Armas da Rússia: o sistema antimíssil S-400

Damos prosseguimento à série de programas dedicados aos melhores exemplos de armas russos. Um dos exemplos mais recentes é o sistema antimíssil (SAM), Triunfo (S-400) ou SA-21 Growler (Resmungão) na classificação da OTAN.

O S-400 se destina à destruição de todos os meios aeroespaciais de ataque existentes e futuros, assim como os aviões de reconhecimento, aeronaves táticas e estratégicas e os mísseis táticos e mísseis balísticos de curto e médio alcance.

Também se destina à destruição de alvos hipersônicos, aeronaves de interferências, de radar e de orientação de mísseis. Cada sistema S-400 pode atacar em simultâneo 36 alvos e guiar contra eles até 72 mísseis. O sistema S-400 pode atingir, a uma distância de 400 km, alvos aerodinâmicos, e, a uma distância de 60 km, alvos balísticos táticos voando a uma  velocidades de até 4,8 km por segundo: os mísseis de cruzeiro, aviões stealth.

O S-400 pode detectar um alvo a uma distância de até 600 km e atingir os alvos voando a uma altitude de 5 metros (compare-se: o sistema americano “Patriot” é capaz de atingir alvos voando a uma altitude não inferior a 60 metros). Tudo isso é possível graças a uma ogiva autoguiada completamente nova instalada nos mísseis e que pode funcionar em regime semi-ativo e ativo, especialmente contra os alvos voando alto.

Ao ganhar a altura, o míssil entra em regime de busca programado pela equipe terrestre e se guia sozinho contra o alvo detectado. Um sistema S-400 pode levar até quatro mísseis desse tipo. Em geral, segundo especialistas, o S-400 não só não tem análogos no mundo, mas também supera muito todos os sistemas desse tipo existentes. Atualmente, a Defesa Anti-Aérea russa está recebendo sistemas em causa. 

Fonte: Voz da Rússia

18 Comentários

  1. bosco poder me responder se esse equipamento consegue abater bombas planadoras sei que o tor-m2 pega
    Dandolo a estrategia de guerra é o segredo nem um pais mostrar o equipamento e pleno teste nem mesmo o brasil imagina a russia. só quem tem sabe.

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    Não sou o Bosco, mas imagino que ele não tenha a capacidade do TOR-M2, para dar cabo de munições guiadas. Todavia, ele não precisa, haja vista que ele eliminará o vetor antes que este possa lançar as bombas guiadas, de planeio, ou não.
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    A doutrina russa prevê o posicionamento de sistemas AAA de proximidade junto as baterias principais. Todos eles, móveis. Não só juntos, mas escalonados e espalhados pelo território a ser defendido… Isso dará uma dor de cabeça enorme para o planejamento das forças agressoras, pois, as baterias ao mudar constantemente de posição nunca darão um panorama fixo e imutável, mas antes, de indefinição e incerteza…

  3. Se o Brasil for comprar,tem que ser testado. Por exemplo: Lançamos um foguete Astros em zig-zag e o S-400 terá que derrubá-lo a mais de 15 km de altitude. Eu conheço um pouco sobre guiagem de mísseis. O rastreio procura definir uma trajetória regular e calcula o ponto futuro de impacto nessa trajetória. Se a aeronave ou míssil inimigo voar aleatoriamente em zig-zag, provavelmente o míssil não conseguirá atingir o alvo facilmente. Tem dois sistemas de guiagem: por radar e por infra-vermelho. Por radar, pode ser guiado pelo radar de terra ou do próprio míssil. Sistema misto (radar e infra-vermelho), certamente são preferidos.

  4. Velocidades de até 4,8 km por segundo ? Isso dá 17.200 km /h e vel som = 1.240 km /h —- 14 x vel som.
    O caça supersônico vai a 2,5 Mach.
    Realmente é assustador.

    Dá para fazer o míssil ir a 30 Mach, através do sistema anti-atrito.

