Um laboratório de testes: até onde se liquida, empobrece e humilha um país sem que estourem as costuras?
Isaac Rosa
Já podem dormir tranquilos os gregos, porque a Europa não abandonará o país. Preferirá mantê-lo pendurado no abismo, agarrado pelos cabelos e sempre a poucos minutos da quebra total. Mas não permitirá que despenque, porque a Grécia cumpre hoje um papel essencial na Europa. A imagem de um país quebrado, asfixiado, submetido a chantagem, despojado de sua soberania, com a população sofrendo apertos sucessivos e as ruas incendiadas, tem diversas serventias.
Os governantes podem apoiar-se no caso grego para nos convencer de que precisamos nos comportar, fazer as “lições de casa” e pagar a dívida – do contrário, vejam os gregos onde acabaram, por terem cabeça fraca. “Observem o que se passa na Grécia agora mesmo”, dizia Sarkozy aos franceses segunda-feira, e completava: “Quem gostaria que a França estivesse na situação da Grécia?”
Os apóstolos do choque também tiram proveito da situação grega: é um laboratório em condições reais, com os cidadãos como cobaias, para testar até onde se pode liquidar, empobrecer e humilhar um país sem que estourem as costuras. Sim, queimaram edifícios, atiraram pedras, mas a vida segue. A Grécia está sob ruído e fumaça, mas ainda não passou por um levante social. Por isso, seguiremos apertando, para ver até onde aguenta.
Quanto aos cidadãos europeus, a lição os massacra por seu próprio peso: “Olhe para que serve protestar: apenas para quebrar tudo, sem conseguir nada”. “Por que faremos uma greve? Os gregos estão na enésima, e nada”. E, inclusive: “Bem, a reforma trabalhista é dura, mas não estamos tão mal. Pior estão os gregos…”
Não é certo que o plano tenha êxito. Os cortes de direitos e serviços públicos continuam, mas na última votação houve 43 deputados desertores. O premiê-tecnocrata Papademos sua para levar adiante seu plano. E na polícia, começam a surgir agentes que não estão dispostos a continuar reprimindo seus vizinhos, como o sindicato policial que pediu a prisão da Troika [designação cada vez mais frequente para União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional]. De qualquer forma, a lição para nós deveria ser outra: “Sozinhos, os gregos não podem. Precisam de nossa ajuda”.
Isaac Rosa — (Sevilha, 1974) publicou os romances O País do Medo (2010, Planeta) e, ainda sem tradução para o português, La malamemoria (1999), posteriormente reelaborada em Otra maldita novela sobre la guerra civil! (2007), El vano ayer (2004, adaptada para o cinema como La vida en rojo), e La mano invisible (2011).
Tradução: Antonio Martins
Se contínuar como está, no próximo semestre a Grécia vai sair da zona,da zona do euro, td q os alemães e Franceses querem…Quem viver vera. (Ps.:Espero esta mt errado. )
A noticia “Deu no CAVOK: Novo bombardeiro da USAF está “em andamento” mas sob quase total segredo” não está entrando.
Para que serve a Grécia?
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Para nos lembrar que o Brasil esteve a beira de um abismo.
Quase 20% de desempregados. Um pai de família ficava em média 1,5 anos na fila de desempregados esperando e rezando para ter uma oportunidade. Nesta época os empresários tinham a certeza que quem conseguia um emprego ficaria caladinho sem reclamar dos baixos salários e aceitando todo o tipo de humilhação.
Quem queria entrar no mercado de trabalho nesta época sabe bem o que estou falando. Fora aqueles em que o pai tinha uma roda de amigos (e com isso tinha QI=quem indica) os outros penavam para conseguir se estabelecer no mercado de trabalho.
O plano real teve a parte boa do controle da inflação. Uma pena que o controle da inflação se deu pela falta de dinheiro para as pessoas comprarem até o básico. Por isso é que a inflação foi controlada. Já era difícil vender, imagina se subisse o preço.
