Para o Irã, o ano termina com importante vitória de inteligência

As imagens no domingo, pela TV estatal iraniana, de Amir Hekmati, suspeito de espionar para a CIA-EUA, são mais um episódio do que parece ser importante sequência de vitórias da contrainteligência do Irã, sobre os serviços de espionagem dos EUA. Por Mahan Abedin, no Asia Times Online

Hekmati, 28 anos, nascido no Arizona, EUA, de família iraniana, foi acusado pelo Ministério de Inteligência e Segurança do Irã (MISI) [ing. Ministry of Intelligence and Security (MOIS)] de ter-se aproximado do MISI, para conhecer fontes externas, e de ter fornecido informações falsas.

Ex-membro do Corpo dos Fuzileiros (Marines) dos EUA, Hekmati parece ter sido preso em setembro, mas só há poucos dias apareceram as primeiras notícias sobre a prisão.

Esse, que parece ser significativo sucesso da contrainteligência do Irã, acontece imediatamente depois da captura, em território iraniano, no início de dezembro, do ultrassecreto avião-robô comandado à distância, o drone US RQ-170 Sentinel. O Irã noticiou que unidades de especialistas em cyberguerra do exército iraniano conseguiram localizar e rastrear o drone [de tecnologia stealth, que o torna invisível aos radares, e considerado o mais moderno drone em ação no mundo] e pousaram o aparelho, também por comando à distância. Vídeos mostrados pela televisão iraniana – nos quais se vê o drone imaculadamente intacto – parecem comprovar o feito dos especialistas iranianos.

Esses feitos indiscutivelmente impressionantes dos iranianos, nos campos da guerra de inteligência, da eletrônica e das tecnologias de ponta, ocorrem em momento de deterioração muito rápida nas relações entre o Irã e EUA, e outros países do ocidente.

No final de novembro, manifestantes atacaram a sede da embaixada da Grã-Bretanha em Teerã, o que levou ao fechamento de embaixadas nos dois países. O ataque à embaixada também foi considerado uma extensão da guerra de inteligência entre o Irã e países ocidentais, dado que a embaixada britânica em Teerã era conhecido local onde a espionagem ocidental coletava e distribuía enorme quantidade de informação secreta.

Tudo faz crer que o governo do Irã decidiu minimizar o alcance da interferência ocidental nas eleições parlamentares marcadas para março 2012. Em termos mais amplos, a República Islâmica parece estar mobilizando seus principais ativos de inteligência, para enfrentar o cerco econômico que está implantado, já previsível há muito tempo.

A CIA bate em retirada

Informação colhida de várias fontes na mídia iraniana e do jornal Asia Times Online em Teerã sugerem que a CIA teria construído uma complexa operação, para introduzir Amir Hekmati no MISI, como informante confiável do Ministério.

Com experiência de combate no Afeganistão, Hekmati, depois de deixar o Corpo de Marines, trabalhou para várias empresas privadas “de segurança” que operam na região, todas suspeitas de conexão com a CIA.

Acredita-se que tenha feito contacto com o MISI antes de viajar para o Irã, no verão passado, ostensivamente para visitar a família dos pais (sua família ampliada). Hekmati abordou o MISI iraniano de forma “normal”, mas levava informação suficientemente interessante, que atraiu o interesse da inteligência iraniana; mesmo assim, muitas fontes acreditam que o MISI sempre suspeitou de que ele trabalhasse para a CIA.

Parece que a informação que Hekmati entregou ao MISI foi uma espécie de “mistura” de verdades, meias verdades e pura ficção criada pela CIA; praticamente em todos os casos, informações sobre operações militares, de inteligência e políticas dos EUA no Afeganistão.

Embora a mídia iraniana, repetindo notícias distribuídas pelos serviços de inteligência do Irã, repita que a principal missão de Hekmati seria ganhar a confiança do MISI, para construir operação de penetração no ministério, a verdade parece ser muito mais complexa.

Para começar, “penetrar” no Ministério de Informação e Segurança do Irã, mesmo nos setores mais periféricos, é tarefa praticamente impossível, se se consideram as muitas camadas de poderosas defesas construídas para desviar (e, eventualmente, prender em suas malhas) até os espiões mais eficientes. Evidentemente, um cidadão norte-americano e ex-Marine, com experiência de combate no Afeganistão e ex-empregado e empresas que contratam mercenários para trabalhar no Oriente Médio, jamais ultrapassaria nem a primeira trincheira de defesa da contrainteligência iraniana.

