Portugal: Estamos muito interessados no projecto

OGMA fabricam peças para novo avião militar e garantem 200 postos de trabalho

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As Oficinas Gerais de Material Aeronáutico em Alverca receberam na última semana uma encomenda de produção de peças para um novo avião militar da brasileira Embraer, que vai dar emprego e gerar negócios com empresas da região.

As Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA) de Alverca do Ribatejo vão precisar de 200 trabalhadores para produzir diversas peças para o novo avião militar da brasileira Embraer, que é dona de parte do capital das oficinas de Alverca. Além da mão-de-obra que a oficina já possui, vão ser contratados trabalhadores a firmas externas do concelho e 30 dos quais serão engenheiros com qualificação superior.

O contrato celebrado na última semana entre as OGMA e a Embraer prevê a industrialização, produção e suporte à construção dos painéis da fuselagem central, lemes de profundidade, carenagens e portas do trem de aterragem do novo KC-390. Um avião militar de carga que pretende concorrer com o norte-americano Hércules C-130, produzido pela Lockheed Martin. Actualmente Portugal tem seis Hércules C-130 ao serviço da Força Aérea, o primeiro dos quais adquirido em Setembro de 1977.

As peças que vão ser construídas na empresa de Alverca, detida em 35 por cento pelo Estado português através da Empordef (Uma holding que gere as participações sociais detidas pelo Estado em sociedades ligadas às actividades de defesa) representam o “núcleo duro” da aeronave. O desenvolvimento estrutural do novo avião terá lugar em Alverca e o teste aos componentes do novo KC-390 será também feito em território nacional. O início da produção terá lugar no segundo semestre de 2012 e o primeiro protótipo ficará concluído em 2013. O primeiro modelo pronto a voar estará na pista em 2014, data apontada pelas OGMA para o voo inaugural.

O KC-390 será um avião para transporte táctico e logístico em cenários de combate ou de missão humanitária. Terá a capacidade de ser reabastecido em pleno voo e surge da necessidade da Força Aérea Brasileira de substituir a sua frota de Hércules C-130. O Embraer KC-390 será movido a jacto e terá capacidade para transportar até 19 toneladas de carga, incluindo veículos de combate.

O avião será o mais pesado construído até hoje pelo fabricante brasileiro. Terá uma envergadura estimada de quase 33,94 metros e um comprimento de 33,43 metros. Para descolar vai precisar de 1 100 metros em missões tácticas, 1 300 metros em estado normal e 1 630 quando carregado. Parte do projecto é financiada pelo Governo, representando um investimento de quase 57 milhões de euros. Daqui a cinco anos o Governo poderá decidir se compra ou não um destes aviões.

“O contrato envolve ainda a participação da OGMA na fase de desenvolvimento, assim como o suporte à Embraer durante a fase de certificação da aeronave. Este acordo significa uma oportunidade única para as OGMA de participar num programa de longo prazo, com um dos maiores fabricantes aeronáuticos no fornecimento de segmentos de alto valor acrescentado”, refere a empresa em comunicado.

Com 90 anos de existência as OGMA constroem peças de diversas aeronaves da Embraer e reparam vários aviões nacionais e estrangeiros, civis e militares. A experiência da empresa é creditada por diferentes fabricantes e autoridades aeronáuticas, como a Rolls-Royce e a Lockheed Martin. As OGMA são uma sociedade detida em 65 por cento pela Airholdings SGPS (Embraer e European Aeronautic Defence and Space Company). Com sede em Alverca emprega actualmente 1530 pessoas.

Tecnológicas da Empordef concorrem para fornecer cargueiro militar da Embraer

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O cargueiro militar da brasileira Embraer terá alguns dos seus componentes produzidos pela OGMA e pela Empresa de Engenharia Aeronáutica.

Cátia Simões

As tecnológicas da Empordef – Edisoft, EID e ETI – fazem parte de um consórcio de empresas portuguesas que está na corrida ao fornecimento de “software” e tecnologia para o KC-390, cargueiro militar da brasileira Embraer, que terá alguns dos seus componentes (nomeadamente a fuselagem central) produzidos pela OGMA e pela Empresa de Engenharia Aeronáutica.

Estamos muito interessados no projecto, onde temos as nossas três empresas em consórcio com outras empresas portuguesas”, explicou Vicente Ferreira, presidente da Empordef, acrescentando que uma das empresas principais a concurso para o fornecimento do avião militar é a Critical Software.

O responsável não quis dizer qual será o investimento, mas assumiu que se espera conseguir financiamento no âmbito do QREN.

Fonte: Força Aérea Brasileira

8 Comentários

  1. Mais sera que o Brasil vai poder vender o KC-390 para o pais que ele quiser??
    As vezes o Brasil parece um cachorro só vai aonde o dono quer!!!!

  2. Uma coisa é eles produzirem peças do KC-390, mas software já é demais, espero que o governo brasileiro corte as assas deles, a menos que o software será diferente para cada país, nesse caso sejam felizes com o software deles.

  3. Só não entendi uma coisa nesse projeto, porque só duas turbinas. Será que eles não planejam uma versão com 4? Além de aumentar a massa máxima carregavel, aumenta a segurança no caso de falha de um motor, aumenta as distancias percorrível. Tomara que façam uma versão com canhões de tamanhos variados, para suporte aéreo pesado próximo.

  4. Rorschach, boa observação mas imagino que essa escolha esteja relacionada ao chamado peso/potencia/custo operacional…
    A minha dúvida é justamente se teremos como vender para quem quisermos, já que com os ST da embraer, é o povo lá de cima que decide

  5. Ai jesus !! . A Embraer vai deixar a cargo dos portugas a programação dos software, o computador e piloto automatico não vai saber onde é cá ou se esta lá !! KKKK

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