Boeing cria centro de pesquisa e tecnologia no Brasil

Donna Harik, presidente da Boieng Brasil (Divulgação)

Por Anna Carolina Rodrigues

A Boeing anunciou nesta terça-feira a criação de um centro de pesquisa e tecnologia aeroespacial no Brasil. Com sede em São Paulo, a unidade terá investimento inicial estimado entre 4 milhões de dólares e 5 milhões de dólares ao ano. Será o sexto centro de pesquisa da empresa no mundo fora dos Estados Unidos. Outros funcionam na Espanha, Austrália, Índia, Rússia e China.

O aporte no centro brasileiro será semelhante ao realizado na unidade chinesa. Segundo a Boeing, as pesquisas terão foco em desenvolvimento de biocombustíveis de aviação, gestão avançada de tráfego aéreo, metais avançados e biomateriais e tecnologias de apoio e serviços. A ideia é criar uma rede com agências governamentais, empresas privadas e universidades.

O anúncio chega poucos dias após a proposta de parceria feita pelo governo indiano para transferência de tecnologia caso o Brasil opte por comprar os caças Rafale, da francesa Dassault. A Boeing está na concorrência do projeto FX-2 para compra de caças pela Força Aérea Brasileira (FAB). Além das duas empresas, também compete a sueca Saab.

A presidente da Boeing Brasil, Donna Hrinak, negou que a abertura do centro seja uma resposta à questão da transferência de tecnologia. Ao site de VEJA, a executiva destacou que se trata de um movimento natural da companhia que busca se estabelecer no país. “O centro de pesquisa vai muito além de qualquer decisão do governo brasileiro. O F-18 (modelo de caça negociado pela empresa) é assunto de apenas um dos negócios da Boeing”, afirmou.

A abertura desse centro tem relação com as críticas sobre a falta de transferência de tecnologia pela Boeing na questão dos caças?

Se o F-18 ganhar a concorrência, esse centro de pesquisa e tecnologia vai existir, crescer e trabalhar com muitos parceiros brasileiros. Mas, se o F-18 não ganhar a concorrência, esse centro vai existir do mesmo jeito. A ideia é desenvolver tecnologia nova não apenas para o Brasil, mas para todo o mundo.

A Boeing acompanhará a visita da Dilma aos Estados Unidos?

Seria natural aproveitar a visita da presidente para falar não apenas sobre a concorrência do FX-2, mas da parceria que o Brasil e os Estados Unidos podem estabelecer na área de aviação, tanto militar como civil, e na área de tecnologia e pesquisa. A primeira coisa que fiz como presidente da Boeing Brasil foi assinar um acordo com a Embraer e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para desenvolvimento de projetos de biocombustível de aviação. A segunda foi entregar o cheque para apoiar o programa Ciência Sem Fronteiras, que beneficia 14 estudantes que estão se especializando em engenharia espacial e aeronáutica. Estamos muito focados neles.  Não sou especialista nem na aviação militar, nem civil, mas o que vejo são grandes possibilidades de parceria entre os dois países. O presidente Barack Obama fez uma boa visita aqui no ano passado e acho que agora podemos construir melhor a nossa relação em várias áreas, inclusive na aeroespacial, com a visita da presidente Dilma.

A abertura desse centro pode contribuir positivamente para a concorrência?

Eu entendo a relação, mas acho que acho que são duas coisas diferentes. Uma coisa é transferir tecnologia, outra é desenvolver tecnologia, que é, sobretudo, o que estamos falando. A parte de tecnologia brasileira que vai avançar ainda mais com a questão da FX-2 é uma coisa. Mas a questão do centro envolve outros ares. Isso pode ter impacto na questão de aviões militares no futuro, dentro de muitos anos. Caça é venda e o centro é um investimento.

Fonte: Veja

20 Comentários

  1. Se ela diz que caça é venda e este centro é pra muito futuro retorno, lê-se: caça sem transferência tecnológica e centro tecnológico pra boi dormir… Faça-me rir EUA mas não falem tantas bobagens.
    Esses reportes da Veja são muito fracos.