O mais provável, embora não passe de conjectura, é que a CIA estivesse tentando identificar – para depois manipular – as questões que a inteligência iraniana estivesse considerando como prioritárias, em sua ação no Afeganistão. A “mistura” de informações de inteligência genuínas e ficcionais que Hekmati tinha para oferecer, e a muito provável promessa de continuar a fornecer o mesmo tipo de material por período prolongado, apontam imediatamente na direção dessa conjectura.

A prisão de Hekmati acontece como mais uma, numa sequência de vitórias da contrainteligência do MISI, contra a CIA e praticamente toda a comunidade norte-americana de inteligência. A evidência de que o MISI iraniano é capaz de infligir repetidas derrotas à CIA e aos seus métodos e equipamentos mostrados (e vendidos) ao mundo com “tecnologias inexpugnáveis”, de altíssima inovação tecnológica, reforça a reputação de que os iranianos já gozam, de terem construído uma das, senão a maior, organização de inteligência e contrainteligência ativa hoje no planeta.

O rastreamento e a captura do drone RQ-170 Sentinel, operado pela Força Aérea dos EUA a serviço da CIA, sem dúvida devem fazer aumentar as aflições dos EUA, acrescentando credibilidade a informações já circulantes, de que o Irã já é centro sofisticado de contraespionagem, guerra tecnológica e cyberguerra.

O duro golpe assestado contra o prestígio dos EUA pareceu ainda maior, depois que o presidente Barack Obama dos EUA “solicitou” que o Irã devolvesse o drone capturado, depois de já circularem em todo o mundo notícias sobre as extraordinárias circunstâncias que cercaram o rastreamento e o pouso do aparelho[1]. Os iranianos sequer consideraram a “solicitação” dos EUA.

Guerra econômica

O aumento dramático da atividade da CIA dentro do Irã em 2011 reforçou a certeza, entre as lideranças políticas iranianas, de que potências ocidentais estão decididas a forçar o confronto, com alta probabilidade de agressão militar contra a República Islâmica.

Nessa linha, os analistas e estrategistas iranianos provavelmente usarão as recentes vitórias no campo da contrainteligência para alcançar três objetivos de curto e médio prazos. Em primeiro lugar e sobretudo, a liderança política em Teerã induzirá o MISI a entrar em disputa direta contra a CIA e outras agências ocidentais de espionagem, campo no qual é possível encontrar meios que ajudem o Irã a sobreviver ao feroz bloqueio econômico hoje imposto pelos EUA e para, eventualmente, neutralizar o bloqueio.

A ideia dominante em Teerã é que o regime de sanções tornar-se-á ainda mais feroz em 2012, podendo chegar ao estado de total sítio econômico até o final do próximo ano; cenário sempre mais provável, no caso de o Ocidente decidir boicotar o gás e o petróleo que o Irã exporta.

Em segundo lugar, é objetivo importante da liderança iraniana impedir que os serviços de espionagem ocidentais infiltrem-se no processo eleitoral e interfiram nas eleições parlamentares marcadas para março. Teerã suspeita que as agências de espionagem ocidentais, operando direta e indiretamente com elementos dos partidos de oposição, trabalharão para incitar tumultos e sequestrar manifestações populares que ocorram no país, em ação semelhante à que já se viu na capital iraniana em junho de 2009, depois das eleições presidenciais.

O ataque à embaixada britânica foi, em parte, motivado por essa preocupação. O fechamento da embaixada britânica em Teerã privou os governos da Grã-Bretanha e dos EUA de fonte importantíssima de informações; e cortou, sobretudo, os vasos comunicantes que ligavam os espiões dos EUA e Grã-Bretanha e seus contatos no “nível da rua”.

Em terceiro lugar, a República Islâmica muito provavelmente usará os importantes sucessos de inteligência e contrainteligência do MISI para ampliar e reforçar as estruturas de segurança que começaram a ser implantadas no país depois das eleições presidenciais de junho de 2009 e dos tumultos que se seguiram, muito maiores do que se poderia esperar que fossem, considerado o real prestígio político e popular dos líderes locais da “contestação”.

