Reino Unido cria plano de defesa para as Malvinas após 30 anos

Daily Mail diz que movimentação foi motivada por bloqueio do Mercosul

A tensão adormecida entre Argentina e Reino Unido sobre o controle das Ilhas Malvinas ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira (22/12). O jornal Daily Mail revelou que o governo britânico está “tirando a poeira de seus planos de defesa” nas Malvinas, mais de 30 anos depois do fim da guerra entre os dois países.

O motivo da preocupação seria o acordo anunciado nesta semana de que os países do Mercosul (Argentina, Uruguai, Brasil e Paraguai, apesar de este último não ter litoral) não permitirão a passagem de barcos “com bandeiras ilegais das Malvinas”, ocupadas pelo Reino Unido desde 1833.

Reprodução/Daily Mail

Outra razão seriam os planos de enviar o príncipe William às ilhas durante seis meses, em 2012, para treinamento militar como piloto de busca e resgate da Força Aérea Real, o que aumentará as tensões com o governo argentino.

De acordo com o jornal, em 2010, o ex-ministro da Defesa britânico, Liam Fox, chegou a revisar e atualizar os planos de guerra para garantir a ocupação das ilhas. O atual ministro, Philip Hammond e o Conselho de Segurança Nacional foram informados de que atualmente não há uma ameaça militar iminente.

De fato, a presidente Cristina Kirchner anunciou na noite desta quarta-feira (21/12) que “muito em breve” a Argentina terá um embaixador no Reino Unido, 30 anos após o congelamento das relações diplomáticas derivado da Guerra das Malvinas.

“Mas se há uma ameaça, faremos os preparativos muito rapidamente. Temos certeza de que os argentinos não podem nem atracar um barco pesqueiro nas ilhas, mas é importante demonstrar que somos sérios em relação a nossas obrigações”, afirmou um oficial militar ao jornal inglês.

O relatório enviado a Hammond, no entanto, menciona a possibilidade de que um novo conflito bélico poderia surgir se houver uma piora nas relações entre os países e que cerca de 1.200 soldados seriam capazes de “repelir uma invasão até que reforços sejam enviados”.

Fontes do ministério de Defesa britânicos também afirmaram ao jornal que há um submarino nuclear no Atlántico Sul, onde estão localizadas as Malvinas. Um ex-comandante da Marinha britânica durante a guerra de 1982 disse que a decisão dos países do Mercosul era “escandalosa” e sugeriu que o submarino deveria “mostrar seu mastro e deixar claro que está lá”.

“Acredito que o ministério de Relações Exteriores deveria ser mais duro. Esta tensão está crescendo há um tempo e temos que fazê-los entender que a soberania não está na mesa de negociações. Os habitantes que moram lá querem continuar sendo britânicos”, afirmou.

Outra fonte militar, em declarações mais desafiantes ao jornal, ameaçou: “No segundo em que eles cruzem sua costa, desceremos do ar. Seria uma caça de perus”. Um oficial, por sua vez, disse que os britânicos contam com uma “força decente de ataque para proteger as ilhas, o que estava ausente em 1982, e as Forças Armadas argentinas não se recuperaram adequadamente da ‘paulada’ que receberam na última vez”.

Soberania argentina

Após o anúncio, realizado na Cúpula do Mercosul, de que os países-membro do bloco não permitirão que os navios com bandeira ilegal das ilhas atraquem em seus portos, os diplomatas britânicos na América do Sul convocaram reuniões nos países onde estão designados, exigindo “explicações urgentes” sobre o significado da medida.

Efe
Desde o início de seu mandato, Cristina Kirchner fez inúmeras declarações públicas, tanto em cúpulas regionais como mundiais, acerca da soberania argentina sobre as Ilhas Malvinas. Durante seu discurso em setembro na 66ª Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), a presidente argentina questionou o poder de veto dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, entre os quais está o Reino Unido.

“Dez resoluções desta Assembleia convocaram o Reino Unido da Grã Bretanha e o meu país a sentarem e negociar, conversar sobre nossa soberania. Tenham em conta que a Argentina não está demandando que se cumpra esta resolução sob o reconhecimento da soberania, está simplesmente pedindo que se cumpra com alguma das dez resoluções da ONU”, queixou-se a mandatária.

