Malvinas: enclave colonial no Atlântico Sul

Tendências e Debates

 Luis María Kreckler , 57, sociólogo pela Universidade Nacional de Buenos Aires, é embaixador da Argentina no Brasil

 O assunto é a Argentina segundo os Argentinos

 O território argentino só estará completo quando as Malvinas nos forem restituídas; potências de outrora ainda agem como se o mundo não tivesse mudado.

Hoje, completam-se 30 anos do conflito no Atlântico Sul.

A Argentina toda homenageia com dor a memória dos caídos no enfrentamento e a usurpação sofrida já há 180 anos por parte de uma potência colonial extrarregional. A presença dessa potência não só fere a integridade territorial argentina, mas também a identidade da América Latina.

A recuperação das ilhas Malvinas é mais do que um anseio, é um dever irrenunciável, uma política do Estado argentino, plasmada na Constituição Nacional e prioridade do governo da presidenta Cristina Fernández de Kirchner.

Não será encontrado um único argentino, de qualquer ideologia ou posição política, que não concorde, de coração, que somente quando as ilhas Malvinas sejam restituídas à Argentina, nosso território estará completo.

Tampouco será encontrado argentino algum que não esteja convicto de que sua recuperação somente será conseguida por meio da paz.

O Brasil, desde 1833, acompanha a Argentina em sua reclamação de soberania. O governo e o povo argentino reconhecem o apoio incondicional que este país nos presta.

O Brasil conhece as ambições estrangeiras sobre seus recursos naturais. Todos os países da região latino-americana compartilhamos a convicção de que os recursos de nossos espaços marítimos constituem um elemento vital para assegurar o desenvolvimento dos nossos povos.

Hoje temos uma base militar extrarregional no extremo do Atlântico Sul, promovendo a depredação pesqueira e a exploração ilegal de hidrocarbonetos.

Se tem uma coisa que aprendemos na América do Sul é que podemos ter muitas diferenças, mas temos um destino comum.

As declarações do Brasil, o apoio que tem cada ocasião oferecem as autoridades brasileiras, a preocupação e a ênfase que põe seu governo nos confirma, a cada dia, que estamos no caminho certo da integração.

Nós estamos entendendo que somos donos do nosso destino, que temos que caminhar juntos e que neste projeto não cabe que potências coloniais de outrora continuem atuando como se o mundo não tivesse mudado nestes últimos séculos.

Com vocação de paz, a Argentina apela ao diálogo para a reparação desta dívida histórica, que fere o meu país e a América Latina toda.

Fonte: Folha de S.Paulo via Resenha

13 Comentários

  1. “…As declarações do Brasil, o apoio que tem cada ocasião oferecem as autoridades brasileiras, a preocupação e a ênfase que põe seu governo nos confirma, a cada dia, que estamos no caminho certo da integração. …”==== Ñ podemos ficar reféns dos argentinos, e do q falamos, temos de agir como o Chile e outros, q se opõe a presença britanica na malvinas, + ñ afirmamos a iremos às últimas consequências p livrar a AS da presença do UK por aki…até pq eles são uns tráiras de 1ª kalidade…Sds.

  2. Um funcionário do Estado argentino contando mentiras estatais, tentando impingir a falsificação histórica que é ensinada há gerações nas escolas argentinas.

  3. Curioso, pela mesma bitola, o Uruguai não deveria ser independente. Esta coisa da autodeterminação dos povos é um “empecilho” à “verdade histórica”.

  4. HMS TIRELESS disse :Um funcionário do Estado argentino contando mentiras estatais, tentando impingir a falsificação histórica que é ensinada há gerações nas escolas argentinas.


    ( modo sarcastico no maximo)
    eeeee claro, aqui e todo mundo louco e cego, afinal as malvinas estão logo ali na europa, ao lado da dinamarca não ?!! e que e que liga para esse negocio de diiiistancia geografica ? que bobagem, afinal de contas nascem muitos ingleses na america do sul, e recursos naturais “terceiromundistas” devem e servir o o mundo civilizado mesmo, e uma honra para nos servi-los eternamente de materias primas, e no caso das malvinas de graça, afinal meu tatatataravô era europeu *~*

  5. Afonso de Portugal disse:Curioso, pela mesma bitola, o Uruguai não deveria ser independente. Esta coisa da autodeterminação dos povos é um “empecilho” à “verdade histórica”.


    o que fazemos ou deixamos de fazer na america do sul,nossas semelçhaças, diferenças, e problema nosso, de sulamericanos, A EUROPA NÃO TEM NADA COM ISSO, resolvam seus problemas ai entre voces, a epoca de doceis colonias acabou, bem vindos ao novo seculo !!

