Defesa dos EUA anuncia que cortará cerca de 100 mil soldados

Leon Panetta disse que novo plano desloca a atenção do Pentágono das guerras do Iraque e Afeganistão para Ásia e ciberespaço.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, anunciou nesta quinta-feira que o Exército americano será “menor e mais enxuto”, com cerca de 100 mil soldados a menos em cinco anos.

Leia também: Obama anuncia Exército mais enxuto e barato, com ênfase na Ásia

Foto: AP

Secretário de Defesa Leon Panetta e o presidente do Estado-Maior Conjunto Martin E. Dempsey concedem coletiva

O pedido de financiamento, que inclui cortes dolorosos em muitos Estados, monta o palco de uma nova luta entre o governo do presidente Barack Obama e o Congresso sobre quanto o Pentágono deve gastar na segurança nacional, enquanto o país tentar conter déficits orçamentários de um trilhão de dólares.

“Não se enganem, as economias que estamos propondo vão impactar todos os 50 Estados e muitos distritos em toda a América”, disse Panetta em uma conferência de imprensa no Pentágono. “Esse será um teste sobre se reduzir o déficit é só conversa ou ação”.

Panetta disse que buscaria US$ 88,4 bilhões de dólares para apoiar as operações de combate no Afeganistão, menos que os US$ 115 bilhões em 2012, em grande parte devido ao fim da guerra no Iraque e à retirada das forças norte-americanas no final do ano passado.

O orçamento começa a concretizar uma nova estratégia militar anunciada pelo Pentágono no início desse mês que pede uma mudança de foco, das guerras terrestres da década passada para os esforços para preservar a estabilidade na região da Ásia-Pacífico e no Oriente Médio.

Isso adiaria a compra de armas como o avião de guerra F-35 Joint Strike da Lockheed Martin’s, o maior programa de aquisição do Pentágono, além de submarinos, navios de assalto anfíbios e outras embarcações.

Os aumentos salariais dos militares começariam a diminuir depois de mais de dois anos de crescimento, e aumentariam as taxas para benefícios do sistema de saúde para militares aposentados, para os que serviram por mais de 20 anos.

Mais equipes de forças especiais, como o Seals que matou Osama Bin Laden, seriam utilizadas ao redor do mundo, acrescentou Panneta. “Nossa abordagem foi usar isso como uma oportunidade de manter forte o Exército no mundo, para não esvaziar a força”, informou Panetta em comunicado, que logo foi rebatido por rivais republicanos no Congresso.

“Levar a nossa estrutura militar de volta para antes do 11 de Setembro coloca nosso país em grave perigo”, disse o senador John Cornyn, um republicano e membro do Comitê de Serviços Armados do Senado.

Panetta anunciou que o governo vai solicitar um orçamento para 2013 de US$ 525 bilhões, além dos outros US$ 88 bilhões para operações no Afeganistão, Combinados, esses totais são cerca de US$ 33 bilhões a menos do que o Pentágono está gastando esse ano.

O secretário disse, no entanto, que o orçamento base do Pentágono vai chegar a US$ 567 bilhões em 2017. Nessa ocasião, os orçamentos acumulados de cinco anos serão US$ 259 bilhões a menos do que havia sido planejado antes do governo ter fechado um acordo de corte de déficit com o Congresso ano passado que exige uma redução de US$ 487 bilhões até 2022.

Entre os detalhes, Panetta destacou:

O Exército cortará 80 mil soldados, dos 570 mil de hoje para 490 mil em 2017. Esse número é ligeiramente maior do que o Exército antes do 11 de Setembro;
O Corpo de Fuzileiros Navais sofrerá uma redução de 202 mil para 182 mil – também acima do nível de antes do 11 de Setembro;
A Força Aérea irá aposentar alguns aviões mais antigos, incluindo cerca de 20 aviões de carga C-5A e 65 dos C-130 e
A Marinha manterá a frota de 11 porta-aviões mas aposentará sete cruzeiros antes do planejado e adiará a compra de alguns navios

O presidente Barack Obama vai pedir que o Congresso aprove uma o fechamento de algumas bases domésticas, embora o prazo para que isso aconteça não tenha ficado claro.

