Análise: Entenda como Israel poderia atacar o Irã

Jonathan Marcus

Da BBC News

Entre todos os desafios de segurança de Israel nas últimas décadas, a ameaça de um Irã armado nuclearmente é a principal preocupação nas mentes dos estrategistas militares do país.

Essa preocupação tem orientado todo o desenvolvimento da Força Aérea Israelense nos últimos anos.

A Força Aérea Israelense comprou 125 caças F-15I e F-16I, equipados com tanques maiores de combustível – feitos sob medida para ataques de longo alcance.

Além disso, Israel comprou bombas de penetração especiais, desenvolveu grandes aeronaves não tripuladas e de longa duração, e muito dos treinos estão focados em missões de longo alcance.

Israel tem um histórico de ataques preventivos contra alvos nucleares na região. Em junho de 1981, caças israelenses bombardearam o reator de Osirak, próximo à capital Bagdá.

Mais recentemente, em setembro de 2007, aviões israelenses atacaram um local na Síria que muitos acreditavam que abrigava um reator nuclear em construção.

No entanto, um ataque contra Irã seria diferente das missões no Iraque na Síria. Naquele caso, se tratava de alvos únicos acima da superfície e que vieram de forma inesperada.

Uma tentativa israelense de prejudicar o programa nuclear iraniano teria de lidar com uma série de problemas, como alcance, alvos múltiplos e a natureza dos alvos.

Como chegar lá?

Para começar, Israel está muito distante do Irã. Alguns dos alvos estariam entre 1,5 mil e 1,8 mil km das bases israelenses. Os aviões teriam que primeiro chegar ao Irã, e depois conseguir sair.

Pelos menos três rotas são possíveis:

* Existe uma no norte, onde caças israelenses voariam norte e depois leste, ao longo das fronteiras entre Turquia e Síria, e depois Síria e Iraque.

* No centro, a rota mais provável passa pelo Iraque. Com o Exército americano fora do país, as autoridades iraquianas são muito menos capazes de monitorar o espaço aéreo, o que abriria um caminho para os israelenses.

* A terceira rota, no sul, é pelo espaço aéreo saudita. Será que os sauditas deixariam algo assim acontecer, já que eles próprios estão preocupados com o programa nuclear iraniano? Esta rota pode ser usada para o retorno dos aviões? Essas perguntas não foram respondidas ainda.

O que se sabe é que os aviões israelenses teriam que abastecer no caminho.

Douglas Barrie, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), em Londres, acredita que reabastecimento em pleno voo será fundamental.

“Aviões israelenses precisam não só entrar e sair do espaço aéreo iraniano; eles precisam de combustível suficiente para sobrevoar com bastante tempo os alvos, e o suficiente para qualquer eventualidade que possa surgir em uma missão destas.”

Acredita-se que Israel possua entre oito e dez aeronaves de reabastecimento baseadas no modelo Boeing 707.

Quais alvos atingir?

Douglas Barrie também diz que os aviões israelenses terão de achar os alvos onde bombas suas possam fazer o maior estrago possível.

“Eles estarão em busca dos principais gargalos do programa iraniano. Claramente atacar instalações de enriquecimento faz mais sentido, sob o ponto de vista militar”, diz o especialista.

As instalações de enriquecimento de urânio em Natanz, ao sul de Teerã, e Fordo, perto de Qom, são as mais conhecidas, e provavelmente estariam na lista israelense.

A usina de água pesada e o reator em Arak, no oeste, e uma unidade de conversão de urânio em Isfahan também estão entre possíveis alvos preferenciais.

Não está claro se Israel tem capacidade de atingir outros alvos associados ao programa de mísseis ou de fabricação de explosivos do Irã.

Outro problema é que as instalações de enriquecimento de Natanz são subterrâneas, e a nova usina em Fordo também está praticamente dentro de uma montanha.

Alvos subterrâneos

Para um ataque do tipo, o especialista da IISS afirma que é preciso ter informação precisa, desde a geologia local até conhecimento sobre a arquitetura das usinas.

Um tipo especial de munição também é necessário. A principal arma de Israel é um arsenal americano conhecido como GBU-28. Esta arma guiada a laser de 2,2 toneladas tem capacidade especial de penetração.

“O GBU-28 é a arma de penetração mais forte disponível para aeronáutica tática, e desde que foi usada pelos Estados Unidos, em 1991, ela foi melhorada”, afirma Robert Hewson, editor da revista especializada Jane’s Air-Launched Weapons.

No entanto, ele ressalta que Israel não teria capacidade de carregar uma munição tão grande em seus aviões sem uma grande operação aérea, que envolvesse também as aeronaves de abastecimento.

Além disso, há dúvidas sobre o grau de eficácia do GBU-28. Para Douglas Barrie, uma bomba seria insuficiente.

Israel tem alguma alternativa militar?

Até agora só se discutiu a capacidade conhecida das Forças de Israel, mas o país possui uma indústria aeroespacial e eletrônica própria, que pode já ter produzido sistemas relevantes para um ataque ao Irã.

Barrie diz que ainda existem muitas coisas que não se sabe sobre a capacidade militar israelense.

Além disso, o próprio Irã possui sistemas russos de defesa. Entre esses sistemas estão os mísseis AS-5, para ameaças em grandes altitudes. O sistema móvel M1/AS-15 permite o lançamento de mísseis contra alvos em altitudes menores.

A Rússia tem se negado a abastecer o Irã com mísseis de maior alcance – como os S-300. Mas os iranianos dizem que conseguiram outros fornecedores para este tipo de arma.

Os sistemas iranianos podem estar um pouco antiquados, mas eles ainda são relativamente confiáveis. Um exemplo claro disso foi a forma como a Líbia conseguiu se defender de ataques da Otan, mesmo com armas antigas.

Um pequeno submarino israelense também pode desempenhar um papel em um potencial conflito. Douglas Barrie afirma que é grande a probabilidade de Israel lançar mísseis do mar, com seus submarinos alemães Dolphin.

No campo marítimo, especialistas acreditam que o Irã está completamente ultrapassado.

A maioria dos analistas concorda que um ataque israelense a alvos múltiplos tem potencial para causar fortes danos no programa iraniano.

No entanto, isso seria muito menor do que um ataque dos Estados Unidos, que possui muito mais capacidade militar do que Israel.

“Se os israelenses conseguissem fazer algo assim, seria uma demonstração impressionante do seu poderio”, diz Barrie.

Segundo ele, poucos países no mundo teriam capacidade de fazer algo deste tipo.

Fonte: BBC Brasil

50 Comentários

  1. Israel é uma potencia armamentista voltada a subjugar seus vizinhos árabes. Não duvido da capacidade deles, visto que sópensam em fazer guerra e em invadir territórios palestinos para fazer assentamentos. Vide o programa “Armas do futuro” do discovery ou history channel, agora não lembro, que mosta só armas desenvolvidas por Israel => fica claro como eles só pensam em poder de fogo.

  2. “Se os israelenses conseguissem fazer algo assim, seria uma demonstração impressionante do seu poderio”, diz Barrie.

    … É e “SE” minha vó fosse homem, seria meu avô!!!

  3. eéééeéé mais se a missião falha que vai bater em israel vai ser Eua que o iran vai legitima seu progama nucler e suas armas atômica .

