Cientistas suíços criam ‘satélite-faxineiro’ para recolher lixo espacial

A quantidade de lixo espacial na órbita da Terra fez com que especialistas da Suíça desenvolvessem um projeto que tem como objetivo construir um “satélite-faxineiro”.

Os cientistas da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, pretendem lançar o aparelho, chamado de CleanSpace One, em até cinco anos.

Com um valor estimado em 10 milhões de francos suíços (cerca de R$ 18 milhões), o CleanSpace One será o primeiro destinado a reduzir a poluição espacial.

Os especialistas suíços afirmam que existem cerca de 16 mil objetos com diâmetro superior a 10cm na órbita da Terra – o suficiente para provocar um acidente com satélites de serviço ou aeronaves tripuladas.

A agência espacial americana (Nasa) monitora os pedaços maiores de sucata que orbitam a Terra. Além deles, centenas de milhares de peças menores levam risco a satélites e missões espaciais.

Tentáculos

A missão inicial seria destinada a coletar um dos dois primeiros satélites enviados pela Suíça ao espaço, ambos fora de uso – o Swisscube, colocado em órbita em 2009, e o Tlsat, que entrou em atividade no ano seguinte.

Para recolher os satélites aposentados, o “faxineiro” será lançado ao espaço e terá de corrigir seu rumo em direção ao alvo.

Foto: EPFL/Swiss Space CenterCaptura ocorrerá quando os objetos estiverem navegando a cerca de 28.000 km/h

A captura ocorrerá quando os objetos estiverem navegando a uma velocidade de cerca de 28.000 km/h, a uma altitude entre 630km e 750 km.

Munido de braços que se assemelham a tentáculos, o CleanSpace One vai abraçar o outro satélite e trazê-lo de volta à atmosfera terrestre, onde ambos entrarão em combustão.

No futuro, os cientistas pretendem trazer mais lixo espacial para a Terra.

Ajuste de rota

A quantidade de lixo espacial em órbita obriga a Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês) a ajustar sua rota frequentemente para evitar colisões.

No entanto, o risco vem aumentando, segundo os cientistas suíços, o que justifica o enorme valor dos seguros do setor espacial – atualmente estimados em US$ 20 bilhões.

Em fevereiro de 2009, o satélite americano Iridium-33 explodiu após colidir com o satélite abandonado russo Cosmos 2251, adicionando mais dejetos à órbita terrestre.

4 Comentários

  1. vamos contribuir com o blog com algo novo:
    A campanha contra o lixo espacial, lembro detonou de um dia pra outro em um monte de mídia e nunca parou, tem cheiro de PsyOp.
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    Podem imaginar o valor militar dum “coletor de satélites” né?
    O cara não pode ser questionado porque não tem armas, mas ele pode deixar o inimigo sem satélites.
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    O primeiro anti-LixoEspacial é criado pela Suiza um país pacífico, agora vai ser a vez dos EUA criar verdadeiras ameaças para a nuvem de satélites.
    Um verdadeiro coletor, com autonomia para atingir grandes distâncias rapidamente, e capacidade de armazenar muitos satélites seria uma verdadeira arma.
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    A PsyOp que começou com a publicação da “preocupação” pelo lixo e agora incluiria essa criação “suiza”, teria como fim preparar o mundo para aceitar os coletores de lixo espacial que obviamente (os de uso militar encoberto) serão made in usa.

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