Embora sempre apresentada como solução apenas temporária, todos os níveis da República Islâmica trabalham para reforçar a segurança, preparando o país para resistir a uma agressão militar que Teerã já considera inevitável.

Fonte: vermelho

26 Comentários

  1. O plano Brasil e impressionante,so me vem essa palavra a mente agora.

    Sempre fui aficionado pelo submundo da inteligencia e ja li varios livros e assisti inumeros filmes e esse artigo e extremamente lucido e verdadeiro,eu mesmo ja havia comentado que a invasao da embaixada britanica em teera havia sido obra da inteligencia iraniana,ja que sabidamente as embaixadas sao verdadeiros santuarios de agentes de inteligencia.

    Parabens aos iranianos,so sinto muito o fato de a inteligencia brasileira nao ser 10% do que a iraniana e hoje,fruto da total cegueira estrategica de nossos governantes no periodo pos-democratizacao,embora durante os 8 anos do governo lula os orcamentos tanto para defesa/programa espacial e servicos de inteligencia tenham aumentado e sido modernizados,a verdade e que o Brasil ainda e um anao em todas essas areas,para a felicidade absoluta das grandes potencias.

    Como a esperanca e a ultima que morre,espero que ate o fim dessa decada nossos governantes acordem,mas antes quem precisa acordar e o brasileiro mesmo.

  2. AHHHH……sem dúvida nenhuma!-Hahahaha….com direito a um presentão!….hahaha!
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    Aliá se verificamos,os americanos vez em quanto agraciam os aiatolás com presente,o maior deles,fora um boneco que tinha bigode,não era um “tchuk” más adorava aprontar_Rsrs…..

  3. Essa derrubado de Drone , sem dúvidas deu ao Irã e os seu “aliados”, pode ser moeda de troca, alguma vantagens aos Persas no campo da aviônica, e de graça, sem pesquisas…o outro, essa prisão, tem q investigar mt outros, tem mt infiltrados no MISI deles. Boas festas, e todas essas coisas..Sds.

  4. O que fazer para não vender um “RQ-170 Sentinel” a preço de banana?
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    O Irã impôs as suas exigências para permitir a especialistas russos e chineses examinar o avião não tripulado dos EUA, interceptado em princípios de dezembro,estas exigências são as seguintes: reiniciar a venda a Teerã de mísseis antiaéreos C-300, entregar a tecnologia de produção de mísseis a propelente sólido e da última geração de centrífugas.
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    Esta informação apareceu no portal de analistas militares de Israel DEBKA. Este mesmo portal informa que a aeronave secreta RQ-170 Sentinel tinha penetrado no Irã procedente do Afeganistão.
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    Sabe-se que o ponto fraco de aeronaves americanas não pilotadas é a navegação na base de GPS. O pouso da aeronave foi demasiadamente brusco, o seu châssis quebrou.

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    (*)Por:defesanete/voz da russia
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    http://www.defesanet.com.br/geopolitica/noticia/4106/O-que-fazer-para-nao-vender-um-%E2%80%9CRQ-170-Sentinel%E2%80%9D-a-preco-de-banana-
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    Esta mais do que explicado,o resto das fabulárias que os quentinhas apregoam chorando,é o mesmo que achar chifres em cabeça de asno azul-Rsrs….

  5. Uma guerra secreta que agora esta deixando de ser. O Irã esta se preparando e movimentando-se continuamente e é somente isto que tem atrasado uma invasão. Com certeza vamos ler mais notícias de criticas a Argentina por vender trigo aos persas.

  6. É, a CIA ta cada dia mais decadente, isso só mostra uma coisa obvia que a CIA se esqueceu, serviço secreto como o nome diz, age secretamente, quanto mais desconhecida a agencia for, melhor para seus integrantes, já que ninguém espera nada dela, todos acham que ela não faz nada ou sequer existe. Pareçe que eles deixaram a fama subir a cabeça e sairam fazendo uma série de lambanças, cometeram o pior e mais grave erro na guerra: subestimaram o inimigo.