  4. EU ACHO QUE SERIA DIFICIL ISRAEL ATACAR O IRÃ SEM A AJUDA DOS EUA, OS ESTADOS UNIDOS POR TRÁS BANCANDO ISRAEL NÃO TERIA NADA, INCLUSIVE ARSENAL ATÔMICO QUE FOI FORNECIDO A ELES PELO PENTAGONO, ISRAEL NADA MAIS É QUE UM CACHORRINHO MANDADO PEOS EUA E ACABOU CONVERSA !

  5. A tecnologia Israelense é infinitamente superior ao restos dos países do Oriente médio!em exercícios simulados entre IAF e a Força aérea Americana foi de 85 X 01 para os Israelenses!
    Abraços a Todos!

  6. ISRAEL perdeu há muito tempo a chance de EXISTIR. ISRAEL é um ESTADO TERRORISTA, GENOCIDA e que COMETE CRIMES CONTRA a HUMANIDADE, sob a TUTELA dos SEUS COMPARSAS da OTAN. Quem SEMEIA vento, oh ISRAEL, colhe TEMPESTADE, oh ISRAEL…

  7. Um ataque de Israel ao irã é improvavel, não seriam loucos.

    Israel seria fortemente retalhado com os misseis Iranianos, os navios da OTAN, inclusive os Porta-aviões americanos, seriam facilmente afundados com ataques simultaneos de 200 ou até 400 lanchas de uma única vez.

    Quem escreveu isso não sabe NADA sobre Assimetria.

    O Irã tem o Suficiente na questão Maritima:

    Misseis Anti-navios nacionais (ou quase)
    Lanchas de alta velocidade, armadas com esses misseis.
    Navios armados com misseis aportados na Siria, com ajuda de Radar dos Russos.

    Na questão aerea:
    Sistemas AntiAereos EFICIENTES, como os stinger.
    Caças de Fabricação “Nacional” (Know how e modificações)
    A Distancia é uma aliada, os caças iranianos vão passar infinitamente mais tempo podendo voar no PROPRIO espaço aereo do que os Israelenses.
    E ainda os MIM-23 Hawk (Atualizados)
    Fora no caralhão de Antiaereas antigas que eles devem ter. Que serão MUITO uteis, já que os Iranianos estão levando Toneladas e Toneladas de Bombas.
    E ainda devo lembrar dos sistemas de radares Russos, e ainda equipamentos Ultra Modernos usados para Jamear o RQ-170.

    Na Questão terrestre: (Invasão do Iraque)

    – Variedades de Tanques, Tanto americanos (antigos) quanto russos (novos)

    – Um exercito Bem treinado (pelos Americanos)

    – Bem armado (Armas Russas, Americanas e até chinesas. Maioria do Mercado Negro)

    – E misseis que atingiriam Israel em questão de minutos.

    Poder Politico:

    Só duas palavras pra definir o Irã: China e Russia

    Poder economico:

    Fechar o estreito de Ormuz por 2-3 meses causaria um dano ENORME para os países Ocidentais.

    Não Subestimem o irã. Já estão se esquecendo do Vietnam?
    Irã NÃO É IRAQUE.

    Ps: Se atacar o Irã teriam que atacar a Siria, atacar a Siria é Atacar uma Base Russa.

  8. Sobre a Materia:

    Pobre, sem informações Uteis como Poderio Aeronautico de ambos os lados, defesas AntiAereas, Retaliação e etc…

    Se isso é uma Analise,

    Pohaann

    Imagina o que é Inutilidade!

  9. Colaborado, na verdade ele não vai poder voar tão baixo para soltar a bomba.
    Esse tipo de bomba consegue perfurar o solo ( cerca de 6 m de concreto ou 30 m de terra ) porque acumula uma grande força cinética durante sua queda ( motivo pela qual também tem esse elevado peso – mais pesado melhor ). Se ela for dispensada de uma altura muito baixa ela não chegará ao solo com força suficiente para penetra-lo. Infelizmente desconheço a altura minima e também a máxima de trabalho da GBU-28 para poder informa-lo melhor. E para acertar o alvo também não há grandes problemas pois elas tem guiamento a laser. Basta a própria aeronave iluminar o alvo para que a bomba “plane” até lá.
    Será que o Bosco não pode nos dar mais detalhes? Sds.

  10. É sem dúvidas,a superioridade de israel é tanta que numa escaramuça com o grupo hisbholah,tiveram que sair com o rabo entre as pernas. Os poderosos tanques merkhava do exercito israelense foram alvejados pelos lança-granadas e destruídos.

  11. Eu, de tempo em tempo, revejo meus conceitos. Sinceramente Israel esta perdendo o Bonde da História e os EUA junto. Indiscutíveis são seus poderios militares, mas isto esta com os dias contatos, pouco a pouco a força e a opressão serão superados. Radicalismo não prospera por muito tempo e o Irã até que esta calmo neste quesito e não tem bomba nuclear. No caso de uma guerra o que ISRAEL vai ganhar é muito urânio enriquecido, lixo nuclear aos montes. Mesmo que nenhum míssil Iraniano chegue a atingir o solo ISRAEL e dos territórios ocupados sua atmosfera será contaminada e anos de investimento serão comprometidos. Se eu fosse Persa ja teria um estudo das correntes de ar e da localização do impacto das interceptações dos misseis iraniamos pelos misseis de Israel com lixo nuclear… pimba, é só mandar ver e correr. Fazer o mesmo que ISRAEL ja fez com povo palestino: fósforo branco nos olhos é colírio…rsrsrsrs

  12. Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o q, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar. (William Shakespeare)

  13. O ataque vira pelo mar! dos pequenos mais eficientes submarinos israelense).
    É os americanos que estão equipando esses submarinos com missil perfurantes.
    Os missieis serão lançados de um submarino já adaptado com uma abertura no dorso e o lançamento tem que ser guiado a lazer ( a guiagem pode ser feito por um homem infiltrado ou pode ter uma ajuda norte americano de seus satelites militares).
    A capacidade de võo desse missil é baixa perto de 500 KM, o sub… terá que se aproximar da costa iraniana e lança-lo e desaparecer em seguida.

    Simples de executar…(execeto o satelite) ate nós brasileiros fariamos sem muita dificuldades, rsrsrs…

  14. Colaborado,
    As bombas são guiadas por inercial + laser (GBU-28) ou inercial + GPS (GBU-37) e podem ser lançadas de grande altitude.

  15. Só se os EUA ajudarem, no mais o Irã e a Síria tem radares que varrem todo o território de Israel, será impossível eles levantarem voô com uma esquadra e mais reabastedores sem que sejam detectados, seriam atacados assim que entrassem no Irã, primeiro pelas baterias antiaéreas, depois pelos caças iranianos e por fim se tiverem sucesso suplantando todo esse aparato terão ainda a dificuldade de atacar diversos alvos bem protegidos e subterrâneos, ou seja, sem chance, vai comprometer boa parte de sua FA e ainda os resultados serão dúbios, sem levar em conta a Síria com seus Mig 29 que pode aproveitar a situação e entrar na briga.

  16. Acorda pessoal,a midia ta e´faturando com estas analizes e noticias pontuais,Israel e IRA deveriam cobrar 10% doque a midia fatura com este bla bla bla,isto so ta servindo para a rasgaçao de calcinha dos anti-sionistas tolinhos de plantao !

