Brasil apoia renovação da defesa surinamesa

 

Fotos: Felipe Barra
Ministério da Defesa
Assessoria de Comunicação Social

Os ministros da Defesa do Brasil, Celso Amorim, e do Suriname, Lamure Latour, acertaram uma maior cooperação entre os dois países na área militar, no combate ao crime transnacional e na área de capacitação profissional. Durante o encontro, ambos manifestaram o desejo de ampliar os laços existentes, estabelecidos desde 1982.

Ao final do encontro, o ministro Celso Amorim ressaltou sua crença numa ordem multipolar e acrescentou que espera ter no Suriname um de seus amigos mais importantes. O ministro Lamure Latour, por sua vez, destacou a importância brasileira no processo de formação da Força de Defesa do Suriname e no desenvolvimento econômico do país vizinho.

Reequipamento

O Suriname passa por um momento de reestruturação de seu componente militar. O ministro manifestou interesse em aviões de ataque leve e navios-patrulha entre 200 e 500 toneladas. Ontem (23/01) a comitiva visitou as instalações da Embraer em São José dos Campos (SP).

“Ficamos muito impressionados com o Super-Tucano e a capacitação brasileira no setor aeroespacial, reconhecida internacionalmente”, disse o ministro Lamure Latour durante a reunião de trabalho das duas delegações.

Segundo o ministro surinamês, seu país está interessado em produtos da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron). Além de navios-patrulha, haveria interesse em lanchas leves. Também foi colocada a necessidade de renovação da frota de viaturas leves e de caminhões.

O ministro Celso Amorim solicitou ao secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Murilo Barboza, que avalie, junto às autoridades competentes, a possibilidade de abertura de linhas de crédito para suprir as demandas do Suriname.

Modernização

Durante a década de 1980, o Suriname adquiriu uma frota de veículos blindados de reconhecimento, Cascavel, e de transporte, Urutu, fabricados pela Engesa, empresa que teve sua falência decretada pela Justiça na década de 1990. “Esses veículos precisam ser modernizados de maneira a voltarem para a ativa”, afirmou o ministro Latour.

Em resposta, Celso Amorim afirmou que vai estudar a possibilidade de obter recursos financeiros, componentes e mão de obra para viabilizar o trabalho. O Brasil já desenvolve esforço semelhante para manter sua frota de blindados fabricada pela Engesa.

O ministro brasileiro também examinaria, junto à Agência Brasileira de Cooperação, organismo ligado ao Ministério das Relações Exteriores, a possibilidade de apoio para a construção da nova sede do Colégio Nacional de Defesa do Suriname em Paramaribo.

“Estamos dispostos a colaborar no que depende de nós: pessoal para treinamento e instrução”, ressaltou.

Por último, ficou acertada também a ampliação do intercâmbio existente entre os centros de preparação militar dos dois países com maior troca de experiência e participação de alunos. O ministro Amorim destacou a excelência do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) e declarou-se satisfeito com a grande presença de militares surinameses nas escolas militares brasileiras.

Proteção da Amazônia

A delegação surinamesa solicitou acesso aos dados do satélite sino-brasileiro CBERS, de sensoriamento remoto. Também mostrou interesse em estabelecer um mecanismo de troca de informações obtidas pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). Destacou que, por injunções econômicas, ainda não pode montar uma rede de radar de vigilância aérea, mas que considera o projeto indispensável para combater ilícitos transnacionais.

O ministro Latour colocou a possibilidade de realização de exercícios conjuntos dos dois países na área de fronteira e solicitou apoio brasileiro para a construção de uma pista de pouso no sul do Suriname de maneira a ampliar a presença do Estado na região.

Comitivas

A comitiva surinamesa chegou às 10h40 de hoje. Depois de receber as honras militares, o ministro Latour cumprimentou seu colega brasileiro. As delegações se reuniram durante uma hora no oitavo andar do Ministério da Defesa. O encontro reuniu a cúpula militar dos dois países.

Participaram do lado brasileiro o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general-de-exército José Carlos de Nardi; os comandantes da Marinha, almirante-de-esquadra Júlio de Moura Neto; do Exército, general-de-exército Enzo Martins Peri; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Juniti Saito; e dos secretários de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Murilo Barboza; de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais, tenente-brigadeiro Marco Aurélio Gonçalves Mendes, e de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia, almirante de esquadra Gilberto Max Roffé Hirschfeld.

Integraram a delegação surinamesa, além do ministro, o diretor de Defesa, John Ashong; o chefe do Estado Maior da Força de Defesa, Ronni Benschop; o diretor do Departamento de Defesa, Planejamento Estratégico e Educação, tenente-coronel Johnny Antonius, e o chefe de Planejamento e Recursos Humanos, tenente-coronel Mitchel Labadie.

