GAO de olho nos Destroyers classe Arleigh Burke III

Após quase uma década e US $ 10 bilhões em  estudos e desenvolvimento dos Destroyers da classe Zumwalt, a US NAvy, a Marinha dos EUA, deu uma guinada tomando novos rumos em direção da reabertura da produção da série de destroyers lança mísseis da classe Arleigh Burke  DDG 51, mais especificamente a produção da nova série baseada na Flight III.

Segundo informações da DEFPRO, os requisitos foram revistos pela Government Accountability Office (GAO), que levou em consideração 3 quesitos importantes:

(1) Avaliação de como a Marinha determinaria a plataforma mais adequada para atender aos requisitos do novo navio de superfície.

(2) Indentificação e analise das diferenças de concepção, custos e cronograma de entrega dos navios em comparação com com conceitos anteriores, e

(3) Avaliação e viabilidade dos planos da Marinha para o amadurecimento e integração de novas tecnologias e capacidades. A GAO analisou a documentação da Marinha e do contratante e entrevistou a Marinha, os construtores e até mesmo os funcionários.

Nem tudo são flores segundo a  GAO

A GAO está fazendo várias recomendações ao secretário de Defesa, incluindo exigências para que a Marinha realize análises aprofundadas de alternativas para o seu futuro programa de navio  superfície, bem como, realize testes operacionais realistas do recurso integrado de defesa contra mísseis no âmbito da atualização dos  DDG 51.

A Marinha avaliou no seu Estudo  Radar / Hull 2009 como base para selecionar o DDG 51 ao invés do DDG 1000, escolhendo oFlight III como as futuras plataformas operadoras do sistema de Radares de contra Mísseis (AMDR),  uma decisão que pode resultar em uma aquisição de até 43 destroyers a um custo de até US $ 80 bilhões ao longo das décadas seguintes.

Porém a GAO contesta este estudo em certos pontos, chegando a afirmar e propor modificações e alegando que os estudos da Marinha dos Estados Unidos são insuficientes e incapazes de fornecer uma base significativa de dados para a análise e decisão desta magnitude.

Segundo a GAO, este estudo:

• Centra-se na avliação da capacidade dos radares, mas não avalia totalmente as capacidades dos diferentes sistemas de bordo bem como das  opções que poderiam ser consideradas,
• Não inclui uma análise de trade-off completa que compare os custos e benefícios relativos das diferentes soluções em causa, ou ainda, que fique claro que os estudos sejam realmente capazes de fornecer uma visão robusta de todas as alternativas de custos e
• Assume um ambiente de ameaça, reduzindo significativamente as possibilidades de outros cenários possíveis. Segundo a GAO, esta posição permitiu que o desempenho do radar fosse avaliado como sendo mais eficaz do que pode ser realmente ser contra ameaças mais sofisticadas.

As programações planejadas pela Marinha para  a produção dos DDG 51  são comparáveis ​​com o desempenho dos anvios mais antigos, e as autoridades estão cientes que as mudanças mecânicas e do casco são modestas. Entretanto, os novos DDG 51 custarão bem mais que os das versões anteriores.

Uma grande atualização no software do sistema de combate também traz diversos desafios que poderiam afetar os navios, em parte devido a um componente-chave dessa atualização que já enfrentou atrasos.

Atrasos que podem adiar a entrega do primeiro navio, e também pode comprometer o plano da Marinha para instalar e testar a atualização nos  DDG  51 das primeiras séries.

Além disso, a Marinha não tem planos para testar completamente as novas capacidades até a certificação dos navios prontos para o combate, não estão planejados  testes operacionais realistas, necessários para demonstrar plenamente o desempenho dos sistemas de defesa anti  mísseis balísticos.

A Marinha enfrenta significativos riscos técnicos com o seu novo DDG 51 III, sendo que o atual nível de supervisão pode não ter fornecido dados suficientes, incorrendo em muitos riscos. A Marinha está a seguir uma abordagem de mitigação razoável de risco para o desenvolvimento AMDR, mas considera que o desenvolvimento e integração do sistema vai ser tecnicamente desafiador.

Segundo a análise da GAO,  o casco dos DDG 51  como plataformas para o  AMDR requer redesenho significativo e reduz a capacidade desses navios, os quais seriam inadequados e incapazes de acomodar os futuros sistemas. Esta decisão reduz o tamanho do radar para um modelo considerado limitado  e incapaz de atender capacidades desejadas pela Marinha.