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Só espero que tenhamos tido a capacidade de aprender com o nosso próprio passado, e que os acontecimentos atuais possa nos lembrar o quão duro é a escolha errada de governantes.
Antes do euro a grecia vivia bem assim como varios paises europeus ,tinham poblemas mas como todo pais tem isso é resultado da nova ordem mundial sufocando os pequenos.
Antes do Euro um pais como a Grecia, ou Portugal, Espanha ou Italia,a turma do cabelo preto, contornava suas peripecias economicas fazendo uma devaluacao de suas moedas, fazendo seus produtos mais baratos e exportando mais, turismo barato etc etc. Com o Euro nao podem devaluar suas moedas e ficaram engessados. Acabou a festa e a turma do cabelo Preto nao tem estrutura economica para responder. Vivian nas nuvens e um super legado socialista bondoso, onde o cara nao trabalhava e tinha de tudo. O que os Americanos chaman de “nanny state”..Um estado agindo como uma baba com seu povo.
De certa forma a Estado Brasileiro gostaria de ser igual, mas como tem a agricultura e terras a vontade nao deixam o pais entrar em crise. Os manufaturados do Brasil por si so nao os salvariam de uma “Greciada” na sua economia.Salvam uma Alemanha ou Franca.
Mais que um laboratório, Grécia e Alemanha são exemplos.
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A Grécia contou com milhões em benefícios (assim como Portugal, Espanha, Islândia, etc etc etc) para aceitar integrar suas moedas ao EURO, e também, para rever políticas trabalhistas e tributárias.
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MAS AO INVÉS DE FAZER ISSO, os “novos ricos” saíram a esbanjar seu novo “estado de bem estar social”, onde empregaram dinheiro em cartéis, em subsídios agrícolas e cabides de empregos, qualquer um que viu as balsas gregas com mais tripulantes que passageiros, sabia que isso não iria acabar bem.
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Por outro lado na Alemanha, após uma década de pressão econômica devido a reunificação, o então primeiro ministro Gerard Schoroeder, foi demonizado por toda sorte de esquerdistas e estatizantes de plantão, com seu projeto agenda 2010, este homem, foi mais xingado que o diabo ou George Bush, suas reformas eram vistas com chacota por gregos, portugueses, espanhóis e outros novos ricos que gastavam em privilégios vagabundagem, o que deveriam ter investido em trabalho, esforço e suor.
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O que vemos hoje é que a AGENDA 2010 de Schroeder, apenas parcialmente aplicada, foi capaz de dar tal segurança as finanças e empregos alemães que hoje a Alemanha influí em toda a Europa sem precisar ter disparado um cartucho de .22, Hitler, deve estar tomando anti-depressivos no inferno.
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A lição fica para nós, BRASIL, estamos passando por um momento econômico mundial altamente vantajoso para nós, e ao invés de promovermos reformas que punam a vagabundagem, os sofismas e as histórias daS caróchinhas contadas por MERCADORES DA ILUSÃO; estamos longe disso, aumentando o tamanho do funcionalismo, os gastos do governo, o tamanho da dívida e a presença estatal na economia.
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A pergunta não é para que serve a Grécia, mas sim, PQ A GRÉCIA NÃO SERVIU.
Wilton Cavalheiro disse:
26/02/2012 às 15:34
A lição fica para nós, BRASIL, estamos passando por um momento econômico mundial altamente vantajoso para nós, e ao invés de promovermos reformas que punam a vagabundagem, os sofismas e as histórias daS caróchinhas contadas por MERCADORES DA ILUSÃO; estamos longe disso, aumentando o tamanho do funcionalismo, os gastos do governo, o tamanho da dívida e a presença estatal na economia.
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A única coisa que está salvando a nossa economia é justamente o dedo do estado e vc vem com uma dessas?
Até os grandes já admitiram que se não houver influência controle estatal não há economia que resista e ainda tem gente que defende que a economia não deva ser regulada pelo estado?
