Projeto teve apoio da Agência Internacional de Energia Atômica
O Centro do Combustível Nuclear (CCN) do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares) deu um importante passo na área de fabricação de combustíveis. A equipe desenvolveu um combustível com alta concentração de urânio, equiparando-se ao que está sendo produzido e utilizado mundialmente.
O projeto começou no início dos anos 2000 e contou com aporte financeiro da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que investiu algo em torno de US$ 150 mil. O combustível desenvolvido incorpora 4,8 gramas de urânio por centímetro cúbico, o limite atual para a tecnologia de dispersão à base de siliceto de urânio.
Para testá-lo e qualificá-lo os pesquisadores desenvolveram miniplacas combustíveis que começaram a ser irradiadas em junho de 2011 no reator nuclear de pesquisas IEA-R1, no Ipen. Um dispositivo especialmente desenvolvido pelo Centro de Engenharia Nuclear (CEN) do instituto permite a irradiação destas placas.
A equipe do CCN é movida a desafios e pretende montar uma fábrica de combustível. Esta primeira carga de combustível será utilizada no Reator Multipropósito Brasileiro e as próximas também serão fabricadas pelo grupo que alia competência técnica, experiência e muita seriedade para cumprir todas as exigências em termos de qualidade e segurança, respeitando o meio ambiente.
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