    Imaginem que um projétil de FAL vá a 0,6 km / s. Esse míssil chega a 4,8 km /s, ou seja 8 x mais veloz.

    Para abater um míssil desses, apenas com uma barreira de balins.

    A ogiva do míssil também tem balins.

    O avião precisa ter uma blindagem que segure o impacto desses balins.

    Eu tenho essa blindagem em mente, creio.

  5. Colaborado,
    Pode sim embora usando o míssil 9M96 (120 km de alcance) e não o maior (com 400 km de alcance) que é o 40N6.
    O Ilya está parcialmente certo. Devido ao grande alcance o sistema pode engajar a aeronave antes dela lançar o PGM (incluindo bombas planadoras, mísseis antirradiação, etc), mas uma aeronave que tente penetrar na área de cobertura do sistema S-400 poderá usar de contra-medidas, de furtividade e/ou se aproximar em baixa altitude lançado armas stand-off, mantendo-se oculta além do horizonte radar.
    O grande alcance do sistema (400 km) se dá contra alvos voando em grande altitude (em geral acima de 6000 metros). Contra alvos pouco acima do nível do solo o alcance do sistema é proporcional ao alcance de detecção do radar de vigilância, que não passa de 40/50 km ao nível do solo devido à curvatura da Terra e ao relevo (deve-se também levar em consideração a altura da antena).
    Outro fator que logicamente limita o alcance real é o RCS do alvo (aeronave/míssil/bomba/veículo de reentrada).
    O alcance nominal (máximo teórico) de 400 km geralmente é contra aeronaves de grande RCS, lentas, pouco manobráveis, e em grande altitude, ou seja, aviões de transporte, AWACS, etc.
    Sem dúvida contra um caça como por exemplo o Rafale, seria bem menos. Chuto uns 100 a 150 km,
    Também a furtividade da PGM (arma guiada de precisão) deve ser levada em conta. Por exemplo, um míssil cruise furtivo reduziria muito o alcance de operação e o tempo de reação do sistema.
    De qualquer forma o S-400 é sim capaz de interceptar tanto alvos aerodinâmicos (subsônicos e supersônicos) quanto balísticos e é bem superior ao sistema Patriot, oferecendo um alcance maior e uma gama maior de acessórios (radares para situações específicas), embora seja mais pesado e complexo de operar.
    Um abraço.

  6. Teoricamente um radar de abertura sintética e com capacidade GMTI (indicador de alvos móveis no solo) pode neutralizar o fato do sistema ser móvel já que em tese pode atualizar em tempo real a posição das baterias antiaéreas passando a informação via data-link para um vetor de destruição.
    Por isso os russos fizeram um sistema com grande alcance de modo a negar o espaço aéreo a aeronaves tipo o JSTAR E-8. O problema é que os radares de abertura sintética estão cada vez menores, e hoje cabe em caças, UAV, pequenos aviões, satélites, etc.
    Pensando nisso os russos adotam um sistema de defesa das baterias S-300/400 igual a usada na proteção de navios, em camadas, como bem lembrou o Ilya. Tal defesa usa inclusive lançadores de chaffs, flares, geradores de fumaça, lançadores falsos, interferência eletrônica, etc, além é claro, de mísseis e canhões distribuídos ao redor (em geral TOR ou Pamtsir), com capacidade anti PGM.
    Outro fator que aumenta a letalidade do sistema é a capacidade do mesmo se conectar por data-link a outros sistema similares, no modo cooperativo, onde um míssil pode “pular” da área de cobertura original para outra e provavelmente, se não hoje, no futuro, poderá usar até um avião radar (“AWACS”) para vetorar o míssil e designar alvos abaixo do horizonte radar.