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A primeira coisa que a Vale foi fazer no início da crise foi capitanear uma comitiva de empresários para pedir flexibilização das leis trabalhistas, e salvo vc seja empresário, não vejo como você queira perder uma conquista trabalhista.
No fim, o governo deu uma resposta à altura aos aproveitadores da iniciativa privada. Não só a economia vai bem como os direitos adquiridos estão preservados. E ainda assim os empresários nunca lucraram tanto (nem na época em que eles dominavam tudo).
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Quanto a europa, tudo está ocorrendo como deveria. Todo plano mal planejado acaba do jeito que está o Euro. Assim como os diversos planos econômicos mirabolantes que já passaram pelo Brasil.
Ademais, olha o tamanho do Brasil e seus dispendioso custo para vc comparar o funcionalismo público do Brasil com outros países. Temos é pouco perto do que precisaríamos ter para ter total controle de nossa economia.
O resto é balela de economistas de meia tigela. Todos estes que continuam defendendo os mesmos argumentos de 20 anos atrás ainda não perceberam que a crise no Brasil passou. Passou, e neste período de crescimento não foi preciso tomar nenhuma dessas medidas extremistas.
Em termos de competitividade, o que falta ao Brasil é combater o custo Brasil. E este só depende dos empresários, pois, 27% de 10 reais são os mesmos 27% de 100 reais. Portanto, a desculpa dos impostos é o que sempre prevalece para mantermos os preços dos produtos nas alturas ao invés de promovermos a diminuição de nossos custos (a chamada deflação).
Muito bom, Wilton Cavalheiro. De cabo a rabo.
Na Grécia, do “sacríficio”, os marajás continuam intocados.
Esse é que é o “bode”.
Sobrou apenas para os “bagrinhos”.
E é isso que está fazendo a diferença.
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Over, o que o Plano Real permitiu foi que não faltasse para o básico.
Estava conversando com uma amigo sobre a resposta que eu deveria dar aos argumentos do OVER, pensei em demostrar com dados e um demonstrativo teórico.
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Mas foi ai que me dei conta que isso só serviria de nhem nhem nhem, bla bla bla e mimimi de parte a parte.
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Fica mais fácil eu pedir que as pessoas parem para observar o sucesso econômico chinês, indiano e da sul-coreano.
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Mas tomemos em especial a China, ela tirou 400 milhões de pessoas da miséria absoluta, e la, não existe nem 1 décimo das leis trabalhistas que temos aqui.
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Ainda assim elas saíram da miséria e não lhes falta emprego, as razões são as mesmas para o plano ‘agenda 2010’ de Schroeder; no Brasil, o mesmo deveria ser feito, metade dos salários são perdidos em impostos, a menos que vc morra ou compre sua casa vc não pode usar aquilo que é ‘seu’ (??) fundo de garantia.
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Em tempo, uma das coisas que garantiu o sucesso da ‘agenda de 2010’ foi a negociação com os sindicatos, SIM, existe teoria e prática econômica além de Kar Marx; e ao contrário das dele, ELAS COSTUMAM FUNCIONAR.
Wilton Cavalheiro disse:
26/02/2012 às 18:47
Estava conversando com uma amigo sobre a resposta que eu deveria dar aos argumentos do OVER, pensei em demostrar com dados e um demonstrativo teórico.
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Não me referia a tanto caro colega.
Concordo com parte dos seus comentários. O que não concordo é exatamente o que citei.
Se quer ver os exemplos que você falou, basta ler o que falei em resposta à parte que citei de seu comentário.
Entenda, ele está em muito certo. Mas não concordo com esta parte.
Estamos confundindo algumas coisas. O Brasil tem políticas sérias. Tem uma administração limpa, eficiente e bastante ágil justamente porque o governo entra e sai da economia regulando-a. Usa de suas empresas públicas para forçar a iniciativa privada a se adequar às condições necessárias à economia (por isso os empresários reclamam da interferência do governo).
