Fim do ‘Airborne Laser’

Airborne Laser System Tracks and Destroys MissilesApós quase 16 anos de desenvolvimento e mais de US$ 5 bilhões de investimentos, culminando com uma série mísseis balísticos engajados como alvos, o Pentágono decidiu finalmente retirar do ar e estocar a aeronaves Boeing-747-400F que foi utilizadas como plataforma do projeto Airborne Laser (ABL).

A Agência de Mísseis de Defesa dos EUA agora está olhando em direção a uma nova geração de lasers que podem operar em veículos não-tripulados em altitudes muito elevadas, devido aos avanços na tecnologia laser, de geração de energia e no trabalho de controle do feixe, possível em parte pela fundação estabelecida nos anos de uso do ABL.

O programa foi criado pela Força Aérea dos EUA na década de 1990 com o objetivo de empregar uma classe de multi-megawatt laser iodo oxigênio químico (COIL) para queimar no ar os sistemas de propulsão de mísseis balísticos, fazendo com que os foguetes e as suas potenciais cargas letais caíssem em cima da área de onde foram lançados.

Apesar de, finalmente, derrubar seu primeiro alvo no ano passado, o ABL teve que lutar por um substancial financiamento necessário para seu trabalho, os cenários de emprego tinham custos proibitivo e improváveis e, mais recentemente, a pressão sobre o orçamento do Pentágono resultante da crescente dívida nacional.

Embora o ABL tenha estado no corredor da morte à espera de ser terminado múltiplas vezes durante a rescisão na última década, a equipe da indústria e a Agência de Mísseis de Defesa (MD, que assumiu a gestão do programa em 2001, conseguiram mantê-lo vivo. Finalmente, em fevereiro de 2010, os envolvidos ABL no projeto conseguiram destruir seu primeiro alvo de teste – um foguete de combustível sólido Terrier Black Brant. Isto foi seguido pouco mais de uma semana depois por outra derrubada, desta vez de um míssil alvo de combustível líquido de origem estrangeira.

O Diretor da MDA, o tenente-general do Exército dos EUA Patrick O’Reilly está focado agora numa nova geração de sistemas de laser com “capacidade muito mais denso ou lasers maiores contidos em pacotes menores, e operando em altitudes muito maiores”, disse ele numa reunião organizada pela Câmara de Comércio de Huntsville, Alabama, no dia 12 de dezembro. Isso, diz ele, irá simplificar os projetos futuros.

grounded ABL

“Nós acreditamos que estamos muito perto… dentro de alguns anos de ter um protótipo que irá realmente funcionar operando num veículo aéreo autônomo em altitudes muito elevadas”, disse O’Reilly. “Nós basicamente estamos numa corrida de cavalos acontecendo entre várias tecnologias diferentes [e] todos eles são muito promissores.” Ele prevê que “nós temos essa capacidade para atingir algo com um UAV em muito alta altitude ao longo desta década.”

Os detalhes deste projeto não foram fornecidos pela MDA.

Houve avanços desde o início do ABL em lasers de estado sólido alimentados por energia elétrica, no entanto, é provável que exista futuro caso os cientistas consigam resolver o problema de gerar energia suficiente para os lasers para ter benefícios operacionais significativos em faixas e disparar então desde pequenas plataformas móveis.

Habilidades de retenção

Entretanto, nem tudo do ABL está perdido ou utilizado. A Boeing recomendou que a MDA retenha os 20 engenheiros e cientistas experiente ??em controle do feixe / controle de disparo, analistas de rede e de disciplinas de plataformas dinâmicas “para garantir a transferência do conhecimento e ensinar as lições para o futuro dos programas de energia de alta potência dirigida.

Com o fim oficial do ABL, a posição da Boeing no mercado de defesa de mísseis está ainda mais dependente de seu precário e, potencialmente, a curto prazo, do programa de escudo de mísseis balísticos de defesa Ground Based Midcourse Defense (GMD), que inclui uma rede global de sensores e interceptores no Alasca e na Califórnia.

A MDA está criando uma competição do novo projeto, que foi até então exclusivamente tratado pela Boeing, e agora espera-se uma seleção originada entre a Boeing/Northrop Grumman e a Lockheed Martin/Raytheon ainda este mês.

Dado o final do ABL, se Boeing perder o contrato GMD, a empresa poderia se tornar de uma integradora de destaque do sistema de defesa antimísseis nos EUA a um mero fornecedor de seus rivais numa única vez.

Fonte: Aviation WeekCavok via Hangar do Vinna

26 Comentários

  1. Não creio que esse laser irá derrubar um míssil dotado com sistema dissipador / isolador de energia,tais como as naves que penetram na atmosfera.