A Marinha pode ter subestimado o custo do Flight III e seu plano para incluir o navio como plataforma principal em um contrato de vários anos. A GAO alerta que há pouco conhecimento sobre a configuração e o desenho do navio, o que cria um risco potencial de custo.

Finalmente, o nível atual de supervisão não pode ser compatível com um programa deste tamanho, o custo e o risco podem resultar em menos informação  disponível para os tomadores de decisão.

Com Informações da DEFPRO

23 Comentários

  1. Hoje visitei a Barroso e a Greenhalgh em Itajai-SC, vi um seaskua e um mk-46. Um tripulante me disse que a barroso está capacitada a se defender de qualquer missil seja a tecnologia que for… fiquei triste por saber que nem o tripulante sabe ou não aceita a realidade.

  2. E.M.PINTO eu prefiro não ter, pois são varios miceis atomicos chineses, russos,coreanos do norte,irã e sabe-se lá o que mais é muito inimigo apontando suas armas em direção a america do norte,não desvejo para nos toda essa confusão por isso preferia o bRASIL longe da ONU,que não resolve nada e só complica ,eu pessoalmente não sabia que tinha uma guerra de 30 anos no marrocos e que enclusive a soldados brasileiros lá,e os caras ainda não resolveram,assisti a reportagem na tv globo e muita gente deve ter assistido,que vergonha para a onu,é muita balela papo furado mentiras.´´

  3. DESCULPE MINHA IGNORÂNCIA, MAIS QUAL O PODER DE DESTRUIÇAO DESTES MISSEIS?

    – EXISTE ALGUMA ESPECIFICAÇÕES QUE POSSA SER VISTO POR CIVIS?, SITE,MANUAL??

    – E SÓ CURIOSIDADE!

  4. O Problema está na integração do Radar e na nova função de combate a mísseis balísticos, o plano é ambicioso, pois criaria um escudo de defesa semelhante ao proposto na europa só que feito a partir de plataformas móveis nos mares.
    A comunicação por satélites será prioritária para que haja a integração e pelo que a GAO alega, a redução do radar seria um fator negativo.
    Os Burker andaram tendo problema de rachadura nos cascos e segundo a Northrop Grumman o problema já teria sido resolvido nos últimos navios da série, algo que o DOD contesta.
    Outra questão levantada pelo GAO é o do pouco espaço interno disponível para acomodar os sistemas.
    Porém não vejo dificuldade em se desenolver uma antena reduzida, a miniaturização dos sistemas é um desafio tecnológico que vem sendo vencido.
    O Problema maior está no meu ver com a comunicação por satélite, isto em tese pode ser limitado por poder ser interferido, não digo Haqueado mas interferido. ou na pior das hipóteses, o satélite é tirado de operação.
    Quanto a capacidade dos mísseis, bem ano passado o USS Lake Erie efetuou ocm sucesso o abate d eum satélite sobre o pacífico disparando um par de mísseis RIM-161 Standard Missile III.
    Esta cacapacide de certa forma já foi testada, claro as novas MIRV e sistemas de contra medidas dos ICBM requerem multiplas capacidades dos interceptores pois são compostas de despistadores, iscas e capacidade de manobra, porém alguém tem dúvida de que isto não é um problema para sistema?
    Acho que a principal questão se concentra no radar, na ECM e na capacidade de data link inviolável, mas certamente será resolvido, talvez na forma que o GAO mais contesta, acima de altos custos.
    Sds
    E.M.Pinto

  5. todas as armas que os eua estão inventando e a que eles ja possuem,sera pouco para proteger seu proprio terrioriose eles continuar a entimidar o mundo com sua arogancia,com sua falta de respeito com outros paises,o irã é um exemplo,por não da atenção a eles,e assim começa uma onda de mostrar o dedo aos eua,se eles não tinhão essa mania de bombardear os coitados,eles não precisavam se preocupar tanto.

  6. Guerreiro,
    Se você se refere aos mísseis mostrados na foto provavelmente são os Standard SM-2 Block III (A/B).
    Em sendo eles, são mísseis sup-ar com alcance de uns 120 km, Mach 4, pesando uns 700 kg com uma ogiva de fragmentação de uns 65kg ,guiados por radar semi-ativo (e IR no caso do B).

