Último comboio do Exército dos EUA deixa o Iraque

Mais de 110 veículos blindados e cerca de 500 soldados atravessaram a fronteira com Kuwait

Na manhã deste domingo, o último comboio com tropas dos EUA deixou o Iraque. Ao todo são mais de 110 veículos blindados e cerca de 500 soldados que atravessaram a fronteira com o Kuwait por volta das 7h30 no horário local (2h30 no de Brasília).

As tropas deixam o país quase nove anos após o invadir para depor o ditador Saddam Husein, foi capturado em dezembro de 2003 e executado na forca três anos depois. Permanecem em Bagdá 157 soldados americanos que ficaram com a missão de treinar as forças iraquianas e proteger a Embaixada dos EUA na capital do Iraque.

Durante os últimos dias, o Exército americano entregou os últimos prisioneiros que tinha em suas mãos às autoridades iraquianas, que na sexta-feira passada assumiram o controle da última base militar que permanecia em poder dos EUA.

No último dia 15, se encenou a retirada americana de maneira simbólica com o recolhimento da bandeira em cerimônia em Bagdá, da qual participou o secretário de Defesa deste país, Leon Panetta. Com o pacto de segurança assinado entre Washington e Bagdá há três anos, ambos os países acertaram a retirada para o final deste ano.

Vítimas da guerra
Os soldados americanos lideraram a invasão do Iraque em março de 2003, em uma coalizão com a Grã-Bretanha e outros países.

Segundo os últimos dados do Departamento Defesa dos Estados Unidos, os americanos perderam 4.487 militares desde o início da operação no Iraque em 19 de março de 2003.

Por outro lado, existe uma grande dificuldade de se levantar o número de iraquianos mortos desde 2003. A organização Iraq Body Count (IBC) vem tentando levantar estes números analisando relatos da imprensa e comparando com registros de necrotérios. Segundo o IBC ocorreram entre 97.461 e 106.348 mortes entre os iraquianos até julho de 2010.

Além disso, a Organização Internacional de Migração (IOM, na sigla em inglês), que monitora o número de famílias que abandonaram suas casas, estima que nos quatro anos entre 2006 e 2010, até 1,6 milhão de iraquianos tiveram que deixar seus domicílios, mas permaneceram no país, o que representa 5,5% da população. Deste total, cerca de 400 mil pessoas voltaram no meio de 2010, primeiramente para Bagdá, Diyala, Ninewa e Anbar, segundo a IOM.

Custo da guerra
O Serviço de Pesquisa do Congresso americano, um serviço respeitado e apartidário, estima que, no final do ano fiscal de 2011, os Estados Unidos terão gasto quase US$ 802 bilhões para financiar a guerra.

No entanto, o economista vencedor do prêmio Nobel Joseph Stiglitz, e a professora de Harvard Linda Bilmes, afirmam que o custo real chega a US$ 3 trilhões se os impactos adicionais no orçamento e na economia dos Estados Unidos forem levados em conta.

Com informações das agências EFE, BBC Brasil e Reuters

Fonte: Terra

11 Comentários

  1. Os lucros vão começar pois os iraquianos iram compras caças e esses caças são justamente americanos!FOI UMA COLONIZAÇÃO IMPLANTARAM UM GOVERNO QUE APOIA OS AMERICANOS!

  2. Agora eu pergunto… em termos de infra-estrutura, serviços públicos, acesso a trabalho, saúde e educação o IRAQUE HOJE É UM PAIS MELHOR? A POUCA RIQUEZA DE SEU PAIS VAI RETORNAR DEVIDAMENTE PARA AOS MAOS DO POVO?

  3. Os americanos não deixaram o Iraque na prática, pois estão armados até os dentes ao lado deles. Andei lendo, que os americanos possuem 4000 carros de combates na região. É isso mesmo ?

  4. Eles estão alojados no Kuait, e verdade, e sem falar em outras coisinhas, na prática estão dentro do Irak..ñ serão impedidos de nada, e um país desmoralizado de “A a Z””,mt dependente, em consequência de anos de embargos.sds.

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