  17. Espero que Israel arrase os complexos militares iranianos logo. Ontem já era tarde, e que os países com responsabilidades internacionais, não esses amigos da maconha pacifistas, metam ordem no barraco.

  18. Aldo…”Israel é uma potencia armamentista voltada a subjugar seus vizinhos árabes”
    se voce vivesse na vizinhanca deles voce pensaria diferente. depende dos vizinhos. O Brasil esta sem forcas armadas, esta pelado, porque nossos vizinhos sao uns bananas. Se tivessemos um paquistao ai do lado seria diferente.

  19. Não acredito em um ataque unilateral Israelense, pois não seria efetivo. Demandaria um esforço tremendo para um resultado duvidoso. Se este ataque vier será pela fronteira Afegã, ou passando pela Arábia Saudita e com o emprego de seus submarinos IKL214 lançadores de misseis. Acredito que Israel não irá a esta empreitada com o peito a raça sem o guarda chuvas americano e britânico. Está forçando a barra com estas ameaças para amaciar a carne da opinião internacional. Deseja atacar o Irã mas não tem os meios para entrar em uma missão com 100% de chances de sucesso. Isso é que leva a esta guerra de retórica. Todos sabem disso, principalmente o Irã.

  20. A Disneylandia agora é em Shangai rsrs rsrs Vai Israel joga so uma bombinha joga,joga,jogaaa,joga logo vai.Estou louquinho que cometa esta cagada rsrs Quando eu ver Teerã e Telaviv apenas como uma profunda cratera de escombros e aço retorcido Sorrirei EU SORRIREI rsrs rsrs……Ouça Oh Israel.Suas femeas abortarão fétos cabeludos,envelhecidos e enrugados que profetizarão e todos voces vomitarão suas tripas e vermes de pavor diante os dias que virão.

  21. Espero q tenham combinado tudo c os Persa,pq os subs judeus serão atakados por vários minis subs Iranianos, e à aviação Persa está mt atenta, assim como seu sistema de radar…o negocio e tentar a sorte, os Iranianos ñ são os pobres Palestinos…e contem c a 5 coluna, o Hesbolah, o Hamas…mt bom.

  22. AFONSO DE PORTUGAL espero que sobre umas Tamaras voadoras tambem para a Europa-Ocidental rsrs rsrs O CAMELO DEBERA AGUA NO SENA E DEFECARA EM LISBOA rsrs rsrs E ainda vai dar uma cuspida que atravessara o canal da Mancha e acertar bem no meio da cara da Rainha Careca rsrs rsrs Pois estão todos merecendo rsrs rsrs São todos Lombrigas do mesmo intestino rsrs rsrs

  23. Israel é um filho dos americanos(por assim dizer)….Um filho provavelmente vai pedir autorização ao papai,e se eles derem o aval………..

  24. Mesmo Israel com uma coalisão Ocidental não conseguirão acabarem com o programa atomico Iraniano.O maximo que poderão causar é atrasar o mesmo.Não existe no momento tecnologia ou armamento para destruir na integra as instalações subterraneas Iranianas.Vão é mexer num vespeiro que acabara desencadeando um guerra sem precedentes……..O BRASIL JA ESTA DE PLONTIDÃO PARA RESGATAR OS PRISIONEIROS DAS FARCS.DOI HELICOPTEROS E UM AVIÃO XARGUEIRO APENAS AGUARDÃO ORDENS PARA A MISSÃO.

  25. só pergunto…e o resultado final. Alguem sabe?
    consequencias??? o papel é uma coisa que aceita tudo, mas a realidade muitas vezes é muito diferente.

  26. Sei ñ ta mais pra guerra fria . Uma coisa é certa sé os EUA ñ de apoio militar a Israel nada ira acontecer, sem falar nos misseis iraniano , muitos dos misseis do IRÃ tem tecnologia Russa de combate , do jeito que Israel esta montando estrategia militar o Irã também esta . NO MEU PONTO DE VISTA ACHO QUE UMA GUERRA CONTRA O IRÃ DARA INICIO A UMA “3ª GUERRA MUNDIAL” . tenho uma pequena duvida o PAQUISTÃO lutaria junto com o IRÃ ????? isso seria um problema para os Israelense já que o PAQUISTÃO possui o bombas nucleares .

  27. ******
    Wolfpack
    ***
    Tu definiu ótimamente a situação, Israel só ataca com o apoio estadunidense pois de qualquer forma depois do primeiro ataque eles estarão literalmente pagando pra ver a situação piorar pra eles.

  28. Síria: verdades e mentiras e a mídia do Pentágono
    27.02.2012

    Síria: verdades e mentiras e a mídia do Pentágono

    Futuro da Revolução Árabe relaciona-se com o que ocorre na Síria

    Gostaria muito de tratar mais globalmente sobre a Revolução Árabe, iniciada há pouco mais de um ano. Poderia tratar do Egito e suas eleições, também ocorridas na Tunísia ou mesmo no Iêmen, cujo ditador acaba de cair e deve refugiar-se em alguma monarquia reacionária árabe ou mesmo nos EUA (seu vice assumiu, mas segue sendo ditadura). No entanto, a pauta segue sendo a Síria. Por isso, voltamos ao tema neste artigo.

    Verdades e Mentiras sobre a Síria:

    Muito já se disse sobre o que ocorre na Síria hoje. Os meios de comunicação de massa, nacionais e internacionais, expressam o que pensa o Pentágono. Com honrosas exceções, tudo que recebemos no Brasil em particular, publicados em língua pátria na Folha, Globo e Estadão reproduz quase que sem retirar nenhuma frase, o que as agências noticiosas internacionais despacham para o mundo todo. Agências, diga-se de passagem, que sequer possuem um só correspondente em Damasco, capital da Síria.

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    A seguir, para auxiliar nossos leitores, fazemos um pequeno resumo de tudo que se diz sobre a República Árabe da Síria. Resumimos 15 pontos que se destacam na atualidade.

    1. Governo de Bashar Al-Assad mata milhares – Mentira.

    Dia após dia, manchetes garrafais estampam que o governo vem matando “milhares” de sírios, todos “inocentes”. A única fonte de informação que o Ocidente inteiro possui sobre tais “dados” de mortes é de um obscuro Observatório Sírio de Direitos Humanos (sic), com sede em Londres e que recebe farto financiamento de países do Golfo Pérsico, todos, sem exceção, monarquias antidemocráticas, absolutistas e extremamente reacionárias e pró-EUA.

    Como isso esta ficando uma vergonha para quem pratica um jornalismo sério, a grande imprensa, quando publica os números “assustadores” de mortos, ultimamente vem pelo menos acrescentando sempre “segundo o Observatório Sírio de DH”, que “não puderam ser comprovadas”.

    De fato, os únicos dados confiáveis são os fornecidos pelo próprio governo, que atesta que pelo menos dois mil soldados, policiais e cidadãos sírios foram assassinados por grupos terroristas e mercenários, seja em ataques diretos ou em atentados a bomba que vêm ocorrendo com maior intensidade nas últimas semanas.

    2. Exército Síria Livre é formado por desertores – Mentira.

    Não há desertores no Exército sírio. Pelo menos não em expressão. Todas as deserções em todas as divisões do Exército da República Árabe da Síria são pontuais e ocorrem apenas e exclusivamente na baixa oficialidade.

