Santa Rita na mira das Forças Armadas

O Ministério da Defesa começou no Rio de Janeiro e em Minas Gerais um amplo levantamento para mapear a capacidade da indústria nacional de atender as demandas de equipamentos, tecnologias e insumos das Forças Armadas, apurando também as vulnerabilidades do setor na concorrência com os produtos importados. A determinação do governo é de elevar o conteúdo de nacionalização das compras na área de defesa e estimular as fábricas brasileiras. Foi o recado dado nessa quarta-feira aos industriais do chamado vale da eletrônica de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, pelo general Aderico Visconte Pardi Matttioli, diretor do Departamento de Produtos de Defesa, da Secretaria de Produtos de Defesa, criada no ano passado pelo ministério.

“O governo entende que a defesa pode alavancar a base industrial nacional, o desenvolvimento de tecnologia e as exportações nessa área”, disse em reunião com empresários de 10 empresas interessadas em atuar no segmento, das quais quatro já vendem produtos para as Forças Armadas. Além do trabalho de mapeamento da indústria brasileira, o Ministério da Defesa está empenhado numa política institucional de aproximação com os vizinhos da América do Sul, que pode criar oportunidades de negócio a partir da integração das tropas. “Muito mais que uma ameaça, essas parcerias representam oportunidades para o Brasil”, afirmou.

Mattioli não soube informar o orçamento do ministério para este ano e nem como as compras podem evoluir, mas empolgou os empresários e os representantes do Conselho da Indústria de Defesa e Compras Governamentais da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), organizador do evento. O presidente do conselho, Marco Antônio Castello Branco, observou que, para a manutenção da capacidade operacional da indústria brasileira que abastece o sistema de defesa no país, são necessárias compras rotineiras de R$ 4 bilhões por ano. O contingenciamento dos gastos da União neste ano, portanto, preocupa o setor.

Santa Rita do Sapucaí tem potencial para ser um fornecedor de excelência de peças e partes de produtos finais, como armamento e motores de veículos de defesa, avalia Roberto Souza Pinto, presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel). “Plantamos, hoje, a semente de um novo segmento que as nossas empresas começam a pesquisar e a desenvolver.” Segundo ele, as indústrias da cidade têm condições de investir no fornecimento ao sistema de defesa nacional de sensores de automação, de sistemas de segurança e de acionamento e controle a distância.

Fonte: Estado de Minas

10 Comentários

  1. ” A Defesa pode alavancar a industria nacional”. Essa formula esta sendo usada com sucesso nos EUA faz mais de 100 anos com grande sucesso. o ja famoso “Military Industrial Complex” esta tao poderoso que o pais esta passando por uma reviravolta tentando controlar esse mesmo “Complexo Industrial”. A influencia politica esta apodrecendo a Republica de dentro para fora. O Brasil tem que estar preparado, porque uma vez que comecam a alimentar o animal ele nao para de crescer e abocanha tudo que ve pela frente, ate mesmo o processo Democratico.

  2. É a linha de pensamento correta todos sabemos mas há de se ter investimentos coerentes e em tempos coerentes tamben…

  3. Os trolladores torcem o nariz pra esse tipo de prática. Para essa gente, que só sabe trollar, o Brasil deveria sempre comprar de prateleira, pois os equipamentos produzidos aqui não prestam.

    Acho que o governo está no caminho certo. Independência passa necessariamente por uma industria de defesa que produza grande parte dos insumos de suas próprias FFAAs. Do contrário, eh ficar sempre dependente de fornecedores externos, sujeito por tanto, a aos mais variados entraves.

  4. Tens toda razão Nelore.Realmente, eh preciso tomar cuidado para não criar um monstro sem controle. Eh por aí.

  5. Quem passa por Santa Rita do Sapucai, vê sua rodoviariazinha de cidade pequena do interior mineiro,
    pensa que lá só se produz queijo e pinga.

    Como as aparencias enganam!

    • Salve Vitor, já passei duas vezes por lá, e fiquei com esta impressão, mas o pior é se passares na minha cidade, vais ficar com a impressão que o que se faz lá é consumir os produtos de Santa rita, rsrsrsrs
      Sds
      E.M:Pinto

  6. Edilson,
    hehehehe…você vem do Brasil profundo…rsrs

    Em Santa Rita, tem o Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações)que é referencia em sua área, para onde estudantes de outras regiões do Brasil vão cursar engenharia eletrônica, engenharia da computação, engenharia de telecomunicações, Tecnologia em Redes de Computadores, Tecnólogo em Automação e Controle Industrial, e outros…

    Santa Rita faz parte da chamada “Rota Tecnológica 459”

  7. Acho importante esse tipo de levantamento. Precisamos ter conhecimento de nossas capacidades e termos um inventário de tudo aquilo que dispomos e ate onde podemos ir. Assim fica mais facil a ocorrencia de uma ToT que de fato beneficie o país, além de permitir um maior conhecimento de nossas empresas e como elas podem atender as nossas demandas, evitando assim compras no exterior.

  8. Se Matarmos Para não gastar com Cadeia Também esses políticos inúteis.. Sobra não só para o exercito como para outras áreas como educação… Ahhh… E se esses índios que pensam mandar no território Folgar… Vamos mostrar que eles são colonia.. e mostrara que vamos colonizar se folgarem!! Querem vender as terras para os EUA…. Bala neles!!! Alvos moveis… Muito bom para o Exercito treinar… =)

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