A Argentina também mencionou as resoluções do Comitê de Descolonização e as declarações da OEA (Organização dos Estados Americanos). “Diversos fóruns (…) do mundo inteiro reclamam através de resoluções e declarações o tratamento desta questão e o Reino Unido se nega sistematicamente a cumpri-lo e obviamente utilizado sua condição de membro do Conselho de Segurança com direito a veto para isso.

Na ocasião, Cristina Kirchner afirmou que o país esperará “um tempo razoável”, mas que no caso de não conseguir dialogar com as autoridades britânicas, seu governo se verá obrigado a revisar a declaração conjunta que permite um voo semanal que parte do Chile às ilhas, seja com escala na cidade de Rio Gallegos, seja simplesmente sobrevoando o território argentino.

“A Argentina não tem intenções de agravar a situação de ninguém, mas também é justo que esta Assembleia e que o Reino Unido tomem consciência de que o cumprimento das resoluções é necessário. Não podemos estar 180 anos, 30 anos [esperando], assim como a Palestina não pode estar peregrinando durante décadas e décadas para ter um lugar no mundo e menos ainda os argentinos para exigir este território que legitimamente nos corresponde”, enfatizou.

Segundo ela, a ocupação do Reino Unido nas ilhas é ilegítima, já que “não é necessário ressaltar que ninguém pode alegar domínio territorial a mais de 14.000 km de ultra-mar”. Cristina Kirchner queixou-se também das “verdadeiras provocações, ensaios de mísseis em maio e julho” e alegou que os recursos naturais pesqueiros e petroleiros das Malvinas são “substraídos e apropriados ilegalmente por quem não tem nenhum direito”.

Fonte: Opera Mundi

14 Comentários

  1. Nelore, o nome da aeronave é eurofighter typhon parceiro, entao ta correto… mais voltando ao assunto os argentinos tinham que parar de chorar e tomar medidas mais eficazes… uns 60 SU 35 e uns 60 SU 34 Fullback resolveriam bem essa situaçao, o custo de ocupação tem que ser superior ao beneficio, uma guerrinha de desgaste… ataques as plataformas de petroleo, aos navios, um bloqueiozinho naval etc… ficar chorando nao resolve nada…

  2. Podem falar que somos insignificantes militarmente.. falar que devemos abaixar a cabeça e sair de fininho quando a briga rolar….
    Pouco me importam esses fatos, eu acredito que a simples idéia e uma motivação justa são suficientes, e a simples mudança de posicionamento no momento que o mundo vive é ideal. Se não quisermos retomar o que é nosso agora, logo quando eles tao pedindo arrego(vale lembrar que cedo ou tarde eles se recuperam), nunca mais teremos a chance….
    A argentina não tem Sukois, mas a Venezuela tem alguns… e também muitos misseis de longo alcance…. eu tenho certeza que o CHAVITO ia aproveitar o momento pra agir.. e logo em seguida outros insignificantes e numerosos paises os ajudarão…

  3. Um submarino nuclear não serve para nada. Eles teriam coragem de utilizar algum artefato nuclear para defesa das Malvinas. Duvido. Os Estados Unidos já tiveram chances de as utilizar na Coréia e Vietnan e nunca tiveram culhões para tanto. A Inglaterra sabe que corre riscos. Uma empreitada como a de 82 hoje teria as mesma dificuldades logísticas, porém a Argentina não consegue nada com suas FFAA, estão uma sucata. Se desejassem algo, fariam igual o Chavez faz. Mas parecem que tbm não querem retomar as ilhotas.

  4. Se a Argentina quer as Malvinas de volta é melhor usar a tática do vizinho incomodo. Dificultar a vida deles ao maximo mas sem usar de violencia ou de mão pesada. Podem começar mandar barcos pesqueiros para o territorios deles, roubando os peixes. Tem ainda as correntes maritimas. os Argentinos poderiam usar a corrente que passa nas ilhas e tornar-la um esgotão. Em pouco tempo os civis iriam embora e so ficariam os militares. Sendo assim o Reino Unido não terim mais o seu argumento de população inglesa habitando a ilha e sim uma ocupação militar.