    O que se tem de concreto é que essa organização é composta de mercenários altamente remunerados, usando armas contrabandeadas, inclusive do arsenal líbio. Se um AK-47, fuzil de assalto mais famoso no mundo, podia ser comprado a cem dólares tempos atrás, hoje, com os bilhões de dólares que a Arábia Saudita e o Qatar vêm despejando para a derrubada do governo do Dr. Bashar, não se compra uma arma dessa, muito popular, por menos que 1,5 mil dólares.

    Esse tal “exército” esta acampado na fronteira com a Turquia e por esta é estimulado e seu comando vem de Istambul. O governo turco, que presta um péssimo papel achando que voltará a ter o comando do sultanato otomano, tem procurado dar guarida a essa milícia terrorista e facínora, apoiada por Israel e pelos EUA. Seu “comandante”, o coronel desertor Riad El Assad, esta na folha de pagamento do Departamento de Estado.

    3. Liga Árabe pede Democracia e Liberdade na Síria – Mentira. Não tem moral para isso.

    A Liga Árabe, organismo multilateral fundado em 1945, é integrado pelos 21 países árabes e a OLP que representa a Palestina. Ainda que possa ser duvidoso que em algum momento tenha cumprido algum papel relevante na vida dos árabes, a certeza é de que hoje ela é um organismo fracassado.

    Tomado de assalto pelas monarquias do Golfo, com seus bilhões de dólares, esse organismo presta-se hoje como auxiliar tanto do CS da ONU, quanto da União Europeia e dos EUA. De árabe essa tal Liga não tem mais nada. Não representa mais os anseios e as verdadeiras aspirações do povo árabe, que hoje são quase 400 milhões de pessoas.

    Esse organismo serve apenas para propor ao CS da ONU resoluções que os EUA e a União Europeia não teriam a coragem de propor. Os petrodólares da Casa de Saud e do emirado do Qatar é que sustentam a organização. Esta completamente esvaziada. Iraque, Líbano, Argélia e a própria Síria nem mais tem comparecido às reuniões, que perderam completamente a sua eficácia.

    Mas, o que é pior. Que moral tem a Arábia Saudita e o Qatar em pedir democracia na Síria? Falam em liberdade, mas não a praticam em seus países, que não tem parlamento e nenhum partido funcionando. Uma hipocrisia completa. Uma falsa moralidade. Indignam-se com o que ocorre na Síria, mas é uma indignação seletiva.

    4. Rússia e China vetam resolução anti-Síria na ONU – Verdade. E ambos têm suas razões.

    Essas duas potências mundiais – ambos BRICS – ficaram escaldadas com o golpe europeu-estadunidense que, usando a OTAN, rasgaram a resolução 1973 de 17 de março de 2011, que mencionava apenas “proteção” a civis líbios. Com essa resolução a OTAN bombardeou toda a Líbia na linha da ordem dada por Obama/Hilary: derrubem o regime! A linha foi a da mudança de regime, coisa que só o povo líbio teria poder de decidir. Assassinaram mais de 200 mil líbios!

    Os EUA e seus clientes europeus não aceitaram nenhuma modificação proposta por estes dois países na nova resolução proposta em 4 de fevereiro passado. E pior que isso. Expressaram sua indignação sobre o veto exercido dentro das regras da Carta das Nações. Quando os EUA vetam dezenas de resoluções contra Israel no CS/ONU nada se fala. Uma vez na vida duas potências vetam uma resolução que abriria brecha para a OTAN atacar a Síria, vem a indignação seletiva.

    A embaixadora dos EUA da ONU, Susan Rice, chegou a dizer que o “mundo não poderia ficar refém de dois países” (sic). Tenho em mãos uma pesquisa sobre os vetos dos EUA contra resoluções a favor dos palestinos e que criticavam Israel. A pesquisa compreende apenas dez anos (1972 a 1982). Só nesse curto período foram exatos 43 resoluções vetadas pelos EUA!

    Hoje, felizmente, tanto a China como a Rússia têm visto o que realmente ocorre no OM. Derrubar o governo da Síria hoje, passando por cima da soberania desse país árabe pode significar ainda um maior fortalecimento do imperialismo estadunidense e seus estados clientes europeus.

    O fato é que a Rússia volta com força ao cenário internacional. Não titubeou nenhuma vez em defesa da soberania síria. Enviou armas e uma frota naval esta ancorada no estratégico porto de Tartous. Como já vimos falando, a unipolaridade no mundo tende ao seu fim. Vários pólos vão sendo criados e a Rússia vai ganhando seu espaço, fazendo-se ouvir depois de mais de vinte anos de um mundo unipolar.

    5. EUA, Israel e seus aliados árabes são os maiores inimigos – Verdade. É preciso que sejam dados nomes aos bois.

    Os maiores entraves para o avanço da Revolução no mundo Árabe são as petromonarquias. Elas têm nome: Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes, Qatar, Omã e Bahrein. A esses se somam países que não são fortes produtores de petróleo, mas são monarquias reacionárias e pró-EUA, como a Jordânia e o Marrocos.

    O centro da resistência ao avanço revolucionário árabe vem de Riad, no reino dos sauditas. Estes reservaram em 2011 mais de cem bilhões de dólares para a contrarevolução. E contratam mercenários a peso de ouro. Apoiados pelos EUA, ainda que discretamente, e mais discretamente por Israel e sua inteligência do Mossad. Isso esta amplamente documentado. Pelo WikiLeaks e pela imprensa verdadeiramente livre e a blogosfera.

    6. Se a Síria cair, isso reflete em todo o OM – Verdade.

    Há hoje um eixo de resistência ao imperialismo estadunidense. Esse eixo apoia as mudanças profundas no OM, apoia a causa palestina, faz oposição à Israel, defende o rompimentos dos acordos de paz assinados com esse país pelo Egito e Jordânia, de forma unilateral.

    O bloco de países que integram o eixo da resistência são hoje, além da Síria, o Iraque, Líbano, a Argélia e o Irã (que é persa). O Partido de Deus (Hezbolláh), do Líbano, que forma governo com os cristãos patrióticos (maronitas do Marada e MPL de Aoun), sunitas e xiitas de várias organizações (Amal de Berri e drusos de Jumblat) e o PC Libanês de Khaled, seria o primeiro a sofrer consequências. O Hezbolláh – apesar do nome, é uma organização política e não defende no Líbano um estado religioso – além de muitos deputados e ministros, tem a maior milícia armada de resistência ao exército sionista de Israel que insiste em ocupar o Sul do país.

    A própria luta de resistência palestina contra a ocupação, com todas as suas organização que compõem a OLP e o Hamas (que não integra a Organização), se enfraqueceriam imensamente com a queda do governo sírio e a instalação nesse país de um governo pró-EUA.

    7. A Irmandade Muçulmana encabeça a oposição na Síria – Verdade.

    Essa organização tem seus tentáculos em mais de 70 países. Fundada por Hassan El-Bana em 1928, funciona como partido político, tendo uma ideologia de caráter teológico de linha islâmica fundamentalista. Na maioria das ditaduras e monarquias árabes, cujas liberdades partidárias são praticamente nenhuma, a única forma de uma parte da população expressar-se acaba sendo por essa Irmandade.

