termina em dezembro.

De diferentes formações ligadas às ciências exatas, os sete estudantes têm em comum o fato de terem se submetido a um rigoroso processo de seleção, que incluiu, além de uma redação em inglês, a aprovação em um exame de proeficiência, para comprovar o nível de fluência no idioma.

Atualmente, eles moram no alojamento da universidade, recebem alimentação gratuita e ganham uma bolsa de US$ 300 mensais.

“Trata-se de uma rara oportunidade para o amadurecimento pessoal e profissional desses jovens, que voltarão ao Brasil com o conhecimento necessário para desenvolver áreas da ciência carentes de mão de obra especializada”, afirmou à BBC, Duília de Mello, astrônoma brasileira de projeção internacional, que dá aulas na CUA e foi responsável pelo programa de estágio na NASA, onde faz pesquisas.

Aos 23 anos, Fernando Jaeger é natural de Guarapuava, no Paraná e estudava Engenharia Mecânica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, São Paulo. Tinha concluído o terceiro ano da faculdade, quando decidiu se inscrever no programa “para melhorar o inglês, crescer pessoal e profissionalmente, além de conhecer uma nova cultura”.

Jaeger sempre quis fazer intercâmbio. Sabia falar inglês, mas não tinha domínio no idioma. “Hoje, já falo fluentemente”, diz.

Logo depois de chegar aos Estados Unidos, conta que se surpreendeu com a receptividade dos americanos. “O pessoal aqui tem sido bastante acolhedor”, diz.

Ele e os outros brasileiros têm participado dos eventos de confraternização promovidos pela faculdade, ainda “que não sejam tão numerosos”.

Em seu tempo livre, ele frequenta a academia da faculdade. “Também aproveito para visitar o lado cultural da capital americana”, diz.

Jaeger está entusiasmado para o início do estágio na NASA, onde vai trabalhar no projeto DMV Dust Migitation Vehicle, uma espécie de veículo aeroespacial que usa energia solar para reduzir a poeira lunar que se acumula e se espalha quando há um pouso na Lua.

Como “bom paranaense”, Jaeger diz estar sentindo falta do “churrasco”.

Ciências exatas como prioridade

O programa ‘Ciência Sem Fronteiras’ prevê distribuir 100 mil bolsas de intercâmbio para estudantes de universidades brasileiras, da graduação ao pós-doutorado, até 2015.

O objetivo é, principalmente, suprir o déficit de profissionais ligados às áreas de ciências exatas.

Embora tenha recentemente conquistado o posto de sexta maior economia do mundo, o Brasil ainda está na 47ª posição entre 125 países em termos de produção de inovações científicas e tecnológicas, segundo um levantamento elaborado pela Confederação da Indústria da Índia, em parceria com o Instituto de Administração Europeu Insead e a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).

Fonte: BBC Brasil

3 Comentários

  1. “Trata-se de uma rara oportunidade para o amadurecimento pessoal e profissional desses jovens, que voltarão ao Brasil com o conhecimento necessário para desenvolver áreas da ciência carentes de mão de obra especializada”, afirmou à BBC, Duília de Mello, astrônoma brasileira de projeção internacional, que dá aulas na CUA e foi responsável pelo programa de estágio na NASA, onde faz pesquisa.====== Normanlmente eles usam a n grana p estudarem de graçsa em n grandes faculdade públicas e ficam por lá, e ninguém cobra .São centenas de casos.Eles deveriamm prestar “serviços” no interior do pais por certo período aí então…Sempre os mesmos.A meritocracia previlégiada.Uma excelente propaganda …Sds.

  2. O governo se prepara para criar centros de pesquisa no Brasil, sejam públicos ou privados. A Embrapa se torna multinacional e a Embrapi dá seus primeiros passos. O Centro da Petrobrás é ampliado e as verbas e bolsas de pesquisa são reajustadas. O Brasil será um país de inovação.

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