Nobreza britânica vira arma

Por Fábio Cervone

O envio do príncipe William para o arquipélago das Malvinas, e a visita de seu irmão, o príncipe Harry, ao Brasil em 2012, ambos membros da família real britânica, não são gestos em vão dos nobres da casa de Windsor – dinastia europeia da qual fazem parte no poder do Reino Unido e dos países membros da Commonwealth. Se interpretado com simplicidade, a ação pode esconder iniciativas políticas muito bem arquitetadas.

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Os belos filhos da famosa princesa Diana são por vezes capas das principais revistas de fofocas do mundo inteiro. Entretanto, em momentos como o atual, quando ressurge o debate sobre a soberania britânica nas Malvinas, percebe-se que o papel dos nobres na política, sobretudo internacional, ainda merece respeito.

Com a descoberta de petróleo no arquipélago, os argentinos voltaram a contestar a presença inglesa na região. Entre as muitas acusações trocadas por argentinos e britânicos, sem pronunciar uma palavra o príncipe William, como membro da RAF (sigla em inglês para Força Aérea Real), voou para a região e está no momento trabalhando na ilha em helicópteros das forças armadas.

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Mesmo que William esteja a maior parte do tempo distante dos habitantes locais, sua presença na ilha gerou um reboliço. Jornais, televisões e agências internacionais de notícia estão cobrindo de perto a temporada do nobre em território ultramar. Os argentinos, por sua vez, protestaram contra o gesto que representa de certa forma a belicosidade da situação.

Na contramão deste fato, em março deste ano, o príncipe Harry, irmão mais novo de William, virá ao Brasil para um evento do GREAT – programa do governo britânico para melhorar a imagem do país no exterior. Ele terá na agenda somente atividades simbólicas e protocolares, como participar de um jogo de pólo em São Paulo.

Mas não nos deixemos enganar: o Mercosul (bloco regional, formado pela Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) aprovou recentemente a proibição dos navios de bandeira das Malvinas em seus portos. Chilenos e venezuelanos também formalizaram seus apoios à causa argentina. Ou seja, a região está em relativa sintonia deixando os ingleses isolados e inseguros.

O Brasil é a maior economia da região e seu modelo, em vários aspectos, se tornou referência para os vizinhos. Harry vem visitar o país para afagar o maior dos latino-americanos e tentar assim amenizar a seriedade da questão.

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Dois irmãos, uma missão: manter a soberania britânica. As revistas de fofoca adoram. Os espectadores se vislumbram com a realeza. O governo do Reino Unido marca a sua presença e sinaliza que a guerra já começou, guerra de gestos. Cristina Kirchner, presidente da Argentina, deixou claro que não tem nenhuma intenção militar e de fato duvida-se que o tenha, pois o exército argentino é muito inferior às Forças Armadas Reais – nome dado ao exército britânico. Ainda assim, como boa parte da população portenha, a líder não irá se calar facilmente frente a polêmica.

Família Real

Em pleno século 21, renova-se mais uma vez a importância de nobreza. A tradição centenária da família real britânica está em sintonia com os interesses do estado e assim se torna útil como ferramenta de poder. Seja de forma indireta e por isso mais discreta, como no caso da visita de Harry ao Brasil. Ou então de face mais dura e objetiva exemplificado no envio de William para atuar pela RAF na região.

William deixou sua mulher com quem casou-se a pouco em Londres e embarcou para ilha, onde passou inclusive o primeiro dia de São Valentim (St. Valentine’s day, em inglês, equivalente ao dia dos namorados nos Brasil) dos recém-casados. Assim, fica difícil de negar que há algo muito valioso e importante nas Malvinas.

Fonte: Notícias.R7

16 Comentários

  1. “William deixou sua mulher com quem casou-se a pouco em Londres e embarcou para ilha”

    Se marcar bobeira a mulher dele vai dançar tango no colo de algum argentino. O cara não parece ter condições de satisfazer um mulherão daquele.
    Ação e reação. Aqui se faz, aqui se paga.

  2. Logo, daqui a uns 3 anos vamos ver os dois pequenos brigando, de um lado a falida ARGENTINA E DO OUTRO O AGONIZANTE REINO, tolos ingleses e ermanos lutam por uma causa perdida. O mundo vai deixar de usar combustivel focil em 50 anos, a bem da verdade já pode está a fazer.
    tolos…

  3. Q tem mt coisas valiosa por lá, ñ resta dúvidas.O caso q a presença deste cara acirrou à disputa; à Argentina tem q se armar até os dentes, e com 3 ou 6 subs nucleares + mt caças..ou comprar as terras dos kelpers.Sds.

  4. Eles não tem tanto medo da Argentina tanto quanto do Brasil e Chile se derem apoios mais fortes aos hermanos.
    A China com certeza vai entrar na jogada pra armar a Argentina e ferrar os Ingleses pois se eles alcançarem pelo menos a capacidade operacional equivalente a brasileira, com ajuda chinesa, terão possibilidade de primeiramente afastar a Royal Navy e fazer a Rainha e a prole dela negociar pois, eles só etendem o idioma dos canhoes mesmo.

  5. haaaaaannnnn .
    .
    Cristina Kirchner, presidente da Argentina, deixou claro que não tem nenhuma intenção militar e de fato duvida-se que o tenha, pois o exército argentino é muito inferior às Forças Armadas Reai
    .
    ta comedo ne

  6. em pleno sec. 21 os senmhores feudais britanicos preferem perder os dedos, mas não os aneis, podem mandar quantos “princesos” queiserem, isso não muda o fato de serem colonialistas ultrapassados.


    a america do sul cabe tornar a vida de nossos “vizinhos ingleses” custosa e cara de manter, acredito que se ninguem roer a corda, em medio prazo a corroa decadente britanica reveja suas possições, e sente a mesa de negociações como determinou a onu !!

  7. Hummm deixou a Magrelinha sozinha e foi pras Malvinas né rsrs rsrs Quanto menos esperar tera um magrelo com pano de chão enrolado na cabeça como turbante dando um trato na magrela depois é so assassina-la e ela vira a segunda Lady Day rsrs rsrs Cuidado Willian M5 anda atraz de algo vultuoso para sensibilizar o mundo tipo holocausto e 11 de setembro.

  8. Impressionante como se vê aqui pessoas que embarcam na retórica terceiro-mundista e dá razão a perua surtada e embotocada em seu risível e ilegítimo pleito pelas Falklands(desculpa aí plebe mas o nome das ilhas é esse e não Malvinas)

  9. Temos que acabar com esse cerco de ilha dominadas pela inglaterra e USA ao redor do atlântico sul. Em caso de conflito ou de ameaça aos seus interesses poderão formar bases para um anel de isolamento da américa latina do comércio mundial.

  10. Claudio Alfonso falou pouco mas disse tudo!
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    A Inglaterra tem vários “territórios ultramarinos” no atlântico sul que roubou dos sulamericanos… Hong Kong foi um dos últimos territórios roubados que foram devolvidos ao país de direito… Foi percursora de inúmeras mazelas como o apartheid (escravidão) que manteve na África do Sul até 20 anos atrás… Agora resta aos sul-americanos deixar de fazer papel de capacho e também exigir de volta o que é seu… Não nos subordinemos!

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