Defesa & Geopolítica

Crescem ataques contra a Força de Pacificação do Exército no RJ

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O Exército registrou um aumento no número de ataques de criminosos contra a Força de Pacificação que ocupa os complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio, nas últimas semanas.

Segundo o assessor de comunicação da força, coronel Fernando Fantazzini, somente em fevereiro deste ano, os militares foram alvos de 89 ataques nos dois complexos de favelas, muitos deles com armas de fogo.

“Mais ataques hostis aconteceram contra a tropa nesse período, porque a nossa tropa começou a entrar mais em becos e a fazer um patrulhamento mais intensivo. Com esse patrulhamento chegando às vielas e aos becos, as reminiscências do crime organizado estão sendo incomodadas e estão tentando, de toda maneira, reagir à nossa ação”, disse Fantazzini.

No último sábado (10), os militares foram atacados com paus e pedras por manifestantes no Complexo da Penha, ao mesmo tempo em que o príncipe britânico Harry visitava o conjunto de favelas vizinho do Alemão. No mesmo dia, também foram registrados tiroteios entre criminosos e militares.

O Exército ocupou os dois complexos de favelas em novembro de 2010, com o objetivo de acabar com o controle do território por quadrilhas armadas e preparar terreno para a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Inicialmente, o Exército ficaria até o segundo semestre do ano passado, mas a permanência foi prorrogada porque a Polícia Militar não conseguiu formar policiais suficientes para a UPP.

Fonte: Agência Brasil via Notícias.BOL

 

 

Contra Exército, tráfico do Alemão usa campainha, rádio terra-ar e código morse

Por Raphael Gomide

Para escapar do cerco do Exército, os traficantes do Complexo do Alemão mesclam improviso e sofisticação na sua comunicação. Adotam meios que variam de fogos de artifício e campainhas a rádios aeronáuticos terra-ar – usados para contato com aeronaves – a fim de manter suas atividades e evitar a repressão da Força de Pacificação.

Os traficantes do Alemão apelam para a criatividade para se comunicar. Na sexta-feira, a tropa apreendeu um dispositivo de campainha, feito por um fio de cerca de 300 metros usado por olheiros para alertar criminosos da presença da repressão. Estava escondido no beco 6, junto a um poste, na Vila Cruzeiro.

Outra técnica engenhosa do Alemão, diferente de outras áreas do Rio, é um arremedo de código Morse: mensagens são enviadas à distância, à noite, pelo piscar de luzes.

O Exército, que ocupa a área desde novembro de 2010, já mapeou essas comunicações e por vezes monitora conversas de traficantes pela frequência dos rádios.

Só em fevereiro, com o aumento das patrulhas, os militares apreenderam um rádio terra-ar, 16 rádios-transmissores usados por traficantes – além de 7.000 papelotes de cocaína, cinco armas curtas (pistolas e revólveres), quatro simulacros de fuzis (feitos de madeira), um carregador de fuzil com 18 cartuchos e um saco com cerca de 40 munições da arma longa.

Fonte: iG

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