  2. Pois é…
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    Quem leu sobre o A-60, aqui mesmo no Plano Brasil sabe o motivo do fracasso norte-americano, 30 anos depois da desistência soviética: O consumo excessivo de energia do sistema aero-embarcado…
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    Simplesmente não há bateria que dê jeito…
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    Motivo pelo qual, os antigos soviéticos, ainda na década de oitenta, resolveram instalar o grande laser em Shari Sagan, recebendo energia diretamente de uma usina hidroelétrica…
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    Eu disse que os soviéticos fizeram voar um sistema laser aero-embarcado 30 anos antes, lá no blog Cavok. Mas… Foi como se eu tivesse dito uma heresia em plena idade média (rsrsrs)…

  3. Ilya disse:

    “Eu disse que os soviéticos fizeram voar um sistema laser aero-embarcado 30 anos antes, lá no blog Cavok. Mas… Foi como se eu tivesse dito uma heresia em plena idade média (rsrsrs)…”

    mas isso e verdade,na era sovietica eles tiveram mesmo esse projeto,mas tambem desistiram….mas recentemente parece que esse projeto “renasceu” porem com um proposito diferente que seria o de “cegar” os satelites

  4. Sr.Ilya Ehrenburg,
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    “…Eu disse que os soviéticos fizeram voar um sistema laser aero-embarcado 30 anos antes, lá no blog Cavok. Mas… Foi como se eu tivesse dito uma heresia em plena idade média (rsrsrs)……”

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    Dissestes bem,os soviéticos foram um dos pioneiros a usar tal tecnologia na defesa….más companheiro,devemos ter cuidado com essas “heresia” pois,ainda há muitos “jesuítas” que não pode vê uma nota em que coloca por baixo o seu “deuszinho” e vão logo atrás de gravetos e paus para fazer a santa fogueira.Rsrs….
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    Abraços

  5. Mais ou menos Juca, a Rail gun é muito mais simples e não precisa de tanta energia, mas se eles criassem uma bateria muito eficiente e pequena, sim, poderia ser usada na rail gun.

  6. Os americanos devem estar escondendo a sua tecnologia militar de ponta, assim como outros países. Imaginem, o que o Japão e a Alemanha possuem, mas não mostram pra ninguém. Eu gostaria de trabalhar num projeto desses para o Brasil. Não utilizaria o raio laser, mas infravermelhos.

  7. tanto dinheiro jogado fora, de certa forma e tanto trabalho jogado no lixo, pelo menos eles aperfeiçoaram a tecnica depois de gastar tudo isso e 16 anos de trabalho
    bem feito rrsrrsrsrsrs

  8. Dandolo… pelo jeito vc vai usar o principio de Arquimedes, com espelhos refletores da luz solar para queimar as belonaves inimigas… correto?… rsrsrsrsrs…

  9. Vants,disparando lasers mais um brinquedinho pra China jogar Playstation na vida real AH! EU COM UM DESSES NAS MINHAS MÃOS
    Target: Casa branca, Capitólio, Empire State Buillding Estátua da Liberdade , Wall Street, Área 51, o arsenal nuclear americano me dê um velho F-16 ou F-15 armado com tudo e bota pilotos do esquadrão AGRESSORS com um F-22 E F-35 num dog fight e veremos no que dá OK?

  10. F 16 E F 15 HACKEADOS pela a China pois não sou piloto mais tenho uma noção, são anos de PLAYSTATION 1 E 2 NO ACE COMBAT e pra quem já viaja muito se adaptar com um cockpit de um caça e um manche em pleno voo é questão de tempo e pratica

  11. Uma arma interessante poderia utilizar microondas.
    Um dos argumentos contraria a satelites que coletam a energia solar no espaço e transmite para terra usando microndas é que isso poderia ser utilisado como arma.
    Imaginem um disposito tipo detonador que emana um pulso multidirecional de microondas de alta intesidade, que cozinharia por dentro tudo que tivesse agua na sua composição. Plantações, animais, e pessoas seriam cozidas enquanto a infraestrura seria mantida.
    Pode- usar pulso direcionado como um raio laser.
    Recentementes alguns lagos no mundo todo secaram derrepente, principalmente na China e na Argentina.
    Quem quiser utilizar laser deveriam pensar no uso de cartuchos, onde a substancia quimica e a energia fossem armazenado, enquanto a arma faria a canalização e o foco da energia.

  12. Esses americanos são muito ousados (qualidade dos vencedores), mas seus defensores são cômicos (qualidade dos insanos) tanto falavam desse projeto assim como falavam do F-22 e falam agora do F-35 e vejam só simplesmente cancelado… rsrsrrs

