Em 2011, o Brasil melhorou sua posição na maioria dos rankings internacionais que medem diferentes aspectos do desenvolvimento, mas, por trás de pequenos avanços, o país ainda tem desempenho fraco quando comparado a nações do chamado mundo desenvolvido.
A BBC Brasil reuniu 10 indicadores, divulgados ao longo de 2011, que vão além do Produto Interno Bruto (PIB) e inserem o Brasil em um contexto global em áreas como renda, desigualdade, corrupção, competitividade e educação.
Nessa média, o brasileiro ganha, por ano, o equivalente a US$ 10.710 (contra US$ 8.615 em 2009). Segundo os últimos dados do Banco Mundial, 44 países têm renda per capita superior à do Brasil, entre eles a própria Grã-Bretanha.
A renda dos britânicos, US$ 36.144, é três vezes maior do que a dos brasileiros. Essa diferença, no entanto, vem caindo. Além disso, a renda média do brasileiro continua superior à de seus colegas dos Brics, a Rússia (US$ 10.440), a Índia (US$ 1.475), a China (US$ 4.428) e a África do Sul (US$ 7.275).
Distribuição de renda
Essa simples divisão do PIB pelo total da população, no entanto, sofre críticas de especialistas em desenvolvimento por ignorar aspectos como a má distribuição da renda. Quando a desigualdade entra na equação, a posição do Brasil no cenário global despenca ainda mais, apesar dos avanços alcançados no país nesse quesito.
Tomando como medida o coeficiente de Gini, que mede a desigualdade na distribuição da renda em 187 países, apenas sete nações apresentam distribuição pior do que a do Brasil, segundo dados da ONU: Colômbia, Bolívia, Honduras, África do Sul, Angola, Haiti e Comoros.
O coeficiente usado nesta comparação para o Brasil é de 53,9. Quanto mais perto de 100, maior a desigualdade. A Suécia, com coeficiente de 25, é um dos países com menor concentração de renda.
Apesar dessa péssima posição no quesito desigualdade de renda, o desempenho em outros aspectos do desenvolvimento medidos pela ONU põem o Brasil em uma posição melhor no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
O Brasil tem progredido no IDH e sua posição geral, em 84º lugar, põe o país no grupo de alto desenvolvimento humano, mas ainda longe do grupo mais seleto com desenvolvimento considerado “muito alto”. A lista de 47 países dessa elite é encabeçada pela Noruega.
Competitividade
O IDH engloba diversas áreas como educação, saúde, expectativa de vida, mas dados de outras organizações servem para complementar o quadro do Brasil no cenário externo.
A competitividade da economia brasileira, por exemplo, é medida por instituições como o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês). No ranking do fórum, o Brasil subiu cinco posições em 2011 e passou a ser a 53ª economia mais competitiva entre 142.
A organização destacou o grande mercado interno e o sofisticado ambiente de negócios como pontos fortes do Brasil, mas enfatizou o sistema educacional, as leis trabalhistas consideradas rígidas e o baixo incentivo à competição como entraves à competitividade brasileira. A Suíça é a primeira nesse ranking seguida por Cingapura.
Em outros quesitos que influenciam a economia, como Corrupção, Ciência e Tecnologia e Educação, o Brasil continua mal, mas teve pelo menos algum avanço.
A nota do Brasil avaliada pela Transparência Internacional sobre corrupção passou de 3,7 para 3,8. Mas apesar dessa “melhora” decimal, o Brasil caiu da 69ª para 73ª entre 182 países.
A queda se explica pelo progresso mais acentuado de outros países e pela entrada de novas nações na lista da ONG. O país mais bem colocado no ranking é a Nova Zelândia ( com nota 9,5), seguida pela Dinamarca (com nota 9,4).
Apesar da queda, o Brasil tem a menor percepção de corrupção entres potências emergentes como Rússia, Índia e China.
“Mas o Brasil não deve se orgulhar disso. Deve ver que há muito a avançar para alcançar o nível dos países desenvolvidos”, alertou o mexicano Alejandro Salas, diretor da Transparência Internacional para as Américas.