Reclamam dos impostos mas sempre que podem dão um jeito de burlar as arrecadações. Seria tão se pudéssemos reclamar dos impostos com razão….
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Ah, quando me referi ao resto é balela de economistas de meia tigela, não me referia a vc, mas sim aos economistas formados e que nos últimos 9 anos só fizeram prever que o Brasil iria entrar em colapso no próximo mês, e até hoje estamos nos sobressaindo.
AJ disse:
26/02/2012 às 16:10
Muito bom, Wilton Cavalheiro. De cabo a rabo.
Na Grécia, do “sacríficio”, os marajás continuam intocados.
Esse é que é o “bode”.
Sobrou apenas para os “bagrinhos”.
E é isso que está fazendo a diferença.
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Over, o que o Plano Real permitiu foi que não faltasse para o básico.
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Meu caro, o que faltou no Brasil foi justamente o básico. Faltou emprego.
Estamos hoje falando de crises em países que estão com uma taxa de desemprego igual a que o Brasil sofreu antes e depois do Plano Real.
Se estão achando ruim a crise lá, é porque lá o povo se revoltou.
Aqui não só passamos pelos mesmos problemas como estávamos muito mal preparados e com um governo que nos largou à própria sorte. Eu preferiria passar por uma recessão em um país de primeiro mundo do que no Brasil do passado.
O que está a ser imposto à Grécia é uma vergonha. Uma vergonha que deveria envergonhar a Alemanha, mas não o faz, porque a factura histórica já perdeu a validade.
A seguir à re-unificação alemã Gunter Grass afirmou com alguma brutalidade que a Europa estava a assistir novamente ao renascimento de um país que iria voltar a causar o caos no Velho Continente. Hoje, penso que talvez a sua frase não seja tão descabida.
De certa forma, os alemães – que estão em plena fase de crescimento económico (preparam-se para aumentar os salários) – têm razão em pedir garantias para o dinheiro injectado.
De certa forma, os gregos praticaram durante anos a fio manobras para encobrir as suas manigâncias orçamentais.
De certa forma, o milagre económico alemão deveu-se ao perdão das indemnizações do pós-guerra perdoados pela maioria dos países.
De certa forma, a mão de obra barata dos países do sul construiu o milagre económico alemão.
De certa forma, a benesse dada pela União Europeia em termos de contribuição para o orçamento da união, permitiu à alemanha reerguer-se depois de 1991.
Contudo, o que se assiste hoje, em primeiro lugar é a uma cobardia velada da maioria dos países europeus, que enfeudados ao dinheiro e mercado alemão, venderam o seu silêncio e a sua liberdade.
Em segundo lugar, é simplesmente triste a falta de solidariedade que hoje grassa na Europa. Esqueceram-se as bases que levaram à criação do maior e mais rico (500 milhões de pessoas com poder de compra) mercado do mundo. A solidariedade entre povos.
Por último lugar, é com alguma tristeza que vejo que há um enorme desconhecimento sobre a Europa, e a situação na Europa entre os opinantes, dando por vezes a ideia que não fazem puto de ideia sobre o que escrevem.
Exs;
– A Islândia não faz parte sequer do Euro.
– Os subsídios agrícolas são comunitários e não nacionais. Vide Política Agrícola Comum (PAC).
– O Estado Social que tanto atacam garante assistência quase gratuita na Saúde e na Educação para todos os cidadãos – e isso é um progresso civilizacional.
– O Estado Social que tanto atacam garante a protecção no desemprego (seguro-desemprego), algo que no Brasil só foi criado pelo Sarney em 1986!!!
– Os sistemas de protecção social mais abrangentes e caros em impostos na Europa são justamente o Francês, o Alemão, o Sueco, o Finlandês, etc, não os dos países do Sul, aliás nunca o foram.