  13. OS SOVIÉTICOS TESTARAM PRIMEIRO ESSE SISTEMA,MAS FOI SÓ DINHEIRO QUEIMADO PORQUE NA ÉPOCA O PARTIDO COMUNISTA DIRECIONAVA QUASE TODO O ORÇAMENTO PARA A ÁREA MILITAR,ENQUANTO O POVO PASSAVA FOME E ERA OPRIMIDO PELO REGIME O QUE MAIS TARDE LEVOU AO COLAPSO E FIM DESSE IMPÉRIO DECADENTE E SANGUINÁRIO QUE MARCOU O SÉCULO XX.AGORA OS EUA TESTARAM ESSE SISTEMA E TIVERAM SUCESSO,EMBORA A TECNOLOGIA ATUAL É MUITO MAIS AVANÇADA DO QUE 30 ANOS ATRÁS,E MUITA GENTE FICA REMOENDO OU VIVENDO DO PASSADO COM INVEJA DOS AMERICANOS.ESSE MILITAR AMERICANO QUE COORDENAVA ESSE PROJETO,FALOU UMA COISA IMPORTANTE,QUE VÁRIAS NOVAS TECNOLOGIAS AVANÇADAS ESTÃO DESPONTANDO AO MESMO TEMPO QUE FICA NA MINHA OPINIÃO ATÉ DIFÍCIL DE ESCOLHER CERTOS PROJETOS EM ANDAMENTO SE DEVEM OU NÃO ENTRAR EM OPERAÇÃO,DEVIDO DAQUI A POUCOS ANOS ESTAREM OBSOLETOS COM O DESPONTAR DE TECNOLOGIAS QUE IRÃO MUDAR ATÉ A MANEIRA DE SE GUERREAR COMO JAMAIS VISTO.ESTOU FALANDO EM ARMAS DE ENERGIA DIRIGIDA E MÍSSEIS HIPERSÔNICOS SUPER INTELIGENTES QUE IRÃO TRANSFORMAR OS CAÇAS EM MEROS TRANSPORTADORES DE ARMAS E LOCALIZADORES DOS ALVOS,O RESTO É TUDO COM ESSAS SUPER ARMAS ,NÃO PRECISANDO DE CAÇAS TREMENDAMENTE AVANÇADOS E CAROS ,PORQUE O MAIS IMPORTANTE SERÃO ESSA NOVAS ARMAS SUPER INTELIGENTES.NÃO ESQUECENDO QUE TODA ESSA TECNOLOGIA SERÁ DUAL,PODENDO SER USADA NA ÁREA MILITAR E CIVIL,MUITO DISSO TUDO SE DEVE AO AVANÇO DA NANOTECNOLOGIA.TEMOS QUE LEVAR EM CONTA QUE PRATICAMENTE TODO O CONFORTO QUE TEMOS HOJE,FOI DESENVOLVIDO PARA A ÁREA MILITAR E DEPOIS ESSAS TECNOLOGIAS FORAM LIBERADAS PARA A ÁREA CIVIL.POR ISSO OS EUA DESENVOLVEM SISTEMAS AVANÇADOS TANTO PARA OS SEUS INTERESSES MILITARES COMO PARA O LADO CIVIL.TODOS OS OUTROS PAÍSES TRABALHAM DENTRO DE SUAS CONDIÇÕES DA MESMA MANEIRA DOS AMERICANOS,OU SERÁ QUE TEM ALGUM PAÍS SANTO AQUI NA TERRA QUE EU NÃO ESTEJA SABENDO?

  14. “Eu gostaria de trabalhar num projeto desses para o Brasil” Dandolo. Ora faça-me o favor o prof. pardal, vai te cata. Aqui naum eh lugar pra pedir emprego!!! kkk
    Se vc tem uma opinião objetiva exponha se não vai trabalha na TV. Lá eh que vivem de IBOPE. Pronto falei.

  15. os sovieticos dizem fazer tanta coisa mas no afagnistao ou recentemente na chechenia mostraram nao ter aparelhagem tecnica ou pelo menos organização.
    o únicos paises que dizem ter armas e usam com sucesso são irael e eua .
    os russos e chineses vivem dizendo ter isso ou aquilo ,sei nao …se os russos entram em guerra com os eua ou com israel teriam de apelar para armas nucleares …nao iriam aguentar o tranco de uma tropa bem treinada

  16. eu acho que vi essa historia de uma exercito mais bem treinado e equido invandio o outro porque tinha certeza da vitoria e no final quem ganhou e bem ganhado foi URSS e nao HITLER

  17. Senhores,
    O artigo trata do sistema ABL e não de quem foi a idéia primeiro, se dos soviéticos ou dos americanos.
    Pelo menos uma vez deveriam tentar se manterem no texto (e no contexto) e não viajarem na maionese.
    Quanto a “bateria”, o laser do YAL-1 (AL) usa reagentes químicos (líquidos e gasosos) por ser um “laser químico”, portanto, não usa energia elétrica e sim gigantescos tanques onde são armazenados os reagentes líquidos e ou gasosos. Tais reagentes são de difícil manipulação e só podem ser manipulados no solo, exigindo que o avião pouse, não podendo haver reabastecimento dos tanques em vôo.
    Hoje, estão sendo desenvolvidos laser de estado sólido e de elétrons livres que usam energia elétrica e essa não precisará ser armazenada em baterias e sim produzida diretamente por geradores ligados ao motor da aeronave e poderão funcionar enquanto combustível (querosene) houver.

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