Marinha enviará nova fragata para o Líbano na terça-feira

Fragata Liberal (F 43) deve chegar a Beirute em 11 de maio

Luis Kawaguti

Da BBC Brasil em São Paulo

A Marinha do Brasil enviará na próxima terça-feira uma nova fragata, com tripulação de 251 militares, para substituir a embarcação brasileira que integra a esquadra da Unifil, a missão de paz da ONU no Líbano desde 2011.

A fragata Liberal partirá às 15h da Base Naval do Rio de Janeiro e deve chegar a Beirute em 11 de maio. Ela substituirá a fragata União, que voltará ao Brasil em junho.

A participação militar brasileira na Unifil resulta de um esforço do Itamaraty – iniciado no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva – para tornar o Brasil um ator relevante no cenário do Oriente Médio.

A negociação entre a ONU e o Brasil para o envio de tropas à região começou no primeiro semestre de 2010, quando o governo italiano iniciou um movimento de retirada de suas tropas da missão de paz no Líbano para enviá-las ao Afeganistão.

A ONU passou então a buscar uma nação que pudesse assumir o papel de fornecedora de tropas para a Unifil – despertando o interesse do Itamaraty.

Em fevereiro de 2011 o Brasil assumiu o comando da força tarefa naval da ONU e nomeou o então contra-almirante Luis Henrique Caroli para chefiar um grupo de nove navios internacionais.

Contudo, ele comandou essa esquadra a partir de um escritório em terra por cerca de oito meses, devido à demora do Ministério da Defesa em enviar uma embarcação militar brasileira ao país.

A fragata União só foi enviada ao Líbano em outubro de 2011, após o governo brasileiro receber forte pressão da ONU.

Missão

A missão da frota da ONU no país é patrulhar o litoral libanês e impedir a entrada de armas ilegais para grupos extremistas.

Outro ramo da missão, que opera na fronteira terrestre do Líbano com Israel e não conta ainda com participação brasileira, tem o objetivo de evitar confrontos armados entre israelenses e a milícia xiita Hizbollah.

Segundo a Marinha, será feito um revezamento de navios e militares engajados na força tarefa naval a cada seis meses. A fragata Liberal e sua tripulação devem ser substituídas somente em dezembro.

Após disponibilizar navios de guerra para a missão, o Brasil obteve no último mês de fevereiro autorização da ONU para apontar um novo comandante da esquadra e assim garantir a chefia da força tarefa naval por mais um ano.

O atual comandante da unidade militar é o contra-almirante Wagner Lopes de Moraes Zamith, que já está no Líbano.

Fonte: BBC Brasil

5 Comentários

  1. É exatamente desse jeito que o Brasil quer uma cadeira permanente no CS. Comandar uma esquadra de um escritório em terra é algo que só é normal em Brasília mesmo. Se não fossem as pressões, até agora estaríamos desse jeito. Depois os americanos é que são ruins por não apoiarem o Brasil para o CS.

  2. O BRASIL deveria estar com umas 10 fragatas ,ainda q do projeto inhaúma, quase prontas, e + uns 17 submarinos U-214 e ou Amur 1850 p estarem juntas com n fragatas no apoio às mesmas(uns 3 ).E ainda keremos pertencer ao clube dos + poderosos do planeta(CS da ONU )…Quer saber, seria mt bom, + espero q ñ.Será mt caro p às vidas dos n jovens guerreiros e por estarmos sempre mal equipados. Sds.

  3. R22
    Deve ter político em Brasilia que nunca viu o mar daí pensa que podes-se comandar uma esquadra de um escritório, aqueles imbecis.
    ****
    Na fronteira terrestre do Líbano não conta ainda com tropas brasileiras, coisa que o Líbano adoraria em ter.
    Politicamente para os libaneses seria muito bom ter o Brasil com presença terrestre lá, e pro Brasil somaria muitos pontos.

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