Ao anunciar os planos de reestruturação militar, Panetta afirmou que os EUA iriam manter a habilidade de derrotar “qualquer inimigo em terra” e reforçar as forças especiais.

O plano de gastos da defesa está programado para ser submetido ao Congresso como parte do orçamento total do governo em 13 de fevereiro. A ideia de Obama é uma nova atenção voltada para a Ásia, onde a rápida modernização militar da China tem preocupado os EUA e seus aliados.

Com AP e Reuters

Fonte: Último segundo

11 Comentários

  1. Eu não preferia o SH mas, MAS, se o Brasil comprasse os SH e desenvolvesse aqui o Green Hornet estaria satisfeito com a patenta das turbinas ser brazuca. Imaginem o pacote acrescido de células de F-18 modernizadas para o padrão Green Hornet? 36 novos para a FAB, 24 novos para a MB e mais uma penca de F-18 à preço de banana. Preferia trocar os ST pot c-17s mas se os galochões vão para a faca, tô aceitando o pacotaço. Vamos usar as verbas de ToT para desenvolver as nossas novas tecnologias. Que a verba vá para o ITA.

  2. “Levar a nossa estrutura militar de volta para antes do 11 de Setembro coloca nosso país em grave perigo”, disse o senador John Cornyn, um republicano e membro do Comitê de Serviços Armados do Senado. O Perigo pros EUA são vcs mesmos o pior é que o povo americano acredita coitado deles

  3. Correção:“Levar a nossa estrutura militar de volta para antes do 11 de Setembro coloca nosso país em grave perigo”, disse o senador John Cornyn, um republicano e membro do Comitê de Serviços Armados do Senado. O perigo pros EUA são os cabeças de vento Illuminatis e o AIPAC que mandam e desmandam no governo americano dão subsídios pra Israel usar em defesa e a China,o engraçado é que eu não vi os direitos humanos da ONU liderada pelo o sul coreano Ban-Ki-Moon protestar contra as agreções do movimento Ocupe Wall Street será porque os EUA prestam assistência militar a CS?

    ILLUMINATI: HEAD WINDS

  4. os caras tem um PIB de 14 trilhões de dolares, o dobro do segundo colocado china 7 blnões, mas tem uma divida publica de exatamente tambem 14 trilhões, e um deficit anual de metade do que arrecadam, ai fica dificil, em pensar que o bush recebeu o governo do clintom tudo no azul,e devolvel uma bos..

    tenho amigos que moram em boston, e me relatam que e um pais otimo de viver, mas tudo e na base do dinheiro mesmo, são capitalistas ao extremo, se voce tiver um treco, um mal subto, e não tiver um bom plano de saude, o serviço publico la faz o nosso sus parecer o paraiso ( fiquei pasmo tambem), palavras de uma grande amiga que mora la há tres anos.


    o que pode salvar os eua, e que eles tem um parque industrial gigantesco, e as regras de estado são bastante eficientes e ageis para quem quer emprender, fora que o sistema educacional deles e fantastico, estão sempre na vanguarda da inovação tecnologica, mas eles precisam parar de praticar politicas com fins intervencionistas, e ficarem torrando dinheiro em guerras inuteis mundo afora, precisam primeiro cuidar da propia casa antes de quererem arrogantemente ser “a policia do mundo”

  5. MAIS MERCENÁRIOS À VISTA
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    O problema é que esse contingente na ociosidade irá prestar serviços para máfia americana(os traficantes);basta vê o que aconteceu com as forças armadas da antiga URSS;o grosso dos desocupados viraram mafiosos(criminosos).
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    Ou então,o governo dos EUA criaram mais empresas privadas para recolocarem este contingentes em países “amigos” e ajudar os seus “súditos” como fora com o canastrão do Uribe,dando-lhes “consultória em segurança”.

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