  7. Bom, vejamos… Em inteligência as coisas nunca são o que aparentam… Quem joga xadrez sabe disso. Tá, os iranianos capturaram um UAV de ponta dos americanos… E revelaram, durante o processo, que tinham o aparelho, sua origem, qual a frequência e a potência, a distancia eficaz e a sua posição. Ou vocês realmente acreditam que os americanos perderam o UAV e não saíram com informação alguma do episódio? Mesmo que a CIA não tenha capacidade para tanto, o Mossad monitorou a operação a distancia. Um outro lance do jogo, e até agora estranhamente não explorado pela mídia, é que em épocas passadas os americanos não deixam pedra sobre pedra no entorno de equipamento deixado em território inimigo… Explodem tudo. O equipamento, o inimigo e tudo o que estiver do lado. Desta vez “pediram” que devolvessem?… Tá! Obama é banana, eu sei, mas não tanto assim… Não cheira a “grego” dentro deste “cavalo de troia”? Este UAV não parece ter sido “perdido” de propósito? Ponha-se no lugar dos iranianos… Acabo de capturar algo de meu inimigo que ele vai querer de volta de qualquer jeito. Vou levá-lo para o lugar mais seguro que eu tiver, certo? Bom… Agora, coloque-se no lugar dos americanos… Quero saber onde é o lugar mais secreto dos iranianos. Jogo uma isca interessante com meia dúzia de eletrônicos meia-sola com um bip de satélite no meio deles e faço de conta que o perdi… Posso, ainda, inserir um código especial no meio do programa do drone e aguardar que a “vitima” tente desvendá-lo por engenharia reversa. No final das contas terei ou uma localização ou estarei nos computadores dos “hábeis” iranianos. De qualquer forma os americanos já saíram ganhando… Já sabem que estão, novamente, enfrentando os russos e já podem reiniciar um lobby para destravar suas generosas verbas militares. He,he,he…. Isso que dá assistir tanto filme de guerra e espionagem… A imaginação vooooooaaaaaa… []´s

  8. Muita gente acredita que os iranianos são um monte de gente sem noção,que não fariam uma varredura geral no RQ-170 Sentinel,para ver se há algum dispositivo de localização que de as coordenadas da aeronave!
    Hollywood doutrinou a cabeça de muita gente,uma coisa são os filmes da sessão da tarde ,outra e a realidade das coisas do mundo real onde a prática é diferente !

  9. O que você disse faz muito sentido braz, porém não acho que a perda do drone tenha sido proposital, pra mim ele devia tar la procurando informações sobre o programa nuclear iraniano ou mesmo sobre bases militares e etc… mas é como se diz: Todo problema é uma oportunidade. Ao capturar o drone, os EUA viram do que eles são capazes, alcançe, e talvez até mesmo a frequencia da interferencia, se eles forem espertos e souberem aproveitar ainda podem virar o jogo e fazer o drone se tornar em um cavalo de troia.

  10. Irã inicia exercícios militares no Estreito de Ormuz
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    *****(trechos do original)
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    O Irã começou 10 dias de exercícios navais no Estreito de Ormuz neste sábado, aumentando a preocupação sobre um possível fechamento do canal de transporte de óleo mais importante do mundo, caso ocorra um conflito militar entre Teerã e o Ocidente.
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    O exercício militar, chamado de “Velayat-e 90”, acontece enquanto a tensão entre o Ocidente e Irã vem aumentando, devido ao programa nuclear do país islâmico.
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    Alguns analistas e diplomatas acreditam que a República Islâmica poderá tentar bloquear o Estreito caso entre em guerra com o Ocidente devido à suspeitas de que o país esteja fabricando a bomba atômica.(…)

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    (*)Por:Reuters
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    http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE7BN00220111224
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    E ai…o que os EUA e a Arábia Saudita iram fazer…outra semelhante “passeata” equivalente?
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    Uma coisa é certa,naquele estreito vai ficar bem apertado para os europeus e os árabes!

  11. Se foi por incompetência dos EUA ou as atitudes do Irã (ou um conjunto das 2 coisas), não interessa, os EUA perderam o drone. Não foi o primeiro e duvido que seja o último.

