Rússia exige investigação de mortes de civis em operação da Aliança Atlântica naquele país da África do Norte.
É necessário fazer uma investigação de todas as mortes de civis que ocorreram durante a operação da OTAN na guerra civil da Líbia no ano passado. Esta é a posição do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, manifestada num diálogo com uma comissão internacional independente que investiga a violação dos direitos humanos naquele país da África do Norte.
No relatório anteriormente apresentado pela Comissão dos Direitos Humanos, consta que a OTAN realizou uma operação de grande escala para evitar a morte da população civil. No entanto, “o relatório confirma a morte de muitos civis, e a operação atacou alvos sem nenhuma relevância do ponto de vista militar”, diz o informe.
Uma comissão de peritos investigou 20 ataques aéreos das forças da OTAN, registrando 60 mortos e 55 feridos em 5 ataques aéreos – informa o documento. No relatório, é requisitada a continuação da investigação das ações da OTAN na Líbia.
Mais cedo, durante uma entrevista coletiva, o chefe da comissão, o canadense Philippe Kirsch, disse que a OTAN recusou os pedidos da ONU de entrevistar membros da Aliança Atlântica, além de não fornecer acesso à investigação interna. Respondendo a uma pergunta da agência de notícias ITAR-TASS sobre o que a comissão entende por “novas investigações”, Kirsch disse que, dado que a Comissão cumpriu a sua função e completou o trabalho, “a investigação deve ser realizada por outras entidades, inclusive a própria OTAN”.
A comissão foi constituída em conformidade com a resolução aprovada por unanimidade, em fevereiro de 2011, em reunião extraordinária da Comissão dos Direitos Humanos em Genebra.
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