Farc anunciam fim de sequestros e libertação de 10 reféns

Grupo aceitou a oferta do governo brasileiro que colocou à disposição os meios logísticos para a missão de entrega dos reféns.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram neste domingo o fim da prática de sequestros e a libertação de maneira conjunta os dez militares e policiais que seguem em seu poder como reféns.

Os anúncios aparecem em uma declaração pública que o secretariado central do grupo rebelde divulgou nas “montanhas da Colômbia” e divulgou em seu site.

“Anunciamos que a partir da data banimos a prática deles (sequestros) em nossa atuação revolucionária”, informaram as Farc, que disseram que a decisão obriga a guerrilha a revogar uma “lei” do grupo rebelde de 2000 sobre seu financiamento com o sequestro de civis.

O fim do sequestro como arma política era uma das antigas reivindicações da ONG Colombianos e Colombianas pela Paz (CCP), liderada pela ex-congressista Piedad Córdoba.

Há três anos, Piedad e a CCP mantêm negociações com as Farc, que já permitiram a libertação de maneira unilateral de 20 rebeldes e, agora, os dois compromissos finais deles sobre os sequestros. Na mesma declaração, as Farc disseram ter aceitado libertar os dez militares e policiais que mantêm cativos, e não só os seis que tinha comunicado previamente.

Os militares e policiais, todos eles em cativeiro há mais de 12 anos, são os últimos reféns remanescentes das Farc, que chegaram a manter mais de 50 políticos, militares, policiais e três americanos, que pretendiam trocar sem sucesso por 500 rebeldes presos.

As Farc agradecem e aceitam a oferta feita pelo governo da presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, que colocou à disposição os meios logísticos para a missão humanitária de entrega dos reféns. “Queremos manifestar nossos sentimentos de admiração para com os familiares dos soldados e policiais em nosso poder”, expressou o comando central guerrilheiro, que pediu à porta-voz das famílias dos reféns, Marleny Orjuela, que os receba na data estipulada, ainda não divulgada publicamente.

Foto: AP Ampliar

Guerrilheiro Alfonso Cano, ex-líder das Farc, em evento político em San Vicente del Caguan em 2008

Os reféns a serem libertados são os militares Luis Alfonso Beltrán Franco, Luis Arturo Arcía, Robinson Salcedo Guarín e Luis Alfredo Moreno Chagüeza, e os policiais Carlos José Duarte, César Augusto Lasso Monsalve, Jorge Trujillo Solarte, Jorge Humberto Romero, José Libardo Forero e Wilson Rojas Medina.

Todos eles são membros das forças armadas ou de segurança da Colômbia sequestrados em ações realizadas entre 1998 e 1999, nos piores anos da atividade das Farc, guerrilha ativa desde 1964.

Na lista de reféns, também aparece Luis Eduardo Peña, subcomissário da Polícia Nacional, de quem se desconhece se continua vivo, pois tanto as Farc como a ex-congressista Piedad Córdoba insinuaram que ele teria morrido em cativeiro.

Morte de líder

Em novembro do ano passado, as Farc levaram um duro golpe com a morte do seua líder Guillermo León Sáenz Vargas, também conhecido como Alfonso Cano.

As Farc foram fundadas em 1964 e desde então vêm lutando contra as forças do governo colombiano com o objetivo de estabelecer um regime marxista no país. No entanto, o grupo rebelde foi enfraquecido pela ofensiva militar que começou há dez anos.

Cano, um ex-professor universitário de 63 anos, assumiu a liderança das Farc após a morte de Manuel Marulanda.

Ao assumir o comando das Farc, em março de 2008, Alfonso Cano modificou as estratégias da guerrilha, com ataques mais agressivos, especialmente contra a população civil.

Em julho, Cano já tinha escapado por pouco de um outro ataque contra um acampamento das Farc. O Exército da Colômbia informou que, no começo de 2011, o chefe de segurança de Cano, Alirio Rojas Bocanegra, foi morto.

Em setembro de 2010 o grupo sofreu outro grande golpe, o principal comandante militar do grupo, Jorge Briceño, conhecido como Mono Jojoy, foi morto em um ataque aéreo.

Fonte: Último Segundo

17 Comentários

  1. tão arregando ne ??? logo logo esses FDP se candidatam a alguma coisa, e depois vão querer formar uma comissão revanchista qualquer…



  2. ótimo momento para intensificar a caça e execução dos líderes deste movimento de maltrapilhos narco-terroristas.

  3. Pronto. Não era essa a resposta que faltava ao Presidente da Colombia quando perguntou porque a demora do Brasil?
    Respondido

  4. Como já dito, estão a caminho da anistia ampla geral e irrestrita, e vão virar partidos de esquerda, e vão assumir cargos, e vão criar industria de indenização, e vão começar o revanchismo e … e… e… e… e…

  5. óHHH esse grupo de amáveis pessoas reconheceu que faz sequestros, COMO FICAM AS VIÚVAS QUE SEMPRE O NEGARAM???
    .
    Ainda que façam tal movimento em busca de anistia (pois é, para eles, ELES QUEREM); ainda bem que tenham libertado esses 10 reféns.
    .
    BOM MESMO SERIA LIBERTAREM OS 700 QUE ESTÃO EM SEU PODER, BEM COMO AS CRIANÇAS QUE FORAM SEQUESTRADAS PARA LUTAR EM SUAS FILEIRAS.