    Não fiquei surpreso com o fato do seu braço político recém legalizado no Egito e na Tunísia terem ficado em primeiro lugar nas eleições ocorridas recentemente após a queda dos ditadores desses países. Não havia outra forma de expressão política além do islamismo, além da máscara de apelo ao Islã fundamentalista.

    No entanto, é preciso deixar claro. Em que pese esse pessoal ter jogado algum papel na resistência à ditadura Mubarak, sempre fez acordos com ele. Aceitavam as regras do jogo, qual seja, que a oposição ao ditador pudesse chegar a no máximo 20% dos votos – eleições fraudadas – tanto para presidente como no parlamento.

    A Irmandade é uma organização conservadora, que prega o fundamentalismo islâmico mais próximo do Wahabiya – linha da família Al-Saud, portanto sunitas. Sempre foi e sempre será anticomunista. Por baixo do pano sempre fez acordos, inclusive com o imperialismo britânico e mais recentemente o norte-americano. Seus líderes rapidamente disseram, depois dos resultados das eleições parlamentares no Egito, onde venceram, que não romperiam o acordo de paz com Israel.

    Hoje, na Síria, os principais líderes da insurreição interna, que organizam os ataques terroristas aos prédios públicos, oleodutos, gasodutos, escolas e hospitais, são membros da Irmandade. Lamentável. Mas é a verdade amplamente documentada, mas omitida pela grande imprensa.

    8. A oposição síria não tem unidade e tem força no exterior apenas – Verdade. Mas a grande imprensa não mostra isso.

    É preciso que se diga. Há duas oposições na síria hoje. Uma interna e outra que funciona apenas e tão somente no exterior.

    A que tem sede no exterior, seus escritórios ficam em Londres, Paris e Istambul. Esta não tem credibilidade alguma. Financiada pelas monarquias do Golfo e pelo Departamento de Estado – amplamente documentado – elas vivem para dar entrevistas na grande mídia internacional, que repercute amplamente essas “reportagens”. No Brasil, a Folha e o Estadão publicaram várias delas. Todas falsas, sem provas, com “líderes” que nunca ninguém viu. É uma oposição sem respaldo algum junto ao povo sírio. Defende abertamente uma resolução no CS/ONU que abra a possibilidade – que eles tanto sonham – da OTAN atacar a Síria. Como acreditar em “lideranças” que pedem que potências estrangeiras bombardeiem seu próprio país, ainda que a pretexto de “proteger civis inocentes”?

    Há outra oposição. A interna. No entanto, esta também se divide em duas grandes partes. Uma delas, participa do chamado Diálogo Nacional. Há uma mesa de negociações formada pelo governo da Síria. No rumo das mudanças que o país precisa de fato. E, tais mudanças, vêm ocorrendo (falaremos disso mais à frente). Não se sabe o tamanho dessa oposição. As eleições marcadas para o mês que vem devem mostrar a dimensão dessa oposição. Essa oposição prega a construção de um governo de unidade nacional. Em hipótese alguma defende a intervenção externa. Diz que os problemas dos sírios devem ser resolvidos pelos próprios sírios, sem ingerência externa.

    A outra parte da oposição interna, não dialoga com o governo. Esta radicalizada. Arma-se até os dentes e apoia a sabotagem de prédios públicos. Alia-se com o autointitulado Exército da Síria Livre e com o Conselho Nacional Sírio. Prega também abertamente a intervenção externa, ainda que não de forma clara defenda os ataques da OTAN. Faz, na prática, o jogo das potências imperialistas.

    A oposição não se unifica. Há pelo menos 53 grupos políticos e tendências atuando de forma conflitiva no tal Conselho Nacional Sírio, organismo criado no exterior e apoiado pelos EUA. Em reuniões com autoridades europeias, essa tal oposição exige que sejam feitas várias reuniões, pois eles não conseguem sequer sentar-se à mesma mesa. Não há unidade política entre eles. Talvez o único ponto em comum seja remover Assad do poder. Nada mais. Mesmo que as reformas sejam profundas – como esta ocorrendo de fato – isso hoje pouco importa. A única agenda, a agenda da CIA, dos EUA, de Israel, da Casa de Saud e do Mossad é mudar o regime. Nada mais lhes interessa.

    Tanto a externa, quanto à interna que não dialoga com o governo, possuem amplo e plena interlocução em especial com os EUA, Inglaterra e França.

    9. Bashar Al-Assad é um sanguinário e genocida – Mentira.

    É evidente que os processos eleitorais tanto na Síria quanto em qualquer país árabe não seguem os padrões que vivemos no Brasil e no Ocidente. No entanto, não se pode falar em democracia na Síria e não se falar desse tema nos outros países árabes. Mesmo no Ocidente. Agora mesmo na Grécia se pede inclusive suspensão das eleições para que um possível novo governo de oposição não rompa os acordos de traição nacional que estão sendo assinados às claras e abertamente.

    Os mesmos monarcas que falam em “democracia” na Síria, são os que mais reprimem seus próprios povos, como na Arábia Saudita, Qatar e Bahrein. Essa gente não tolera manifestação, não tolera povo organizado. Essas monarquias sequer possuem parlamento funcionando, partidos políticos são proibidos.

    Em que pese todas as restrições às amplas liberdades na República Árabe da Síria, esse país ainda é o mais livre em termos de funcionamento de partidos políticos em todo o Oriente Médio. São oito os partidos políticos existentes e legalizados. Claro, o Partido Socialista Árabe Sírio, o Baath é o maior e do governo. Esta no poder há pelo menos 42 anos. Mas temos dois partidos comunistas no país funcionando. Temos o Partido Nacional Sírio e outros. Depois dos pleitos por reformas amplas, outros cinco partidos foram legalizados, ampliando para 13 o número de partidos com direito a concorrer nas próximas eleições.

    O relatório dos observadores da Liga dos Estados Árabes – 160 pessoas que ficaram na síria por trinta dias – menciona em uma parte que contataram e viram funcionando 147 órgãos de imprensa nesse país árabe! Entre rádios, TVs e jornais que circulam amplamente.

    Bem ou mal, as eleições para o parlamento sírio ocorrem a cada quatro anos e os oito partidos funcionam livremente. Não é a democracia mais avançada, popular, que defendemos, mas não se pode dizer que as restrições são totais. Há muito que se fazer. E esta sendo feito. Mas, a grande imprensa não divulga uma só linha sobre tudo isso. Chegou às minhas mãos – nunca divulgadas pela grande imprensa – um conjunto de 33 grandes medidas, ações governamentais, decretos e leis adotadas entre abril de 2011 e fevereiro de 2012 que mudam completamente a realidade política desse país árabe.

    10. A Síria é o único país árabe hoje a apoiar com firmeza a causa palestina – Verdade.

    E não se pode falar em apoio pela metade, parciais. Apenas a Síria, em sua capital, funcionam escritórios de todas as organizações da resistência palestina. O enfrentamento que o povo e o governo da Síria vêm dando à Israel, contra as ocupações que o estado sionista faz em terras árabes é o maior que se te visto em todo o OM.

    Desde a derrubada do governo de Saddam Hussein e seu assassinato, que procurava dar enfrentamento à ocupação estadunidense de toda a região; desde a queda e o assassinato de Muammar Khadaffi em outubro passado, um a um foram caindo todos os focos de resistência ao imperialismo estadunidense e à Israel. Restou a Síria. É preciso instalar governos dóceis aos norte-americanos e aos sionistas em todo o mundo árabe para que se complete seu projeto neocolonial na região.