  2. Nossa como a BOEING é boazinha está querendo nos repassar tecnologia sem segundas intenções, como o mundo está mudando.

  3. Nossa a Donna Harik está mais bonita do que na época em que era Diplomata,quanto ao Centro de Pesquisa eu fico feliz temos muito a lucrar e a Boeing tb,mas acho respondendo ao Jackson que a proposta da Boeing carece no tocante a TT do F18SH,Jacson abrir centros não representa muito pois os Franceses tem Capital em empresas nacionais,veja a Thales que faz o radar AESA,se vc não sabe a França tem um programa de Bolsas que já levou muitos brasileiros para estudar na Soborne,e não é de agora,isso existe a décadas,temos que nos concentrar na TT,códigos fontes e etc.

  4. A abertura desse centro pode contribuir positivamente para a concorrência?

    Eu entendo a relação, mas acho que acho que são duas coisas diferentes. Uma coisa é transferir tecnologia, outra é desenvolver tecnologia, que é, sobretudo, o que estamos falando. A parte de tecnologia brasileira que vai avançar ainda mais com a questão da FX-2 é uma coisa. Mas a questão do centro envolve outros ares. Isso pode ter impacto na questão de aviões militares no futuro, dentro de muitos anos. Caça é venda e o centro é um investimento.

    Parabéns Dona pela sinceridade e por não usar esse centro como instrumento de chantagem,se vcs desejam mesmo o nosso mercado sejam bem vindos!!!

  5. Todo Mundo sabe que o F18 é o melhor! O resto é apenas especulação, quem deveria dar o aval é quem vai voar neles não a política, ou seja uma escolha Técnica.
    Abraço a todos.

  6. as perguntas que ficam são!
    1-O que a boeing desenvolveu em termo aeroespacial para a russia?

    2- O que a boeing desenvolveu em termo aeroespacial para a espanha?
    ( com seus f18 velho, teve que recorrer ao eurofigther pra ter um caça decente)

    3 – O que ela desenvolveu pra india?

    4- o que ela podera desenvolver para o brasil?

  7. É o que eu falo a tempos pra vcs meus amigos,antes era a França e Israel que mais nos ajudaram na Estrátegia Nacional de Defesa,agora a Boeing está vindo com força e a BAE mostra muita vontade,não é aquele lenga lenga de outros países,quem quer que venha e invista em nosso país,como a Boeing,como os israelenses e franceses,a coisa está ficando animada,temos que separar a antipatia contra os americanos dos interesses do Brasil,e não ficarmos com aquele resquicio de Russos bonzinhos e Ocidentais maus,quero tb os Russos,Chineses e se der tb os iranianos…rsrs,mas ficar acreditando que só os Russos são bons e que vão nos dar tudo é de uma igenuidade impar,pois até hoje nada.

  8. Jakson Almeida disse:

    03/04/2012 às 21:31

    A Saab criou o dela.
    A boeing criou o dela.
    Cadê a Dassaul com o dela???????????
    ==
    ==
    A Dassault caso ganhe deveria transferir a ToT para uma estatal coordenada pela Aeronáutica e tambem aos integradores.
    Porém, a questão da Boing e estratégica para a Boing e para o Brasil se for para um futuro UAV nacional.
    Se for isso, seria sensacional.

  9. A Saab criou o dela.
    A boeing criou o dela.
    Cadê a Dassaul com o dela???????????
    _________________

    Eles criaram um em parceria com a UFRJ.

    E em relação a turma da Boeing Boing eles não são de confiança, são tratantes.

  10. Camaradas,

    Todo esse investimento da Boeing, no meu entender, tem a seguinte lógica: se não investirem por aqui, outros o farão e os tirarão de um potêncial mercado. Simples assim.

    Quanto ao F-18 E/F, o compromisso da proposta deles é a transferência de códigos fontes necessários para a operar a aeronave e um pacote de armas completo, que inclui mesmo o AIM-120C. A aeronave também viria completa, com um AESA APG-79 plenamente operacional e sem nenhum componente degradado.