  7. Charles,
    Apesar do otimismo exagerado do tripulante da Barroso ele não está de todo enganado já que a defesa contra mísseis antinavios não depende unicamente dos sistemas “hard kill”, ou seja, de canhões e mísseis anti-mísseis.
    A Barroso e a Greenhalgh são dotados de radares que podem detectar mísseis sea-skimming e de sistemas de detecção passiva de emissões de radar que podem dar alerta em tempo hábil da aproximação das ameaças. Também possuem um sistema de comando e controle que permite que logo que a ameaça seja detectada se dê o lançamento de despistadores (chaffs e flares) em tempo hábil de modo a fazer com que o míssil não atinja o navio.
    Ainda tem o canhão Trinity de 40 mm guiado por radar e dotado de munição com espoleta de proximidade como um recurso para destruir o míssil atacante.

  8. Ah!
    E antes que me esqueça, a Greenhalgh é dotado de mísseis Sea Wolf, até hoje um dos melhores mísseis de defesa de ponto/antimíssil que existe.

  9. O galho é gastar essa fortuna, em um sistema que pode ser terrestre e móvel, e que nenhum Submarino poderia afundar. hehehehe

  10. Ué, eu ñ sabia que a nossa fragata Greenhalgh voltou à ativa? Ela ñ tinha sido canabalizada?

    É uma das melhores Fragatas que nós temos!

  11. Observem o papo da baleia Cachalote…a balei mergulha em altas profundesas e mesmo com enorme tamanho, nada rápido. Com certeza um casco de navio apropriado ganharia uns 25% de velocidade…como é o caso dos aviões que copiam a ponta da asa do passaro Condor e com isso economizam 20% de combustível… Ta dada a dica… Vou entrar para clube do Dandolo: tem muito esperto com canudo que não sabe de nada. Enquanto isso o centro de engenharia da marinha fez uma lancha para o lago de Itaipu = velocidade 60 km/h, faz me rir, até Jetski ganha.

  12. e o Brasil vai de Fragatas e corvetas!
    pelo AMOR DE DEUS!!
    que escoltas nós temos hein!
    mas é o que se pode fazer com o orçamento que tem né!
    agora que eu insito:
    a MB não possui meios de realizar uma força tarefa, pois como realizará sem submarinos nucleares, cruzadores e destróyers? submarinos costeiros como os tupy e tikuna! ha, fala sério!

  13. AH não, estou confundindo. A F-47 Dodsworth que foi para a reserva em 2004 por falta de verba. É muita ingenuidade do nosso governo, com um país com uma costa litorânea de mais de 7000 Km de extensão mais a amazônia azul,segurar recursos para manter a capacidade operacional da Marinha brasileira.
    Bom seria se nós conseguíssemos pelo menos uns 2 destroyers da classe Burke,aumentaria em muito a capacidade de combate da MB.

  14. Bosco, por que uns estão sendo lançados da pro e outros da popa?

    São belonaves de modelos diferentes ou mísseis diferentes?

  15. Fábio, não sou o Bosco mas posso responder a sua pergunta.
    O Arleigh Burke tem 29 lançadores na proa e mais 61 na popa totalizando assim 90 lançadores do tipo MK-41. Na foto provavelmente estão sendo lançados misseis antiaéreos do tipo SM-2 mas o Mk-41 pode também estar carregado com misseis Tomahawk e misseis de defesa de ponto.
    Seal, na verdade o Arleigh Burke já foi oferecido ao Brasil mas um navio desse porte é caríssimo de se adquirir e manter por isso não foi adotado pela nossa marinha. Mas agora a Navantia vem oferecendo sua fragata F-100, que é a mais poderosa do mundo, que também conta com sistema AEGIS e 48 lançadores MK-41, equipadas também com o SM-2.

  16. Realmente se começar uma guerra os primeiros a serem abatidos sera os satelites,pois russia,china,e eua ja testaram suas capacidades com susseso,ai tem que se preparar para uma gyerra sem os satelites,ai o bicho pega.

  17. dhou
    Foi bem apontado o seu comentário, acho que não se pode por todas as soluções em satélites.
    Assim depois que a guerra com capacidades de abater satélites começar muita coisa vai ficar inoperante.

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