Programa Nuclear da Marinha representa um marco no enriquecimento de urânio no Brasil

A Marinha do Brasil inaugurou, no dia 16 de fevereiro, nas dependências do Centro Experimental ARAMAR (CEA), a Unidade Piloto de Hexafluoreto de Urânio (USEXA) e o Centro de Instrução e Adestramento Nuclear de Aramar (CIANA). Com isso, o Brasil deu mais um passo para consolidar o ciclo de combustível nuclear.

O evento contou com a presença do Ministro da Ciência e Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, do Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, do Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante-de-Esquadra Arthur Pires Ramos, do Diretor-Geral do Pessoal da Marinha, Almirante-de-Esquadra Luiz Fernando Palmer Fonseca, e de autoridades civis e militares. As inaugurações representam uma etapa importante no Programa Nuclear da Marinha, tendo em vista a construção do primeiro submarino nuclear brasileiro. Além de tratar-se de um marco para o País na consolidação do Ciclo do Combustível Nuclear, demonstra a viabilidade da tecnologia brasileira para a produção de combustível nuclear para as usinas de geração de energia.

Para o Ministro da Ciência e Tecnologia e Inovação, o trabalho em conjunto dos laboratórios e um centro de treinamento é de fundamental importância para que todos os requisitos exigidos na atividade nuclear possam ser atendidos. “Isso mostra que a Marinha do Brasil está desenvolvendo um excelente trabalho para cumprir todas essas exigências.”

Como destacou o Comandante da Marinha, a inauguração da USEXA significa um passo concreto muito importante para o desenvolvimento da tecnologia nuclear. “Inauguramos a primeira das quatro fábricas, a última delas será inaugurada no final do ano. Então, o ciclo do combustível nuclear estará completo, com uma produção que atende a Marinha em 40 toneladas por ano.”

Unidade Piloto de Hexafluoreto de Urânio – USEXA

 Com um índice de nacionalização de cerca de 80%, a USEXA é uma unidade piloto, onde se converte o minério beneficiado de urânio (yellow cake) em hexafluoreto de urânio (UF6) gasoso. Em síntese, a conversão de urânio é um conjunto de processos físicos e químicos que versam sobre a transformação de compostos de urânio, onde UF6 é o produto final e insumo para as usinas de enriquecimento isotópico.

O início da operação da USEXA representa, assim, mais um marco alcançado no desenvolvimento de tecnologia nuclear no Brasil.

Centro de Instrução e Adestramento Nuclear de Aramar – CIANA

 Em virtude da necessidade de possuir um Centro capaz de prover a formação adequada dos futuros operadores do Laboratório de Geração Núcleo Elétrica (LABGENE) e das futuras tripulações dos Submarinos Nucleares Brasileiros (SN-BR), a Marinha construiu o CIANA, totalmente voltado para a formação de pessoal.

O propósito principal dessa gama de estudos e treinamentos é capacitar os alunos para obtenção da licença de Operação do LABGENE a ser concedida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), após terem sido aprovados em conjunto de provas teóricas e práticas.

Fonte: Nomar Online

9 Comentários

  1. Parabéns a MB , apesar dos atrasos ( consequência da falta de verbas ), ainda assim conseguimos dominar mais essa importante etapa .

  2. Os caras fazem milagres!!!

    Tem que ter recursos fixos para a MB, FA e Exercito aí eu queria ver, pois se o energumeno do Collor continuasse com o legado dos presidentes militares até um processador nos moldes dos processadores do mercado nós teriamos, nós seriamos realmente potência!!!

  3. Muito bom, já temos a plataforma de lançamento, mas o Brasil tem de ficar de olho nos EUA que de uma forma ou de outra nos observa como um país lobo com pele de cordeiro, não é atoa que eles sempre vêm com papinhos de não proliferação de armas, pois o que interessa a eles é manter o Brasil sob sua tutela, com esse tratado infame assinado por collor…

  4. nossos tecnicos, apesar dos governos revanchistas, vão aos trancos e barranco tirando leite de pedra,e nos dando indempendencia tecnologia em areas criticas, muito bom, ESSES SIM SÃO OS VERDADEIROS PATRIOTAS, e não a classe partidaria vendida ao lobby internacional, com toda certeza eles recebem inumeras ofertas para que dem baixa da marinha e trabalhem em mutinaciaonais, para ganhar infinitamente mais, mas continuam a servir sua patria.


    desenvolver um parafuso no brasil, com as condições que lhes dão,e um esforço maior que desenvolvar um motor inteiro, quanto mais uma CENTRIFUGA NUCLEAR!!!

  5. Bom… Amigos.. O Brasil e o 1, talvez o 2 com maior reservada de urânio no mundo…. E Enriquece-lo a 80% a 90% para se fabricar uma Arma Nuclear não penso que seria tão difícil assim para nós… E com nossa influencia econômica… A Maior parte dos países que souberem… Pois isso fica sobe sigilo… Não abrirem o bico… Pois precisam de nós… E se conseguirmos aderir ao Conselho de segurança…. Ai ninguém segura…

    Estamos a ir muito bem… Nosso VLS esta indo bem junto ao nosso submarino nuclear… E o exercito com o Guarani… Para mim só devia produzir baterias anti-aéreas parecidas com as Patriot (Americanas) Ou os S-400 (Russo) Usando talvez os Astros2020 apenas modificando o lançador e o missel … E na Marinha eu ainda encomendaria Lanchas de médio porte… Rápidas para proteger pequenos portos… é muito bom… consegue atingir sem ser atingida… ou é mais difícil… com varias…

    Mas…. o FX ainda mata…. Em caso de Guerra não adianta nada… Se dominarem os céus em Horas… Mas… Boto fé que a Sr. Dilma e os caros subordinados resolverem isso logo! fico ao lado dos brasileiros na espera!

  6. Exemplo claro de que QUEM QUER, VAI LÁ E FAZ!

    De maneira discreta, metódica, sem atropelos, a Marinha mostra que é possivel desenvolver no Brasil tudo o que necessitados para nossa defesa.

    Isso é verdadeira concepção tecnologica e visão de futuro!

  7. O COLLOR E O FHC FORAM OS MAIORES TRAIDORES DO INTERESSE NACIONAL. FOI NO GOVERNO FHC QUE O BRASIL ASSINOU O TRATADO INFAME ABRINDO MÃO DE DESENVOLVER ARMA NUCLEAR QUE AO CONTRARIO DO QUE DIZEM TEM M PODER DE DISSUASÃO.

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