    No mais, não tem porque não nos forncecerem isso. Se não o fizerem, outros fazem…

  11. barca
    A Boeing pode até fazer uma coisa ou outra em negócios por aqui, só que tecnologia aeronáutica civil brasileira vai bem, agora a parte militar que precisa de investimentos eles nem querem tocar no assunto além de apenas vender de prateleira.
    São uns pilantras esses caras da Boeing e governo EUA, o mais pilantra dos três no FX2.

  12. Vejam as forças armadas do japão!.. Houve transferência de tecnologia lá?… Dos países, este é o mais provável que tenha recebido!

    A Boeing é ‘escrota’ até quando fala em negociar TOT, imaginem quando for a hora do vamos ver!… Ainda mais com aqueles congressistas americanos bairristas..

  13. BARCA meu caro, eu assino em baixo…

    Pessoal aqui tem de ser inteligente, e não devemos ficar escolhendo lado ocidental ou vermelho, aqui somos BRASIL e somos todos em um…que venham todas as empresas de defesa do mundo, que nem me importo, vou é rir á toa…quanto a política eu não sou fã das condutas do EUA e nem tão pouco da políticas dos vermelhos…sou á favor da tecnologia a serviço do homem, ciência para nossas crianças, cultura para nossos moços, educação para nossos homens e mulheres, e SABEDORIA para nossos senhores.

    BASTA DESSE ANTI-AMERICANISMO BARATO e IRRACIONAL

  14. diarum disse:
    04/04/2012 às 16:41

    Vejam as forças armadas do japão!.. Houve transferência de tecnologia lá?… Dos países, este é o mais provável que tenha recebido!

    A Boeing é ‘escrota’ até quando fala em negociar TOT, imaginem quando for a hora do vamos ver!… Ainda mais com aqueles congressistas americanos bairristas..

    Leave a RJunior Almeida disse:
    04/04/2012 às 10:10

    A Saab criou o dela.
    A boeing criou o dela.
    Cadê a Dassaul com o dela???????????
    _________________

    Eles criaram um em parceria com a UFRJ.

    E em relação a turma da Boeing Boing eles não são de confiança, são tratantes.============ Vc estão mt bem informados, toloos q acreditam na tal transferência ianks de T&T p nós BRASUCAS, nunca honraram a sua palavra…fatos ñ mt distantas provam isso; os ianks ñ são confiáveis. Sds.

  15. As forças armadas do japão hoje são de respeito!
    Existe uma aliança de crescimento mútuo EUA-Japão ou este é um braço armado dos EUA? Quer dizer… só faz ter licença de produção e nada de transferência de tecnologia?

  16. Donna Harik deu uma repaginada no visual,aplicou botox,mexeu no nariz,esticou daqui e esticou dali, etc…mas continua sendo uma coroa, tal qual o F-18. Um upgrade aqui e ali,mas um caça velho que é denominado F/A-18(Fighter/Attack ou seja Caça de Ataque) sua missão principal era despejar bombas e ter alguma capacidade defesa.
    O Brasil mais que todas os concorrentes DEVE definir que tipo de caça quer se um caça de superioridade aérea(Rafale) ou um caça bombardeiro(que é o caso do F/A-18) ou ainda um substituto para o F-5 (que e o caso do Gripen ).
    Não importa que a Hillary (uma coroa menos repaginada) foi taxativa.
    “A transferência será a NECESSÁRIA”
    Ou seja:
    N= Não transferimos.
    E= Estudaremos a proposta.
    C= Caiam na real.
    E= Estamos aguardando autorização do congresso (que jamais virá).
    S= Sejam humildes e contente-se com o caça banguela,vesgo e manco.
    S= Super otários.
    A= Acordem seus tolos jamais terão um caça de superioridade puro sangue.
    R= Rimos de vocês.
    I= Insistir não custa nada.
    A= Amanhã talvez .

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