“Eu vejo que, às vezes, o tema é colocado em segundo plano, dentro de um contexto de muito otimismo com o crescimento econômico e do novo papel que o Brasil ocupa no mundo”, acrescentou.
Outra área em que o Brasil fica tradicionalmente no “lado B” dos rankings é a de Ciência e Tecnologia. Mas um estudo divulgado em março pela Royal Society, academia nacional de ciência britânica, mostrou um pequeno progresso do Brasil.
A representatividade dos estudos brasileiros teve um ligeiro aumento de 1999 para 2003. Passou de 1,3% do total de pesquisas científicas globais para 1,6%. São Paulo subiu de 38º para 17º lugar como centro com mais publicações científicas do mundo.
A China, no entanto, segue em uma velocidade muito superior à do Brasil e já superou Europa e Japão na quantidade anual de publicações científicas.
Na área de Educação, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) divulga comparações internacionais que incluem o Brasil.
Os últimos dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) pôs o país em 51º lugar entre 65 no ranking de leitura, em 55º no de matemática e em 52º no de Ciências. O país ficou entre os últimos, mas a nota nas três áreas melhorou em relação à pesquisa anterior.
O avanço do Brasil foi elogiado por Guillermo Montt, analista da OCDE.
“O Brasil aumentou os resultados nas três áreas do estudo. Não são muitos os países que conseguiram fazer isso (…) Não é uma surpresa que o país continue em posições baixas no ranking já que o processo de melhoria do ensino é algo lento e muito amplo”, disse à BBC Brasil.
Custo de vida
Na contramão dos avanços, ainda que lentos e graduais, há pesquisas como a do banco suíço UBS feita em 73 países. Segundo o relatório, o poder de compra no Rio e em São Paulo vem caindo nos últimos cinco anos, apesar da elevação dos salários.
A pesquisa ilustra a tendência comparando o custo de vida no Rio e em São Paulo com o de Nova York.
Nas duas cidades brasileiras, o custo de vida representava pouco mais de a metade do custo de vida em Nova York há cinco anos. Hoje, representa, respectivamente, 74% e 69% do custo de vida na metrópole americana.
Também em agosto, a consultoria Mercer divulgou seu ranking anual. São Paulo apareceu como a 10ª cidade mais cara do mundo, subindo 11 posições em um ano. O Rio foi a 12ª, subindo 17.
O Brasil também piorou no ranking que tenta medir a facilidade de se fazer negócios em 183 países. Perdeu seis colocações, caindo da 120ª para a 126ª posição, segundo o Banco Mundial. As avaliações levam em conta dez indicadores e se concentram no ambiente de negócios entre pequenas e médias empresas. O Brasil ficou bem, por exemplo, no item “proteção a investidores”, mas mal no que avalia a facilidade para se pagar imposto.
Entre avanços e retrocessos, o otimismo entre os consumidores brasileiros foi um indicador que manteve, em 2011, o Brasil no topo das pesquisas globais.
Uma enquete da Nielsen, divulgada em outubro, por exemplo, mostrou que, apesar dos sinais de desaceleração na economia, a confiança do consumidor brasileiro foi a que mais cresceu no trimestre anterior à pesquisa entre os 56 países pesquisados pela empresa.
A confiança dos brasileiros ficou atrás somente da de indianos, sauditas e indonésios.
Virada
As projeções recentes de que o Brasil vá superar a Grã-Bretanha em valor de PIB em 2011 não são unanimidade entre centros de pesquisa e ainda precisam ser confirmadas pelos números do último trimestre que saem nos primeiros meses de 2012.
Como a diferença entre as duas economias é pequena, a esperada virada pode não ocorrer em 2011, se perspectivas atuais de crescimento não se confirmarem ou se houver mudanças nas taxas de câmbio dos dois países que influenciem o cálculo do PIB em dólares.
eu acho assim sempre que o brasil consequir alcançar uma marca eles aquela elite branca vai inventar outra quado o povo tiver faculdade eles vao querer pos graduaçao quando todos tiverem pos ai sera doutorado e por ai vai.
JA MELHORAMOS MUITO,MAS A PRINCIPAL DELAS É FALTA DE PLANEJAMENTO.