Fonte: Ministério da Dafesa

15 Comentários

  1. Que lindo pais. Estive varias vezes no Suriname em 1982 e 1983 trabalhando em perfuracao de petroleo.Sou geologo. A unica inconvenienca e a localizacao do aeroporto; 45 km de Paramaribo, e a briga era grande na chegada pra pegar um taxi. Muito boa cerveja; Parbo Beer.

  2. Serão bons negócios sim, mas além infelizmente os veremos nos ultrapassando como a Venezuela fez em defesa…
    Oque devia-se fazer é doar esses tankes mais antigos, os americanos e os Leo.1A1 passando pra frente como diplomacia e adquirir Leo.2A4…

  3. O negocio é correr lá e faser a pista,antes que outro faça,ei celsinho não esqueça que tambem estamos presisando se armar ve se apoia o BRASIL tambem CASA DE FERREIRO ESPETO DE PAU.

  4. Pra que desespero.Eles sempre dependeram de nós.Durante o Gov.FHC nossa inteligencia interceptou a intenção de Hugo Chavez invadir e anexar o Suriname.Numa solenidade na Amazonia quando na inauguração do primeiro modulo do SIPAM FHC chamou-lhe a parte e deu-lhe um esporro que ele foi embora com o rabo entre as pernas.Durante um tempo nossa Marinha patrulhou aguas Surinamesas.Hoje com os tres modulos ativos monitoramos o espaço aereo ate de boa parte do Caribe,parte do Atlantico Sul ate o sul da Bahia,ate o Mato Grosso e todas as nações Latinas da altura do Mato Grosso pra cima inclusive suas costas no Pacifico.Embreve essa monitoração se dara tambem nos meios de comunicações incluindo internet e telefonia movel.Sorria voce esta sendo monitorado pelo lider regional ou faça o jogo ou fique na zona cega.O Suriname é o mais pobre pais da America do Sul que sempre dependeu de nossas doações e ajudas.São nossos amigos,um povo sincero que sempre reconheceu o que fazemos por eles.Suriname e Haiti merecem tudo o que podermos fazer por eles.

  5. Mudando para outro país. A Guiana Francesa pertence a França. Sabiam disso ?

    A Guiana Francesa (em francês Guyane française, oficialmente apenas Guyane) é um departamento ultramarino da França (département d’outre-mer, em francês) na costa atlântica da América do Sul (e, como tal, é o principal território da União Europeia no continente). Ocupa uma superfície de 86 504 km²

  6. Produto Interno Bruto (PIB): $4.711 bilhões (2010 estimado.
    População: 524.636 habitantes – em 2010.
    Com grande potencial para investimentos na area de mineração – bauxita – ouro – manganês, carencia de infraestrutua – hidroeletricas…
    Estamos longe de estar aproveitando a oportunidade de ainda não ter sido descorberto pela China.

  7. gostaria de lembrar que nos ultimos anos quem mais ajudou o suriname foi a china.
    com doação de equipamentos militares, uniformes, construção de estradas, e até uma vila residencial.
    melhor o brasil se cuidar já to vendo que logo logo a china tera uma base militar avançada bem pertinho da amazonia brasileira e como ‘a ocasião faz o ladrão’.
    bem é como dizen o seguro morreu de velho.

  8. Eu fico pensando, o Brasil ajuda tanto esses tipos de países, então, porquê não construir uma base militar brasileira lá? Assim como os Eua fazem. Construindo uma base militar lá, pelo menos protegeriamos de vez o Suriname contra a Venezuela que até hoje o ameaça por causa de um litígio de terras.

  9. Pra que essa ´paranóia de anexar o Suriname ou construimos base militar la,para abrirmos motivos de outros regionais fazerem o mesmo e ainda nos acusarem de imperialistas.Que os Surinameses vendam ate os tonhos aos chineses ou pra quem eles quiserem os tonhos são deles.A Venezuela não é doida de invadir e anexar o Suriname e nem o Suriname permitira instalação nenhuma de base extrangeira la.Eles permitem que nós patrulhemos as aguas e espaço aereo deles e permitem que usemos suas pistas se preciso for.Sempre foram aliados do Brasil e somos a unica nação que pode garantir a integridade do territorio deles.Como tem borra-botas e alarmistas que alardeam terrores heim.Estão se cagando de medo da Venezuela?Estão se cagando de medo da China?Ou se cagam de medo da OTAN rsrs rsrs Quem tem disposição espera o momento que for preciso meter a mão e sacode e não fica com o dedo no gatinho se peidando mirando para tudo o que é lado rsrs Imagino esses cagões diante de um superior invasor.TA PEIDANDO PEDI PRA SAIR E VAI CAÇAR MINHOCA rsrs BANDO DE CAGÕES rsrs

  10. Podem falar mal do Amorim, mas que ele é ativo políticamente nisso não há duvida, e mais eficaz que todo o Itmarati.

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