10 de março de 1940 Subsecretário de Estado dos EUA, visita Londres após negociar paz com Hitler

Subsecretário de Estado dos EUA – 1940, Sumner Welles

Em 10 de março de 1940, o Sub-Secretário de Estado dos EUA, Sumner Welles, visita Londres após um encontro com o chanceler alemão Adolf Hitler para discutir uma proposta de paz com o primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain.

Diplomata e especialista em América Latina, Sumner Welles passara os primeiros anos de sua vida profissional promovendo a “Política da Boa Vizinhança” do governo Franklin Roosevelt na condição de diretor de Assuntos para a América Latina do Departamento de Estado.

Em 1933, o presidente Roosevelt o havia nomeado assistente no Departamento de Estado. Enviou-lhe então a Cuba para mediar o conflito político entre grupos de oposição que tentavam derrocar o governo de Gerardo Machado. Bem sucedido na missão, foi promovido a Sub-secretário de Estado em 1937, servindo como delegado plenipotenciário de Washington em diversas conferências pan-americanas.

Porém, em 1940, foi confiada a Welles uma missão muito mais espinhosa. Com a invasão da Polônia pelas tropas alemãs, havia eclodido na Europa, seis meses antes, a Segunda Guerra Mundial. Welles faria uma viagem exploratória passando por Berlim, Roma, Paris e Londres na esperança de, pelo menos, poder conter a hecatombe que se anunciava.

Após uma curta estada em Roma, para um encontro com Benito Mussolini, Welles encontrou-se com Hitler nos dias 1º e 3 de março.

Na véspera, Hitler tomara a desusada medida de expedir uma “Diretiva para as Conversações com Mr. Sumner Welles”. Aconselhava que deixassem Welles falar tanto quanto fosse possível. A Diretiva traçava cinco pontos para orientação de todos os altos funcionários que deviam receber o emissário especial dos EUA. O principal argumento devia ser o de que a Alemanha não havia declarado a guerra, mas sim a França e o Reino Unido. O führer oferecera a paz em outubro e elas o recusaram. O objetivo de Londres e Paris seria “destruir o Estado alemão” e à Alemanha não restava outra alternativa que não prosseguir a guerra.

Hitler temia que Welles estaria tentando aconselhar ele e o parceiro italiano do Eixo ao buscar convencer Mussolini a se manter completamente afastado do conflito.

Como resultado, o führer bombardeou Welles com uma interpretação propagandística dos recentes eventos, acusando a Inglaterra e a França pela eclosão da guerra. Welles informou a Hitler que ele e Mussolini haviam entretido uma “longa, construtiva e útil” conversação e que o “duce” acreditava que “ainda havia a possibilidade de promover uma paz firme e duradoura”. Hitler concordou que poderia haver paz, mas só depois da vitória germânica na Europa.

No dia seguinte, Hitler escreve a Mussolini: “Creio, Duce, que não poderá haver dúvida de que o resultado desta guerra decidirá também o futuro da Itália. Algum dia sereis defrontado pelos mesmos adversários que hoje estão lutando contra a Alemanha. Eu, também, vejo o destino de nossos dois países, dos nossos povos, de nossas revoluções e de nossos regimes indissoluvelmente unidos entre si”.

Welles deixou Berlim e chegou a Londres em 10 de março. Relatou sucintamente ao primeiro ministro Neville Chamberlain a intransigência de Hitler, argumentando que a única esperança para uma paz duradoura seria o progressivo desarmamento dos beligerantes, principalmente da Alemanha.

O ministro do Exterior de Chamberlain manifestou-se pouco impressionado com a sugestão, acreditando que mesmo uma Alemanha “desarmada” poderia ainda invadir uma nação menor, mais fraca. Em suma, a viagem de Welles não serviu para nada.

Fonte: Opera Mundi

3 Comentários

  1. Ele foi só defender os interesses de Wall Street:

    http://pt.scribd.com/doc/82678049/WALL-STREET-E-A-ASCENSAO-DE-HITLER

    WALL STREET E A ASCENSÃO DE HITLER – ANTONY C. SUTTON – DocumentTranscript
    1.
    WALL STREET E A ASCENSÃO DE HITLER ANTONY C. SUTTONFinalmente, umestudioso penetrou no acobertamento da falsidade, decepção e duplicidade que por mais de trinta anos tem protegido um dos mais incríveis segredos da Segunda Guerra Mundial: o apoio de financistas chaves de Wall Street e outros banqueiros internacionais no subsídio da ascensão de Hitler ao poder.O Professor Antony C.Sutton prova que a Segunda Guerra Mundial foi não somente inevitável, como foi extremamente lucrativva −para um seleto grupo de financistas insiders.Cuidadosamente, traçando este muito bem guardado segredo através de documentos originais e testemunhas oculares, Sutton conclusivamente estabelece sua tese: “A contribuição feita pelo capitalismo americano às preparações de guerra da Alemanha só pode ser descrita como fenomenal. Ela foi certamente crucial à capacidade militar da Alemanha”.E este diligente pesquisador continua: “Não foi somente um setor influente dos negócios americanos conhecedor da natureza do Nazismo, mas para seus próprios objetivos apoiaram o Nazismo sempre que possível (e lucrativo) − com total conhecimento de que o provável resultado seria guerra envolvendo a Europa e os Estados Unidos.”Aqui está o registro totalmente documentadodo papel de J. P. Morgan, T. W. Lamont, os interesses de Rockefeller,General Electric Company, Standard Oil, National City Bank,os bancos Chase eManhattan, Kuhn Loeb andCompany, General Motors, a Ford Motor Company e outros bem sucedidos homens de negócios elitistas, no apoio financeiro à mais sangrenta e destrutiva guerra da história.A publicação de Wall Street e a Ascensão de Hitler,marca o término da trilogia do Professor Sutton sobre o papel de insiders americanos corporativos no financiamento do socialismo internacional.Seu novo livro por certo detonará inflamadas negações e acalorados debates. Wall Street e a Ascensão de Hitler torna todos os prévios livrossobre Segunda Guerra Mundial obsoletos.

  2. Já sabemos como acabou esta história, o mundo tem que aprender que as guerras sem propósitos só servem para enriquecer os bolsos da indústria de armas que são associados a vários políticos !

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