Precisamos de leis duras contra a corrução,OU NUNCA SEREMOS UM PAIS DE TODOS.
Não podemos confiar nessas pesquisas. Creio que o Brasil já seja a quarta economia mundial, só perdendo para EUA, China e Japão. Motivo: Não somos um país, mas um continente. As nossas cidades estão bastante adiantadas, mesmo as pequenas. A economia subterrânea no Brasil é enorme. Há muita sonegação de IR, pois nenhum contador ou sonegador vai para a cadeia. Só paga IR os funcionários públicos e militares, pois descontam na boca do cofre. Um motorista de táxi e van, tira 7 ou 8 mil / mês e não paga IR. No final, ficam com o rendimento igual de um general. É um país cheio de distorções. E quais os motivos ?
1) Políticos altamente corruptos e incompetentes, fruto do populismo enganador;
2) Justiça cara e ineficiente, devido as leis mal-feitas, pelos políticos ineficientes;
3) Sonegação generalizada de IR (minha impressão). Quem é obrigado a pagar, paga em dobro;
4) Sistema de ensino que não prioriza a intuição e a criatividade, mas a decoreba. A internet está compensando a falta de orientação do Min da Educação;
5) Especulação financeira astronômica, jogando a nossa div pública nas nuvens;
6) Péssimos economistas;
7) Domínio dos banqueiros e financeiras;
8) Falta de investimentos em infraestrutura;
9) Paternalismo estatal, desviando recursos da produção;
10) Crime organizado não é punido como deveria. Precisamos da Pena de Morte, tal como ocorre na China;
11) STF não adotou o Sistema Ficha Limpa, que era um grande ensejo da população;
12) Políticos, juízes e membros do MP ganham demais, e as polícias e Forças Armadas de menos;
13) Não se fiscaliza o enriquecimento ilícito de juízes, funcionários públicos, policiais, políticos, etc;
Eu poderia citar aqui mais 100 itens … Se quiserem, eu continuo …
Velho, estou passando as férias aqui na cidade de meus pais, primavera do leste, Mato Grosso e gostaria de compartilhar uma experiencia: Morava em goiânia, uma cidade muito desenvolvida e que possui um IDH excelente. Mas chegando aqui na minha terra natal(depois de muitos anos) levei um choque… meu deus.. Minha cidade tem apenas 27 anos, mas já possui 70 mil habitantes. Loteamentos e novas praças lagos e parques por todos os lados, sempre contrastando com as plantas de soja quase que do outro lado de uma rua. Vejo na rua gente humilde mas com vontade de crescer e que se esforça e sempre busca o melhor(vide as casas, mesmo as mais populares, já bem arquitetadas, sem contar as mansões que vem se erguendo a cada dia)…
Mesmo em goiania eu já me sentia em uma cidade que apesar dos contrastes, oferecia muito a todas as pessoas… mas chegando aqui, estou me sentindo na europa… já não é mais aquela cidade com as ruas largas, ainda de terra, quase desertas, aonde cresci.
Simplesmente uma cidade, com um comercio e com uma população em ebulição… e sei que existem muitas outras…. cidades que se iniciam no agronegocio, mas que logo atraem as industrias e o comércio varejista e serviços publicos de grandes proporções…
Para saber em que situação estamos, basta usar o Google Earth… verão como são belas as nossas favelas e bairros perifericos, isso visto só do alto… exemplo de organização… em 20 anos ainda não chegaremos aos pés dos yankes… temos que melhorar muito ainda… sem base moral e etica não temos chance… o resto é só falacias dos populistas… pais rico tem povo rico e IDH alto… FATO… e sem organização moral não há maquina estatal que sai do clientelismo… vamos morrer na praia da corrupção, olhando as plataformas do pré-sal ao longe…
A punição aos corruptos deveria servir de exemplo, ñ ser tolerado e ter prisão de td q fore provado estar envolvido, isso prejudica ao país todo, e trava o crescimento do BRASIL.Sds.
Fonte: BBC… comecei a duvidar antes de ler.