    E é preciso deixar claro: derrubar Bashar hoje significa enfraquecer a resistência libanesa e palestina e isolar completamente o Irã! Quem não compreender essa geopolítica no OM não entende nada nem de OM nem de política internacional!

    11. A OTAN e a Al Qaeda estão em aliança – Verdade.

    Aqui é preciso esclarecer muitas coisas. Ainda que isso possa parecer inacreditável, para quem foi bombardeado durante anos com a informação de que a rede Al Qaeda de Osama Bin Laden sempre foi uma rede terrorista, que teriam feito os atentados às torres gêmeas em 11 de setembro de 2001, isso pode parecer mesmo um verdadeiro absurdo. Mas não é.

    Escritores, jornalistas independentes e intelectuais progressista a cada dia vêm trazendo informações precisas e importantes que comprovam essa informação. E os próprios comunicados da organização Al Qaeda pelo seu novo “comandante”, o médico pediatra egípcio Ayman Al Zawahiri atestam isso. Textos recentes da lavra desse senhor ou a ele atribuídos, mencionam a importância fundamental da derrubada do governo sírio em aliança com as forças do autoproclamado Exército Síria Livre. E essa organização prega o Estado Islâmico.

    Essa organização faz questão de não dialogar com o governo. Foi assim na Líbia quando ela apoiou abertamente a queda de Khadaffi e fez aliança com as forças da OTAN. Agora, da mesma forma, conversações de alto (?) nível entre emissários dessa organização militar europeia – agora mundial! – com líderes da Al Qaeda que atuam na Síria mostra essa aliança, que é abastecida fartamente com dólares do petróleo árabe das monarquias do Golfo e dinheiro da CIA e do Mossad de Israel, via território curdo.

    Como diz Pepe Escobar, combativo jornalista brasileiro correspondente do Asia Times, “quem imaginaria que o que a Casa de Saud deseja ver na Síria é exatamente o que a Al Qaeda deseja para a Síria? Quem imaginaria que o CCG e a OTAN desejam para a Síria é o mesmo que a Al Qaeda deseja para esse país?”.

    12. A Turquia e seu governo deram as costas para os árabes – Verdade.

    É lamentável ter que reconhecer isso, mas o governo de Recep Tayyip Erdogan, cujo partido governa a Turquia há quase nove anos (desde 14 de março de 2003), com o seu Partido da Justiça e do Desenvolvimento – PJD (em turco AKP, ou Adalet ve Kalninma Partisi), tem outros projetos para seu país e para uma liderança de toda a região.

    Como bem sabemos, a região do OM é habitada por diversos povos. Além do árabe, que são a esmagadora maioria, temos ainda os persas (Irã), os judeus (Israel) e os turcos na Turquia, que é um país laico (apesar de 97% da população pertencer ao islamismo sunita) e foi ocidentalizado de tal forma que até seu alfabeto foi modificado. A separação das entidades e instituições religiosas do Estado é absoluta. No entanto, com Erdogan isso vem sendo gradativamente modificado.

    Na verdade, esse Partido vem vencendo as eleições por, gradativamente, ir modificando o cenário turco de tal forma que boa parte da população já admite certa islamização da sociedade. A imprensa apresenta Erdogan como membro de um partido “muçulmano moderado” (sic) sabe-se lá o que isso significa.

    No entanto, o grande sonho, o grande projeto desse Partido, o AKP (em turco), é integrar-se à Europa. Isso o falecido cientista político estadunidense Samuel Huntington já havia previsto em seu artigo clássico da Foreing Office de 1995 que causou polêmica acadêmica no mundo todo intitulado Clash of Civilization (Choque de Civilizações, posteriormente transformado em livro pela Editora Objetiva, em 1997).

    A crítica que a Turquia receberia desse intelectual era de que o país viraria as costas para o mundo islâmico e teria maiores interesses em olhar para a Europa. Hungtinton afirmaria – quase que como uma profecia – que ele nunca seria admitido na Europa, por ser o continente extremamente preconceituoso, cristão e antiislâmico, por mais que a Turquia fosse um país laico. Sabe-se que o Vaticano se pronuncia contra o ingresso da Turquia na Europa. Era discreto com João Paulo II e agora é aberto com Bento XVI.

    Nesse sentido, desde 2003 Erdogan vem se aproximando da Europa. Seu país é membro da OTAN e tem bases militares dessa organização militar, antes contra a URSS e hoje contra qualquer mudança progressista ou revolucionária em qualquer país do mundo. Chegou a ensaiar passos contra Israel. Não é para menos. O governo sionista de Netanyahú interceptou em 2010 uma flotilha de vários navios e fuzilou nove cidadãos turcos. Erdogan teve que subir o tom. Chegou a jogar um papel importante na tentativa de tirar o Irã do isolamento em seu programa nuclear que contou com o apoio de Lula do Brasil.

    Mas, mudou de posição. Voltou ao que sempre foi. Tem um sonho de ser a grande liderança do Oriente Médio e dos árabes inclusive. Baixou completamente o tom de voz contra Israel. Apoiou os ataques da OTAN/Europa à Líbia e apoia abertamente a derrubada do governo da Síria em uma clara ingerência nos assuntos internos de um país vizinho que teria que respeitar. Dá abrigo ao exército mercenário estacionado nas suas fronteiras com a Síria. Faz uma manobra arriscada. Coloca em pé de guerra todos os milhões de curdos que vivem em território turco que odeiam o seu governo (pelo menos na Síria eles são melhores tratados). A política de Erdogan de “zero problemas com os vizinhos” hoje vemos uma situação de “zero amigos”.

    Talvez sonhe com a volta do império turco-otomano. Mas não há espaço para isso. Ele terá que fazer escolha. E, neste momento, vem escolhendo o que tem de pior para o mundo árabe e para toda a Ásia, qual seja, uma aliança tácita com o imperialismo estadunidense e europeu. Lamentamos por isso.

    13. Relatório sobre a Situação da Síria só Vale Quando Fala Mal do Governo – Verdade.

    Dois relatórios foram produzidos nos últimos 90 dias sobre a Síria. Um, da lavra do representante da ONU para Direitos Humanos na Síria, o brasileiro e meu colega sociólogo Paulo Sérgio Pinheiro, da USP e outro, assinado pelo general sudanês, Mohammed Ahmad Al-Dabi.

    Escrevi um artigo sobre o primeiro relatório. O Prof. Paulo Sério sequer entrou na Síria, mas escreveu sobre o que não viu. Fez um relatório faccioso, tendencioso, parcial. Não ouviu ninguém do governo, apenas opositores no exílio. Tal relatório foi amplamente saudado pela imprensa internacional como “equilibrado”. Atacava o governo de todas as formas possíveis.

    O outro relatório foi feito sob a coordenação do experiente general sudanês, ex-presidente de seu país. A comissão formada era oficial da Liga Árabe. Era integrada por 160 pessoas. Passaram trinta dias na Síria. Visitaram várias cidades, ouviram oposicionistas e o governo. Não constataram a violência que o mundo diz haver no país. Não atestaram o número exorbitante de mortos que a imprensa ocidental divulga. Ao contrário. Constaram sim milhares de mortos das forças regulares, do exército e da polícia. Presenciaram milhões nas ruas em apoio ao governo do Dr. Bashar. Mas, como disse Kissinger em recente artigo o governo é amado pelo povo, mas mesmo assim tem que cair (sic). Esse foi o relatório que apontou a existência de 147 órgãos de imprensa funcionando livremente na Síria.