  5. E DAI qual a diferença se o uruguai é independente,são castelhanos espanhóis em maioria,e linguas dificelmente se misturam e se misturam sempre da confusão ,então melhor assim perdemos um estado e ganhamos um amigo,um grande alhado pois os uruguaios te muita garra.

  6. Galileu
    Quem fez a desastrosa campanha das Malvinas foram os militares de EXTREMA DIREITA que mandavam na Argentina na época.
    Não havia partido de centro ou esquerda comunista pois os de EXTREMA DIREITA jogavam-nos de avião ao mar.
    E se tiver de ter guerra vai ter guerra!!
    Rorschach
    Pode crer irmão!!

  7. Agora que os argentinos deram mole isso deram,deichar os caras se aposarem debaixo das barbas,não deram valor para aquele pedaço de terra no meio do atlantico,se tivesem colonizado e dado assistencia éra deles até hoje,e os ingleses que não são bobos e inchergam longe se apossaram pois estrategicamente tinham um ponto perto da america latina para ficar de olho e abocanhar algo mais no futuro,que visão que faltou aos troxas argentinos que não se importaram não deram valor burros idiotas.

  8. Por isso q temos de valorizar cada pedaço de terra nosso, daí a necessidade de ter-mos n FAs mt bem equipadas, e profissionais…o caminho td n conheçemos, meios ´ns temos, afinal, somos a 6 econômia do planeta > q a dos ingleses, e td levar a crer q em 2012 seremos a 4 econômia do mundo..Cadê os novo cças? os novo subs nucleares?Os satélites geoestacionarios? O Dirigiveis p ajudar nas comonunicações e defesa do n mares…enfim tudo, CADÊ?!?!Dona, até qdo essa pasmaceira , essa mesmice? Q 2012 seja uma ano de decições + rápidas p a n segurança e bem-estar do BRASIL.Feliz 2012 p todos do PB e comentaristas. P Ontem.

  9. A argentina poderia comprar umas 4 nukes dos coreanos ou paquistaneses e detonar uma a titulo de teste, acabaria com essa lorota de sub nuke ingles, por outro lado validaria a construção e teste da nossa nuke.

  10. Fala sério o Brasil vai entrar em guerra com o Reino Unido por causa da Argentina..

    Só pode ser gozação..

    Quando começar a chover bombas nas principais cidades brasileiras, quem poderá nos socorrer.. Claro o Chapolim Colorado.. rsrsr

    Deixa a Argentina se ferrar sozinha depois dividimos o território deles e fazemos um grande estacionamento para nossos carros..

  11. O que pode acontecer é de os caras se entromerem e enviar as barganhas das aeronaves e iniciar ataques suculentos contra a costa argentina e não deveria de ser assim talves acontecera para quem gosta de um bom dogfither dane-se a soberania da america do sul.

  12. o problema e nos armar-mos silenciosamente!…… criar uma força armada capaz de por medo nas superpotencias!…temos que nos preparar!.. pois mais cedo ou mais tarde a guerra extoura-rar por aki, e si não nós preparar-mos. perderemos o pre-sal e a amazonia tbem!

  13. devemos compreender que com a reativação da quarta frota americana e uma força naval inglesa no atlantico sul!.. a ameaça seria eminente a nos brasileiros!.. pois o pre-sal estaria com uma ameaça em suas costas!….
    ja pensou os americanos declaram que o pre sal não e pertencente so ao brasil.. iae como ficariamos!… iria-mos a uma guerra com os yanks!… e os ingleses no sul? eles ficariam parados so vendo o conflito!.. iam nada!..
    vamos la brasil!.. si arme.. compre armamentos e si prepare!…. pois a guerra esta por vim e isso e um fato!.. não deem bola para esses entreguistas que so querem ver esse país como colonia das superpotencias!…
    si lembrem!.. temos mais a perde com os ingleses no atlantico sul do que com eles por aki!…
    vamos logo reativar nosso programa nuclear!.. e nos preparar-mos para o futuro apocaliptico que aguarda todo o globo!

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