  7. A letalidade do S-400 pode ser resumida nos seguintes pontos.
    1- grande alcance e grande velocidade do míssil, reduzindo a possibilidade de um alvo escapar se evadindo além da zona letal
    2- grande mobilidade de todo o sistema (todo ele é sobre rodas e autopropulsado)
    3- proteção tipo “naval”, onde se adota um conceito de “camadas”, usando tanto proteção passiva (soft kill), quanto ativa (hard kill)
    4- Consciência situacional aumentada pelo conceito de NWC usando data-link para conectar as várias baterias, o que aumenta o alcance do sistema mesmo contra alvos voando abaixo do horizonte radar de uma bateria isolada.
    5- Uso de radares variados (inclusive de baixa frequência) para as mais diversas situações (diferente do Patriot que adota apenas 1 tipo de radar), o que garante maior flexibilidade ao sistema.

    Já as partes negativas são: muito pesado, o que dificulta a mobilidade estratégica, muito complexo (exige grande contingente de pessoal), muito caro de adquirir, muito caro de manter, etc.
    Ou seja, é excelente pra que acha que vai precisar de verdade, dentro de um cenário realístico, ou usando de fato ou servindo como dissuasor.
    Pra nós, acho muita areia pro nosso caminhão por hora.

  8. Era ISSO!!! O que o Brasil tinha que comprar as centenas ou milhares, a ainda tentar produzir aqui!! Apenas 25 sistemas desses fazem mais por nossa defesa do que o “opalão” porta-aviões São Paulo!

  9. Sem comentários, morrendo de inveja, Russia parabéns seu povo esta acima do compromentimento com as forças militares agora nós não podemos dizer o mesmo, infeliz é o governo daquele que não sela pelos seus bens, pátrimonios, cultura, história, etc. so sela por si mesmo o resto fica a merce dos idealistas é aventureiros que virão muito em brever pegar essas riquesas porque o dono não ta nem ai so pensa nele é no momento mais o futuro esta incerto é desprotegido é isso que vejo do nosso Brasil, mesmo vendo o desempenho de outras forças militares mesmo querendo construir armas de dissuação outra gananciosos não tão nem ae querem porque querem mais recursos é matérias primas, é o proximo alvo é o nosso petróleo é as riquesas da Amazônia, infelizmente nossos investimentos não condizem com o tamanho é as riquesas desse país por isso sera tomando por forças estrangeiras que vêem nosso pais como uma grande potência que nas mãos certas poderar trazer um grande equilibrio é poder dissuásorio como nenhum outra não, prova inrrefutável temos oque nenhum outro pais tem, Nióbio matéria nescessaria para construção de foguetes é turbinas a jato como também uma super liga condutora de eletricidade é fator descisivo na construção do programa militar de engenharia da Itália é Reatores movido a Fissão nuclear nuncas antes testadas sem a participação do Brasil ou fornecimento dessas matérias não poderam da inicio há esses grandes projetos, nossos minérios são fatores vitais para nosso desenvolvimento é segurança nosso dinheiros agora investido em FIFA, vai nos trazer grandes prejuisos futuros, com esses investimentos dava para se costruir uma Dubhai aqui para se ter idéia mais naum vão construir uma porcaria de 12 estadios, vamos perda casas, moradias, escolas, hospitais so por causa de uma temporada de futebol é o déficit público vai passar das casas dos trilhões quero saber se as autoridades sabem disso é se ja informaram a população.

  10. Os sistemas antiaéreos russos sempre deram trabalho nas guerras árabe-israelenses e no Vietnã. Imagino um sistema completo em estado de arte com S400 + TORm1 + Pantsir + canhões antiáereos + Igla’s portáteis… seria um pesadelo pra qualquer força tarefa de supressão de defesas.

