Malásia opta novamente por navios Franceses: primeiro cliente estrangeiro para os navios Gowind

GOWIND

A empresa Francesa de construção naval DCNS encontrou um primeiro cliente estrangeiro para a sua família de navios multi-missões Gowind. Nesse âmbito serão construídos na Malásia pela empresa local Boustead Naval Shipyard Sdn. Bhd seis corvetas do tipo Gowind Combat para a Marinha Real Malaia (Tentera Laut Diraja Malaysia-TLDM). A construção será feita ao abrigo de uma transferência de tecnologia.

Desconhece-se neste momento o armamento e meios de detecção escolhidos para equipar os navios, mas este pode receber oito mísseis superfície-superfície MBDA Exocet MM40 Block 3 e doze mísseis superfície-ar MBDA VL MICA lançados para partir de um sistema de lançamento vertical, radares de vigilância e de navegação, equipamentos de guerra electrónica, sonares de casco e rebocado, sistemas de observação e de direcção de tiro, um sistema táctico de combate do tipo SETIS (Ship Enhanced Tactical Information System), peças de artilharia de 57mm (BAE Systems Bofors AB 57 Mk3) ou de 76mm (Oto Melara SpA Compact, STRALES ou Super Rapid), armamento ligeiro, estações remotamente controladas, tubos lança-torpedos para o Eurotorp MU 90 Impact e um mastro integrado.

Este tem capacidade para acolher um helicóptero de 10 toneladas, um veículo aéreo remotamente operado e uma lancha rígida de intervenção rápida de 9 metros. Destacam-se ainda a existência de uma ponte panorâmica com sistema de navegação integrado, propulsão do tipo CODAD/CODLAD, um módulo de descontaminação e protecção NBQ e um sistema de gestão da plataforma totalmente integrado. O navio é operado por uma guarnição de 70 elementos, tendo ainda capacidade para acolher até 20 passageiros.

O navio tem um peso de aproximadamente 2400 toneladas, um cumprimentos de 100 metros, uma largura de 15,2 metros, uma velocidade máxima de 28 nós e uma autonomia de 5000 milhas náuticas quando a uma velocidade de 15 nós. A Gowind Combat está capacitada para efectuar um diversificado leque de missões tais como escolta de forças navais, protecção de instalações estratégicas e actuar em operações de luta anti-submarina, anti-superfície e de defesa anti-aérea.

A Marinha Francesa opera desde Outubro 2011 a Gowind “L´Adroit”, um navio de 1400 toneladas cedido pela DCNS por um período de três anos. A gama Gowind inclui ainda os modelos Gowind Presence, Gowind Control e Gowind Action.

O modelo Gowind tem sido proposto a diversos países onde decorrem programas para a aquisição de navios patrulha, incluindo á África do Sul, Brasil, Filipinas e Marrocos. Na Malásia, competiam diversas empresas, incluindo a Navantia com o BAM (Buque de Acción Marítima). A Bulgária esteve perto de adquirir algumas unidades da Gowind Combat mas as dificuldades económicas que o país tem atravessado adiaram essa possibilidade.

A frota de navios de superfície Malaia é principalmente constituída por seis navios de patrulha MEKO 100RMN que formam a Classe Kedah, duas corvetas modernizadas FS 1500 da Classe Kasturi, duas fragatas T2000 da Classe Lekiu, a fragata KD “Hang Tuah”, quatro corvetas da Classe Laksamana, dois navios hidrográficos (KD “Pearl” e KD “Perantau”), 16 embarcações de patrulha costeira, quatro caça-minas da Classe Mahamiru, pelos navios de apoio A1503 KD “Sri Indera Sakti” e A1504 KD “Mahawangsa” e ainda por dois navios de transporte logístico. Recentemente foram contratados dois navios de patrulha e treino NGV Tech Sdn Bhd. Prevê-se que a Malásia adquire a curto prazo um navio de comando e projecção.

Em cooperação com a Espanhola Navantia, a DCNS forneceu dois submarinos do tipo Scorpène à Malásia (KD “Tunku Abdul Rahman” e KD “Tun Abdul Razak” para além de um simulador de navegação contentorizado. No país Asiático foi também criada uma empresa conjunta Boustead DCNS Naval Corporation Sdn Bhd que tem como missão assegurar a manutenção dos submarinos. Foi também fornecido o submarino da Marinha Francesa S623 FS “Ouessant” do tipo Agosta 70 modernizado pela DCNS e operado pela NAVFCO da DCI (Défense Conseil International) na formação das tripulações.

A Malásia tem nos últimos anos adquirido diversos equipamentos militares a empresas Francesas. A TDA Armements SAS forneceu morteiros móveis embarcados 2R2M para veículos blindados ACV-S e fornecerá um novo lote para a versão porta-morteiro da família de blindados 8×8 FNSS Savunma Sistemleri A?/DRB-HICOM Defence Technologies Sdn Bhd (Deftech) AV-8. A Thales Communications & Security fornecerá sistemas de comunicações HF3000  (TRC 3730) e VHF PR4G  (TRC 9310) dos 257 AV-8. Foram também adquiridos doze helicópteros de transporte táctico EC 725 à Eurocopter. Para equipar os dois submarinos foram entregues mísseis anti-navio MBDA Exocet SM 39 Block 2 e torpedos Black Sharck da DCNS e WASS (Whitehead Alenia Sistemi Subacquei SpA). (Victor M.S. Barreira).

Fonte: defesa.com

7 Comentários

  1. A Malásia está saindo da influência de outras potencias bem carnivoras e entrando na de outra um pouco menos agressiva,assim como o BRASIL..estamos fazendo a coisa certa, ou deveriamos andar c n próprias pernas?As compras são bem acertadas, espero q compremos umas e contruamos as outras 27, de preferência Italiana, p ontem. Veremos.sds.

  2. NÃO VEJO o brasil saindo de lugar nenhum,continuamos no dominio,só estamos mais atraentes por causa do pré sal e muitos minerios descobertos inclusive terras raras,para sairmos do dominio teriamos que ter,10 submarinos balisticos com miceis nucleares intercontinentais,15 submarinos nucleares ,85 convencionais,35 fragatas armadas até os dentes 1200 caças estelt de ultima geração,3 porta aviões nuclear com 80 aviões cada 6o corvetas 5 porta helis 6 navios de reabastecimento 20 toneladas 500 mi-35 350 holigator 120 su-34 litoral 300 ogivas com misseis nucleares intercontinentais ja daria para dar um susto ai talvez fossemos donos do bigode,pois com todo o aparato que os russos tem eles ainda querem mandar nos russos,nos chineses os caras gostam de pisar e triturar é só dar mole,e não ter uma boa defesa com um bom ataque.

  3. Carlos, o ideal é sair de todas, mas isso ou você passa decadas e mais decades e milhares de bilhões de dolares em pesquisa pra chegar numa posição de independencia. Ou você pode procurar paises que considere confiaveis e com conhecimento e junto com eles não só adiquirir a tecnologia que você não tem, mas também desenvolver novas. Isso encurta o caminho e reduz o custo.

  4. o IDEAL É SAIR DE TODOS, CONCORDO COM O COMPAHEIRO ACIMA.SÓ ADQUIRE A TECNOLOGIA E VAZA FORA E CONSTROI NOS ESTALEIROS A SUA PRÓPRA FROTA, FAZ A MESMA COIS ACOM OS PORTA AVIÕES É HORA DE SER ESPERTO.

  5. Com a crise deixando os europeus cada vez mais moribundos o Brasil devia jogar pesado e fazer bons negocios,esse navios franceses ajudariam demais na proteção da chamada amazonia azul!

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