Na Índia, Dilma condena a adoção de forma indiscriminada de sanções, citando Síria, Palestina e Irã

 

Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República - Nova Delhi, Índia - A presidenta Dilma Rousseff, o presidente Dmitri Medvedev (Rússia), o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e os presidentes Hu Jintao (China), e Jacob Zuma (África do Sul)

Renata Giraldi

A crise nos países muçulmanos virou tema do discurso da presidenta Dilma Rousseff hoje (29), no encerramento da 4ª Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Nova Delhi, na Índia. Dilma defendeu a busca pela paz na Palestina e na Síria e o direito de o Irã desenvolver seu programa nuclear, desde que com fins pacíficos. A presidenta defendeu a ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, formado por 15 países, dos quais apenas cinco têm assento permanente.

Dilma condenou ainda a adoção de sanções de forma indiscriminada e repudiou a violência e as violações aos direitos humanos. A presidenta ressaltou que o caminho é o da diplomacia e do diálogo. Segundo ela, os países do Brics podem colaborar na busca pela paz. “Os olhos do mundo estão voltados para nós e somos, sem dúvida, a esperança”, disse.

Nas negociações sobre a definição territorial da Palestina, Dilma advertiu que a adoção de restrições econômicas e financeiras na região só agrava a situação como um todo. “[A adoção] indiscriminada de sanções tem provocado a deterioração das relações [como um todo]”, disse ela.

Em relação à onda de violência que domina a Síria há um ano, provocando pelo menos 9 mil mortos e denúncias de violações de direitos humanos, como estupros, torturas e agressões a crianças e adolescentes, a presidenta condenou os atos violentos.

Dilma lembrou que o Brasil apoia as negociações do enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, que recomendou um plano de paz no país. Anteontem (27) o presidente sírio, Bashar Al Assad, indicou que pretende adotar o plano que prevê um cessar-fogo e a criação de um corredor humanitário, entre outros aspectos.

Para a presidenta, é fundamental também que o Irã tenha o direito de desenvolver seu programa nuclear. Ela ressaltou que o Brasil é favorável às pesquisas nucleares com fins pacíficos. A comunidade internacional desconfia que os iranianos desenvolvam armas atômicas nas suas pesquisas.

Dilma chegou anteontem (27) à Índia, onde fica até o dia 31. também participaram das reuniões da 4ª Cúpula do Brics o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e os presidentes Hu Jintao (China) e Dmitri Medvedev (Rússia) e Jacob Zuma (África do Sul). Todos concederam entrevista coletiva conjunta hoje. (Colaborou Karla Wathier, de Nova Delhi, na Índia // Edição: Juliana Andrade).

Dilma recomenda que países busquem uma solução negociada para acabar com impasse sobre programa nuclear

Por Yara Aquino e Renata Giraldi

Em meio às ameaças dos europeus e norte-americanos de ampliarem as sanções ao Irã, a presidenta Dilma Rousseff reprovou hoje (29) o que chamou de “protestos retóricos” e defendeu a busca pelo diálogo e a negociação pacífica. No último dia da 4ª Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Nova Delhi, ela alertou sobre os riscos do agravamento das tensões devido à possibilidade de adoção de mais restrições aos iranianos.  

“O Brasil não concorda com esses protestos retóricos de elevação do nível da discussão. Acho extremamente perigosas as medidas de bloqueio de compras do Irã, apesar de não termos relações comerciais com o Irã, mas outros países têm e precisam dessas compras”, disse a presidenta, advertindo sobre as ameaças ao Irã devido às suspeitas de irregularidades envolvendo o programa nuclear do país.

Desde 2010, a comunidade internacional ampliou as sanções ao Irã por desconfiar que o programa nuclear, desenvolvido no país, esconda a produção de armas atômicas. Os iranianos negam as suspeitas, informando que o programa tem fins pacíficos. Mas o comando da Agência Internacional de Energia Nuclear (Aeia) levanta suspeitas em decorrência das dificuldades para inspecionar as usinas iranianas.

Para Dilma, o momento é de busca pela negociação. “Achamos que é necessário que haja de parte a parte uma redução do conflito e se estabeleça um diálogo para que, no âmbito do direito internacional e não de decisão [unilateral por parte dos] países, sejam feitas todas as tratativas”, disse.

A presidenta acrescentou ainda que deve haver um esforço conjunto para “prevenir conflitos”. “Em vez de [adotar a] retórica agressiva, [devemos todos nos basear no] direito internacional, no direito dos países de usarem energia nuclear para fins pacíficos, assim como nós fazemos, e que haja um acordo, que se coloque a Agência Internacional de Energia Atômica [Aiea] a procurar que as partes baixem o nível da retórica e se entendam”, disse. (Edição: Lílian Beraldo).

Fonte: Agência Brasil

 

 

7 Comentários

  1. Pelas palavras da Presidenta Dilma nessa materia e na materia anterior a essa percebesse que da indecisão ela tomou uma postura de declarar afinação com o grupo dos BRICS e podem acomodarem-se em vossas poltronas pois vem muita novidade ai que deixara a maioria dos Brasileiros felizes e a monoria reacionaria de adoradores da OTAN arregassados rsrs rsrs

  2. Pode crer 1maluquinho tive a mesma impressão, acho que a partir de agora o alinhamento com os Brics será mais frequente,porém não automático,talvez surjam mais novidades do que o simples alinhamento com os Brics.Todos sabem do bem qual é o meu sonho para defender nosso céu.

  3. “Pelas palavras da Presidenta Dilma nessa materia e na materia anterior a essa percebesse que da indecisão ela tomou uma postura de declarar afinação com o grupo dos BRICS e podem acomodarem-se em vossas poltronas pois vem muita novidade ai que deixara a maioria dos Brasileiros felizes e a monoria reacionaria de adoradores da OTAN arregassados rsrs rsrs”… se entregando, MELANCIA?… mais cedo ou mais tarde a mascara do eunuco caiu na festa da congregação dos parias… bata palmas cooptado entreguista… quem é que é mesxmo otário, cabeça de pinico?… rsrsrsrsrs…

  4. pelo que li a carapuça serviu como uma luva para os adoradores da otam arreg@ss@dos rsrsr ,para mim o brasil pode tomar qualquer posiçao em relaçao ao mundo como um todo ,mas alem de tomar posicionamento entre esse ou aquele tem que se armar com mais vontade pois só ficar de kao kao e nao se armar ai fica dificil ,se voltar com boas noticias de lá para as forças armadas sera uma boa agora viver tomando posicionamento e dependendo do seguro dos russos chineses ou indianos ai é dar um chute no saco ou um tiro do pé ,brasil sai de cima do muro,e se alia militarmente e de verdade nao no seguro dos outros.

  5. Pessoal acabei de ler esta notícia.

    Indianos propõem parceria caso Dilma opte por Rafale
    Na reunião bilateral entre Brasil e Índia, na Hyderabad House, o governo indiano informou à presidente Dilma Rousseff que caso ela opte pela compra dos caças Rafale, a exemplo do que a Índia fez, os indianos estão interessados em estabelecer uma parceira tecnológica com os brasileiros, para montarem um projeto conjunto de transferência de tecnologia. De acordo com a oferta, a disposição do governo indiano é de transferir informações que eles recebam em relação ao Rafale, e os três países – Brasil, Índia e França (fabricante do avião), poderiam, então, trabalhar juntos em um projeto de parceria tecnológica.

    http://br.noticias.yahoo.com/indianos-prop%C3%B5em-parceria-caso-dilma-opte-rafale-220500587.html

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