  11. Bosco, sou um entusiasta em matéria de tecnologia militar, no entanto, pouco entendo… rsrs… Então, tenho algumas dúvidas sobre essa questão do alcance. Muito se falou sobre os radares “anti-furtivo” ou “anti-stealth” russos (sei lá se isso realmente existe), e que os mesmos, foram usados no recente episódio iraniano na detecção do UAV americano. Sendo assim, se tal sistema/radar realmente existe, ele poderia aumentar o alcance contra aeronaves de 4 + geração como o Rafale ou Eurofighter, ou até mesmo contra 5ª geração como F-35 ou F-22, supondo que o RCS do UAV capturado seja menor ou igual dessas aeronaves furtivas (levando em conta q nem imagino qual seria o RCS dessas aeronaves/UAV… rsrsr…), pois é uma aeronave com desenho de baixo RCS, q deve usar materiais de absorção em sua estrutura e é menor q os F-35 e F-22? Como lhe disse, pouco entendo do assunto, pois a metodologia que estou usando é do “olhometro”… rsrrs…. Abraço!

  12. Tupi-guarani,
    Suas conclusões são corretíssimas. O uso de melhores e mais potentes radares e o uso de radares “anti-stealth” melhora sim o alcance de detecção de aeronaves semi-furtivas (como o Rafale), furtivas (F-22, etc,), pequenos UAVs, mísseis cruise, veículos de reentrada de mísseis balísticos, mísseis antirradiação, bombas planadoras guiadas, etc, no entanto, minha observação continua válida. Independente do radar usado, sempre a aeronave de RCS mais alto será detectada primeiro,num alcance maior.
    O fato do sistema alegar que consegue interceptar aeronaves a 400 km (sendo este o alcance nominal do míssil de maior alcance do sistema S-400) nos faz crer que os radares de vigilância conseguem detectar aeronaves em alcances substancialmente maior que isso, ou seja, algo como 600 km informado no texto.
    Numa escala descendente eu diria que primeiro, mais distante, seriam detectados os grandes aviões de transporte, Awacs, etc, depois os caças convencionais, depois os grandes UAVs (tipo o Global Hawk), os caças semi-furtivos (4ªG+) depois os mísseis cruise, veículos de reentrada, etc, por último seriam os bombardeiros, caças e mísseis que incorporam a tecnologia furtiva na sua plenitude.
    Como disse antes há também variáveis relativas à altitude da aeronave.
    Nesse ponto o S-400 é superior ao sistema Patriot por contar opcionalmente com radares em grandes mastros, que embora dificultem a mobilidade do sistema, aumenta o horizonte radar e melhora inclusive a capacidade do sistema em interceptar aeronaves voando em baixa altitude.
    Só de curiosidade, pelo que se vê na internet (site “ausairpower.net”), o S-400 só poderia detectar um F-22 a no máximo uns 50 km de distância (na melhor das hipóteses), mesmo usando radares “anti-stealths”.
    O problema é que o F-22 pode atacar de mais longe usando as SDBs (que teoricamente podem ser interceptadas pelos TOR e pelo míssil orgânico do sistema, o 9M96).rrsrssss

    Um abraço.

  13. Depois de toda a excelente explanação do Bosco só resta dizer que o sistema S-400 é potencializado com sistemas maiores e menores(S-300).Os Russos tem um imenso território para defender e precisa destes sistemas para garantir sua soberania.Por isso acho que deveríamos adquirir alguns de seus brinquedos,como caças ,helis, sistemas anti-aéreos,etc…
    Tenho certeza que em certos requisitos a tecnologia dos EUA e Europeia é superior,porém esses são mais refratários para a TT.

  14. Ia perguntar, mas o bosco já respondeu aahahah

    Só um adendo, guepard e tor, seria uma boa dupla racional por aqui, pois os guepards estão em ótimo estado e revisados a lá leo a5 e dariam cobertura para os blindados que não tem nenhuma (1 heli faria a festa) e o tor daria proteção a instalações.
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    ps: Eu me referi ao tor, mas meu preferido é o Spyder, seria mais racional vê-lo por aqui que o tor, devido ao fato da boa relação dessa area com os israelenses e no caso do guepard com os alemães.

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