  6. Se esse caras se candidatarem e chegarem ao poder, e daí fizerem pela colombia o que o atual governo faz pelo Brasil, tenho que admitir que será maravilhoso para a Colombia, vai crescer, distribuir renda, deixar de ser capacho americano, torna-se uma grande economia mundial,etc oxalá se torne verdade isso que os despeitados estão dizendo.

  7. Royal Society alerta sobre riscos da guerra do futuro
    Estudo da Royal Society liberado em Fevereiro. Inclui link par ao estudo assim como video com o Professor Rod Flower FRS, da Royal Society.


    Londres, 24 fev (EFE).- A Royal Society britânica alertou sobre o risco da aplicação dos últimos avanços da neurociência na guerra do futuro e pediu aos Governos que tomem medidas para proibir muitos dos novos agentes químicos.

    Nos últimos anos, a neurociência, um conjunto de disciplinas que estudam o sistema nervoso e sua relação com a conduta, avançou em ritmo vertiginoso, favorecida pelo interesse dos Governos em desenvolver novas tecnologias e ferramentas para melhorar a eficiência de seus Exércitos.

    Em relatório de 65 páginas publicado recentemente com o título de “Neurociência, conflito e segurança”, essa renomada sociedade científica enumera os progressos na área e os possíveis usos civis e militares, mas aconselha cautela aos Governos na hora de colocar em prática essas descobertas.

    O foco se dirigiu às armas “não letais”, entre as quais estão agentes químicos paralisantes e outras substâncias que agem diretamente sobre o sistema nervoso central e periférico. Conforme alerta da Royal Society, muitas delas ainda não estão regulamentadas por nenhum tratado internacional.

    Essa constatação fez a entidade britânica pedir aos signatários da Convenção sobre Armas Químicas que incluam novos agentes químicos entre as substâncias proibidas em sua próxima revisão em 2013.

    Em seu relatório, a instituição reconheceu os benefícios que os avanços podem ter no tratamento de doenças neurológicas, mas expressou sua preocupação com as “lacunas em relação à legislação” que poderiam dar margem ao uso inadequado.

    O marco legal atual restringe a criação de agentes químicos paralisantes, mas existe “certa ambiguidade nos tratados de proibição de armas químicas que, sob algumas interpretações, podem favorecer seu desenvolvimento”.

    Embora algumas pesquisas ainda estejam em estágio inicial já permitem vislumbrar como poderiam ser as guerras do futuro. Nelas, novas técnicas de estimulação cerebral por meio de remédios e ondas aumentariam a eficiência dos soldados e a velocidade com a qual aprendem tarefas.

    Outras conquistas, mais próprias da ficção científica, permitiriam a comunicação das máquinas com o cérebro dos soldados graças a sistemas de interfaces neuronais, implantes que conectam o sistema nervoso com computador que interpreta as ondas cerebrais e as traduz em ações.

    Segundo a Royal Society, com essa tecnologia seria possível, entre outras tarefas, controlar os sistemas militares à distância e melhorar a reabilitação física dos soldados.

    Graças à análise do cérebro com técnicas de neuroimagem poderiam ser consideradas novas variáveis no recrutamento de soldados, como velocidade de aprendizagem e o nível de risco que são capazes de assumir, e escolher assim os melhores para cada tarefa.

    Outros estudos, realizados pelos Estados Unidos, investigam o uso do ultrassom como uma forma de interferir no cérebro, um campo que, de acordo com a Royal Society, teria “uma importante aplicação terapêutica”, mas também poderia ser usado para prejudicar a atividade cerebral.

    A Convenção sobre Armas Químicas, assinada em 1993 e que teve a adesão até agora de 188 países, proíbe recorrer à guerra química em qualquer circunstância e enumera uma lista de substâncias e quantidades proibidas, mas a Royal Society pede a inclusão nesse acordo dos novos agentes químicos.

  8. OBRIGADO POR TIRA MEU comentarios.
    OBRIGADO POR TIRA MEU comentarios
    .
    OBRIGADO POR TIRA MEU comentarios
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  9. desculpe-me, meu comentarios.
    .chegou aqui……..
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    .chegou aqui……..
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  10. as farcs tem uns trinta anos esta enraizada na colombia falou em colombia lembrou das farcs ,ta mais que na hora de paz entre o governo vendido e marionete de anglo saxiao e os guerrilheiros ,todos são colombianos e com as farcs na politica talvez as bases americanas saia de lá com mais rapidez e a colombia volte a ser uma só nação.

  11. Muito bom!Torço pra que essas guerrilhas acabem,e os americanos percam a justificativa de manter presença militar na região.(embora eu duvide muito que isso ocorra)

  12. LEMBRO MUITO BEM QUE NA FRONTEIRA INTEGRANTES DAS FARC ATACARAM UMA BASE BRASILEIRA EM NOSSO TERRITÓRIO E MATARAM UM DE NOSSOS MILITARES, ENTÃO PRA MIM SERIA ASSIM, TODOS OS QUE INVADISSEM NOSSAS FRONTEIRAS DEVERIAM SER DURAMENTE COMBATIDOS, CAPTURADOS E PRESOS, OU TEREM SUAS BASES EM FAZENDAS BOMBARDEADAS, INFELIZMENTE TERIA DE SE PERDER A VIDA DE ALGUNS SEQUESTRADOS, MAS SERIA POR UM BEM MAIOR A EXTINÇÃO DESSA GUERRILHA DE IDÓLATRAS DE UMA FALSA LIBERDADE E ADEBITOS DO TERRORISMO !

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