  6. A presença inglesa ao Sul e a Francesa ao norte da América Latina na realidade FULMINA a grande bobagem diplomática de se pretender fazer a América do Sul uma área livre de armas atômicas…

    Principalmente quando os políticos no Reino Unido falam abertamente em sessões da Câmara dos Comuns em “que devemos mostrar os submarinos nucleares britânicos aos argentinos” toda vez que há tensão diplomática como recentemente.

    Talvez se esta situação perdurar indefinidamente, acabe influindo no futuro numa decisão do Brasil rever finalmente este NON-SENSE da INGÊNUA auto-renúncia contitucional do Brasil desde 1988 a ter suas própria defesa militar nuclear e assim poder ser alvo indefeso no futuro do mesmo tipo de chantagem nuclear que os britânicos brindam aos argentinos de tempos em tempos…

  7. Caro capa preta

    Esse seu ponto de vista roça o totalitarismo. Além do mais existem situações semelhantes em diversos pontos do globo. Se as populações não querem ceder às vontades geográficas, paciência.
    E sim, cabe aos restantes países do mundo, fazerem ver que é a autodeterminação dos povos que conta.
    Neste caso, quer goste ou não, a Europa é parte interessada. Assim como a Guiana Francesa ou as Antilhas Holandesas.

  8. Até porque, se pensar bem, capa preta, não tem nada a ver com Colonialismo. O Colonialismo acabou, está apenas na cabeça daqueles que o usam para defender os seus próprios interesses.

    Questões como a das Malvinas/ Falklands ou da Guiana Francesa têm a ver com estas duas questões; Economia e Direito Internacional.

    No primeiro ponto, os habitantes, ainda que longe do centro administrativo, acham que é mais benéfico estarem ligados a ele, do que arriscar uma independência que lhes seria prejudicial do ponto de vista económico.

    No segundo ponto. Se é da sua vontade serem holandeses, franceses ou britânicos, trata-se de uma questão de autodeterminação. E todos têm dito ao longo dos tempos o que querem ser.

    Quanto às Malvinas, as razões políticas argentinas não são assim tão justas quanto isso.
    O caso de que lhe falei, do Uruguai, é disso exemplo.

    Administrativamente, estava dependente de Buenos Aires antes da Independência de Espanha. Portugal conquistou o Uruguai, e quando o Brasil se tornou independente de Portugal este fazia tarte do território herdado. Mais tarde, o Brasil resolveu dar a Independência ao Uruguai.

    Pela lógica Argentina aplicada às Malvinas, o Uruguai pertenceria à Argentina. E neste caso quem seria o colonizador?? A Argentina, o Brasil??

  9. Afonso de Portugal disse:
    Até porque, se pensar bem, capa preta, não tem nada a ver com Colonialismo. O Colonialismo acabou, está apenas na cabeça daqueles que o usam para defender os seus próprios interesses.

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    será que acabou mesmo caro patricio ? e porque então a inglaterra quer produzir petroleo na costa sul americana, e levar para europa sem dar satisfações a ninguem ?? será que se um brasileiro, sul americano, pegar sua jangada e for pescar bacalhau na costa da noruega, se alguem lhe perguntar alguma coisa ele reponder: ” foram os ingleses da america do sul que deixaram” sera ue os noruegueses vão entender? dificil ne ?? então porque os ingleses deixam embarcações japonesas, chinesas, suecas e tudo mais fazerem pesca industrial na costa da america do sul ?? e sem nenhium comprometimento com o equilibrio de nosso ecossistema, pesca predatoria mesmo !!

  10. A elite mundial está preparando uma guerra para américa do sul .
    toda vez que a europa entra em colapso eles prepram mais uma guerra !

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