Embraer fecha venda de Super Tucano para três países da África

Por Virgínia Silveira | para o Valor
SANTIAGO – A Embraer anunciou hoje a venda de seis aeronaves Super Tucano, turboélice de treinamento avançado e ataque leve, para três países da África. O valor dos contratos, que incluem um pacote de suporte logístico, treinamento e peças de reposição, está estimado em mais de US$ 180 milhões.
A informação foi divulgada esta manhã na Feira Internacional do Ar e do Espaço (Fidae), que acontece até o dia 1º de abril, no Aeroporto Internacional Arturo Merino Benítez (SCL), em Santiago, no Chile.
Das unidades que foram compradas, segundo a Embraer, seis foram para a Força Aérea de Angola e outras três para a Força Aérea de Burkina Faso, primeiro operador do Super Tucano na África. O modelo já está sendo utilizado pelo país em operações de vigilância de fronteiras. As três primeiras unidades de Angola serão entregues pela Embraer ao longo este ano.
A empresa não revelou a quantidade de Super Tucano que foram adquiridos pela Força Aérea da Mauritania, que também escolheu o modelo brasileiro para executar missões de contra-insurgência.
Com os pedidos anunciados hoje, segundo a Embraer, sobe para nove o número de Forças Aéreas que já selecionaram o Super Tucano na América Latina, África e Sudeste Asiático. Destas, seis já estão operando o modelo.
O Super Tucano acumula até o momento um total de 182 encomendas, das quais 158 já foram entregues. Destas, 99 foram para a Força Aérea Brasileira (FAB), detentora do projeto. A Embraer projeta um mercado potencial de US$ 3,5 bilhões  para a classe do Super Tucano, algo em torno de 300 aeronaves.
Somente na América Latina, segundo a empresa, o mercado potencial é estimado em 81 aeronaves até 2025, o que representa negócios superiores a US$ 1 bilhão.
(Virgínia Silveira | para o Valor)

15 Comentários

  1. YES…

    Muito boa esta notícia. Estou acreditando que o Super Tucano será um sucesso tanto quanto foi o Tucano.

    Os números são favoráveis a isso, não apenas em quantitatvo de unidades más sim em quantitativos de paises, forças aéreas pois isso significa pulverização da influência da EMBRAER no mundo.

  2. Daqui a pouco vai ter mais ST voando por aqui do que gol e uno nas cidades do brasil…
    Barato e eficiente, essa é a lei das forças armadas que estão começando a se reequipar nesse momento em que o mundo vive

  3. Quanto mais saírem AT 29ST para o mundo mais prestígio terá, pois os aviões ST são super confiáveis, ágeis, maior tecnologia, autonomia, resistência e ótimo custo beneficio do mercado nesse segmento… Fico muito feliz em saber desta conquista por parte da EMBRAER, parabéns e continue assim, mesmo com dificuldades criadas para abater a alto estima, isso mostra que nada pode ir contra uma aeronave da qualidade dos nossos ST !!!

  4. É praticamente um tanque de guerra voador. Pelos custos da aeronave e pela hora voô, além do fato de o alcance e velocidade serem superiores à helicópteros, acho que o potencial no mundo é até maior do que 300 aeronaves, levando em conta, claro, o sucesso comprovado da aeronave em combate.

  5. !!E continua vendendo como agua..rsrsrsrs nao e a toa que ganhamos nos EUA, mas por enquanto perdemos no tapetao ,mais pedidos essa e a diferença,que os americanos sabem, mas……….o tempo dira.. sds

  6. Fico muito satisfeito, mas… bem que o Super Tucano podia ter mais componentes nacionais, pra começar o motor. Em todo caso não posso repreender a Embraer, afinal seu pequeno avião está vendendo muito bem e é hoje o avião em sua categoria mais eficiente do mundo.
    Então parabéns Embraer!

  7. O ST é um sucesso, não precisa do aval dos EUA para vender , aliás esse aval já foi dado na seleção, se cancelaram depois por questões de documentação é problema deles.

  8. Acho que estas compras além da qualidade do ST se deve a escolha da USAF,que por si só agrega valor a qualquer caça,mesmo com essa estória de erro na documentação não há caça turboélice melhor que nosso ST.
    Acho que agora choverá encomendas para a EMBRAER.

  9. Éh,…sucesso total de vendas!!! Ainda vão vender muitos dêles, todavia, não tenho a menor dúvida que já é hora da Embraer começar, sèriamente, a pensar em colocar no mercado um Super Tucano NG, com turbinas à jato e assim usar a tecnologia nessa área que já foi desenvolvida. Certamente isso nos daria mais autonomia e muito mais força e respeito para a própria Embraer. Ela se tornaria mais independente e isso reflete no mercado de forma altamente positiva – nenhum país sério quer ficar dependente de quem é dependente!!! Só a direitalha brasileira que quer um bRaZiL subserviente e dependente dos EUA!!!
    “Nem destro nem sinistro, apenas Brasileiro!”
    Bom dia a todos!

  10. Se o governo federal se empenhasse tanto na venda do nosso excelente supertucano quanto o governo de outros países se empenham pelos produtos deles, acredito que o nosso avião estaria voando inclusive nos estados unidos. Na categoria dele, não tem concorrentes à altura.

  11. Boeing teme dano após EUA cancelar compra da Embraer !

    Empresa americana procura FAB para evitar represálias após Obama cancelar aquisição do brasileiro Super Tucano.
    Preocupada com possíveis prejuízos na licitação para compra de caças da Força aérea Brasileira (FAB), a norte-americana Boeing escalou três de seus executivos para transmitir ao comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, a ideia de que a suspensão da compra pela Força aérea dos EUA de aviões Super Tucano não tem relação com a qualidade da proposta da Embraer.

    Em uma “mesa-redonda” com a imprensa depois da reunião na FAB, o embaixador norte-americano no Brasil, Thomas Shannon, explicou que o governo americano “permanece interessado” nos Super Tucanos. Tanto o diplomata quanto os executivos norte-americanos elogiaram o processo brasileiro de licitação, com adjetivos como “soberbo” e “transparente”.

  12. A verdade é que a Embraer não está nem aí com o Brasil, se estivesse, já teríamos ao menos um Super Tucano 100% nacional e um caça de 4a. geração nacional voando. O Super Tucano é um excelente avião mas já deveria ser 100% nacional. Ela perde vendas pelo fato do ST ser um monstrengo como o Grippen, que tem componentes de trocentos países e sujeito a embargos e “red tapes”. Quando o governo investe ou compra da Embraer, para gerar empregos aqui, na compra de um Super Tucano, por exemplo, geramos empregos nos EUA, já que motor e aviônica são fabricados lá. Mas o GF promove vendas dos produtos da Embraer sim, e após o cancelamento da licitação pra compra dos ST da Embraer o Itamaraty divulgou nota de protesto ao governo americano, dizendo que isso era contraprodutivo no âmbito do aprofundamento de nossas relações militares e de defesa. Foi uma nota forte de protesto contra a molequisse ianque!!! Por isso a Boeing pediu socorro a Thomas Shannon para apagar o incêndio. Muitas vezes fazemos doações de aviões relativamente velhos a países pobres e amigos, mas esses ST são substituídos com aviões novos para a FAB, isso também ajuda a Embraer e a própria FAB. Enfim, a Embraer é muito bem tratada pelo governo brasileiro, sim.

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