Líderes de Paquistão e Índia realizam conversas de paz

Presidente paquistanês Asif Ali Zardari faz primeira visita ao país do premiê Manmohan Singh desde 2005
Foto: Reuters

O presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, e o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, encontraram-se neste domingo em Nova Délhi, elevando os esforços de paz dos países rivais com a primeira visita de um chefe de Estado do Paquistão à Índia em sete anos. As relações entre os países melhoraram desde que o Paquistão prometeu ao país vizinho um status de nação favorecida no comércio neste ano, embora uma recompensa de US$ 10 milhões oferecida por Washington por um paquistanês acusado de realizar os ataques de 2008 a Mumbai tenha reacendido antigas mágoas.

Os líderes conversaram sobre a Caxemira, causa de duas das três guerras entre Índia e Paquistão, além de terrorismo e comércio durante encontro de 40 minutos antes de um almoço, afirmou o secretário de Relações Exteriores da Índia, Rajan Mathai.

“Gostaríamos de ter melhores relações com a Índia. Falamos sobre todos os assuntos que poderíamos conversar e esperamos nos encontrar em solo paquistanês em breve”, disse Zardari ao sair da residência de Singh. O premiê indiano afirmou que espera fazer sua primeira visita ao Paquistão em uma data conveniente.

“As relações entre a Índia e o Paquistão devem normalizar. É o nosso desejo comum”, afirmou. “Há uma série de assuntos e queremos chegar a uma solução tática e pragmática a todos esses assuntos, e essa é a mensagem que o presidente Zardari e eu desejamos levar”, disse.

Depois do encontro, Zardari foi a um santuário de um santo muçulmano sufista visto como símbolo de harmonia entre as religiões do sul da Ásia. Em sua primeira visita à Índia, o filho de Zardari, Bilawal Bhutto Zardari, ficou ao lado dos líderes, em um sinal de seu crescente papel na política.

Mathai afirmou que Singh ofereceu a Zardari a ajuda da Índia para encontrar 124 soldados paquistaneses e 11 civis atingidos por uma avalanche no sábado perto da geleira Siachen, na Caxemira, que tem 6.000 metros de altitude e é conhecida como o campo de batalha mais elevado do planeta. Zardari agradeceu a Singh, mas não respondeu imediatamente à oferta de ajudar as equipes de resgate, que usam helicópteros e cães farejadores em uma área de um quilômetro e com 25 metros de neve em profundidade. Centenas de pessoas morreram em Siachen ao longo dos anos, a maioria devido às condições inóspitas do lugar.

Uma fonte de Ministério das Relações Exteriores afirmou que qualquer visita de Singh ao Paquistão dependerá de vários assuntos, como o conflito sobre o estuário do rio Sir Creek, que é rico em petróleo. A última guerra entre os países ocorreu em 1999, pouco depois de ambos os lados terem declarado que possuíam armas nucleares. Centenas morreram na fronteira da Caxemira, antes de o lado paquistanês ter sido forçado a se retirar da região.

Fonte: Terra  

8 Comentários

  1. É o fato de a Índia, China e Paquistão ter as nukes, não sei como a Índia e os Paquisteneses conseguiram elas.

    Vendo que o caldo está começando a entornar eles se unem, porém depois resolvem os seus problemas, principalemnte na cachemira que de maneira inteligente o Paquistão meteu a China no meio, assim como a Índia aproveita os EUA que sempre beneficia quem está perto de seus desafetos.

  2. É natural buscarem entendimento e aproximação afinal são o mesmo povo que foi dividido por diferenças de crenças.

  3. E divisao da India, e a criacao do Paquistao, baseado em diferenca religiosa, foi o resultado da manipulacao do imperialismo britanico. O mesmo sucedeu no Oriente Medio, na Africa e na America Espanhola. Dividir para reinar. Tentaram fazer o mesmo no Brasil, mas nao conseguiram subornar o Duque de Caxias.

  4. O PERIGO DO PAQUISTANÊS

    Os paquistaneses os mais sensatos sabem que o esforço que a Índia faz para desenhar e montar a força Armada que tem hoje,não é para o eles e sim para a China.

    O grande perigo que há no Paquistão e para o EUA também,é se um dia um artefato nuclear paquistanês cair em mão terroristas.

    É mais fácil a’quaeda ter uma bomba nuclear do arsenal paquistanês do que do Irã aliás,o próprio governo saudita esta tendo conversas com autoridades do Paquistão para que este vendam-lhes a tecnologia nuclear,inclusive a bomba;se já não ocorrera.

  5. otimo, e queira DEUS que de tudo certo, se tem um lugar no mundo em que o caldo pode entornar e nos levar para um terceira grande guerra, ( possivelmente a ultima do homo sapiens) esse lugar se chama, india/ paquistão.

  6. Os paquistaneses os mais sensatos sabem que o esforço que a Índia faz para desenhar e montar a força Armada que tem hoje,não é para o eles e sim para a China.

    O grande perigo que há no Paquistão e para o EUA também,é se um dia um artefato nuclear paquistanês cair em mão terroristas.
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    O Paquistão não é um problema sério para a ìndia, mas o fato de o Paquistão ter chamado a China para a contenda é que foi um grande problema, só que o Paquistão depende da Índia para ter sua sufuciencia energética assim como a Índia também depende do Paquistão.

    Tem lugares no Paquistão que o governo não tem qualquer controle, esses territórios são ricos em minerais, porém só não se tornaram novos países por causa da Bomba.

    O problema da Índia agora é a China que quer os territórios reclamados e a parte de Cachemira.

  7. Isso sim é um passo positivo na diplomacia asiática…
    Eles estão começando a ver que o mundo todo quer crescer encima deles.. tirando proveito de suas diferenças, dividindo-os e explorando-os….
    Eu tenho certeza que em breve índia, china e paquistão estarão compartilhando das mesmas idéias e informações estratégicas necessárias para a auto-sobrevivencia economico-social da região…

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