– A Alemanha e a França foram os primeiros países justamente que violaram o pacto sobre o endividamento do Estado – e foram perdoados!
– Os casos de Portugal, Grécia e Irlanda são todos distintos entre si.
– Se a vontade em trabalhar servisse de resposta então os gregos ou os portugueses davam lições aos alemães, qualquer deles trabalha mais horas que um trabalhador alemão. Isso pode ser consultado em qualquer estudo da OCDE dos últimos 10 anos. Basta procurar.
– E por aí fora. O mal não está nas ideias-feitas, está na quantidade que se repetem sem se pensar.
Over, o nível de emprego foi beneficiado com o Plano Real. Aliás, o é até hoje.
Só não é mais por causa da massa de encargos trabalhistas.
Estabilidade com crescimento é o sonho de todo chefe de governo, de todo economista.
Para se ter emprego, se precisa de estabilidade. Hiperinflação não permite criação de empregos.
Veja a hiperinflação alemã da década de 20, veja a hiperinflação alemã do final da década de 40.
I – Se o Brasil tinha hiperinflação, como ter nível de emprego?
II – Não esqueça da crise cambial de 1998, provocada por México e Russia, que nós sentimos diretamente, no preço do dólar, aumentando nosso famoso custo Brasil.
—–
Over, todos entendemos que não pode faltar o Estado. O problema é quando o Estado entende de aumentar seu espaço, sua intervenção.
E isso só faz aumentar custos, aliás, o famoso custo Brasil.
Vou lhe dar 3 exemplos:
– Goiás – se você quiser ter um estabelecimento de agropecuária, tem que ter um veterinário e um agronomo assinando pelo estabelecimento – receitas e fertilizantes, Putz, e eu querendo um remédio de verme para dar pro cachorro, ou um fertilizante para colocar na grama do quintal;
– Padarias – é proibido o forno a lenha. Para instalar um a gás, salve-se quem puder, só se tiver gás natural. O forno elétrico tem como insumo principal a energia elétrica, que paga de impostos “apenas” 42%. É o maior custo do estabelecimento, elevando seu custo operacional para até 30% do faturamento, fora o fato que você tem que negociar com o estado compras de energia. Mas esse estado não lhe ajuda, colocando na região um transformador adequado aos estabelecimentos comerciais daquele pedaço, para que a luz não caia no horário de rush; Se quiser, coloque por sua conta;
– Custo do empregado – o empregado custa em torno de 202% do que voce coloca na carteira, isto é, se você paga ordenado de R$ 100,00, vai gastar R$ 202,00. Fora taxa de contribuição anual para os sindicatos, mesmo que seus empregados não sejam sindicalizados. Só beneficia os dirigentes dos sindicatos.
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Agora me responda – como empresário, você é responsável pelos seus empregados, pelo pagamento aos seus fornecedores, pelo pagamento dos seus impostos – apesar de você não acreditar, paga-se, e muito -, pelos atos de seus empregados pois são seus prepostos, vigilancia sanitária, fiscalização do INMETRO, por todos os encargos inerentes a sua atuação como tal, e vai tirar de lá de dentro do seu negócio que porcentagem de lucro? Lembre-se, o lucro é a remuneração do capital, do empresário, que segura essa onda toda, coloca essa máquina para funcionar, gera empregos direta e indiretamente. Quanto acha que é justo tirar de lucro?
—–
Over, quando se critica a ação do governo, se preveem catastrofes, é porque os indicadores apontam para isso. Veja nosso caso aqui – nós sabemos a vida útil dos Mirage 2000. E quando gritamos “compra caças”, nós somos de meia-tigela?
Temos um oceano de petróleo no pré-sal, despertando a cobiça daqueles mesmos países que invadiram o Iraque, mataram Khadafi, estão esperando a hora e vez do Irã, e já tem um deles ali nas Malvinas ou Falklandes.
Temos marinha para proteger nossas reservas ou somos de meia-tigela?
