Por Daniela Chiaretti | De São Paulo
O Brasil é dono do laboratório científico latino-americano mais ao sul do planeta. O módulo Criosfera foi instalado no interior da Antártica e está transmitindo diariamente dados para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos, no interior de São Paulo. O primeiro resultado já tem impacto: o Brasil agora tem uma medida independente de CO2 na Antártica.
Os dados enviados pelos equipamentos instalados no Criosfera confirmam medidas feitas pelos Estados Unidos no continente e também no Havaí: 386 ppm (partes por milhão) de CO2. “Isso confirma os 40% de aumento na concentração do gás desde a Revolução Industrial”, diz o glaciologista Jefferson Simões, do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e líder da expedição. Nesse ritmo, acredita-se que 400 ppm de CO2 serão atingidos em quatro ou cinco anos. Chegar a 500 ppm pode significar um aumento de 3º C na temperatura da Terra até meados deste século.
“É importante ter uma medida dessas em um lugar tão isolado, porque não se tem nenhuma interferência local no dado”, explica Simões. “Ali não há indústrias nem veículos ou geradores a diesel.” O Criosfera funciona com painéis solares no verão antártico e tem energia produzida por quatro turbinas eólicas no inverno.
O laboratório possui bombas de sucção que filtram o ar e coletam aerossóis. “Vamos coletar o carbono negro”, diz. Trata-se da parte negra da fuligem produzida na queima de combustíveis fósseis e nas queimadas. “Em um ano vamos saber quanto chega ao interior da Antártica”, diz Simões. A ideia é ver o impacto das queimadas do Brasil no continente gelado.
Os pesquisadores brasileiros da Expedição Criosfera retornaram ontem ao Brasil depois de passarem 45 dias na Antártica. Outra pesquisa realizada foi perfurar o gelo ao longo de cem metros de profundidade e retirar um cilindro (conhecido por “testemunho”), que pode indicar a variação do clima e da química da atmosfera na Antártica nos últimos 300 anos.
“O Brasil tem agora na Antártica uma base de pesquisa avançada, uma porta de abertura para expandir o Programa Antártico no continente”, afirma Simões. O investimento na expedição foi de R$ 2 milhões, sendo 80% na logística da operação, conta Simões, indicado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação como o delegado brasileiro no Comitê Científico Internacional Sobre Pesquisa Antártica.
Muito bom!
Disso pra mais, parabéns Brasil!
Parabéns aos Brasil e a nós brasileiros que tomamos outro rumo desde 2003.
Aqui tem cabeça inteligentes,só não pode deixar de invertir nelas ,si não se vai fora do pais.
Boas noticias. O Brasil é um dos poucos países a dominar pesquisas importantes na antártica
É sim… desde 2003 o povo brasileiro decidiu mudar… decidiu ter identidade propria….. ainda tem alguns resquicios…mas estes são minoria q apodrecem a cada dia
Essa notícia me deixou orgulhoso.
fantastico, com as mudanças crimaticas ameaçando nossa existencia, mais do que qualquer guerra nuclear, e uma area que e sempre bom estar na vanguarda.
Tem dó né gente, o Brasil tem pesquisas nas Antártica deste 1982,com o nosso Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), com excelentes resultados e tem gente que fica fazendo campanha partidária. Esse espetacular projeto brasileiríssimo vem provando da capacidade do brasileiro muito antes de 2003, então parem que fazer campanha (ou vão fazer em um outro momento), e vamos só elogiar o projeto em si.
é por isso quer somos e quer somos meias palavras basta
São grandes, as conquistas brasileiras de 2003 pra cá!! Na verdade, o que faltava era compromisso com resultados expressivos. Claro que vários projetos, inclusive este, já existia desde antes! O que faltava era o compromisso com resultados altamente expressivos, ou seja, não se investia o suficiente, para alcançar os resultados que hoje são realidades bem claras.
Primeira Transmissao: Ta frio pra cachorro aqui. Obrigado. End Transmission.
Rafael acabou de ganhar o premio bola murcha da semana… só dá fora… esse merece levar um gelo… uma passagem só de ida para a antartica… rsrsrsrsr…
Boa Brasil!!!!! Vamos fazer cada vez mais.
To lista dos contentes hoje. Avante Brasil: com Educação, Cultura e Tecnologia ninguém segura este país.
Demoraram “300” anos pra sair da borda e entrar no continente antartico, mas já é um começo, mesmo que seja um módulo móvel….
o pesquisador deve ter o corpo do seu madruga com essa roupa anti-frio fica com o tamanho do seu bariga kkkk,serio agora parabêns ao Brasil por mais uma vez ser inovador no campo cientifico