A União Europeia (UE) anunciou nesta terça-feira uma nova rodada de negociações entre um grupo de seis potências internacionais e o Irã em torno do programa nuclear do país.
Para o especialista em assuntos diplomáticos e de defesa da BBC, Jonathan Marcus, este pode ser o último esforço diplomático para resolver a crise em torno do programa nuclear iraniano. Se ele falhar, segundo Marcus, uma ação militar se tornará muito mais provável.
No anúncio, a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, disse ter respondido a uma correspondência do Irã, em nome dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha.
O negociador iraniano, Saeed Jalili, enviou a carta no mês passado, com a proposta de diálogo. Nenhuma data ou local foi definido ainda.
A medida ocorre em meio a especulações de preparativos para um ataque militar contra as instalações nucleares iranianas.
O Irã insiste que o seu programa atômico tem fins pacíficos, mas as potências ocidentais temem que o país esteja construindo armas nucleares.
Marcus afirma que, com os sinais de sanções econômicas e de um possível conflito militar, as autoridades de Teerã estão indicando sua vontade de voltar ao caminho da diplomacia.
O especialista da BBC afirma ainda que, acima de tudo, os diplomatas ocidentais estão buscando sinais claros de que a iniciativa iraniana é séria, e não simplesmente uma tática de dissimulação.
‘Diálogo construtivo’
Em seu comunicado, Ashton – que havia escrito para Jalili em outubro passado, com uma oferta de novos diálogos – disse que a UE espera que o Irã entre em “um processo sustentado de diálogo construtivo que traga progresso verdadeiro para acabar com as antigas preocupações da comunidade internacional sobre seu programa nuclear”.
Segundo a chefe da diplomacia europeia, “nosso objetivo geral continua sendo uma solução abrangente, negociada e de longo prazo, que restaure a confiança internacional na natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear iraniano”.
Em sua correspondência, Jalili disse que o Irã estava pronto para o diálogo em torno de vários temas.
Ele disse que dá boas-vindas à afirmação das seis potências de que respeitaria o direito do Irã de usar a energia nuclear pacificamente.
“Não há dúvida que, ao se comprometer com essa abordagem, os nossos diálogos por cooperação baseados em princípios passo a passo e reciprocidade nos assuntos nucleares do Irã devem ser iniciados”, afirmou o negociador iraniano.
O ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, afirmou, por meio de comunicado, que a pressão internacional sobre o Irã não vai ser aliviada enquanto o país persa não convencer a comunidade internacional de que seu programa atômico é pacífico.
Já o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse nessa segunda-feira, em Washington, que o “tempo estava correndo” para dar um fim ao programa atômico iraniano, alertando que Israel não “viveria à sombra da aniquilação”.
O presidente americano, Barack Obama, também afirmou que todas as opções estão na mesa, mas disse que ainda há tempo para uma saída diplomática.
Por sua vez, o secretário de Defesa americano, Leon Panetta, disse nesta terça-feira que a ação militar é a última alternativa sempre, mas ressaltou que seu país “vai agir se for obrigado a tanto”.
Acesso a Parchin
O Irã afirmou nessa segunda-feira que está preparado, sob certas condições, para permitir a entrada de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA) às instalações militares de Parchin, consideradas estratégicas ao programa iraniano.
O complexo, localizado 30 km ao sudeste de Teerã, é destinado à pesquisa, desenvolvimento e produção de munição, foguetes e explosivos.
Os inspetores da AIEA pretendiam visitar as instalações em fevereiro, para esclarecer as “possíveis dimensões militares” do programa atômico iraniano, mas tiveram negada sua entrada.
Os diálogos entre a UE e o Irã já foram retomados e cancelados em várias ocasiões. A última rodada de conversações acabou fracassando, em janeiro de 2011.
De acordo com Jonathan Marcus, a disposição do Irã em permitir o acesso dos inspetores a Parchin será um teste crucial nesta nova abertura diplomática do país persa.
O correspondente da BBC afirma que uma enorme câmara de testes de explosivos está no topo da lista das instalações que a AIEA pretende inspecionar em Parchin.
Eu como é queijo não queixo.
da primeira vez eles negaram a entrada dos inspetores, demorou uns 15 dias ou mais para deixar agora, claro já retiraram as centifugas, o urânio enriquecido e deixaram só o suficiente para os inspetores verem, ou seja areia em forma de cristal de vidro !!!
Sei ñ mais acho q o tanto o IRÃ como o Europa tem muito a perde com uma guerra um ataque militar seria como um grande pretexto para o IRÃ mostra pro mundo seus arsenal nuclear , já que esta sendo atacado .
Israel vai atacar o Irã entre maio , junho ou julho.
Kerem saber: Q atakem logo o Irã, assim um ou tres +, td vão se fufu e com “ph”..vamos ver a mlerda q vão fazer c vários países em recessão…Trágico.sds.
Eu acho que o Irã só queria passar pelas eleições legislativas que lá tiveram, para agora tomar a decisão.
Esperemos que saia tudo normal e em paz.
Se o irã quiser continuar o seu crescimento em direção a se tornar um grande país, uma guerra agora só viria a estragar tudo. Basta o atraso que já teve nos anos 80 graças a uma improdutiva guerra com o iraque, que custou anos de atraso ao país.
A sorte do Irã é a presença de Rússia e China, senão…