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Os santos podem até ajudar o Brasi, mas a coisa está ficando preta.
É a China despejando lixo aqui dentro, é a exigencia ambiental para tudo (exigem, sem apresentar solução, só exigem, atrasando projetos de toda sorte), é o cipoal tributário, é a corrupção generalizada, não só de pedir descaradamente como pela criação de exigencias absurdas, é o empregado querendo ser despedido mas só com acordo, para receber seguro-desemprego e ganhar um outro salário por fora, é o atestado saúde fajuto, é a falta de estradas decentes, é o Correio não confiável, é o deputado que desvia dinheiro de verbas orçamentárias para obras sérias para seu curral eleitoral ou para seu bolso, é ministro de tribunal superior recebendo auxílio-moradia na cidade que já morava etc. etc. etc.
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No Brasil, damos jeito para tudo. Numa recessão aqui, posso criar uns pintinhos dentro de uma gaiola na área de serviço e comer um franguinho de vez em quando. Posso ir na rua, como em Brasília, ou Belém, ou Recife, e arrumar umas frutas – manga, genipapo, amora, jambo, jamelão, oiti, jaca etc.
Tenta criar pintinhos nas residencias do primeiro mundo, ou jogar uma pedra nas árvores frutíferas (aliás, essas não tem na rua não) não tem como.
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Aqui, podemos também ir nos restaurantes comunitários e almoçar por R$ 1,00.
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Já plantou abobora? Nasce que é uma beleza e alimenta muito e muita gente.
Já plantou milho urbano? Pede licença a alguém e planta no terreno dos outros. É fácil. Se tiver criatividade, planta milho-pipoca. Vai ganhar de duas maneiras. Já vira industrial.
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Aqui damos jeito para tudo. Breve será a vez da corrupção, Dandolo já deu a dica.
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Over, nós ainda não conseguimos controlar a vontade de pessoas que estão momentaneamente no governo e se sentem o faraó moderno, a criar obras inúteis, regras absurdas, e empregar parentes e afins.
Se assumem, param tudo que estava em andamento (“nunca antes nesse Brasil…”), e recomeçam tudo do zero.
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Finalmente, para registro: a instituição pública só pode fazer o que a lei manda. A instituição privada tudo pode fazer, desde que não esteja proibido em lei.
Assim, ao falar em burlar a arrecadação, lembre-se que o empresário encontra brechas na lei e faz uso disso. E deve fazer porque Tiradentes morreu por causa da derrama de 20% e hoje se sobrevive a uma derrama de 40%.
Olhando esses comentários elogiosos sobre a China e o governo chinês, fico me perguntando o que passa na cabeça de quem comenta. Voces conhecem a China? Já foram lá?
Querer que o Brasil se torne a China é mostrar total falta de conhecimento da situação do chinês médio. Chinês não “trabalha”, cumpre regime escravista. 12h de trabalho ‘oficial’ + horas extras que somadas dariam o que eles deveriam ganhar por 6h de trabalho fazem com que eles durmam nas próprias fábricas…
O chinês médio simplesmente nasce programado para trabalhar até morrer, para dar lucro ao chinês capitalista. É isso que voces querem para nós, brasileiros?
O que é ser país de primeiro mundo? É calcar degraus na corrida pelo primeiro lugar econômico? É produzir um monte de porcarias e comprá-las, sem utilidade alguma?
Meus amigos, ser primeiro mundo é ter qualidade de vida, isso nós já temos (não todos ainda).
Nossa luta é para que todos os brasileiros tenham qualidade de vida e não para que nós nos tornemos chineses.
O NOVO CONTRATO SOCIAL EUROPEU
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O pacto social europeu que os políticos do Brasil sempre usaram como uma referência sucumbiu com toda pompa que um funeral de uma realeza européia merece.
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A Grécia o berço da democracia,deveria as instituições financeiras europeias,as mesmas que patrocinam a “democratização” no Oriente Médio, ter mais respeito com um povo que tem uma história para contar a civilização moderna.