Obrigado Dandolo…o que vc disse já tá bom e é isso ai mesmo,se deixarmos vc falar mais vai ficar ai mais umas quatro horas..tá bom,tá bom é isso ai mesmo!!
Estatisticas valem o que valem. Estatisticas das potencias Ocidentais no seu auge evidentemente que a desigualdade é notoria, contudo essas mesmas potencias estão em declínio e essas mesmas estatisticas perdem seu real valor. Nesses paizes a pobreza começa a surgir enquanto no Brasil a pobreza começa a desaparecer. Tudo de forma gradual claro
A BOLHA BRASILEIRA
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O Brasil mudou o seu perfil econômico porém o seu perfil social não,muitos dos analistas consideram esse “boom” brasileiro como uma bolha pois não tem uma consistência que faça tal posição econômica seja estável,para tanto o fator social é de suma importância,a educação é a única base sólida que garante tal posição.
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Muitos dos brasileiros e até o próprio governo reconhece o quão efêmero é tal posição sem uma política social digna a tal posição.
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O governo brasileiro,que somos nós brasileiro,devemos refletir a qualidade do nosso futuro,ter uma posição econômica como a da Suécia,Noruega, Finlândia,Dinamarca por exemplo,onde os seus IDH’s são melhores que a dos EUA,China, Índia.
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Para mim,o Brasil em ter uma posição econômica de destaque no mundo,não é melhor do que a posição social da Suécia,Dinamarca, Finlândia, que são para mim,países onde o verdadeiro socialismo consegue viver em harmonia com o capital,onde o povo vive bem e o estado é presente no social dando uma ótima qualidade de serviços aos seus cidadãos,nem se compara com as economias da China e os EUA juntas.
So que essa renda media é pra lá de enganosa, só se divide o PIB pela população, queria ver divulgarem a renda média por porcentagem da população
A POLÍTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZAS NO BRASIL
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Brasil Sem Miséria: desafios em pauta
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Ao término de seis meses de implementação do Programa mais desafiador do governo Dilma, a trajetória percorrida autoriza algumas considerações. Amarras que restringiam o acesso dos elegíveis à condição de beneficiários do Bolsa Família foram parcialmente sanadas. A busca ativa levou ao reconhecimento de 407 mil famílias das 800 mil estimadas que deveriam estar recebendo o benefício mas não haviam sido contempladas. No quesito transferências monetárias, porém, o essencial ainda está por fazer. O artigo é de Lena Lavinas, professora do Instituto de Economia da UFRJ.
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(*)Por:Lena Lavinas;Professora do Instituto de Economia da UFRJ
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*******(trechos do original)
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(*)Fonte:cartamaior
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http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=19298
Perfeita observação, Dandolo.
Qual o caminho? REFORMAS. Estamos caminhando em circulo, ter coragem politica é tudo que nosso comandante supremo precisa para resolver de vez esse cancer alojado no coração do BRASIL.
Dandolo, qual e o pais cuja economia nao e dominada por banqueiros e financistas, cujos economistas nao sao pessimos. Quando a rainha da Inglaterra foi visitar o London School of Economy, uma das mais afamadas faculdade de economia do mundo, ela perguntou aos economistas la reunidos, como foi que nenhum de voces previram que esta crise estava para acontecer? Estavam todos pregando, que os novos metodos de analyzes economicas e fazer politica financeira, tinham acabado com o chamado “boom and bust economy”, expansao e contracao da economia. Haviam enterrado Marx, cujo analyses revelavam que crises, expansao e contracao sao as duas faces da moeda chamada economia capitalista. Os jornais que reportaram a questao feita pela rainha nao reportou o que disseram os economistas. Economistas sao pessimos pela sua propria natureza. Nao e ciencia. Sabe manipular numeros, mas repito nao e ciencia.
A CORRUPÇÃO NA REALEZA EUROPEIA
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*********(TRECHOS DO TEXTO)
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(*)FONTE: REUTERS
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http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,genro-do-rei-da-espanha-e-indiciado-por-fraude,816441,0.htm
A > reforma e acabar com a ditadura do voto obrigatório no BRASIL,pelo voto facultativo.Se estamos crescendo + sem inflação , ótimo. sds.