Brasil propõe ao Japão cooperar na área de desastres naturais

O Diretor Executivo da Agência Espacial Japonesa (JAXA), Dr. Hideshi Kozawa, proferiu a principal conferência do Seminário Brasil-Japão sobre Cooperação Espacial, que reuniu cerca de 50 pessoas no auditório da Agência Espacial Brasileira (AEB), nesta quarta-feira. A palestra envolveu as principais áreas do Programa Espacial do Japão, em plena execução.

O encontro foi aberto oficialmente pelo Diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da AEB, Himilcon de Castro Carvalho. A condução do evento coube ao Chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da AEB, José Monserrat Filho.

Presente ao encontro, o Embaixador do Japão no Brasil, Akira Miwa, notou: “As relações entre o Japão e o Brasil evoluíram de uma relação bilateral para uma parceria mais ampla, no âmbito internacional”. E lembrou dois programas de sucesso de ambos os países: a ampla difusão conquistada pelo sistema Nipo-Brasileiro de TV digital e a cooperação triangular com a África no campo da segurança alimentar. Enfatizando a inovação realizada pelo setor industrial, ele frisou: “As descobertas e conhecimentos da indústria espacial irão adicionar valor a toda a cadeia de suprimentos.”

Tanto Himilcon quanto Monserrat reforçaram a proposta concreta feita pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, quando, na tarde desta terça-feira, recebeu no MCTI a comitiva japonesa, liderada pelo Dr. Kozawa: o Brasil está pronto para iniciar entendimentos visando examinar a viabilidade de um ambicioso projeto de cooperação para a construção conjunta de um satélite destinado a compor a constelação GPM (Global Precipitation Measurement – Medição da Precipitação Global), dentro de um horizonte maior de ampliação do sistema nacional de alerta, prevenção e mitigação de desastres naturais.

Em princípio, segundo a sugestão brasileira a ser estudada pelas partes, o projeto cobriria toda uma cadeia de atividades colaborativas essenciais, desde a formação (capacity building) de recursos humanos especializados, a pesquisa e desenvolvimento, as soluções tecnológicas mais apropriadas à situação brasileira, até a criação de produtos e serviços industriais. Presume-se que um projeto desta relevância, certamente, estaria à altura das maiores conquistas da cooperação Brasil-Japão.

Integraram também a comitiva japonesa os funcionários da JAXA: Mr. Toru Fukuda, Diretor de Pesquisa em Observação da Terra, do Diretório de Missões de Aplicações Espaciais; Ms. Akiko Sukuki, Gerente do Grupo de Colaboração Industrial Espacial; e Ms. Mariko Harada, do Departamento de Assuntos Gerais.

Nesta quinta-feira, no Inpe, em São José dos Campos, a partir das 14h, a AEB e o Consulado Geral do Japão, de São Paulo, promovem outro Seminário Brasil-Japão de Cooperação Espacial, especialmente dedicado às instituições e às empresas espaciais da região. Mais de 20 empresas foram convidadas para o encontro.

Fonte: AEB

5 Comentários

  1. quer firmar acordos pra quê ??? pra fazer papelão como foi na estação orbital ?? ou mais recentemente no telescópio no Chile ?? este governo é brincadeira… quer ficar fazendo “acordos” para criar comissões de estudo e gerar empregos prus “cumpanheros”… por que não assume algo de forma séria e desenvolve de vez nosso vls ???

  2. Volto a defender maior entrosamento na área econômica na área de pesquisa pode progredir mas sem apoio econômico nada sai do lugar.

  3. Parece que os Japinhas estão começando a abrir os olhos.rsrs
    temos muitos interesses em comum e muitas afinidades também o que, sob certos aspectos e desde que suficientemente estudados, podem influenciar a relação de ótimos negócios.

    Todos nós sabemos das excelentes condições de pesquisas científicas, capacidade produtiva e diversidades tecnológicas dos japoneses nos mais distintos segmentos, mas sabemos igualmente das suas dificuldades em formar parcerias e transferir conhecimentos, portanto acredito que esse seja um bom momento para arquitetar alguns negócios.

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