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A Alemanha que vivera os danos do tratado de Versalhes,sabe muito bem o que é ser humilhado;e justamente faz um pior do que aquele para os gregos.
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O novo contrato social europeu nada mais é que uma vassalagem que oprime mais de uma geração e a condena a um futuro obscuro toda a Europa.
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É justamente esses “nobres-do-norte” que se “compadecem” das agruras dos povos do oriente médio sofrem a políticas draconianas dos sistemas opressores do local.
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É um bom exemplo de gratidão,para com os pais da democracia.
nelore
Dá pra ver que tu não vem ao Brasil a muito tempo cara… 30 anos?
Apesar do Brasil ser uma potência da agro-pecuária, assim como os EUA, este setor responde por 6% do Produto Interno Bruto (PIB); e assim a Indústria, 27% do PIB; e serviços, 69% do PIB.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,brasil-desenvolvimentista,723686,0.htm
As exportações representam 11% do PIB, a grande maioria é mercado interno!
AJ disse:
26/02/2012 às 23:26
Over, o nível de emprego foi beneficiado com o Plano Real. Aliás, o é até hoje.
Só não é mais por causa da massa de encargos trabalhistas.
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Over, todos entendemos que não pode faltar o Estado. O problema é quando o Estado entende de aumentar seu espaço, sua intervenção.
E isso só faz aumentar custos, aliás, o famoso custo Brasil.
Vou lhe dar 3 exemplos:
– Goiás – se você quiser ter um estabelecimento de agropecuária, tem que ter um veterinário e um agronomo assinando pelo estabelecimento – receitas e fertilizantes, Putz, e eu querendo um remédio de verme para dar pro cachorro, ou um fertilizante para colocar na grama do quintal;
– Padarias – é proibido o forno a lenha. Para instalar um a gás, salve-se quem puder, só se tiver gás natural. O forno elétrico tem como insumo principal a energia elétrica, que paga de impostos “apenas” 42%. É o maior custo do estabelecimento, elevando seu custo operacional para até 30% do faturamento, fora o fato que você tem que negociar com o estado compras de energia. Mas esse estado não lhe ajuda, colocando na região um transformador adequado aos estabelecimentos comerciais daquele pedaço, para que a luz não caia no horário de rush; Se quiser, coloque por sua conta;
– Custo do empregado – o empregado custa em torno de 202% do que voce coloca na carteira, isto é, se você paga ordenado de R$ 100,00, vai gastar R$ 202,00. Fora taxa de contribuição anual para os sindicatos, mesmo que seus empregados não sejam sindicalizados. Só beneficia os dirigentes dos sindicatos.
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AJ, valeu pelos seus comentários.
Mas vamos lá:
Lula assumiu em 2002? e ainda tinha toda semana filas de desempregados pedindo emprego. No primeiro ano (que é um anos morto devido a Lei de responsabilidade fiscal que se encarrega de dizer o que o próximo eleito terá que fazer) cheguei a pensar que ia continuar o mesmo sofrimento. De fato, o Brasil não mudou da água para o vinho, mas paramos de nos humilhar para conseguir um emprego de 1 salário mínimo que valia uns 230 reais??? (não lembro agora).
Sim, sei o custo do empregado. Mas muita gente continua a usar o contrato de trabalho temporário e com flexibilizando as leis. Inclusive já tive empregada e sei “no bolso” como ficam os encargos. Mas pelo menos puder ter empregada, coisa inimaginável em outros tempos.
Por fim, quando você fala em dedo do estado, te digo que estás enganado em muito do que vc acredita. Não é o presidente quem faz leis, ele apenas as promulga. O problema está sendo que nossa sociedade está doente.