    Imediatamente, a Liga Árabe, que representa hoje apenas as petro-monarquias do Golfo e os interesses da OTAN prontamente rejeitou tal relatório, levando o seu presidente a renunciar aos trabalhos. De fato, dois pesos e duas medidas. Só não vê quem não quer.

    14. Os EUA vivem uma Indignação Seletiva – Verdade.

    Nunca a famosa frase de “um peso e duas medidas” ficou tão claro e tão evidente como no momento atual da diplomacia norte-americana com Barak Obama. Seus planejadores do Pentágono e do Departamento de Estado são hoje mais ideólogos que planejadores. São seletivos em suas análises, facciosos.

    Colocam-se contra o Irã e seu programa nuclear pacífico, mas nada falam sobre as duzentas ogivas nucleares que Israel possui. Falam o tempo todo contra o “ditador” Bashar, mas não se pronunciam contra as monarquias absolutistas, obscurantistas, fascistas e feudais do Golfo, por estes serem seus aliados, amigos e pró-Israel. Pronunciaram-se contra a “repressão” na Síria, mas calaram-se com o massacre dos xiitas no Bahrein. Falam contra o uso das forças armadas sírias que defende o país, mas calam-se contra a invasão que as forças armadas sauditas fizeram no Bahrein, sede da 5ª Frota dos EUA que patrulha o Golfo Pérsico-Arábico. Abusam do direito de veto no CS/ONU em favor de Israel, mas indignam-se contra um veto exercido dentro das regras previstas na Carta das Nações usado pela China e pela Rússia.

    15. Terroristas agem abertamente na Síria – Verdade.

    A grande imprensa apenas acusa o governo de matar dezenas, centenas de cidadãos. No entanto, ela tem sido obrigada a noticiar mais e mais atentados terroristas contra prédios públicos, oleodutos, gasodutos, escolas e até mesmo hospitais. São feitos por mercenários contratados a peso de ouro pelo obscuro Exército da Síria Livre. O objetivo desses ataques é quebrar a infraestrutura do país e jogar a opinião pública contra o governo.

    É preciso destacar que a ação desses grupos mercenários conta com apoio e total suporte da OTAN que os treina e financia, a partir de acampamentos na fronteira da Turquia. Estão envolvidos nessa operação a CIA e o MI6 inglês, além, claro, como sempre, o Mossad de Israel. Isso não vem surtindo efeito. Ao contrário. Pesquisas confiáveis de opinião mostram o grande apoio da opinião pública ao governo.

    Conclusões

    Nunca tivemos dúvidas, desde o início do processo da Revolução Árabe, que a Síria viveria uma situação distinta, particular. O caráter de um governo se mede pelas tarefas que assume, pelos seus objetivos, pela ação que pratica. Por isso nunca duvidamos do caráter antiimperialista, popular e em defesa dos palestinos que o governo da família Assad sempre expressaram.

    Defendemos, tal qual as organizações sindicais, populares e os partidos comunistas da Síria, reformas profundas no país, ampliação das liberdades políticas e de organização. No entanto, não podemos somar nossas vozes com grupos terroristas, mercenários à soldo do imperialismos de todas as matizes, sejam eles norte-americano, inglês ou francês. Não bastasse isso, já esta claro mais que provado por diversas fontes, a ampla aliança da Al Qaeda com a OTAN. E somado a isso, os serviços secretos da CIA, MI6 e Mossad israelense.

    Somamos nossas vozes às do povo e do governo da Síria, em seu projeto em defesa da soberania nacional e sua autodeterminação. Não à ingerência estrangeira nos assuntos internos da Síria. Apoiamos e defendemos o diálogo nacional. Apoiamos as eleições livres que ocorrerão no mês que vem, sob nova e democrática constituição da República Árabe da Síria.

    Ao que tudo indica, o jogo parece que vai terminando. E com uma derrota fragorosa para as forças imperialistas e sionistas. Para as forças que querem barrar o avanço da Revolução Árabe. A Rússia e China estão resolutas em não apoiar qualquer intervenção externa na Síria. Já chega de destruição de uma nação árabe. Não ficou pedra sobre pedra no Iraque. Agora a mesma coisa na Líbia, antes o país de maio IDH de toda a África. Sem falar na própria destruição do Afeganistão. Agora querem destruir e tomar a síria, último bastião e pilar do verdadeiro nacionalismo e panarabismo, herdados de Gamal Abdel Nasser. A oposição externa já perdeu as ilusões de apoios. Até Sarkouzy já disse que não se ganha uma guerra de fora do país!

    A OTAN não tem como intervir e já disse isso com todas as letras. Resta-lhes apoiar os terroristas da rede Al Qaeda, financiada pela CIA. A Turquia vai acabar tendo que retirar todo seu apoio aos mercenários recrutados pelos dólares sauditas, a que ela vem chamando de Exército da Síria “Livre” (Free Syrian Army – FSA em inglês). Vai ficando isolada e sem amigos no OM.

    O risco de um conflito regional no OM, que já foi maior, deve estar sendo redimensionado pelos tais planejadores de Washington. Não há como um conflito dessa natureza deixar de fora as capitais Tel Aviv, Riad e Ancara. Um incêndio de razoáveis proporções.

    O CS/ONU e a Liga Árabe (do Golfo…) não conseguem mais executar a política estadunidense. Não pelo menos com antes, com a desenvoltura anterior. Há resistências da Rússia e China e agora do Líbano, Iraque, Argélia, do Irã e da própria Síria e do seu bravo povo. A Liga Árabe acabou. Precisará ser, no futuro, recomposta ou outra organização surgirá. Hoje, é palco para monarquias fascistas, feudais, como as da Arábia Saudita e do Qatar.

    O governo da Síria, sob o comando do seu jovem presidente, o médico Bashar El Assad, segue no caminho da tentativa de pacificação do país. Mais de 30 decretos, portarias e novas leis, editadas em oito meses vão reformando o regime, o governo, o país, dando-lhes feições mais modernas e democráticas. Avança o diálogo nacional com todas as organizações, governamentais ou não, no rumo de eleições democráticas, nova constituição e eleições presidenciais em 2013. Novos pactos, novas alianças, regionais e internacionais, devem atender aos interesses dos sírios. Novos acordos econômicos com países amigos, em especial Rússia e China, devem ser assinados em breve.

    Quero registrar meu profundo lamento a uma esquerda que não consegue compreender a dimensão do que está em jogo naquela região e insiste em somar suas forças, pequenas é verdade, às do império estadunidense e seus lacaios, tentando derrubar o governo patriótico da Síria.

    Posso estar enganado, mas contas feitas pelo imperialismo e sionismo, pela direita islâmica, o melhor mesmo talvez seja melhor bater em retirada. Difícil prever em detalhes, mas é esse o cenário que vislumbramos.

  29. Israel é um país escolado em guerras, nas últimas décadas já foi atacado várias vezes pelos árabes por todos os lados e de tudo quanto é jeito, e venceu todas, sem falar nos ataques terroristas. Não acredito que israel ataque o irã sozinho, mas como eles negam até que possuem armas nucleares, não sabemos ao certo o que possuem em seus arsenais. O certo é que não farão um ataque se não possuírem grande chance de êxito.

