General de Nardi traça retrato da nova defesa para oficiais recém-chegados

O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general-de-exército José Carlos de Nardi, abriu, nesta terça-feira, o Estágio de Adaptação Funcional (EAF) para 44 militares que vieram das Forças para os quadros do Ministério da Defesa (MD). A iniciativa visa ambientar os oficiais recém-chegados por meio de palestras, leitura de publicações e visitas às instalações.

Em sua apresentação, ele abordou, entre outros assuntos, o futuro da defesa brasileira, destacando a importância de que este seja adequado à quinta maior economia do mundo. “Cheguei de uma longa viagem internacional. Hoje, os brasileiros não sabem a importância que os outros países dão, economicamente, ao Brasil. Nossa defesa precisa refletir isso”, ressaltou.

De Nardi abriu a palestra lembrando que os oficiais enfrentariam desafios em suas novas funções no MD. “Aqui, não existe Marinha, Exército ou Aeronáutica. Há uma soma de esforços que visa a interoperabilidade das Forças. É esse conceito que deve imbuir os senhores em sua passagem pelo ministério.”

Em seguida, o chefe do EMCFA destacou os pontos principais da Estratégia Nacional de Defesa (END), que estabelecem a necessidade de reestruturação das Forças Armadas, de reorganização da indústria de defesa e de recomposição dos efetivos. Também reafirmou a ideia de se construir uma alta capacidade de mobilidade ao lado do desenvolvimento de sistemas efetivos de monitoramento e controle.

“A visão do Ministério da Defesa é clara”, afirmou. “Não há lugar para conflitos na América do Sul. Podemos enfrentar pequenas crises em nossas fronteiras, o que resolveremos com o deslocamento rápido de efetivos. Em nosso continente deve prevalecer a cooperação.”

O general De Nardi citou a importância cada vez maior dos recursos hídricos, da capacidade de produção de alimentos e de energia renovável ou fóssil. “A América do Sul possui todas essas riquezas em abundância e faz parte do papel do Brasil ajudar no processo de dissuasão do continente contra a cobiça de potências estrangeiras”, acentuou.

PAED

Durante sua exposição, o chefe do EMCFA descreveu os principais projetos das Forças Armadas e o Plano de Articulação e de Equipamento de Defesa (PAED), que deverá ser apresentado ao Congresso Nacional até julho. “Nossa prioridade é a Amazônia e o reforço militar dos principais centros econômicos e políticos do país, além da proteção da plataforma continental brasileira.”

Para viabilizar esses objetivos, serão integrados por satélite geoestacionário os sistemas de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Sisdabra), de Vigilância da Fronteira (Sisfron) e de Gerenciamento da Amazônia Azul (Sisgaaz).

Segundo De Nardi, o PAED também irá articular o processo de aquisição das Forças, “sempre priorizando a indústria nacional.”

Realizado semestralmente, o Estágio de Adaptação Funcional no Ministério da Defesa está previsto para terminar na próxima sexta-feira, dia 23.

Foto: Felipe Barra
Ministério da Defesa
Assessoria de Comunicação Social
(61) 3312-4070 // 4071

Fonte: Ministério da Defesa

9 Comentários

  1. “Cheguei de uma longa viagem internacional. Hoje, os brasileiros não sabem a importância que os outros países dão, economicamente, ao Brasil. Nossa defesa precisa refletir isso”, ressaltou.
    “A VISÃO do Ministério da Defesa é CLARA”, afirmou. “Não há lugar para conflitos na América do Sul. Podemos enfrentar pequenas crises em nossas fronteiras, o que resolveremos com o deslocamento rápido de efetivos. Em nosso continente deve prevalecer a cooperação.”
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    Excelente doutrina, não isola e não menospreza nenhum país da américa do sul reconhecendo a necessidade de proteger todas as nossos riquesas em conjunto.
    Seria uma grande zebrice um país , isoladamente, querer proteger-se no meio dos leões que nos cercam.

    http://www.motifake.com/image/demotivational-poster/small/1001/stunt-doubles-zebra-costume-lion-attack-demotivational-poster-1264443390.jpg

    http://oreporter.com/detalhes.php?id=74090

  2. :
    Gen De Nardi:
    “A visão do Ministério da Defesa é clara”

    ,,,,,,,,,,,,,,,,,
    O general não está inventando a roda, suas palavras confirmam as de Celso Amorim, que por sua vez, segue a linha geopolítica traçada pela END . Jobin quando ministro também seguia estas linha.
    Que isto seja uma visão de estado e não de governo…

    44 militares que vieram das Forças para os quadros do Ministério da Defesa (MD)… É bom vee que o Ministério da defesa é comandado por um cívil , más está recheado de militares em sua administração, gera uma boa sinergia entre os setores civil e militar

  3. “A América do Sul possui todas essas riquezas em abundância e faz parte do papel do Brasil ajudar no processo de dissuasão do continente contra a cobiça de potências estrangeiras”, acentuou.

    Ou seja : contra a cobiça dos ingleses e americanos!!! Até quando vamos esperar para construirmos o nosso tão “necessário e urgente”,arsenal atômico???

  4. capa preta disse:
    21/03/2012 às 11:26

    BRASIL ACIMA DE TUDO, ABAIXO SOMENTE DE DEUS !!!Falou e disse, e os equipamentos são novos?E ñ falo só do EB, + sim de td às n FAs e p ontem.Sds.

  5. Aurélio, se depois daquele livro publicado de um cientista do IME sobre como era por dentro e funcionamento de uma ogiva nuclear americana… não quiseram a força analisar as centrifugas brasileiras, então… deve ser porque já sabem que o Brasil entende como se faz, e sendo um país continental, consequentemente na teoria, perduraria uma guerra por bastante tempo até os invasores entrarem em cada recôncavo tupiniquim atrás das preciosas. Me arrisco até em dizer que o país já possui umas. E que os esforços são para lançá-la através de veículos hipersonicos acoplados em foguetes ( http://www.youtube.com/watch?v=bDK58BRz09Y )

  6. O que mata é ter quer fingir que vivemos numa democracia e, pior ainda, sermos vizinhos de loucos como o Chaves, o Evo Morales e o malucos que governam o pseudo-país Paraguai…

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