Seu 1º exemplo – Goias:
Você acredita mesmo que o presidente ou o congresso está interessado em colocar um veterinário e um agrônomo full time em um estabelecimento? Quem te falou isso ou foi enrolado ou está enrolando. Isso é lobby dos chamados conselhos de representação (ex, CREA, OAB, CRM, etc), empresários e entidades de ensino junto a políticos. Assim matam o pequeno comerciante (que quando percebe já é tarde demais) e todos os outros saem ganhando.
Foi assim neste caso que você citou, está sendo assim com os Técnicos e Tecnólogos que perderam espaço para os Engenheiros e agora o respectivo conselho está querendo importar engenheiros ao invés de capacitar aqueles que já têm vasta experiência, está sendo assim para os Farmacêuticos que estudaram anos e não podem mais receitar (e foram instruídos para isso) ficando a cargo somente dos médicos. Está sendo assim para os dentistas que tiveram o seu exercício capado em função de uma lei que limita a sua atuação em prol de médicos.
É como se a própria sociedade assim que atinge um determinado status só pense em se manter no poder. É como o pobre que sempre foi trabalhista e quando subiu na vida passa a chamar os outros de vagabundos como se ele nunca tivesse experimentado o outro lado da moeda.
A sociedade brasileira está sofrendo de falta de identidade. Nossa sociedade organizada é que está ditando o tamanho do buraco que estamos cavando e as pessoas comuns não estão percebendo porque não tem acesso aos grupos privilegiados.
Seu 2º exemplo – Políticas mal feitas
O caso do uso de lenha na padaria é interessante. Goiás não planta cana? Planta? Porque se planta, é a maior mal caratismo. Mesmo que não plante, vou lhe contar outro fato: em minha cidade a uns anos atrás, foi eleito um prefeito. Pois bem, quem votou no cara estava satisfeitíssimo. Durante 2,5 anos o cara não fez nada, mas um ano e meio de encerrar o seu mandato e prevendo que não iria conseguir entregar as contas públicas em ordem, mandou fazer um levantamento fotográfico (aéreo) de toda a cidade. O resultado foi aumento de IPTU em média de 300%. Pronto, o prefeito estava salvo.
Estamos tendo a oportunidade de sentir na pele dos outros o que não queremos de volta na nossa economia.
Um outro fato (este foi citado por um amigo meu, portanto não sei sobre sua veracidade): conta um amigo meu que num determinado estado o governo local proibiu o uso de sacolas plásticas. Saiu na impressa de todo o Brasil (para fazer propaganda, deve ser). Pouco depois o governo relaxou a lei. Segundo ele, os comerciantes (não devem ter sido só os pequenos) começaram a perceber a diminuição do consumo (precisa-se de muita sacola retornável para comprar desenfreado como se comprava antes). O resultado foi que a lei foi relaxada momentaneamente.
Pergunto mais, quando fizeram a lei sabiam que existe uma indústria que faz máquinas de sacolas plásticas?
Seu 3º exemplo já comentei.
E digo, que bom que estamos tendo oportunidade de escolher em que área vamos trabalhar. Uma pena que não estamos conseguindo perceber o abismo que estamos entrando por estarmos olhando somente o nosso umbigo.
A GRÉCIA É UM PAÍS INDIVIDADO ISSO TODOS SABEM, MAS PORTUGAL, ITÁLIA, ESPANHA, FRANÇA E A ALEMANHA QUE TENTA ESCAPAR DE FININHO SEM AJUDAR A NINGUEM, TAMBEM ESTÃO LOTADOS DE DÍVIDAS, ENTÃO FAREMOS ASSIM, DÊEM AS ECONOMIAS DE VOCÊS AO BRASIL E NÓS EM TROCA DAREMOS ESPELHOS PRA VOCÊS FICAREM SE OLHANDO E ACHAREM TUDO BONITO, ISSO FOI FEITO AOS NOSSOS ÍNDIOS NA ÉPOCA DO DESCOBRIMENTO, ENTÃO NADA MAIS JUSTO QUE RETRIBUIR !