  12. Desmistificando de vez a farsa criada pela máquina goebbeliana de propaganda do regime iraniano:
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    Cara, cadê o meu Drone?
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    Artigo do “Lexington Institute”, um “think tank” (organização dedicada a assuntos de defesa) dos Estados Unidos, traz uma reflexão sobre a perda do drone (aeronave não pilotada) RQ-170 dos EUA para o Irã, minimizando a importância da questão e pondo em dúvida a versão iraniana do ocorrido. Segue abaixo a tradução do Poder Aéreo do texto assinado pelo articulista Loren B. Thompson (Ph.D.).

    Nas últimas duas semanas, a campanha do Governo Iraniano para convencer estrangeiros de que, muito espertamente, fez aterrissar um drone espião secreto RQ-170 dos Estados Unidos, ultrapassou o valor de produção da comédia do ano 2000 de Ashton Kutcher: “Dude, Where’s My Car?” (Cara, cadê o meu carro?).

    Os iranianos aparentemente remontaram e repintaram o drone danificado, permitindo contar uma fábula sobre interferirem nos sinais de GPS para enganar os computadores do drone, fazendo-o pousar. Depois, eles ainda alegaram que estavam perto de descobrir os segredos da tecnologia do drone, e que muito em breve iriam produzir versões iranianas dessa aeronave não tripulada para empregá-las contra seus inimigos ocidentais.

    Então boa sorte. Embora muitos tenham sido enganados pelo vídeo do drone mostrado na televisão iraniana, jornalistas da Reuters e do Wall Street Journal encontraram buracos do tamanho da aeronave na versão iraniana dos eventos. Pra começar, como mostraram reportagens do Journal assinadas por Siobhan Gorman e Adam Entous, os artistas cenográficos iranianos pintaram o drone recuperado na cor errada.
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    A pintura ajudou a esconder emendas onde a célula da aeronave foi remontada, mas os EUA pintam de cinza claro suas aeronaves militares que operam à altitude do drone RQ-170, para minimizar sua visibilidade – enquanto que a aeronave mostrada pelos iranianos estava pintada de branco.
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    Além disso, a versão iraniana dos fatos não explicou como eles conseguiram ser bem-sucedidos em interferir no sinal GPS de um drone furtivo que seus radares são incapazes de acompanhar. Apesar do sinal GPS ser relativamente fraco – é originado em satélites a mais de 12.000 milhas de distância – o poder de sistemas de “jamming” (interferidores) diminuem no quadrado da distância do transmissor.
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    Isso significa que, sem uma ideia precisa da localização do drone, os iranianos teriam que utilizar interferidores muito poderosos para garantir que o drone não recebesse mais informação GPS. Nesse processo, eles iriam interferir em numerosos aparelhos eletrônicos, como telefones celulares, em uma grande área. Possível, mas não provável.
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    Uma versão mais plausível dos eventos foi mostrada em reportagem da Reuters de 16 de dezembro, assinada por Mark Hosenball e Andrea Shalal-Esa. Eles citaram fontes governamentais dos EUA, que colocavam a culpa da perda do RQ-170 numa combinação de mau-funcionamento técnico e erros do operador. As fontes disseram à Reuters que o drone foi deixado cair de uma altitude na qual a auto-destruição completa por impacto não era mais possível, então ele simplesmente se partiu em poucas partes, que os iranianos poderiam juntar.
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    Aparentemente, a célula desenvolvida pela divisão Skunk Works da Lockheed Martin era eficiente demais aerodinamicamente para produzir o tipo de desintegração total que seria desejável nas circunstâncias, dada a baixa altitude de onde foi lançada no mergulho. Mas a Reuters noticiou que os programas e as placas de circuito do drone eram tão completamente encriptados que descobrir seus segredos será praticamente impossível.
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    Provavelmente nunca saberemos todos os detalhes de como o drone foi perdido, pois o Governo dos Estados Unidos não está interessado em divulgar as vulnerabilidades de seus sistemas de inteligência. Porém, parecem razoavelmente claros dois pontos importantes sobre o significado disso tudo. Em primeiro lugar, o Irã não tem uma contramedida eficiente para drones furtivos de reconhecimento, pois não possui a capacidade de detectar e acompanhá-los com suas defesas existentes. Em segundo lugar, se a tecnologia furtiva (stealth) do RQ-170 foi comprometida de alguma maneira. os EUA ainda teriam várias formas de continuar acompanhando o programa nuclear iraniano, desde satélites espiões até agentes secretos mandados por meio de submarinos.
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    Afinal, os EUA conseguiram colocar o vírus Stuxnet na rede iraniana, não? Quando um país é responsável por aproximadamente metade dos gastos militares globais, como é o caso dos Estados Unidos, sempre há uma opção na manga para cumprir missões importantes.
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    http://www.lexingtoninstitute.org/dude-wheres-my-drone?a=1&c=1171