  30. nelore, concordo com você. Entretanto, em vez de “dar o exemplo”, por serem mais desenvolvidos, mais ricos, mais estudados, democracia, etc., e tentar “um outro caminho”, Israel desconta em dobro, faz cada coisa…
    .
    Olha que interessante esta reportagem de hoje:
    http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1053983-igreja-catolica-pede-fim-de-agressoes-a-cristaos-em-jerusalem.shtml
    .
    uma palhinha: “recentes pichações na Igreja Batista e no monastério ortodoxo grego de Jerusalém com dizeres como “morte aos cristãos” e “nós iremos crucificar vocês””

  31. HUMANITARISMO DA LIBERTAÇÃO A nova tatica Ocidental na busca desesperada da inevitavel falencia do Capitalismo arrasta o mundo para uma terceira Guerra Mundial e força Russia e China se unirem.A guerra que pretendem deflagarem no Oriente-Medio e Asia podera ter inevitavelmente um efeito catastrofico ao lado Ocidental do planeta e isso inclui o Brasil.Seguidos governos belicistas Americanos com os Bushs e agora com Obama.Primeiro o chamado a uma Cruzada Anti-Terror agora chama-se Cruzada Humanitaria Pacifista.”Não existe paz com ausencia da guerra”,palavras de Obama na ONU.http://www.youtube.com/watch?v=6DVok6-oFj0&feature=endscreen&NR=1 O Irã não é um cachorro morto facil de se chutar como pensam http://www.youtube.com/watch?v=mzOKfE3uIVo&feature=related E nós Patria adormecida com certesa ficaremos neutros como no inicio da segunda gerra mundial.Sofreremos atentados e atos terroristas para entrar-mos no conflito e o povo saira as ruas exigindo respostas,ai tambem como na segunda guerra mundial levaremos um ano para declarar guerra ao agressor,um ano para tomarmos a iniciativa de nos prepararmos e mais um ano para nos defendermos ou atacarmos rsrs Naquele tempo foi assim um ano para tudo.Hoje 3 dias é sinonimo de extinção.Se antes eramos estrategicos geograficamente,hoje somos altamente estrategicos logisticos alem de podermos arregimentarmos um grande exercito.Interessa a todos ter o Brasil como aliado ou dominarem o Brasil.Mas quem sabe la para 2030 quando talvez nem havera mais vida no planeta SEJAMOS UMA NAÇÃO COM PODER DE DISSUASÃO que alias nem nossos extrategistas militares atuais demonstram compreenderem realmente o que seja poder de dissuasão.Brasileiro gosta de acompanhar a moda e a moda agora é dissuasão e assimetria e o que são essas coisas para voce?Dissuasão É INDUÇÃO e assimetria É ADAPTAÇÂO e mostrem-me aonde nossos Especialistas Estrategistas Militares buscam,desenvolvem ou executam um plano rapido de suprimento de deficiencias.O caminho mais curto,mais rapido e mais eficaz ao Brasil em dissuasão É COMPRA DE MISSEIS DE MEDIO E LONGO ALCANSE,BALISTICOS E FOGUETES tanto para nos defendermos como para atacarmos ou retaliarmos se necessario.Mas os idiotas fazem o contrario,vivem nutrindo sonhos hobbybistas e aficcionados,se deliciam com os olhos e gozarão com as bundas.

  32. “”Para um ataque do tipo, o especialista da IISS afirma que é preciso ter informação precisa, desde a geologia local até conhecimento sobre a arquitetura das usinas.
    Um tipo especial de munição também é necessário. A principal arma de Israel é um arsenal americano conhecido como GBU-28. Esta arma guiada a laser de 2,2 toneladas tem capacidade especial de penetração.
    “O GBU-28 é a arma de penetração mais forte disponível para aeronáutica tática, e desde que foi usada pelos Estados Unidos, em 1991, ela foi melhorada”, afirma Robert Hewson, editor da revista especializada Jane’s Air-Launched Weapons.
    No entanto, ele ressalta que Israel não teria capacidade de carregar uma munição tão grande em seus aviões sem uma grande operação aérea, que envolvesse também as aeronaves de abastecimento.
    Além disso, há dúvidas sobre o grau de eficácia do GBU-28. Para Douglas Barrie, uma bomba seria insuficiente””……..O PROFESSOR PARDAL ENCONTRAR INVENTOS PARA TUDO MAS A DISNEYLANDIA AGORA É EM SHANGAI.Não existe conhecimento mediano sobre o teor das fortificações subterraneas Iranianas.Não existe arma capaz no mundo que de uma certesa de 75% de possibilidade de sussesso.A unica forma de aniquilar as instalações Iranianas subterraneas das usinas e centros atomicos É PENETRANDO NELES E IMPLODI-LAS e para isso é necessario invadir e dominar o Irã,localiza-las com exatidão e penetrar nas mesmas.Uma invasão no Irã deflagara A MÃE DE TODAS AS GUERRAS e talvez a ultima que este planeta vivenciara.Então minhas caras Escravinhas Sadomasoquistas do Irmão Caim do Norte e Anciãzinhas Indignadas de Sião se ajuntem aos Reacionarios Protestantes e as Virgenzinhas Escandalizadas Diante do Pupito e chorem bastante pois o Trolho vem ai e seus Tonhos pagarão o preço do despregamento inevitavel.FALIRAM,estão na merda e invez de buscarem consenso com bom senso ainda acham que esquisofrenias e unilateralismos surte efeito.PAGARÃO COM AS PROPRIAS VIDAS E COM AS VIDAS DE INOCENTES.E lembrem e jamais se esqueçam que enquanto voces se etasiavam iludidos eu lhes dizia que faliriam e ainda tem Bolivarianinhas das Coxas Bambas que acha que o Brasil deve ir no mesmo sentido arrastando RATAZANAS LATINAS nas costas.Faliremos tambem assim.

  33. NO PAPEL É TUDO BONITINHO;o problema são as entre linhas que ninguém sabe explicar.
    .
    exemplo;como o Irã vivendo em um bruto “bloqueio internacional”,consegue ter uma força amarda excelente,se comparado com outros países que não está sobre tal “bloqueio internacional”?
    .
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    Alguém aqui consegue explicar?

  34. Além disso
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    com todo o bloquei o Irã:
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    Irã comemora Oscar de melhor filme estrangeiro
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    O governo e a imprensa iraniana repercutiram em to país, nesta segunda-feira (27), a conquista do filme Nader e Simin,uma separação, na premiação do Oscar, em sua 84ª edição. Dirigido pelo iraniano Asghar Farhadi, a película levou o prêmio de melhor filme estrangeiro e também concorreu na categoria melhor roteiro original.
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    http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=176618&id_secao=11
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    .
    ATÉ TU!, HOLLYWOOD!

  35. acho que a capacidade de ataque do Irã é muito limitada, mas ai entra a pressão sore o governo Sirio, não é a toa nem por causa do povo que estão bagunçando com a siria, é tudo questão estrategica, afinal o Iraque esta mais instavel que antes dai…Irã -> Iraque -> Siria = Israel
    e também pode usar misseis para atacar o que acho mais provavel.

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