  13. realmente a imaginacao voa,mas dar um cavalo de troia que e a sua “bala de prata” seria muita burrice heim!

    e cada um….e ainda acha que entende do assunto.

  14. Off topic… Aos editores do PB ficam aqui meus votos de boas festas e um feliz 2012 cheio de realizações… saudações, incansáveis guerreiros da verdade…

  15. Como não poderia ser diferente, vamos entrar o ano novamente com o saco de presentes vazio e pronto para ser enchido pelos lu…naticos de plantão… rsrsrsrsr… boas festas aos vermelhos, azuis e rosinhas… rsrsrsr… ano que vem vamos todos continuar pentelhando os editores e lavando a roupa suja da politicagem, defesa e geoestrategica… parabéns a todos os que contribuem com o blog, mesmo os que me queiram bem longe… rsrsrsr… como disse o zagalo, vão ter que me engolir… rsrsrsr… boas festas a todos… aos loucos, azedos, docinhos, malucos e afins… afinal, todos temos um pouco de exentricidade para brindar os amigos… saudações…

  16. “Turkey will not be part of any foreign intervention in Iran,” the Turkish foreign minister insisted.

    A Turquia está fazendo jogo duplo…
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    The National Iranian Oil Company (NIOC) has extended a contract to export crude oil to Turkey through 2012, amid the West’s mounting pressure to ratchet up sanctions against Tehran.

    Porém agradece as sanções, e quem for esperto, fará o mesmo, “se os EUA/Europa não querem petróleo persa, nós queremos!”

  17. Desconsiderando a fonte de informação como sendo o PCdoB, vamos aos fatos.
    A inteligência americana, israelense, turca, francesa, alemã, chinesa, russa e britânica não chegaram ontem no Irã. Não pagaram um pacote turístico em migraram para Teerã no ano de 2011. Há pelo menos 3 décadas estão na região, como estão aqui na tríplice fronteira Brasil/Paraguai/Argentina. Acredito que são mais antigas que o próprio MISI. O que eu observei neste ano foi bem ao contrário do que o texto apresenta. O Irã viu seus maiores cientistas e técnicos serem exterminados pelo Mossad e CIA. O Sentinel foi recuperado aos cacos e remendado/pintado de branco para ser mostrado na TV estatal. É mais fácil o Brasil enviar um astronauta a Lua do que o Irã decifrar alguma informação deste drone. Alguém com um mínimo de inteligência, acha razoável que o Presidente dos Estados Unidos da América pediria ao Irã seu Sentinel de volta sem ter por trás uma isca uma informação de guerra de inteligências com duplo propósito?
    Foi muito ridículo para não dizer o mínimo. E parece que todo mundo acreditou no pedido do negão.
    Os trabalhos de inteligência americanos e israelenses estão apresentando resultados tão bons que impediram até o momento um ataque ao Irã. Se existisse uma perda de controle da situação a resposta viria através dos Tomahawks.
    Mas existem alguns que enchergam o mundo através de uma lente vermelha e embaçada.

  18. kkkkkkkk…

    Quentinha, vc acha mesmo que eles vão reconhecer essa perda ????

    Vc tb fez cursinho de piloto d Drone tb ??????????

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  19. É de dar pena os panos de chão limpadores de privadas que sonham em ser Yankes (mas nasceram no Brasil) em admitir que o Imperio não é mais o mesmo..

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    Quentinhas de plantão, aprendam uma coisa: a historia do mundo tem sido assim desde o tempo de Menés, o unificador do Egito, passando por Asdrubanipal, Ciro da Persia e etc: IMPERIOS COMEÇAM, SE SOLIDIFICAM, DOMINAM E DEPOIS DESAPARECEM….

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    Mas acho q isso não é ensinado nos cursinhos de piloto por aí…kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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